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História O Retorno de Shade - Iluminado


Escrita por: Luke-Senpai

Notas do Autor


Prossigam que ta ficando bom \o

Capítulo 15 - Iluminado


Fanfic / Fanfiction O Retorno de Shade - Iluminado



 

Noah POV On.

 

 

         Daquela cela tacanha e imunda, eu podia ouvir o som agradável da chuva caindo do lado de fora, molhando as pedras do chão de Flaris. Ainda zonzo, subi no banco de madeira - completamente desconfortável - e agarrei-me nas barras de metal da pequena e retangular janela que me separava do mundo exterior. Não havia ninguém na rua molhada, nem mesmo um rosto que pudesse me distrair. Minha cabeça zumbia como se um enxame de abelhas tivesse transformado meu crânio em uma colmeia enquanto eu dormia, algo extremamente atordoante. Ao menos, eu podia ainda ouvir o som delicado e apaziguador da chuva. O céu estava nublado, e aquilo me deixava nostálgico. As lembranças da noite passada iam e vinham com a mesma claridade de flashes muito rápidos, muito distorcidos, praticamente indistinguíveis. O bar, a cerveja, e alguns conhecidos: apenas eles restaram intactos em minhas recordações confusas. Certamente, eu havia bebido demais e perdido a consciência. Aquilo era deprimente quando eu olhava ao meu redor e percebia o lugar estúpido onde eu estava preso. As celas da casa de detenção de Flarine não eram nem um pouco elegantes.

         Desci do banco, cambaleando em direção às grades da porta. Também não havia ninguém ali, e eu precisava sair daquele lugar medíocre antes que alguém me encontrasse e resolvesse contar à Rergantus o que eu tinha feito.

 

– Seus inúteis! Me tirem daqui, eu tenho coisas a fazer! - gritei, mas ninguém parecia estar me ouvindo - Vocês sabem quem eu sou?!

 

– Um maldito vagabundo! - gritou um guarda da sala principal da detenção, gargalhando cretinamente em seguida - Agora cale essa boca que eu quero almoçar! - ordenou ele, autoritário

 

         Eu certamente iria ceifar aquele guarda quando conseguisse sair daquela cela. Eu, o Slayer de Elite, preso na detenção. Aquilo era realmente vergonhoso. Deixei meu corpo escorregar para baixo, rente às grades da porta, caindo sentado no chão coberto por palhas ralas e escurecidas. Senti-me enojado olhando para aquele pardieiro, e inconscientemente encolhi meu corpo ao máximo enquanto meus braços estavam envoltos nas grades. Subitamente, o som de tilintar de chaves soou graciosamente aos meus ouvidos. Uma luz se acendeu em minha mente quando vi um pequeno cachorro passear pelo corredor da detenção com um molho de chaves entre os dentes. Certamente, era um animalzinho simpático.

 

– Psiu..! Psiu, cachorrinho..! - sussurrei ansioso enquanto sorria para o cachorro pardo - Vem aqui, vem..! - chamei, estendendo a mão agitada para fora das grades

 

         O pequeno cachorro parou, ficando a me encarar curiosamente. Eu agitava minha mão na direção do doméstico animal o mais que podia, rezando para que ele fosse um cachorro estúpido ao ponto de se deixar atrair por uma mão vazia. Ele sentou-se no corredor diante de minha cela, olhando-me silenciosamente com o molho de chaves na boca.

 

– Cachorrinho bonitinho..! Vem aqui com o papai, vem..! - chamei, agora agitando as duas mãos para fora das grades - Prometo lhe dar um ossinho bem gostoso, hum. Chegue mais perto para que eu possa lhe fazer um carinho, rápido..! - eu sorria como se brincasse com uma criança de quatro meses de idade; atrevi-me a tirar a máscara e agitá-la em uma das mãos, mas o maldito cachorro não se manifestava - Aff. - bufei, derrotado

 

         Coloquei a máscara, tediosamente. Não importava o que eu fizesse, aquele cachorro jamais iria se aproximar de mim. O carcereiro deveria tê-lo treinado muito bem para não se aproximar dos presos, o que me irritava terrivelmente. Não só o guarda seria retalhado quando eu saísse dali, mas também o seu estúpido cachorro. Se ao menos eu tivesse minha foice...

