História O Segredo Daquela Noite. (Xiumin) - 12

 

Quando cheguei no portão do prédio Xiumin mexia em seu celular e assim que me viu guardou o aparelho em seu bolso da calça. 

- Você está linda. Disse vindo até mim.

- Ás vezes eu me arrumo. Disse e ele riu, dei um selinho rápido e quando me afastei ele me olhou feio. - O que foi? 

- Você aparece aqui completamente maravilhosa e me dá apenas um selinho? Não não eu quero mostrar pra quem passar que esse mulher incrível tem dono. Ele me puxou pela cintura e me beijou, seu beijo era calmo mas conseguia transmitir desejo e vontade, Xiumin estava com vontade de mim e isso me fez sorrir em seu beijo. 

- Para estão olhando. Resmunguei em seus lábios e me afastei. 

- Então eu consegui o que queria. Ele abriu a porta do carro e eu entrei, ele deu a volta e entrou. Me deu um selinho demorado e colocou o cinto em mim e depois o dele.

- Você faz eu me sentir um bebê. Disse assim que ele ligou o carro e deu partida. 

- Eu gosto de cuidar de você. Eu sorri com suas palavras. 

- Eu estou nervosa. Falei ao pensar na mulher de Chen. 

- Está?

- Sim, eu não estou preparada para conhecer a melhor amiga da sua ex. 

- Relaxa, ela não vai te matar.  

- Eu ao menos sabia que Chen era casado. 

- Ele casou logo depois de mim... Depois que disse ele pensou e suspirou. - Desculpa eu não deveria estar falando disso. 

- Tudo bem oppa, eu não ligo. Sorri e ele me encarou por um momento. - Posso ligar o rádio? 

- Você sabe que não precisa pedir. Liguei o som com sua permissão e coloquei em uma música calma, mas não saberia dizer de quem era.

- Gosto de parecer educada para você. Ele começou a gargalhar e eu fiquei sem entender. - Por que está rindo de mim? Perguntei. 

- Lembrei de quando rasgou seus trabalhos na minha frente, aquilo não foi nada educado. Eu me segurei para não rir, mas você estava tão nervosa, foi realmente difícil. 

- Aigoo eu estava irritada porque eu sabia que estava fazendo de propósito. 

- O que pensou quando me viu no seu primeiro dia de aula? 

- Eu pensei: Tantas faculdades e ele tinha mesmo que dar aula para mim? E você o que pensou? 

- Hoje não é meu dia de sorte. 

- E não era mesmo.  

Assim que Minseok estacionou seu carro em frente a casa de Jongdae eu suspirei fundo. Estava tão nervosa que nem sentia meu pés quando saí do carro. A casa era linda, as paredes de vidro e muito bem cuidada. 

- Não precisa se preocupar, eu estou com você. Xiumin colocou seu braço em volta de minha cintura e beijou minha testa, somente assenti e ele tocou a campainha. 

Assim que a porta abriu, um homem bonito e extremamente fofo ao mesmo tempo sorriu para mim, olhei para Xiumin por vergonha e acabei corando. 

- Pensei que tinham desistido, oi eu sou o Jongdae mas me chame de Chen. 

- Oi Chen é um prazer te conhecer. Estendi minha mão para o mesmo que a beijou. 

- Vem entrem. Ele deu passagem e assim que entrei ouvi ele cochichar no ouvido de Xiumin. - É um cara de sorte. 

- Eu sei. O mesmo disse e piscou em seguida. 

Jongdae nos guiou até a sala e assim que me sentei sua mulher apareceu. 

Ela é perfeita. 

Eu estou nervosa. 

Isso é um pesadelo. 

- Você é a tão famosa Soonkyu? Ela perguntou e eu me levantei, seu vestido era vinho e ia até seus pés.

- Eu famosa? Não, está enganada. Eu disse e ela sorriu. 

- Eu sou a Mindy. Me cumprimentou com um abraço e depois falou com Xiumin. 

- Ela é mesmo bonita. Disse para Minseok. 

- Eu disse. Ele respondeu. 

