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História O Retorno - Capítulo 14


Escrita por: CarolAlves05

Notas do Autor


Capítulo 14, espero que vocês gostem. :)

Capítulo 14 - Capítulo 14


Capítulo 14

Ron acordou muito cedo. Na verdade, ele não dormiu quase nada aquela noite. Às 5h já estava vestido e sentado no parapeito da janela de seu quarto, observando os primeiros sinais do nascer do sol, atrás das montanhas próximas.

Ele passou boa parte da noite revirando na cama, pensando no dia que se aproximava, pensando no momento em que estivesse no lugar onde havia deixado sua vida. Malfoy ficou de passar lá depois do almoço para irem a Durdle Door e a realização de que em poucas horas, estaria no lugar onde ficou aprisionado por três meses, estava deixando seus nervos em frangalhos. E se ir até lá o ajudasse realmente a se lembrar? E se não ajudasse?

Ron desceu do parapeito sentindo como se fosse desmoronar a qualquer momento. Ele então saiu do quarto sem fazer barulho e o mais silenciosamente que pôde, desceu as escadas. Quando chegou à sala, foi direto para o armário onde sabia que seu pai guardava as bebidas.

Na noite anterior, na casa de Malfoy, foi a primeira vez que ele bebeu depois da festa. O que não o ajudou muito, pois um copo de rum não mudava nada. Ele soltou um palavrão ao perceber a falta de diversificação de bebidas que seu pai possuía. Hidromel e uísque de fogo não eram exatamente o que ele tinha em mente, mas ele não tinha opção. Encheu até a boca um copo com o uísque e bebeu de uma vez só. Bebeu mais dois e voltou para o quarto. Não queria ficar bêbado, mas se pudesse relaxar um pouco, já estaria agradecido.

Ele deitou na cama e ficou olhando para o teto laranja até seus olhos começarem a pesar. Acordou algumas horas depois com sua mãe o balançando.

_ Querido, você não vai almoçar?_ ela perguntou, sentada na beirada da cama_ A mesa já está posta.

Ron piscou algumas vezes e passou as mãos nos olhos um pouco atordoado.

_ Que horas são?

_ 11:50… Tentei te chamar para o café da manhã, mas você não acordava.

_ Ok, obrigado, eu já vou descer_ Ron disse, se sentando na cama.

Depois que a Sra. Weasley saiu, ele ficou um tempo sentado na cama, olhando para o nada. Demorou apenas alguns segundos para que ele se desse conta de que em menos de duas horas, Malfoy apareceria para levá-lo a Durdle Door. Ficou imaginando como seriam as coisas depois disso. Se suportaria continuar vivendo em branco, caso não lembrasse do seu passado. Se suportaria todas as memórias, caso lembrasse.

Ele não fez muita questão de participar da conversa durante o almoço, o que rendeu alguns olhares aflitos de seus pais, e curiosos de Gina e os gêmeos.

_ Não está gostando da comida, querido?_ sua mãe perguntou, olhando dele para o seu prato de comida.

Ron olhou para o prato à sua frente com a comida quase intocada. Ele mal percebeu que não estava comendo, porque a única coisa na qual conseguia pensar era em Malfoy chegando para buscá-lo.

_ Desculpe, não estou com muita fome.

_ Você está doente?_ um dos gêmeos perguntou. Ron ainda não conseguia identificá-los.

_ Só não estou com fome.

_ Eu também perderia a fome se tivesse que sair pra qualquer lugar com Draco Malfoy_ Gina comentou.

_ Se vocês dessem uma chance a ele, talvez vissem que ele não é esse monstro que todos pintam_ Ron sugeriu.

_ Eu passo, muito obrigada_ Gina respondeu.

_ Nós também_ os gêmeos disseram juntos.

Ron apenas revirou os olhos e continuou remexendo a sua comida.

Ele ainda ficou na cozinha com a mãe por um tempo, enxugando a louça em silêncio enquanto ela lavava, e ele esperava por Malfoy. Por volta de 13:30, ele ouviu um estalo vindo do jardim, e olhou para a mãe ansioso.

_ Parece que seu amigo chegou_ Molly disse, tentando controlar o desgosto.

_ Seria legal se você desse a ele o benefício da dúvida.

Molly olhou para ele e deu um suspiro.

_ Tudo bem, vamos marcar um dia para que ele venha aqui almoçar ou jantar… Onde vocês vão?

_ Ele vai me mostrar uma coisa, mas depois você vai saber_ Ron deu um tímido beijo no rosto dela e caminhou até a saída_ Tchau, Moll… Digo, mãe.

Quando ele saiu da casa, Malfoy estava lá, encostado displicentemente na árvore que ficava no meio do jardim, o olhando com uma expressão de tédio que era tão comum a ele.

