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História O SEGREDO NA FLORESTA: A Origem - Aracnofobia


Escrita por: lUnbrokenl

Notas do Autor


Oi's pessoal, tudo bem com vocês?
Mais um capítulo fresquinho pra vocês, espero que gostem! <3

Capítulo 14 - Aracnofobia


Fanfic / Fanfiction O SEGREDO NA FLORESTA: A Origem - Aracnofobia

 

O esguio tenta ligar novamente, mais preocupado dessa vez. Novamente toca até cair a linha, sem ninguém atender.

César volta para o bar rapidamente. Ao avistar Elena, ele faz um “não” com a cabeça.

-Pessoal. – Elena chama o grupo de onde está e os olha seriamente. – Podem vir aqui, por favor?

Joui, Liz e Cris vão até eles rapidamente. O grupo estava isolado num canto do bar, próximo à porta lateral. César, ao ver Liz se aproximando com um saco de gelo e o nariz sangrando, pergunta preocupado:

-Gente, o que aconteceu aqui? A Liz tomou uma sova aí? – César olha para a perita.

-Ela tirou o dardo, César-kun! – Joui diz alegremente.

-Tá, a gente tá com um problema maior no momento. – César volta a se concentrar em Thiago.

-O que aconteceu, meu querido? – Liz pergunta com a voz anasalada.

-O Thiago não atendeu o telefone... – o esguio olha para o pessoal. – A gente percebeu que ele estava demorando muito – César faz um aceno de cabeça para a Elena. – Então tentei ligar pra ele.

-Está na hora da gente ir naquele posto. – Elena diz seriamente. – Pra ser sincera, estou com uma sensação ruim sobre isso.

-O Thiago-sensei não atendeu? – Joui pergunta sério enquanto guarda seu celular.

-Pessoal, vocês querem que a gente vá junto? – Arthur pergunta ao lado deles. O baixinho se aproximava deles nesse momento e parece ter ouvido um pouco da conversa.

-Não, vai atrapalhar o show! – Cris olha para ele rapidamente.

-Beleza, qualquer coisa estamos aqui do lado hein. – Arthur olha para eles. – Vamos terminar de testar o som aqui, vocês vão lá, buscam o Thiago e curtem o nosso show, beleza? – o baixinho abre um sorriso largo.

-É... Tenho certeza que tá tudo bem, pessoal... A gente já volta. – Joui diz um pouco nervoso. Claramente ele estava bem preocupado. – A gente só vai checar.

-Não quer que eu vá junto? – Brúlio se aproxima deles, assim como Arthur ele parece ter ouvido a conversa.

-Não precisa, ele só deve ter esquecido o celular... – Elena diz rapidamente.

-Claro, tudo bem então. – o grandão diz. – Bom, estamos aqui... Qualquer coisa... – ele começa a voltar para o balcão da Ivete.

-Ô Arthur, tem como me passar seu celular? Qualquer coisa a gente liga pra vocês. – César olha para o rapaz da heterocromia. – Não queremos atrapalhar o show.

-Claro, sem problemas! – Arthur sorri. – Nunca que vocês atrapalhariam o show... Vocês são parceiros, ajudaram meu pai, são parceiros. – diz determinado. – Toma aqui. – Arthur entrega seu celular para César com seu número anotado no grupo de whatsapp onde só tem ele mesmo. O esguio sorri ao perceber que não era o único que fazia esse tipo de coisa e anota o número.

-Ei, Arthur... Espero que dê tudo certo no show. – Joui olha para o baixinho que parecia bem ansioso. – Também costumo ficar um pouco nervoso antes de algumas apresentações... Só queria te tranquilizar e lembrar de respirar bem fundo e depois soltar o ar caso você se sinta muito nervoso. – o ginasta coloca uma das mãos em seu ombro. – Vai dar tudo certo. – sorri.

-Obrigado, Joui. – ele agradece. – Confesso que não estava tão nervoso, mas depois que meu pai falou sobre vocês e depois vocês apareceram aqui, eu quero impressionar e... Enfim... – ele respira fundo. – Espero que gostem!