- Assim vocês me deixam sem graça. Falei corando. 

- Eu vou voltar para a cozinha. Disse Chen. 

- Precisa de ajuda? Perguntei e ele negou. 

- Mas gostaria de uma conversa a sós com a nova namorada do meu melhor amigo. Ele disse e eu o segui. 

- Não sou namorada dele. Eu disse quando chegamos na cozinha. Mindy e Xiumin ficaram a sós na sala e eu até achei bom isso acontecer, eles precisavam conversar. 

- Ainda. O Min fala muito de você. 

- Não sabia disso, mas fico feliz em descobrir. 

- Ele deve ter dito que minha esposa é melhor amiga da Eunha.

- Sim, mas ela foi bem educada comigo. 

- Eu pedi a ela que fosse. 

- Tudo bem Chen, ela não precisa gostar de mim. 

- Mas precisa respeitar a decisão de Minseok.

- Podemos mudar o assunto? Ele assentiu. - Não sabia que cozinhava. 

- Eu tenho um restaurante e as vezes vou para lá cozinhar, é como se isso fosse uma fuga para meus problemas na empresa. 

- Eu com certeza quero ir lá visitar. Disse puxando um banco na bancada, estava cansada de ficar em pé. 

- Eu já disse para o Xiumin te levar lá, mas ele tem muito ciúmes de você. 

- E por que? 

- Não percebeu? Ele perguntou e eu neguei. - Ele está apaixonado. 

- Não acho que ele esteja apaixonado, apenas gosta de mim. 

- Que negativa. Jongdae disse enxugando suas mãos. - Nunca o vi assim, nem mesmo com a Eunha. Aigoo me desculpe por falar dela. 

- Tudo bem, eu não ligo. O que você quis dizer com assim? 

- Minseok sempre foi meio fechado apesar de ser simpático, sempre disse a ele que deveria colocar seus sentimentos para fora. Mostrar seu interior para quem ama, mas ele nunca me ouviu, quando ele te conheceu tudo mudou. 

- Isso é normal, afinal não fez quase uma semana que estamos juntos.

- Ele fala de você desde que te conheceu Soon.

- Sério? 

- Agora acredita em mim? Assenti. - Que bom! Pode me ajudar a levar as coisas? Assenti novamente. 

O que Jongdae me disse mexeu um pouco comigo, fiquei contente em saber disso. O jantar foi bem divertido. Conversei bastante com a esposa do Chen e não posso negar que adorei muito os dois. Mindy foi muito legal comigo e Minseok parecia contente. 

- Eu acho que deveriam experimentar esse vinho. Disse Chen vindo da cozinha, estávamos na sala. 

- Pode deixar que eu sirvo amor. Sua esposa pegou o vinho de sua mão e enquanto abria Jongdae nos deu as taças. 

Ela serviu Minseok que agradeceu e depois veio a mim e me serviu também, agradeci. Assim que ela levantou a garrafa de minha taça seu braço bateu em minha mão e eu acabei derrubando todo o vinho no meu vestido. 

- Aigoo Mindy tenha mais cuidado. Disse Xiumin se levantando e vindo até mim. 

- Eu não quis derrubar eu juro. Ela começou a ficar nervosa. 

- Tudo bem oppa, ela não fez por mal. Eu que fiquei distraída. 

- Eu posso te dar um vestido novo, venha. Ela me puxou para as escadas e me levou para seu closet. - Eu juro que não fiz por mal, eu sei que você deve achar que eu te odeio mas não é isso. 

- Tudo bem, não precisa me explicar. 

- Eu preciso sim, Eunha escolheu isso, ela que o abandonou mesmo sabendo que ele a amava demais. 

- Não precisa disso Mindy, eu não preciso saber sobre a Eunha. Eu nem a conheço. Disse enquanto a mesma abria o zíper do meu vestido. 

Tirei meu vestido enquanto ela pegava outro. 

- Toma esse. Ela me entregou um vestido preto de veludo ele era muito bonito.

- Esse é lindo. 

- Pode ficar pra você. 

- Não precisa, eu te devolvo assim que puder. 