 

 

Noah POV Off. Aiza POV On.

 

 

         Estava demorando para que a chuva parasse. Olhei novamente na direção de Louise, constatando que ela dormia profundamente. Certamente, aquela menina não acordaria tão cedo, o que me dava tempo para um breve passeio por Flarine na procura de Noah. Uma estranha sensação me dizia que algo não estava certo, afinal, Noah não costumava ser discreto em suas ações. Ele estava silencioso demais, e por isso resolvi verificar o que estava acontecendo.

         Antes de sair, imaginei o que aconteceria se por um acaso Louise acordasse e eu não estivesse em casa. Pensei em escrever um bilhete, mas certamente ela ainda não sabia ler. Apostar na sorte às vezes era uma boa escolha, e foi o que fiz. Ao colocar minha longa capa negra de chuva e puxar o capuz para cima da cabeça, abri silenciosamente a porta da casa e saí, fechando-a com o mesmo cuidado. O sol havia desaparecido do céu, e então tudo tinha uma cor nostalgicamente acinzentada. Minhas botas provocavam um som agradável a cada passo meu naquela calçada molhada. A água escorria pelos cantos, desaparecendo no fundo de bueiros. Não havia pessoa alguma na rua, exceto algum desavisado que corria debaixo da água para se abrigar o mais depressa possível.

 

"- Onde diabos você está, Noah?"

 

         Um rouco trovão quebrou o silêncio que a chuva trazia. Desejei que Louise não tivesse despertado com aquilo, e que permanecesse a dormir até meu retorno. Eu não devia me demorar muito em procurar Noah. Passei pela frente do imutável castelo, dobrei a esquina, entrando por uma rua ainda mais deserta. Duvidei que Noah estivesse na rua dos fundos da casa de detenção, embora fosse o único caminho para retornar à minha casa.

 

"- Hum, ele só pode estar dormindo em algum lugar. Aquele preguiçoso..."

 

         Sorri, já abandonando a ideia de procurar por Noah. Ao passar pelos fundos da detenção, ouvi barulhos inconvenientes vindos de uma pequena janela que dava para o interior de uma cela, certamente. Barulhos semelhantes à uma vasilha de metal sendo batida contra as grades. Parei em frente à janela, imaginando o que ali estaria acontecendo. Seguidamente, ouvi uma conhecida voz a gritar em tom irritado. "Incompetentes, me tirem daqui!" Eu não poderia me confundir com aquela voz, se durante tanto tempo eu estive ao seu lado. Porém, a ideia era absurda. Por que ele estaria na detenção?

 

"- Esse é... Noah?!"– embasbaquei-me assombrosamente

 

         Eu estava pronta para escalar a parede e me pendurar na minúscula janela, a fim de verificar se minha mente não estava mesmo me traindo, quando o rosto dele surgiu por trás das barras de metal, assim como suas mãos fechadas em punhos. Então, minha mente estava certo, e Noah estava mesmo preso. Imaginei qual seria o motivo daquilo, e entre assassinatos e espancamentos, nenhuma hipótese me foi cabível. Assombrosamente, ele percebeu minha presença, congelando seus olhos no meu rosto atônito.

 

– Err... Aiza? - murmurou ele, estupidamente abrindo um sorriso amarelo para mim

 

– O que está fazendo na detenção?! - vociferei, erguendo o punho fechado para ele; ele realmente não tinha juízo algum

 

– Bom, ahn... É uma longa história. - sorriu ele, imagino que para tentar amenizar a situação

 

– Ora, seu..! - grunhi, marchando apressadamente até a porta da detenção

 

– Ei, ei! Onde você vai?! - gritou ele, desesperado

 

– Cale a boca! - ralhei, sumindo do alcance de sua limitada visão

 