-Não se preocupe com isso, tenho certeza que vai ser incrível. A gente vai estar aqui pra assistir seu show, ok? – Joui sorri.

-Tá bom, obrigado. – Arthur sorri.

-Vamos? – Elena olha para o grupo.

-Ô Ivete! – Liz olha para Ivete que ainda arrumava alguns copos no balcão e se aproxima dela. – Eu tirei o dardo, me dá mais um shot de Whiskey.

-Não sei se contou, mas eu te dou mais um pelo que aconteceu. – Ivete serve a Liz enquanto ria.

-Gente, pelo amor de Deus, vamos no Thiago! – Cris diz impaciente já na porta. Elena já os esperava fora do bar.

Liz rapidamente vira o shot e vai até o grupo.

-Vamos lá então? – César se vira para o pessoal quando Liz finalmente se junta a eles.

-Já passou da hora. – Elena começa a caminhar em direção ao pequeno posto do outro lado do estacionamento do bar. O lugar agora estava bem mais cheio do que quando chegaram. Haviam diversos carros estacionados por ali. O pessoal segue a garota até eles pararem em frente a uma pequena casa de madeira que tinha as luzes apagadas, como se não tivesse ninguém ali.

-Não tô gostando disso... – Elena coloca a mão na cintura em busca da arma e se lembra que estava no carro, em sua mochila, ela não estava mais com o sobretudo que escondia o coldre, usava apenas um suéter preto fino que não disfarçaria uma arma em sua cintura. – Droga. -suspira. – Preciso pegar minha arma.

-THIAGO! – Cris começa a gritar pelo jornalista na frente da casa. – THIAGO!

-Cristopher-san! – Joui segura em seu braço. – Não é essa a hora de gritar! – o ginasta o repreende.

 -Tá maluco?! – Elena se vira para o grandão. – Não chama atenção assim. – reclama enquanto começa a ir rapidamente em direção ao carro.

-Vou gritar sim! Thiago pode estar em perigo! – Cris olha nervoso para Joui.

-A gente tem que ser inteligente! – Joui murmura. – Gritar assim só vai colocar um alvo na gente.

-PODE COLOCAR UM ALVO EM MIM! – Cris grita novamente para a casa – CADÊ O MENINO?!

-Eu também tô preocupado, mas não é assim que a gente se aproxima... – Joui olha para Cris.

-Puta merda hein. – Elena chega apressada com sua arma na cintura.

Joui se aproxima da porta e coloca o ouvido na tentativa de escutar alguma coisa, mas não escuta nada.

-Pessoal, tá um silêncio absoluto ali dentro. – Joui se vira para o grupo. – Acho que é seguro a gente entrar...

-Não tô gostando disso. – Elena pega a arma com sua mão boa e fica preparada.

-Elena, não sei se é uma boa ideia ficar com essa arma na mão. E se o cara que mora aí te vê segurando isso? – Liz olha para a garota que estava ao lado da porta segurando a arma.

-Liz, a sensação que eu tô sentindo é que devemos estar armados aqui. – Elena olha seriamente para a perita.

Cris vai até a porta e bate três vezes na mesma. Alguns segundos se passam e não há nenhum tipo de resposta. A música que vinha do bar era a única coisa em contraste com o silêncio da casa.

-Qual era o nome do dono da casa? – Liz pergunta. – Gerson, alguma coisa assim?

-Getúlio. – Joui diz.

-GETÚLIO! – Cris começa a gritar.

Nenhuma resposta, apenas o silêncio. Impaciente e preocupado com Thiago, Cris abre a porta. Estava destrancada. A visão que Cristopher tem de dentro da casa é aterrorizante.

Havia sangue espalhado para todo lado, inclusive nas paredes, apesar disso, o que mais lhe chamou a atenção foi um corpo estirado no chão com uma aranha enorme, do tamanho de um cachorro de porte médio, devorando o rosto da pessoa. No susto, Cris dá um pulo para trás e a aranha percebe sua presença, rapidamente pulando em cima dele.