- Fica, eu acabei com o seu vestido o vinho não vai sair. Ela me ajudou a colocar e fechou o zíper. - Por favor? 

- Tudo bem, obrigada. Peguei o vestido branco caído no chão e suspirei, eu tinha gostado mesmo daquele vestido. 

Assim que descemos as escadas, Chen e Xiumin estavam sentados mas quando me viu Minseok se levantou. 

- Vamos embora. Ele pegou em meu braço. 

- Por que? Eu disse me soltando dele. 

- Olha Min eu sinto muito mesmo. Chen se aproximou e encarou a esposa bravo. 

Eu não entendia nada. 

- Você me disse que ela seria gentil com a Soon e isso não é gentil. Minseok aumentou seu tom de voz e eu arregalei os olhos. 

- Eu não queria que isso acontecesse de verdade. Mindy começou a se defender. 

- Mas precisava disso? Ele apontou para o vestido. 

- O que tem o vestido? Eu perguntei. 

- Vamos. Ele voltou a apertar meu pulso e me puxou até seu carro, sem dizer nada ele entrou e começou a dirigir. 

- Pode começar a se explicar por favor? Eu disse cruzando meus braços. 

- Eu sabia que ela ia me provocar. 

Ele se referiu a Mindy. 

- Foi um acidente, ela não fez por mal. 

- Isso não foi um acidente. Ele olhou novamente para o vestido preto de veludo que vestia. 

- O que tem esse vestido Minseok? 

- O vestido era dela. 

- Da Eunha? Disse tentando abrir o zíper. 

- O que está fazendo? 

- Me livrando disso. Comecei a procurar meu vestido branco para vestir já que tinha jogado no banco de trás. 

- Não precisa sério. Fica muito melhor em você do que nela. Ele sorriu. 

- Mesmo assim não me sinto confortável. 

- Você vai acabar me desconcentrando com seu corpo e eu não quero morrer hoje. Ele disse me olhando com um sorrisinho pervertido.

- Aish ok. Suspirei e fechei o zíper. - Pensei que a Mindy tinha gostado de mim. Suspirei derrotada. 

- Jongdae gostou de você. 

- O que você e ela conversaram enquanto estava na cozinha? Perguntei pois estava realmente curiosa. 

- Não quero falar sobre isso agora, tudo bem? Assenti. O silêncio começou a tomar conta e então comecei a olhar a paisagem pelo carro, a lua estava muito bonita naquela noite. 

- Pode me deixar em casa por favor? Eu disse fazendo ele me encarar surpreso. 

- Está brava? 

- Não, eu só quero minha cama. 

- Tem certeza? 

- Sim. 

Assim que ele estacionou no meu prédio eu peguei minha bolsa no banco traseiro enquanto ele abriu a porta para mim. 

- Eu sinto muito por isso. Disse ele encarando meus olhos e depois meu vestido. 

- Você não teve culpa. Dei um selinho nele mas ele não deixou me afastar prolongando o beijo. Sua língua invadiu minha boca e nem tinha percebido que cedi isso. Quando paramos por falta de ar ele suspirou. 

- Eu queria que fosse para minha casa. Ele fez biquinho. 

- Aigoo, você nunca cansa. Disse e ele riu. 

- Só gosto de você Jagiya. Ele beijou minha testa. 

- Jagiya? Disse sorrindo.

- Não gosta? 

- Gosto. Ele me abraçou. 

- Desculpa por hoje. Repetiu e eu suspirei. 

- Você não teve culpa. Apertei o abraço. 

- Eu te amo. Xiumin disse enquanto me abraçava e aquilo me deixou extremamente feliz. 

Ele falou o que eu mais queria ouvir naquela noite. Naquela linda noite, com aquela linda lua.

- Pode repetir? Disse desfazendo de seu abraço. 

- Por que? 

- Quero olhar em seus olhos enquanto fala. Ele riu e suspirou. 

- Eu te amo. Ele repetiu e pude ver em seus olhos que aquelas palavras eram verdadeiras. 

- Eu te amo também. 

Continua...