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História O Retorno De Urano - Percy Jackson Interativa - 0.2; Chapter Two


Escrita por: artemiis_ , Nothing_Happens e nwtunos

Notas do Autor


— Hey. Estamos de volta.
Pedimos desculpas pelo demora, mas acho que todos devem saber como é final de ano e o começo, é bem apertado para todos.
Mais uma vez, a co-autora salvou minha pele fazer a betagem (Obrigada !)
Vamos tentar fazer capítulos mais rápidos. (Não se preocupem, não vamos desistir da fanfic !)

— Boa leitura ! // Nat 🦋⃤

Capítulo 3 - 0.2; Chapter Two


 O imenso vazio no qual se encontrava naquele momento já era algo muito comum para o rapaz. Entretanto, a voz gélida e metálica que vinha em seguida continuava sendo um pouco incômoda para ele.

 — Minha hora está chegando, Luccas Skygger — proferiu, repetindo o mesmo discurso de sempre. — A minha hora de triunfar sobre o Olimpo. 

 — Sei disso, senhor — respondeu o filho de Tânatos. Não estava acostumado a ser tão educado, mas temia as consequências de não o tratar com respeito — Apenas diga-me o que devo fazer. 

 — Em breve você saberá — disse a voz, com uma pitada de deleite em seu tom, como se seu dono parecesse satisfeito com algo. — Irei impedir que os escolhidos da profecia fiquem do outro lado. 

 — O senhor… — o garoto deu uma pausa a fim de conferir se havia realmente raciocinado tudo de forma correta. — Irá tentar trazê-los para o nosso lado?

 — É a coisa mais inteligente a se fazer, não é? — o tom da voz que invadia a mente de Luccas se elevou, parecendo ter ficado irritado, e passando a gerar uma forte dor de cabeça no garoto.

 Antes mesmo de ser capaz de responder a pergunta daquele ser, Luccas o escutou sussurrando instruções sobre o que deveriam fazer nas próximas semanas. Então, quando a voz enfim se calou, o Skygger sentiu como se estivesse sido empurrado de um abismo e acordou subitamente. 

༺༻

 O sol vespertino contrastava quase que perfeitamente com a pele clara do rosto do rapaz, assim como com seus fios cacheados e castanhos. Os profundos olhos esverdeados estavam fixos nas cartas de baralho as quais tinha em mãos, enquanto aguardava ansiosamente pelo pôr-do-sol, quando tudo ficaria na mais profunda escuridão.

 Ludwig desviou o olhar a tempo de ver Jayden Autumn entrar no quarto improvisado. 

 — Luca conseguiu mais mantimentos e néctar — anunciou a filha de Ares. Luca Giordano havia sido encarregado de conseguir os mantimentos da semana e, como filho de Hermes, aquele era o trabalho perfeito para ele. — Não me pergunte como nem onde ele os arrumou. 

 — Tudo bem — disse, passando despreocupadamente as cartas de baralho de uma mão para a outra — Como está a Laylah Kwon? 

 — Lucy está cuidando dela, você sabe... — Jayden passou a mão pelos cabelos e desviou o olhar, fixando-o em algum ponto no horizonte — ...depois que ela voltou louca do labirinto

 — E não temos nosso especialista em loucura para ajudar — falou Ludwig, referindo-se a Dionísio, o deus do vinho, aquele por quem ele nutria forte ódio devido à morte de toda sua equipe em uma missão para recuperar um de seus objetos sagrados. 

 — Pelo menos tenho a benção dele — disse Jayden, evitando mais uma vez olhar nos olhos do rapaz — Talvez ela finalmente sirva para alguma coisa.

 O filho de Érebo apenas soltou um "Claro" e retornou a observar o exterior através da janela. Jayden, sem proferir mais nenhuma palavra, retirou-se do quarto e foi tentar preparar algo para seus companheiros, pretendendo ir, em seguida, tentar ajudar Lucy a trazer a sanidade mental de Laylah de volta. 

༺༻

 A facilidade com a qual o filho de Hermes conseguia roubar — ou, como ele preferia, pegar emprestado e não devolver — era tanta, que algumas vezes até ele próprio se assustava. Desta vez, Luca havia conseguido mantimentos para a semana toda, o que queria dizer que eles teriam, durante alguns dias, o luxo de não precisar parar em alguma cidade a fim de roubar mais coisas.