Elena, que já estava com a arma preparada, no reflexo atira rapidamente na figura negra que pula em cima de Cris. A garota acerta duas patas da aranha, ao menos é o que parecia no susto, mas isso não afasta o enorme aracnídeo, que consegue se agarrar no rosto de Cris e morder sua bochecha. Agora com a criatura em cima do grandão era possível ver que as “patas” na verdade eram braços e pernas humanoides bem pequenos, dando um aspecto ainda mais aterrorizante para a criatura grotesca.

-Senhor Cristopher! – Joui corre até o grandão que tentava arrancar a enorme aranha agarrada no rosto.

Liz rapidamente pega sua faca de sobrevivência da bota e se prepara para atacar a aranha. César faz a mesma coisa.

Joui chega até o Cris e desfere um soco na criatura, porém o grandão está se mexendo muito tentando retirar o monstro da cara e, sem querer, acaba desviando do soco de Joui, impedindo que o ginasta acerte a aranha.

Nesse meio tempo, Elena guardou sua Magnum e pegou sua faca de sobrevivência do coldre.

Cris segura a aberração que morde violentamente sua bochecha e começa a apertá-la com bastante força, tentando esmaga-la. Nisso, a criatura começa a grunhir de dor e a se contorcer um pouco, soltando um líquido preto ao ser prensada, todavia, ela continua atrelada à cara do grandão e não se solta, mordendo-o mais firmemente. O líquido preto escorre por entre os dedos de Cristopher que continua apertando a criatura, mas seu exoesqueleto parece ser bem resistente.

Novamente, a criatura tenta aprofundar as garras em Cris, mas este, por ter conseguido esmagar boa parte do seu corpo, consegue afastar um pouco a besta do rosto e impedi-la de avançar mais contra si.

Liz corre e se aproxima de Cris, com sua faca tenta acertar as costas da aranha, mas como esta ainda estava sendo esmagada, a criatura fica se contorcendo, o que fez com que a perita não conseguisse atingir o bicho, acertando somente o ar.

César corre logo atrás e, através de uma rasteira bem feita, passa por entre as pernas do Cris, na tentativa de acertar a aranha por baixo com sua faca. Quando ele se vira para acertar a aranha, o esguio atinge apenas o ar. Seu pai estava um pouco mais para cima.

Elena se aproxima de Cristopher com a faca e tenta desferir um golpe no meio de toda essa bagunça. Por ser bastante ágil, a garota consegue acertar outra pata humanoide da criatura, soltando ainda mais gosma preta. A aranha permanecia viva.

Joui, para tentar alcançar o rosto de Cris, salta e tenta desferir outro soco contra a criatura, porém, no meio do salto o ginasta percebe que seu soco acertaria em cheio o grandão ao invés da aranha e desiste do golpe.

Cris, com as unhas encravadas no corpo da aranha, começa a tentar rasga-la no meio, ele percebe que o exoesqueleto está cedendo, mas a criatura começa a se contorcer demais e o impede de usar a força apropriadamente para abri-la.

A aranha tenta morde-lo novamente, mas Cristopher, bem irritado com toda essa situação, usa toda sua força para tentar rasga-la no meio novamente. Ele crava ainda mais as unhas na criatura, impedindo-a de se mexer desenfreadamente como antes e com muita força, ele rasga a aranha. Isso faz com que o líquido preto e gosmento esguiche em cima do grandão e muita dessa gosma também atinge César, que estava bem embaixo. No momento que o esguio percebeu a enxurrada de gosma preta em sua direção, ele fecha a boca e tenta colocar os braços no rosto a tempo, porém não foi rápido o suficiente e é atingido pelo líquido.

Soltando os dois pedaços da aranha no chão, Cris rapidamente tenta se limpar, o líquido atingiu seu rosto em cheio. O cheiro da gosma é familiar para todos ali, é muito semelhante ao lodo preto do sanatório.

-Yatta! – Joui comemora ao ver que a aranha tinha sido morta.