         Encontrei um guarda corpulento na sala principal, dormindo indolentemente em sua cadeira com os calcanhares postos na beira da mesa de madeira, agradavelmente sombreado pela aba de seu chapéu. Bufei, fechando meus punhos fortemente. Qual deles era pior? Decididamente, eu não perderia meu tempo com dois irresponsáveis. Pus-me a ladear a mesa do guarda em direção à carceragem, quando um pequeno animal bloqueou meu caminho. Precisei de muita agilidade para não pisar em uma de suas pequenas patas devido à aparição repentina daquele cachorro. Seus olhos amendoados me fitavam carinhosamente enquanto sua cauda felpuda voava de um lado para o outro, tranquilamente. Deixei os ombros caírem, ajoelhando-me diante do inocente animal. Passei a mão pela pequena cabeça do mesmo, reparando que em sua boca estava o molho de chaves que obviamente deveria pertencer às celas. Não foi difícil pegar a argola com as chaves, enfim dirigindo-me até o interior da detenção. As celas estavam vazias, exceto uma.

         Noah ainda estava pendurado às grades da janela, gritando por alguém que já não estava do lado de fora. Aquela certamente era uma cena deplorável, e seu eu não estivesse tão decepcionada, estaria com certeza rindo da situação. Maliciosamente, rodopiei o molho de chaves em meu dedo indicador, erguendo-o no ar. O som das chaves se movendo fez com que Noah se lançasse rapidamente na minha direção. Não pude identificar se em seu rosto predominava o desespero ou a vergonha.

 

– Que horror, Noah. - disse repulsiva, franzindo o cenho para ele enquanto as chaves giravam em meu dedo

 

– Aiza, você veio me tirar daqui? Eu sabia que não me deixaria sozinho! - festejou ele aliviado, passando a mão pela testa

 

– Do que está falando, seu imbecil?! - meu anto-controle se foi e eu lancei minha mão para dentro da cela, agarrando a gola da blusa de Noah grosseiramente - O que pensa que está fazendo aqui em uma hora dessas?! - sacudi-o, truculenta

 

– Ei, pare com isso! - suplicou, segurando meus pulsos em vão - Eu posso explicar! - argumentou ele

 

– Então comece logo, estou esperando! - joguei-o para dentro da cela, aguardando grosseiramente com as mãos na cintura

 

– Bom, acontece que... Eu estava na minha ronda, você sabe, já que o velho me deu esse trabalho inútil, então eu... Bom, eu estava passando por Flarine e, ah! Estava uma noite linda, você precisava ver! Mas então como eu dizia, naquela noite eu estava... Hum, bom, eu acho que foi um mau momento e... Encontrei uns amigos no bar, nós começamos a beber... Aff, você não imagina como esse guarda é audacioso, ele mal deve saber quem sou eu, e... Ah, sim! Eu estava falando que... - eu o cortei irritadamente depois de dez vazios minutos esperando por uma explicação que não acontecia

 

– Ah, fique quieto! Saia logo daí antes que eu me arrependa. - assenti tediosa, abrindo a cela com uma das chaves

 

– Oh, obrigado, Aiza... - suspirou ele, saindo da carceragem impaciente - Bom, esse lugar fede. Que tal darmos uma volta? - propôs ele, dirigindo à mim uma sutil piscadela

 

– Não posso, tenho que voltar para casa. - neguei, jogando as chaves para longe - Tenho alguém me esperando. - cruzei os braços

 

– Quem? - perguntou curioso, arqueando uma sobrancelha – Por acaso você..? - ele espantou-se, recuando um passo

 

– É claro que não, seu demente! - vociferei, deferindo-lhe um tapa no ombro - É Louise. - disse, baixando os olhos

 

– Louise? Quem é essa? - ele insistiu intrigado, seguindo-me enquanto eu caminhava rumo à saída da detenção

 

– Se quiser, veja você mesmo. - lhe lancei um olhar permissivo, sorrindo com o canto dos lábios

 

         Eu ajeitei o capuz sobre os cabelos e lancei-me debaixo da chuva, correndo rapidamente pelas ruas de Flarine devido à minha agilidade de movimentos. Noah seguiu-me com nenhuma dificuldade, e logo estávamos diante da porta de minha casa. Pensando bem, era a primeira vez que ele entrava em minha casa, e aquilo me fazia sentir uma ponta de euforia, embora bem escondida em meu coração. Antes de abrir a porta, reparei em como ele estava molhado - e bonito - devido à chuva forte.