_ Weasley.

_ Oi, Malfoy.

_ Você está pronto?_ Malfoy perguntou.

_ Eu estou bem, obrigado por perguntar. E você, como está?_ Ron começou com ironia e Malfoy revirou os olhos.

_ O que é, Weasley? Quer um abraço também?

_ É, as pessoas te odeiam por um motivo.

_ Mas você não_ Malfoy sorriu cinicamente.

_ Você é um babaca_ Ron resmungou.

_ Mas sou eu quem está aqui.

Dessa vez foi Ron que revirou os olhos.

_ Vamos logo_ ele disse.

_ Quando você quiser, Weasley… Você está pronto?_ Malfoy repetiu a pergunta.

Ron o encarou por um tempo, e engoliu em seco.

_ Não.

Mesmo assim, Malfoy estendeu o braço direito para ele. Ron então colocou uma das mãos sobre o braço do loiro e os dois desaparataram.

oooooooooooooo

Durdle Door não era como Ron imaginava. Ele imaginou um local sombrio, denso, feio. Mas era bonito, com árvores grandes e bem verdes cobrindo boa parte de onde sua visão alcançava. Era estranho pensar que um local que aparentemente guardava tanta coisa ruim, fosse tão bonito. Na cabeça dele, não fazia sentido.

_ É… diferente_ ele disse, olhando para Malfoy.

_ Diferente?

_ Sim, não é como eu imaginava… Eu imaginava outra coisa.

_ Imaginava o quê?

_ O lugar mais horrível do mundo, eu não sei.

Draco o olhou estreitando os olhos.

_ Não é um calabouço, nem Azkaban, Weasley. É só uma droga de floresta, com uma caverna no final.

Ron não disse nada. Ele ficou parado olhando na direção das árvores, buscando alguma coisa que lhe fosse familiar, mas nada era.

_ Seguimos por aqui?_ ele perguntou a Malfoy, indicando um pequeno caminho no meio da vegetação.

_ Acho que sim. Meu senso de direção não é tão bom e eu nunca voltei nesse lugar.

_ Espero que isso não signifique que vamos acabar nos perdendo_ Ron bufou.

_ Apenas me siga, Weasley.

Os dois começaram a andar no meio das árvores, parando ocasionalmente para Draco relembrar alguma coisa. De vez em quando ele dizia coisas do tipo “Lembro de ter esbarrado nessa árvore quando estava fugindo” ou “Nossa, um dos feitiços que os Comensais me jogaram acertou aquele tronco, foi por pouco”. Depois de mais ou menos meia hora de caminhada, eles chegaram ao fim da floresta e emparelharam com uma rocha gigantesca com uma abertura, onde só se via a escuridão. E algo dentro de Ron, lhe disse que era lá. A caverna.

_ É aqui_ Malfoy disse estremecendo um pouco. As recordações do tempo que passou lá, fazendo com que sua coragem diminuísse um pouco_ Tem certeza que quer fazer isso?

_ Eu preciso_ Ron disse simplesmente.

Suas mãos estavam suadas e por um instante, um medo avassalador tomou conta dele. Mas não tinha como simplesmente desistir e ir embora. Ele já estava ali. Acabaria com aquilo de uma vez. Para o bem ou para o mal, ele precisava.

Ron entrou na caverna e apontando sua nova varinha, disse “Lumus”_ um dos feitiços que Harry lhe ensinou_ e o local que antes era escuridão pura, foi iluminado pela luz que saía da varinha. Ele podia ouvir Malfoy andando atrás dele e proferindo alguns xingamentos baixinhos, que Ron optou por ignorar. A medida que iam entrando mais fundo, o lugar ia ficando sinistro e sufocante. Toda a beleza tinha ficado do lado de fora. Agora sim parecia um lugar onde alguém manteria outra pessoa em cativeiro.

Quando chegaram numa bifurcação que levava a dois caminhos diferentes, eles estancaram.

_ E então?_ Ron olhou para Draco, esperançoso_ Para onde?

_ Não tenho certeza_ Draco respondeu, confuso.

Então alguma coisa estalou dentro de Ron. “E agora, Weasley, que caminho seguimos?”. Ele pôde ouvir a voz desesperada de Malfoy lhe perguntando. Mas não esse Malfoy, não o Malfoy que estava com ele agora, mas sim o de antes, o que esteve com ele preso ali. Aquilo… Aquilo era uma lembrança? Ron engoliu em seco, alguma coisa dentro dele começou a se remexer.

_ Você lembrou de alguma coisa, Weasley?_ o Malfoy parado a sua frente, perguntou.

_ Eu… Eu não sei. Mas é por aqui_ ele disse, apontando para o caminho à direita.