-QUE NOJO, QUE NOJO! – César começa a se debater para tirar a gosma que caiu nele. Grande parte atingiu seu rosto e cabelo. Ambos, pai e filho, estavam sujos com o lodo.

Os dois sentem uma sensação estranha com aquela gosma diretamente na pele, era um sentimento bom, porém rapidamente retiram o lodo ao se lembrarem do que havia acontecido no sanatório.

-PELO AMOR DE DEUS, VÊ SE É VENENOSO! – Cris se vira para Liz com manchas do lodo ainda no rosto.

-Não parece ser venenoso... Isso é aquele lodo esquisito do sanatório. – a perita se afasta com nojo.

-Essa foi por pouco. – Elena suspira e guarda a faca, em seguida pega a arma novamente e olha para dentro da casa. Não parecia haver mais nenhuma aranha e então ela guarda a arma e se aproxima do cadáver, para analisar melhor.

O corpo estendido no chão era de uma pessoa com sobrepeso, seu rosto estava completamente desfigurado, sem pele e deformado pelas garras da criatura que se alimentava dele.

Observando ao redor, ela nota que uma janela, que tinha a vista diretamente para a floresta, estava quebrada com vários rastros do lodo preto. Um dos rastros era enorme. Eles seguiam em direção à floresta.

-Pessoal... – Elena chama pelo grupo.

-Esse é o... – César vai rapidamente para o lado dela e olha para o cadáver. Liz aparece logo em seguida e solta um suspiro de alívio ao ver que o corpo não era do Thiago.

-Não, não é o Thiago. – a garota olha novamente para o corpo. – Tem um rastro ali. – ela aponta para o lodo.

-Meninos, eu tenho certeza que o Thiago foi por ali. – Cristopher aponta para o lodo.

-Liz, você consegue ver mais ou menos há quanto tempo essa aranha nojenta estava comendo o rosto dele? – César aponta para o cadáver.

A perita se agacha e examina o corpo com mais atenção. Percebendo o nível de deformação que o rosto do indivíduo apresenta e comparando com o tamanho das garras da aranha, Liz percebe que esse processo estava ocorrendo cerca de uma hora.

-Faz um tempinho que a aranha está comendo esse corpo aqui, talvez uma hora... Uma hora e dez. – ela se levanta.

-Será que foi depois do Thiago vir pra cá? – César pergunta.

-Provavelmente... O cara não tá morto há muito tempo não. – Liz responde seriamente. – A questão é onde está o Thiago. – suspira preocupada. – Se bem conheço ele, aposto que seguiu esse rastro aí.

-Sozinho? – Elena pergunta. – O ideal seria ele chamar a gente, não? Acho que se ele só tivesse seguido o rastro, teria ligado. – a garota suspira. Ela tinha a sensação de que algo ruim tinha acontecido, mas não expressou isso para nenhum dos demais ali, sabia que isso não ajudaria em nada.

-Mas será que esse rastro estava aqui quando ele chegou? – o esguio pergunta confuso. – Se ele saiu faz uma hora e meia e o corpo está aqui faz uma hora e dez... Talvez ele tenha achado outra aranha e lutado com ela... Na verdade, acho que o que podemos fazer é seguir a gosma. – ele suspira.

 -Antes da gente ir, vamos voltar para o bar. Temos que avisar as pessoas! – Cris olha alarmado. -O cara acabou de morrer...

-Eu posso ligar para o Arthur... – César olha para o pai.

-Não, vamos lá! É aqui do lado... – o grandão comenta.

-Cheio de lodo, como estamos? – César olha para si e depois para o pai.

-Bom, não quero que pensem que foi a gente que matou o cara aqui. – Cris aponta para o cadáver.

-Gente, com licença... – Joui começa a falar. – Uma vez eu aprendi que onde a gente acha uma aranha, provavelmente tem mais delas. – o ginasta olha para os cantos do interior da casa alarmado.

-Com certeza tem mais... Olha o rastro. – Elena aponta para o rastro de lodo que seguia para a floresta. – É muito maior do que o lodo que aquela aranha esguichou nos dois aí.