 

– Não faça barulho, entendeu? - sussurrei, girando levemente a maçaneta da porta

 

– Certo. - respondeu ele em outro sussurro, encolhendo-se ao meu lado diante da porta; imaginei no que ele estaria pensando encontrar atrás daquela porta, e aquilo me rendeu bons e internos risos

 

         Silenciosamente, eu abri a porta. Entrei e logo tirei as botas molhadas, deixando-as ao lado do tapete. Não soube se por educação ou mera repetição, Noah fez o mesmo, cuidando para que nenhum ruído fosse feito. Ele observava cautelosamente o interior de minha casa enquanto me seguia na direção de uma porta entreaberta. A fenda entre a porta e a moldura na parede nos possibilitava ver uma parte dos cobertores onde eu havia deixado Louise, mas curiosamente ela não estava ali. Assustada, quase em pânico, empurrei a porta para trás, imaginando que o pior tivesse acontecido e aquela criança tivesse ido para algum lugar perigoso. Quando a extensão do quarto foi revelada, meu coração se sentiu acalentado, acolhido. A pequena menina estava ajoelhada sobre minha cama, debruçada sobre o beiral da janela a olhar para a chuva. Suspirei aliviada, constatando que Louise não corria perigo. Talvez eu não devesse tê-la deixado sozinha. Ela virou-se curiosa para a porta, fitando-me com sua doçura impecável. Seus lábios se espicharam em um sorriso carinhoso e seus olhos azuis brilharam em contato com os meus, revelando o quão contente estava. Senti que eu me derreteria por completo ali, naquela porta, naquele momento.

 

– Mãe! - ela clamou alegremente, erguendo-se sobre minha grande cama e correndo pela mesma em minha direção; seus pequenos braços abertos para me receber

 

– Ei, cuidado. - adverti, correndo até a cama e recebendo-a com um salto em meus braços antes que ela caísse; meus braços se fecharam ao redor daquele minúsculo corpo enquanto os seus abraçavam meu pescoço

 

– Mãe?! - disse Noah, exasperado a observar a menina em meus braços - O... O quê..? - murmurou atônito, encarando-me

 

– Não pense coisas estúpidas, Noah. - avisei-o intolerável - Essa é Louise, eu a encontrei na Floresta dos Espíritos hoje e a trouxe para cá. - revelei, abaixando-me e depositando a menina no chão

 

– Mas então por quê..? - ele apontou para a sorridente menina, ainda visivelmente perplexo

 

– Mãe, quem é esse Tio? - Louise perguntou curiosa, abraçando-se em uma de minhas pernas; sua cabeça tocava na altura de meu joelho, praticamente

 

– Você é tão lerdo. - bufei com escárnio - Ela me chama de mãe porque eu vou cuidar dela agora, entendeu? - disse, afagando os louros cabelos de Louise com minha mão - Esse é o Tio Noah, Louise. - disse, apontando para ele

 

– Ei, o que é isso de Tio? - ele cruzou os braços confuso, erguendo as sobrancelhas para mim; o ênfase que dera ao "Tio" fora extremamente cômico, arrancando-me algumas risadas abafadas

 

– O Tio Noah é muito bonzinho, ok Louise? Tudo o que você pedir, ele fará. - falei sorridente para a menina, então lançando um olhar malicioso para Noah, embasbacado - Se ele fizer algo que você não goste, você poderá chutar a perna dele. Está tudo bem, eu deixo. - assenti graciosamente para a criança, segurando sua pequenina mão

 

– Ei, Aiza! - ralhou ele, enfurecido; eu apenas sentei-me na beira da cama, rindo desvairadamente

 

– Tio Noah, em que lugar bonito você vai me levar? - perguntou Louise com toda a sua pureza, correndo até ele e lhe puxando uma das pernas da calça, docemente sorridente; ela era realmente encantadora

 