Eles chegaram então numa parte onde a pedra do túnel estava funda e Malfoy disse baixinho:

_ Você está certo, nós passamos por aqui. Eu lembro disso_ então Draco colocou a mão sobre a falha na pedra e Ron ficou olhando para ele.

Sim, eles passaram por ali. Tão nítido quanto agora, ele podia lembrar daquela falha na pedra.

_ Você está bem?_ Malfoy perguntou_ Tá pálido.

_ Vamos… Vamos só continuar.

E eles continuaram. E a cada metro que andavam, flashes de lembranças iam invadindo a mente de Ron. Quanto mais fundo entravam naquela caverna, mais claras as coisas se tornavam. Ele conseguia ouvir no fundo da sua mente as vozes dos Comensais gritando atrás deles, conseguia ouvir os barulhos dos feitiços que eles jogavam ricocheteando irregulares contra o chão duro daquele lugar, enquanto ele e Malfoy corriam. Foi há quatro anos e parecia acontecer agora. E então o medo foi tomando conta dele.

oooooooooooooo

Flashback

Malfoy conseguiu fugir há dois dias.

Ron olhou para as próprias mãos, tentando focá-las mesmo no escuro da cela em que estava. Elas estavam ossudas e marcadas, algumas de suas unhas estavam pretas e as pontas de seus dedos estavam cortados. Não devia tê-los raspado nas paredes. Também não devia ter arranhado seu rosto em desespero se soubesse que a Maldição Cruciatus o aguardaria por horas, depois da fuga de Malfoy. Porque com certeza foram horas. Demorou tanto que ele desmaiou. Pensou nos pais de Neville Longbottom que foram torturados por tanto tempo que enlouqueceram. Será que esse seria o seu destino? Sinceramente, preferia que o matassem logo.

oooooooooooooo

Malfoy fugiu há uma semana.

Ron vinha contando os dias que estava ali desde que os capturaram.

Enquanto encarava os risquinhos na parede da cela, feitos com uma pequena pedra, ele não sabia se aguentaria mais um dia de espancamentos, cigarros sendo queimados na sua pele, cortes feitos com feitiços, outra sessão da Maldição Cruciatus… E agora que Malfoy tinha conseguido fugir, o que era ruim antes, se tornou infinitamente pior. Como se os Comensais estivessem destinando a ele, as torturas que antes eram de Malfoy. Ron só esperava que o outro tivesse conseguido ajuda e que os aurores aparecessem a qualquer momento para salvá-lo.

E ele esperou. E esperou. E esperou. Nada aconteceu.

oooooooooooooo

Malfoy fugiu há um mês.

E o corpo de Ron continuou sendo maltratado, jogado de um lado para o outro como uma boneca feita de trapos. Os Comensais riam enquanto o machucavam, e a noite quando Ron deitava no chão da cela com frio e com dor, ele continuava ouvindo as risadas dentro da sua cabeça e ele tinha pesadelos com elas e teve pesadelos com aquelas risadas durante todo o tempo. Era quase tão ruim quanto o resto. Quase.

Porque nada era pior do que as torturas diárias.

E mesmo sentindo cada fibra do seu ser doer como se ele estivesse mergulhado em água fervente, Ron se surpreendia consigo mesmo todos os dias. Porque contra todas as probabilidades, ele ainda não estava louco. Ele ainda conseguia pensar em sua família, em Harry, em Hermione e sentir algo. Seus pensamentos ainda faziam sentido, embora tudo que ele desejasse fosse morrer.

E de fato, ele tentou.

Naquele momento quando já estava há dias sem comer, e agora depois de ter sido torturado por quase todo o dia sem pausa, ele pensou em bater a cabeça contra a parede de pedra da sua cela. Isso acabaria com tudo. E ele fez. Com tanta força, que parecia que o mundo tinha explodido em cima da cabeça dele. Mas para seu tormento, um dos Comensais usou um feitiço e o curou. E lá estava Ron, pronto para outra.

_ Meu Deus, não é justo. Será que fui esquecido? Ninguém vem por mim?_ ele pensou um dia, quando estava exausto demais sequer para levantar de onde estava encolhido no chão.

oooooooooooooo

_ Weasley, Weasley, você tá bem?_ Malfoy perguntou, colocando uma das mãos no ombro de Ron.

Ron não tinha percebido, ele nem sabia como, mas os dois estavam dentro da cela onde ficaram prisioneiros juntos. Onde Malfoy ficou por duas semanas com ele. Onde ele ficou por três meses. Ele estava agora encostado na parede e hiperventilando, uma das mãos cravadas na pedra fria atrás dele e a outra apertando seu próprio peito.