 O rapaz se dirigiu rapidamente para a enfermaria improvisada, levando alguns frascos de néctar consigo. 

 — Starlight — ele chamou assim que adentrou no local. 

 — Você conseguiu? — perguntou a filha de Íris, virando-se para Luca, que não pôde deixar de notar a coloração alaranjada presente em seus olhos. Ele não entendia muito bem sobre como aquele fenômeno funcionava e nem o que todas as cores significavam, porém tinha certeza de que laranja significava preocupação, mesmo sendo algo que não combinava com Lucy. 

 — Sim — disse, assentindo com a cabeça e logo entregando dois frascos de néctar para a garota — Como ela está?

 — Melhor do que há quatro dias — respondeu, olhando para Laylah, que naquele momento dormia sobre uma espécie de cama e tinha um pano molhado sobre a testa. A filha de Éris havia tentado andar pelo labirinto de Dédalo, a fim de encontrar possíveis esconderijos para o grupo, mas a única coisa que conseguira havia sido ficar à beira da loucura total. 

 — Ela vai ficar bem — assegurou o garoto, tentando animar a outra — Então iremos para outro lugar mais seguro, até os planos dele estarem prontos. 

 — Espero que você tenha razão — disse Lucy com um suspiro de cansaço. Ela então o encarou mais uma vez, e o Giordano pode ver a coloração dos olhos da garota contratar entre o azul e o laranja: calma e preocupação ao mesmo tempo. 

༺༻

 Luccas Skygger havia acordado de mais um dos sonhos — ou melhor, pesadelos — que sempre tinha com ele. O primordial havia lhe dado algumas instruções sobre o que deveriam fazer para que uma parte do grupo conseguisse recuperar seus restos mortais, enquanto a segunda agitava o Acampamento e a última tentava ao máximo esconder certas coisas que haviam roubado há alguns dias atrás. 

 Todos já se encontravam reunidos no local onde o filho de Tânatos havia convocado uma reunião. 

 — Agora que estão todos aqui — começou ele, olhando com uma expressão séria para o rosto de cada um — Eis o que iremos fazer…

༺༻

 Alisha Smith não era nenhum pouco parecida com os outros filhos de Atena: tinha pele escura e cabelos crespos, sendo seus olhos cinzentos a única característica física que compartilhava com seus meio-irmãos. Mesmo assim, a inteligência dela provava que a deusa da sabedoria era mesmo sua mãe, tanto que ela havia passado algum tempo no comando do chalé seis, antes de seu irmão assumir, e agora ocupava o cargo de vice-conselheira de seu chalé.

 Alisha estava andando perto dos campos de morangos e bem longe de qualquer corpo de água presente no acampamento. Já que, sendo filha de Atena e descendente de Odisseu, ela definitivamente não era bem-vinda no mar. Limitava-se, então, a sentir o cheiro doce da plantação enquanto tentava clarear a mente.

༺༻

 O macio cobertor arroxeado e cheio de estrelinhas quase impedia Noctis de se levantar. Como uma filha — a única, para falar a verdade — de Nyx, a deusa da noite, a garota não tinha muita animação para acordar enquanto o sol ainda se encontrava no céu. 

 Com muita dificuldade, a loira levantou-se da sua cama e observou o chalé vazio. Em partes, era bom não ter ninguém ali, pois ela gostava de sua privacidade, mas em alguns momentos não podia evitar se sentir solitária. 

 Já de pé e trajando as roupas do acampamento, ela foi em direção a janela a fim de observar o movimento por alguns minutos. Olhando para os poucos campistas que já estavam de pé, Noctis sentiu algo estranho, como se soubesse que algo iria acontecer. Depois retornou sua atenção para dentro do chalé e seu olhar caiu sobre a caixa de seu violino, a qual estava apoiada contra a cabeceira. Ainda com o mau pressentimento, ela o pegou e começou a tocar uma música que ouvira uma vez no mundo mortal.

༺༻

 Ângelo andava pelo acampamento observando cada canto do local, o que acabava por assustar os outros campistas que estavam por perto. Não que Ângelo fosse alguém ruim ou que as pessoas não gostassem dele — muito pelo contrário, ele se dava muito bem com praticamente todo o acampamento —, a questão era que Silva era filho de Momo, a deusa da ironia, e isso o colocava em um nível semelhante — ou até pior, em alguns momentos, ao de um filho de Hermes em se tratando de piadas e pegadinhas.

