Acordo deitada sobre minha cama, não sabendo ao certo como ali cheguei. Porém, no estante que tentei levantar, suas mãos me empurram para baixo, forçando-me a novamente a voltar para a antiga posição.
- O que é isso? – digo, tentando novamente me levantar, só que com ferocidade, fazendo com que um grito enorme fosse solto.
- Julie! – apenas ouço sua voz delicada e furiosa ao mesmo tempo. – Deite-se. – ordena se levantando novamente e me empurrando com suas duas mãos.
- Não! – disse, tirando suas mãos, mas com um grito agudo logo em seguida.
- Como é teimosa, igual a sua irmã! – enquanto voltou a sua posição original, acalmo-me respirando fundo.
- O que aconteceu? – digo, e logo em seguida sinto outra dor enorme por detrás de meu ombro, na mesma localidade da ferida que levei na floresta.
- Jul... – antes que pudesse dizer ou se aproximar, estico minha mão em posição de pare e uma cara não animada.
- O que aconteceu? – torno a repetir. – Como parei aqui?
- Julie. – ele respira fundo. – Você desmaiou.
- Desmaiei? – repito. – Com.. Por quê?
- Julie... É um pouco complicado.
- E deixara de ser assim que me disser! Ou melhor, explicar! – exigia, o olhando diretamente nos olhos. Antes que pudesse dizer qualquer coisa, Kerol entra andando rapidamente pelo quarto com um livro enorme sobre as mãos, cujo símbolo claramente conhecia. – O que faz com o livro lunar?
- Julie, você acordou! – disse, empolgada e ao mesmo tempo, intrigada.
- Julie! – Eva diz, empolgado. Mas não demonstra animação em uma aproximação. – É ótimo saber que ainda está bem!
- É claro que estou bem. Uma dor nos ombros, mas logo passa. – sorrio de canto, e todos me olham com pena e seriedade. – O meu Deus, o que aconteceu?
- Juliana... – Kerol iria continuar, mas eu simplesmente a interrompo.
- Está de sacanagem comigo? O que está acontecendo? A última vez que alguém me chamou seriamente pelo meu nome, foi no funeral da minha mãe e quando nossos pais queriam nos avisar que iriam se separar. Então, o que for pra ser dito, não enrole! – respirei fundo, apenas esperando sua resposta.
- Não achou estranha sua dor não ter passado ainda? – Evan olhava-me.
- Claro que sim. Está demorando a cicatrizar, mas deve ter sido por eu estar fraca, não sei! – me preocupada.
- Na verdade ela já cicatrizou, para ser sincero. E esse é o problema... Quando sarou, sua pele saiu o vermelhado, deu lugar a uma marca. – todos se olharam. – Deu lugar a marca do licantropia. – ele respira fundo.
- Está de zuação comigo? Querem me transformar em um lobisomem é? – dou uma risada, mas todos continuam me olhando sério.
- Julie, o problema de essa marcar estar em você, é que foi feita apenas para transformar homens em lobisomens. – Jared dizia. – Para não ser tão discriminativo. Pessoas humanas. – seu olhar se desvia do meu, mas logo se volta a mim. – Não outros seres.
- O que o Jared está tentando te dizer no final. É que fundir outro ser magico com um lobisomem é impossível, e a “preço” a ser pago por essa tentativa “invalida”. – coloca em aspas as duas palavras pelo ar em ordem.
- Só parem de enrolar e me digam logo. – antes que ele pudesse dizer, Kerol teve um pequeno momento emocional, em que deixou um suspiro seguido de um prevê choro.
- Que você vai morrer. – novamente todos soltam um suspiro. – Da pior forma que existe. – seus olhos miravam no chão.
- Como? – agora eu respirava fundo.
- Através dos seus sonhos.
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