Encarava-o curiosa com seu comentário. Havia como disse coisas demais a seu respeito que ainda não conhecia.
- Ela é de henna, logo vai sair. – digo, sorrindo.
- Sorte a sua. – sorri de volta.
- Mas o que sabe sobre ela? – pergunto-o, curioso com o que tinha a dizer.
- O que li nos livros... Marca da besta, famoso lobisomem. Usado em rituais de transformação. – faz uma pausa, pensando. – Geralmente usam isso em sacrifícios. Não sei ao certo para falar a verdade.
- Uau... Do que me disse, parece ter muito conhecimento.
- Não sabia que se interessava por poções e coisas sobrenaturais. – fixava seu olhar em algo.
- Só porque tenho uma tatuagem de henna sobre isso, não significa que seja fanática por esse mundo. - tento descontrai-lo.
- Ah... Então o livro sobre poções e reverter feitiços, não tem nada haver sobre seu fascino em relação ao mundo posterior? – olho o livro em minha mão, e eu apenas ri.
- Me pegou. – disse, por fim. – Talvez eu seja um pouco curiosa sobre esse mundo.
- Esse livro provavelmente só deve poções. Mas posso te recomendar outros que falam sobre diferentes tipos de seres, como fadas, duendes, vampiros... Ao menos que vá enfeitiçar alguém. – diz.
- Eu peguei mais por curiosidade... Mas e você, o que faz aqui? – tentava fugir novamente daquele assunto.
- O mesmo que você. Procurando por conhecimento sombrio. – rimos.
- É sério... Saiu da sua casa para vir até aqui buscar conhecimento?
- Na verdade não. Estou te perseguindo. Persigo-te desde criança. – diz, paramos alguns segundos nos olhando, e eu começo a rir, mesmo que aquilo tenha soado estranho, meu corpo se arrepiou completamente com o que disse, já que alguém realmente me vigiava. – Estou brincando. – sorrio, e ele retribui. – Na verdade a emergência era aqui em Ashburn. Vou voltar hoje para casa, mas antes quis ver a fantástica biblioteca desse Campus que muitos dizem ser maravilhosa e uma experiência diferente de tudo que já "experimentei". - risca as palavras no ar.
- Não mentiram. – disse. – Mas eu preciso ir, estão me esperando na área de estudos.
- Faz faculdade aqui? – pergunta-me.
- Agora sim. – respondo-o.
- Uma médica... Você serve perfeitamente para essa área. Pessoas como você podem salvar vidas. – ele sorri.
- Pessoas como eu? – intrigo-me.
- É... – antes de poder completar o que dizia, seu celular toca e ele o pega, apenas dando uma olhada para a tela. – Preciso ir. Boa aula Juliana, espero vê-la mais a tarde. – sorri, retirando-se. Fiquei parada ali por uns instantes, mas logo me dei conta do livro que estava em minha mão. Abro-o, apenas folheando algumas paginas e procurando talvez, outra opção além da que Kerol achou. Mas antes que eu pudesse continuar aquilo, um sino toca me lembrando os tempos de escola.
Ainda com o livro na mão, ando em direção a entrada da biblioteca, próxima ao local onde os estudantes ficam, e dando de cara com Amanda.
- Desculpa a demora. Mas não vi o tempo passar! – digo.
- Nossa você sumiu por mais de 1 hora, fiquei preocupada de ter se perdido. – diz.
- 1 hora? Não, no máximo 10 minutos. – retruco. – 1 hora é muito pra não se perceber.
- Não sei você, mas para nós foi 1 hora. – ela olha para os lados, cutucando alguém. – Max. – chama, e ele se vira. – Está é a novata de quem falei. – Amanda o vira, ficando de frente a mim.
- Amanda me disse coisas ótimas a seu respeito. – seus olhos eram azuis, apesar de que estava em duvida, devido ao sol. Seu cabelo era arrepiado, um pouco sem controle, ao qual a cor era um castanho dividido em loiro. Sua boca era encantadora, em outras palavras, carnuda no ponto certo. E uma pele clara, sem exagero. Possivelmente, um pouco bronzeado.
- Engraçado, ela não me disse nada ao seu respeito. – Um pouco depois de olhá-lo bem, acabei o reconhecendo. – Apesar de que já posso imaginar o seu tipo.
- Eu tenho um tipo? – olhava-me, concentrado. – Ah! Você é a garota da moto! – diz, sorrindo.
- Ah, e você é o desagradável garoto que me insultou. – disse, sorrindo.
- Eu não te insultei.
- Ah, como considera o fato dos meus pais serem loucos ao me deixar dirigir uma moto daquela? – pergunto curiosa. E ele da uma risada.
- Não me referi a sua direção. Mas sim que uma mulher, linda igual a você, dirigindo uma moto maravilhosa daquela, com esse corpo, é um perigo. – sorri de canto.
- Ah, pare! Assim vai deixá-la sem graça! – Amanda entra no meio.
- Até onde eu me lembro à intenção sempre foi essa Amanda. – ele sorri, e eu de volta, ainda sem graça. – Sou Max Irons. – ele estende a mão, e a pego.
- Sou Juliana Farmiga. – digo, soltando agora sua mão.
- Uma Farmiga! – exclama. – Quanta honra. – diz.
- Uma honra? – olhava-o duvidosa.
- Claro, sua família é uma das mais ricas da região. – após dizer, Amanda arregala seus olhos.
- Estou perdendo alguma coisa? – entra no meio. – Você é rica? – pergunta.
- Meu pai é. – respondo. E os dois riem.
- Típico de gente rica. – ele responde. – Mas você já olhou qual é a sua próxima aula? Tecnicamente está atrasada.
- Hum. – coloco a mão no bolso, retirando o papel. – Sr. Constantine. – respondo, e a Amanda faz um som estranho.
- Eu tenho aula de fisioterapia. Boa sorte pra vocês! – diz quase que correndo para fora da biblioteca.
- Não me diga que tem aula com ele agora?! – o encarava, esperando sua resposta.
- Claro. Você é a minha desculpa pelo atraso. – sorri de canto. – Hum, e seu livro, você tem que registrar se quiser levá-lo. – olhava para baixo.
- Poxa, me esqueci dele.
- Te levo a bibliotecária e logo depois para a sala.
- Parece meu pai.
- Por favor. Tenho idade para ser seu namorado, não pai. – minhas bochechas coraram com seu comentário, mas tentando fugir do assunto o lembro do livro, assim me levanto a bibliotecária e logo após a aula do professor Constantine de Anatomia.
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