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História O reino das rosas. - Aventura noturna.


Escrita por: Goris

Notas do Autor


Amanda e Wendy partem em uma aventura secreta e perigosa.

Capítulo 48 - Aventura noturna.


Fanfic / Fanfiction O reino das rosas. - Aventura noturna.

O caminho fora longo e cansativo, e quando as duas garotas finalmente chegaram no castelo já era tarde da noite e apenas os guardas estavam acordados.

Wendy levou Amanda até a parte de trás do castelo, onde juntas elas conseguiram mover uma das enormes pedras da parede e expor uma pequena e apertada passagem secreta.

Vai dar no antigo quarto da mamãe. Eu vou até lá pegar mais dinheiro para a nossa viagem e algumas coisas para nos defendermos. — Falou Wendy ao se abaixar e entrar na estreita passagem.

Amanda concordou e esperou sentada e escondida do lado de fora. Então depois, de alguns minutos, Wendy saiu com um arco e uma aljava cheia de flechas, uma espada pequena com bainha de couro, duas adagas com pomo de ouro e bainha negras, um pomo em formato de coelho e o da outra com formato de porco, e uma bolsa cheia de ouro e moedas de prata e cobre.

Pronto. Ajude-me a colocar a pedra no lugar e poderemos partir para encontrar alguma pensão onde possamos dormir. — Falou Wendy ao entregar o arco, a adaga com pomo de porco, e a aljava com flechas para Amanda.

E por que não dormimos no castelo? E por que estamos levando armas? — Perguntou Amanda enquanto ajudava a princesa solitária a empurrar a pedra.

Porque se eu voltar para o castelo agora, eles não me deixarão sair mais. Cof, cof... E as armas são para nos proteger lá fora. O cão vadio é muito perigoso, até mesmo para você e eu desarmadas. — Explicou Wendy ao tossir e limpar o suor da testa.

Mas se ficarmos hospedadas em uma pensão na sua cidade, as pessoas não vão reconhecer você? — Perguntou Amanda usando a lógica.

E é por isso que nós não vamos ficar na cidade. — Respondeu Wendy com um sorriso inteligente no rosto. — Iremos até o meu estábulo e pegaremos um cavalo e cavalgaremos até a pensão mais próxima o possível da floresta ao norte.

E como pegaremos esse cavalo? Os guardas não vigiam os estábulos? — Perguntou Amanda um pouco assustada.

Vigiam sim. — Respondeu Wendy tranquila e despreocupada. — Mas eles sempre se preocupam mais com as mulheres que eles levam para o palheiro do que com os próprios cavalos. Acredite, eu já vi antes.

E então as duas garotas foram até o estábulo onde encontraram duas capas verde escura e ao diminuir o tamanho do tecido com a espada, colocaram a capa com capuz nas costas e na cabeça.

Já temos disfarces, agora é só sermos cuidadosas na hora de nos aproximarmos dos cavalos. — Falou Wendy ao olhar para os lados a procura dos guardas.

E onde estão os guardas? — Perguntou Amanda preocupada.

Provavelmente aqui. — Falou Wendy ao segurar na mão de Amanda e guiá-la até a entrada do palheiro.

Ao chegarem lá as garotas avistaram dois guardas acompanhados de duas mulheres nuas que se beijavam e embebedavam os homens com vinho e cerveja.

Está vendo? Quase sempre eles fazem isso. — Segredou Wendy com um sorrisinho sapeca no rosto.

Então é a nossa chance. Onde estão os cavalos? — Perguntou Amanda ao olhar profundamente nos olhos azuis da princesa.

Por aqui. — Falou Falou Wendy ao pegar na mão da garota gordinha e guiá-la para o local ao lado.

 Ao chegarem lá, Wendy escolheu uma égua bastante mansa e pacata, e com a ajuda de Amanda selaram o animal e pegaram uma sacola cheia de maçãs para levar para a viagem.

Tudo no lugar. Pronta para ir? —Perguntou Wendy ao montar e estender a mão para a princesa de coração pequeno.

Sim. — Respondeu Amanda ao pegar na mão da princesa e montar na égua com velocidade.

Segure na minha cintura. Nós vamos cavalgar a toda velocidade. — Falou Wendy ao respirar fundo e segurar os arreios com força.

Vá em frente. — Incitou a garota gordinha ao abraçar a cintura da princesa e esperar que a menor colocasse a égua para correr.

E então, as duas saíram dos estábulos a toda velocidade e cavalgaram rapidamente pelas ruas agora vazias e assustadoras da cidade.

Depois, quando já estavam bastante longe, Wendy diminuiu o trote da égua e respirou mais aliviada ao perceber que ninguém havia lhes perseguido.