 Os olhos do rapaz brilharam quando ele avistou um dos filhos de Bóreas. Astarot Moll estava caminhando pelo acampamento com um semblante de alguém que havia tido uma ideia — o que também era algo que assustava bastante os semideuses — na direção contrária a que o filho de Momo ia. Quando se cruzaram, eles não hesitaram em se cumprimentar:

 — Astarot. 

 — Ângelo.

 — O que está tramando agora? — questionou o brasileiro com um sorriso de divertimento, colocando a mão na cintura e pondo um peso do corpo em um só pé. 

 — Estava pensando em pedir permissão a Quíron e ao Sr. D, para que eu possa ir na próxima limpeza da fronteira — respondeu o filho de Bóreas. “Limpeza da fronteira", como todos costumavam chamar, era quando os diretores do acampamento mandavam um grupo de semideuses para destruir os monstros que se acumulavam ao redor da barreira mágica. 

 — Ah, é claro — Ângelo jogou as mãos para o alto, já sacando toda a jogada do amigo. Conhecia Astarot a tempo o suficiente para saber que ele — como o bom louco por experimentos que era — iria se candidatar apenas para conseguir, com sorte, recolher alguns restos de monstros ou coisas do gênero. 

 — Por que você não vem também? — perguntou Astarot, vendo o outro o olhar com uma face confusa — Com sorte Quíron e o Sr. D irão deixar.

— O doido por experimentos e o filho da deusa da ironia? — perguntou ele, sarcástico e dando de ombros — Por que não?

 Os dois foram em direção à casa grande, com a esperança de ganharem a permissão de sair do acampamento. 

༺༻

 O chalé de Selene era escuro e confortável, com desenho de estrelas e da lua no teto, ou resumido em poucas palavras: perfeito para uma filha da titã da Lua. 

 Ao menos era isso que Aysha Chantrea achava. A única filha semideusa da titã da Lua preferia estar dentro de seu chalé, protegida do sol, do que lá fora, onde a luz solar consumiria toda a sua energia.

 Com muita dificuldade — para não dizer preguiça — ela sentou-se, jogando o confortável cobertor de lado e olhando fixamente para a cômoda que ficava ao lado de sua cama, deu um breve suspiro e abriu a terceira gaveta, retirando um livro de dentro dela e fechando-a logo em seguida. 

 A garota sentou-se no chão da área central do chalé e começou a folhear o livro até achar a página que desejava. 

 Selene havia pensado em tudo para seus filhos. A titã sabia que eles iriam ficar sem energia durante o dia e, por conta disso, havia criado uma espécie de ritual, onde eles poderiam absorver a energia lunar durante a noite — ou de dentro do chalé, quando eles esquecem de o fazer à noite — e usá-la durante o dia. 

 Após terminar tudo e absorver uma boa parte da energia do local, Aysha já sentia-se incrivelmente revigorada e enfim pronta para mais um longo dia no Acampamento Meio-Sangue. 

༺༻

 A cena que se presenciava era estranha e um tanto perturbadora para os outros campistas, afinal, não era todo dia que se via um filho de Hades e um de Phobos andando lado a lado. 

 Pelo modo como os dois conversavam, parecia até que estavam tramando um assasinato ou algo parecido. Caminhavam próximos e, de vez em quando, levantavam seus olhos para observar os outros campistas.

 Sendo um filho de Phobos, o deus do medo, Simon colocava pavor nas pessoas com um simples olhar e, tendo Amon Brown, filho de Hades, ao seu lado, causava ainda mais medo nos outros campistas. Na verdade, o assunto da conversa era a respeito do que haviam percebido que estava acontecendo no Acampamento. 

 — Quíron e o Sr. D andam conversando muito ultimamente — comentou Amon, olhando disfarçadamente em direção à casa branca. 

 — Quíron também está falando muito com a Natália — continuou Simon, olhando em direção ao chalé três, que naquele momento estava vazio já que a filha de Poseidon estava andando pela praia do acampamento. — Um dia desses eu o ouvi falar sobre Fallon.

 — A filha de Prometeu? — questinou o garoto, levantando uma sobrancelha com certa surpresa — Isso não deve ser coisa boa — disse, e o outro concordou logo em seguida.    





 


Notas Finais


— Obrigada por terem lido até aqui. 🦋⃤

[Obs: Paciência pessoal, os que ficaram como secundários serão sim aproveitados, já temos planos para alguns deles.]


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