– Err... Hum, você quer passear? - perguntou ele confuso, sem saber ao certo o que fazer diante daquela pequena menina; Noah olhou-me profundamente interrogativo, como se esperasse de mim uma solução para seu dilema

 

– Tudo bem, Louise. - eu disse afável, e a criança correu novamente até mim, escondendo-se sorridente ao lado de minhas pernas - Ele lhe levará para conhecer a cidade em breve, certo? Logo que passar a chuva. - prometi

 

– Hum! - assentiu ela, sorridente a saltar para cima da cama

 

– Agora vá brincar lá na sala enquanto eu converso umas coisas de gente grande com aquele sujeito ali. - sorri irônica, indicando Noah com um olhar nada sutil

 

         A pequena loura desceu da cama, que para ela parecia grande e alta demais, e passou em uma sutil corrida com seus passos curtos por entre as pernas de Noah. Ele a observou pensativo, permanecendo naquela reflexão por alguns instantes na porta do quarto. Aquele Slater era tão grande, tão forte, tão adulto se comparado àquela pequena criança, e no entanto eu podia notar um sentimento inocente nos olhos castanhos de Noah. No que afinal ele estava pensando?

         A chuva se intensificara do lado de fora da janela, invadindo o quarto com o som macio da água caindo na calçada. A claridade das nuvens acinzentadas era quase ofuscante, ainda mais do que poderia ser a do sol, se ele milagrosamente aparecesse. Meus olhos invadiam os de Noah, ainda tão profundos em pensamentos misteriosos. Sua camisa molhada e mesclada ao corpo me proporcionava uma visão quase que transparente de seu peito e abdômen, provocando em minha mente devaneios inapropriados para o momento. Tínhamos uma criança em casa, eu logo lembrei.

 

– Então, o que foi? - o chamei, despertando-o daqueles pensamentos; ele olhou-me curioso e então sorriu timidamente, aproximando-se de mim e sentando-se ao meu lado na beira da cama

 

– Essa menina... - ele murmurou, apoiando as mãos sobre os joelhos flexionados - Você vai mesmo ficar com ela? - fitou-me ele

 

– É claro. Não posso deixá-la sozinha. - assenti segura, encarando meus próprios joelhos cruzados um sobre o outro - Ela não tem ninguém. - completei tristemente

 

– Entendo. Sabe, ela até que é uma boa criança. - ele sorriu, olhando-me - Eu posso lhe ajudar. - e sua mão sobrepôs-se à minha

 

– Ajudar? - repeti risonha, entrelaçando meus dedos aos seus - Você mal sabe cuidar de você mesmo. - lembrei com escárnio

 

– Por isso que tenho você. - ele disse, fazendo meu coração palpitar desenfreado; eu sorri, levando minha mão livre até seu rosto e baixando a máscara que lhe cobria os lábios; aquele sorriso era fascinante

 

– Então, quer ser o pai de Louise? - perguntei com diversão, inclinando-me na direção de Noah; seus elegantes braços envolveram a minha cintura, tombando seu corpo junto ao meu sobre a cama macia

 

– Hum, me parece uma boa ideia. - assentiu ele, desmanchando o sorriso malicioso quando seus lábios quentes tocaram os meus com volúpia, apertando-me debaixo de suas grandes mãos

 

         O tempo reservado que nos fora concedido serviu para que apenas Noah molhasse minha roupa com a sua e corasse meus lábios com seus beijos apaixonados. Quando o ponteiro do relógio oval sobre a cômoda marcou exatamente quatro horas da tarde, um punho pequeno e gentil bateu algumas vezes na porta do quarto, fazendo-me lembrar do que eu havia esquecido durante aqueles breves instantes. "Temos uma criança em casa!", foi o que eu vociferei à Noah ao empurrá-lo para o lado e saltar da cama com a velocidade de um relâmpago. Ele ainda se contorceu irritado sobre o colchão antes de suspirar e aceitar que estávamos sendo interrompidos por uma pequena criança.

         Eu abri a porta, e ali estava minha pequena Louise com seu doce sorriso.

 

– Mãe, brinque comigo! - pediu ela, estendendo seus braços frágeis para o alto, para onde os meus estavam. 

 



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