Você não está com fome? — Perguntou Amanda cujo estomago roncava alto.

Estou. Atchim! — Respondeu a princesa ao espirrar um pouco. — Mas temos que achar uma pousada antes. — Explicou a princesa ao olhar para os lados a procura de alguma.

Acho bom a recompensa ser boa, minha mãe vai me matar por eu ter fugido de casa se eu não voltar com alguma honra ou riqueza. — Murmurou Amanda emburrada.

 Não se preocupe. Aquela carta que eu assinei dizendo que eu precisava de seus serviços vai convencer ela. E eu também deixei uma carta dizendo que eu ia pegar a égua e algumas coisas do castelo. — Falou Wendy ao sorrir bobamente.

Nossa, como você é certinha. Hêhehehe... — Zombou Amanda com um sorriso maquiavélico no rosto.

Hihihi.... Nem tanto, nem tanto... — Sussurrou Wendy com um sorriso sapeca na boca.

Então, depois de pararem para levantar uma placa de madeira que estava caída no meio da estrada, Amanda avistou luzes distantes que indicavam tochas acessas na parede de uma velha pensão de pedra.

Será que tem alguém lá? — Perguntou Amanda desconfiada.

Provavelmente sim. Senão quem teria acendido o fogo? A questão é saber se a pessoa que está na pousada é realmente o “dono”. — Falou Wendy preocupada com as diversas possibilidades. 

Então o que faremos? — Perguntou Amanda um pouco nervosa.

Nós arriscamos. — Respondeu Wendy ao descer da égua e se aproximar da velha pensão.

Eu bato na porta e você prepara o arco. — Falou Wendy ao ajudar Amanda a descer da égua.

Certo. Mas acho que não tem nada de errado aí dentro. Eu escuto vozes de mulheres conversando. — Falou Amanda ao preparar o arco.

Mesmo assim cuidado sempre é bom. — Falou Wendy ao bater na porta e esperar que alguém atendesse.

A conversa das mulheres foi interrompida e após alguns passos em direção a porta, uma voz feminina perguntou — Quem bate tão tarde da noite em minha porta?

Wendy ficou aliviada ao ouvir uma voz feminina e com a sua voz gentil e doce, respondeu — Duas viajantes cansadas que precisam de um lugar para passar a noite.

Depois da resposta de Wendy alguns segundos se passaram até a jovem mulher abrir a porta e encontrar duas garotas armadas acompanhadas por uma égua.

Tem quartos? — Perguntou Wendy com um sorriso doce e gentil.

Tem se puderem pagar. — Respondeu a moça surpresa e desconfiada.

Nós podemos. Também precisaremos de comida e um lugar para guardar o cavalo. — Falou Wendy ao pegar duas moedas de prata e jogar para a moça.

Os olhos da jovem mulher brilharam ao admirar as duas preciosas moedas e com uma voz bastante feliz, respondeu — Podem guardar o cavalo no estábulo atrás da pensão. Lá tem palha, feno e água. Sobre comida ainda temos um pouco de bolo de trigo e pão preto. Serve? — Perguntou a mulher preocupada com as condições do lugar.

Serve sim. Amanda, guarde a égua lá atrás e depois entre. Eu vou na frente escolher um quarto. — Falou Wendy ao atravessar a porta da pensão e encontrar uma velha senhorinha com os olhos semicerrados e bastantes cansados.

Um quarto, querida? — Perguntou a velhinha com uma voz quase inaudível.

Sim. Com cama para dois, por favor. — Respondeu Wendy com educação.

Custa quarenta moedas de cobre, minha querida. — Falou a velha senhora com uma voz quase tão doce quanto a de Wendy.

Creio que eu já paguei o suficiente a sua filha, senhora. — Respondeu Wendy com uma voz gentil.

É verdade mamãe. — Falou a jovem moça loira e de belos e brilhantes olhos verdes. — A garota nos pagou duas moedas de prata. — Explicou a jovem mulher ao entregar as duas moedas para a velha senhora.

Então sirva um bom pedaço de bolo e vinho quente para a garota! — Exclamou a velha contente. — E também abasteça o nosso melhor quarto com água e cobertores limpos e quentinhos.

A jovem moça concordou com a cabeça, mas antes de subir, indagou — Mas mamãe, o nosso melhor quarto é para casais...

Não tem problema! — Exclamou Wendy antes que a velha pudesse falar qualquer coisa. — Dormiremos neste mesmo.

Que assim seja. — Concordou a jovem moça antes de subir para ajeitar o quarto das garotas.

Pouco tempo depois, Amanda entrou e as duas subiram acompanhadas pela velha senhora que falava como estava difícil viver de hospedagem em tempos tão difíceis e assustadores como aqueles.