Ele olhou para uma das mãos, da mesma maneira que a olhou anos atrás. As marcas deixadas pelos cortes que fez ao raspar a parede, ainda estavam lá. Eram bem finas e quase transparentes, mas ele ainda as via. Então ele olhou para a parte de cima da mão, e ele soube que aquelas pequenas marcas eram dos cigarros que foram apagados na sua pele. Ron tinha outras como essas espalhadas por vários locais de seu corpo.

_ Weasley?_ Malfoy continuou o chamando, dessa vez menos urgente e quase com piedade.

Se Ron estivesse atento, ele perceberia que a voz de Malfoy quebrou uma nota. Mas ele não estava atento a nada, a não ser a dor. Não física, porque ela não estava mais lá há anos.

_ Por favor, vamos embora_ ele pediu numa voz tão fraca, que ele quase não a reconheceu.

_ Nós… Nós chegamos há pouco… Você tem certeza que não quer ver mais nada?

_ Eu só quero ir embora, por favor.

Malfoy concordou e eles fizeram o caminho de volta.

Assim que estavam do lado de fora da caverna e a brisa fria bateu em seu rosto, Ron vomitou. Vomitou seu almoço e depois quando não tinha mais nada, vomitou bile. Malfoy, que em qualquer outra circunstância teria se afastado dele, continuou ao seu lado, o olhando com pena.

Ron tinha as mãos apoiadas nos joelhos e ficou ali sem saber quanto tempo tinha se passado. Mas a verdade era que ele não queria que o tempo passasse, ele não queria voltar para casa e encarar sua família e responder porquê parecia tão derrotado. Porque mesmo que ele não pudesse se ver agora, ele imaginava como estava. Ele se sentia derrotado por dentro, por que não se sentiria por fora também?

Sem que ele pedisse, Malfoy o ergueu, o ajudando a ficar com o corpo ereto. Ele também não pediu, mas Malfoy colocou um braço em volta da cintura dele e o guiou entre as árvores pelo mesmo caminho que eles tinham feito para chegar àquele lugar. Ron não protestou, porque ele sabia que não tinha forças para andar sozinho. Na verdade, se dependesse dele, ele nem se moveria. Ele se enrolaria em uma bola no chão fora da caverna e ficaria por ali mesmo.

Ele sabia que Malfoy estava dizendo alguma coisa, mas não estava prestando atenção. Sua mente estava presa nas lembranças de torturas com maldições, cigarros sendo queimados na sua pele e todo o tipo de dor física e psicológica que agora ele podia se lembrar. Era como se as lembranças fizessem um looping em sua cabeça mostrando o quanto aqueles meses naquele buraco, tinham sido excruciantes.

_ Acho melhor você descansar um pouco_ Malfoy disse e Ron se deu conta de que estava sentado no sofá da sala da mansão do loiro.

Ron nem sequer tinha percebido que eles haviam aparatado para lá.

Ele ficou sentado lá por um longo tempo_ enquanto Malfoy o encarava parecendo um pouco desolado_ sem ter certeza do que fazer a seguir. Então optou pelo que era mais fácil, pela única coisa que o consolava quando nada mais podia.

_ Me serve uma bebida, por favor.

Segundos depois, Malfoy empurrou um copo com rum na mão dele e ele bebeu tudo de uma vez. A sensação era reconfortante, mas nem de perto era o suficiente para entorpecê-lo. E ele precisava, precisava muito não sentir nada naquele momento. E parecendo perceber isso, Malfoy o serviu um copo atrás do outro até que Ron se deitou no sofá e ficou assim.

_ Você pode ficar aqui se quiser, ok?

Mas Ron não respondeu. Ele ficou deitado muito imóvel, olhando para o nada e nem sequer se deu conta de quando Malfoy fechou as cortinas da sala, bloqueando o sol e saiu do cômodo.

Ele se encolheu no sofá em posição fetal e abraçou as pernas com força. Começou então a ouvir um barulho estranho, quase como o de um animal em sofrimento e ficou tentando descobrir de onde vinha, até que se deu conta de que era ele fazendo aquele barulho. Ron estava chorando e nem tinha percebido. Seu corpo inteiro tremia contra o sofá de couro, enquanto ele apertava o rosto contra os joelhos. Agradeceu mentalmente por Malfoy ter saído da sala, assim ele não o veria chorando feito uma criança e não poderia ver o quanto ele estava se quebrando. As poucas partes dele que ainda estavam juntas, estavam caindo, como uma casa velha e desgastada que vai desmoronando aos poucos. Ele podia sentir.

Ron achou que se lembrar de quem ele era, do que havia acontecido com ele, o ajudaria a seguir em frente, achou que se lembrar fecharia o buraco dentro dele. Mas em vez disso, um novo buraco foi aberto. Um mais profundo, mais doloroso. Que, pelo menos, naquele momento, ele não sabia se conseguiria fechar.

 


Notas Finais


Comentem, se puderem.

Até a próxima. Bjks!


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