E pensar que o destino do nosso reino está na mão de uma garotinha que ainda sequer beijou um homem...  — Murmurava a velhinha enquanto guiava a garota até os quartos.

Talvez ela já tenha achado a pessoa certa. — Comentou Wendy como se não estivesse falando sobre ela mesma.

Pode ser, minha querida, mas sem uma mãe ou pai para guiá-la, creio que o reino passará por tempos mais difíceis ainda. — Falou a velhinha ao parar e abrir uma velha e grande porta de madeira.

Aqui está, minha querida. Um quarto quente e confortável como combinado. — Falou a velhinha com um sorriso desdentado no rosto.

A moça havia acabado de acender a lareira e vinho quente já estava servido em cima da mesa ao lado de bolo, pão, jarras de água, e até mesmo alguns biscoitinhos de trigo.

Está tudo pronto. Se precisarem de mais alguma coisa é só chamar e pedir. — Falou a jovem moça ao sorrir e sair do quarto acompanhada por sua velha mãe.

Obrigada. — Agradeceu Wendy com um belo e doce sorriso gentil.

Oba, comida! — Exclamou Amanda ao avistar o bolo e os biscoitos ao lado do vinho e da água.

Sirva-se. Eu também quero comer bastante antes de dormirmos. Mas antes você vai me ajudar a colocar aquele móvel na frente da porta. Joshua sempre me ensinou que é muito bom ter cuidado extremo em lugares estranhos. — Explicou Wendy ao também se aproximar da mesa e pegar um pedaço de bolo.

Você bebe vinho? — Perguntou Amanda com as bochechas estufadas cheias de pedaço de bolo e biscoitos.

Não muito. Minha mãe nunca me permitiu beber mais do que alguns goles. Mas o papai do Joshua nos deixava beber o quanto nós quiséssemos. — Respondeu Wendy sincera.

Joshua? Esse era o nome do seu amigo que morreu? — Perguntou Amanda um pouco mais curiosa sobre a vida da princesa.

Sim. — Respondeu Wendy nostálgica. — Ele me ensinou muitas coisas. Mas infelizmente foi acometido por uma doença terrível e morreu.

E como ele sabia que era preciso um troca-peles para derrotar o cão vadio? — Perguntou Amanda mais desconfiada ainda.

Bom... — Murmurou Wendy bastante desconfortável. — Ele devia saber porque o cão vadio é o pai dele...

Os olhos de Amanda esbugalharam e a sua enorme boca ficou aberta enquanto sua mão direita que segurava um pequeno pedaço de bolo ficou parada no ar.

Precisou de alguns segundos para que Amanda destravasse novamente e gritasse espantada — O seu amigo é filho do cão vadio!?

Shiiiiii! Fala baixo. — Pediu a princesa preocupada. — Não deixe que mais ninguém saiba disso. Escutou? — Ordenou Wendy com certa seriedade no olhar.

Tudo bem princesa, mas se esse seu amigo era filho do cão vadio.... Isso quer dizer que ele era um cachorro ou humano? — Perguntou Amanda extremamente confusa.

Hahahaha... — Riu a princesa solitária. — Ele era humano. Assim como o pai dele também era, antes de ser amaldiçoado. — Explicou Wendy enquanto segurava o risinho.

Então a fera que eu vou ter que domar tem mente humana? — Perguntou Amanda extremamente assustada.

Acho que sim. Por que? — Perguntou Wendy sem entender o medo da amiga.

Porque é quase impossível dominar uma mente humana! — Explicou Amanda quase aos gritos de desespero.

E como você sabe? Já tentou isso antes? — Perguntou Wendy curiosa.

Já! Com a minha mãe. E acredite, demorou horas até eu conseguir fazer apropriadamente. Eu não vou conseguir domar ele se não treinar com algo parecido antes. — Explicou Amanda enquanto recuperava a sua calma de antes.

Wendy pensou um pouco e após olhar para as próprias mãos, teve uma ideia.

Você poderia treinar comigo? — Perguntou a princesa bastante eufórica com a ideia.

Amanda pensou um pouco e após avaliar os riscos, falou — Poder poderia.... Mas aviso logo que vai doer muito.

Sem problema! Eu faço tudo pelo o meu reino. — Explicou Wendy feliz e confiante.

Ótimo, então treinaremos amanhã. Hoje eu quero comer e dormir bastante. — Falou Amanda antes de devorar o ultimo pedaço de bolo e dá um longo gole na taça de vinho quente.

Como queira. — Concordou Wendy ao comer um biscoito e experimentar o doce, saboroso e quente vinho.

 


Notas Finais


Continua...


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