-De qualquer forma, não gosto de bicho peçonhento... – Joui diz rapidamente. – E as pessoas ali estão em perigo. – ele aponta para o bar.

-Certo, e o que fazemos? – o esguio pergunta. – Eles não sabem que somos autoridades que lutam contra o paranormal, sequer sabem que essa merda existe. Não podemos simplesmente chegar lá e mandar todo mundo evacuar o bar.

-Filho, liga para o menino e pede para o Brúlio vir junto. – Cris se vira para César.

-Pedir para os dois virem até aqui? – ele pergunta enquanto pega seu celular.

-Pessoal, não acho que isso seja uma boa ideia. Eles são civis. – Joui diz rapidamente.

-Acho que deveríamos queimar a casa. – Elena se aproxima. – Nossa função na ordem é lutar contra o paranormal e não permitir que as pessoas vejam esse outro lado. Ou seja... Não podemos deixa-las vivenciarem o paranormal. Nossa missão é manter isso tudo oculto enquanto procuramos pela equipe Kelvin. – ela olha para cada um ali. – Se chamarmos o Brúlio e o Arthur estaremos envolvendo pessoas nesse mundo. Eles não são recrutas. O mais sensato seria queimar isso, junto do corpo, apagar quaisquer rastros desse lodo. O incêndio aqui vai fazer com que o pessoal vá embora. Os bombeiros também não devem demorar. – diz pensativa.

-Você está certa... – Joui se vira para Elena. – E eu gostei da ideia, quero filmar.

-Concordo, não podemos expor eles ao paranormal. – Liz comenta. – É o nosso trabalho. E você não vai filmar isso porque estamos cometendo um crime. – ela olha para Joui severamente.

-Poderíamos colocar a culpa naqueles outros, da outra gangue. – Cris se vira para o pessoal. – Falar que eles vieram aqui e começaram a brigar.

-Eu prefiro não mentir... – Joui se vira para o grandão.

-Enfim, meu voto vai para colocar fogo nisso tudo aqui. – Liz comenta.

-As pessoas estão em perigo, pessoal... Temos que tomar uma atitude agora. – o ginasta se vira para o grupo.

-Mas estamos ao lado de uma floresta, além de várias bombas de combustível ali... A explosão pode ser muito grande, se espalhar pela floresta... Pode dar muita merda. – César olha para Elena.

-Pior que isso é verdade... – Joui diz pensativo. – Eu queria muito ver as coisas explodirem hoje, não sei o que aconteceu comigo. – ele suspira confuso.

-Droga. – Elena coloca a mão na cabeça e suspira.

Do outro lado do estacionamento, uma voz familiar grita para o grupo:

-GALERA! TÁ TUDO BEM AÍ? O SHOW VAI COMEÇAR DAQUI A POUCO. – Arthur acenava do bar.

Todos congelam e ficam em silêncio dentro da casa. Joui corre rapidamente para a porta.

-J-JÁ VAMOS! – o ginasta grita de volta.

-TÁ BOM! – Arthur grita para ele e depois volta para o bar.

-Pessoal, precisamos tomar uma decisão agora. Imagina se um monte dessas aranhas começam a invadir aquele bar... – o ginasta começa a suar frio.

-Puta que pariu... – César diz nervoso. – O que a gente faz?

-Eu acho melhor, de verdade, chamar o Brúlio aqui. – Cris olha para Elena. – Sei que não é para gente colocar pessoas aqui que não tem nada a ver com a história, mas precisamos que ele evacue o lugar. Ele é mais velho, mais experiente... Ele vai entender.

-E vai falar o quê? Que uma aranha de um tamanho de um cachorro comeu a cara do senhor aqui do posto? – César se vira para ele.

-Vamos falar a verdade para ele, contar o porquê que estamos aqui. – Cris diz.

-Fora de cogitação. – Joui e Elena dizem juntos.

-Não. – Liz diz rapidamente. – Não devemos expor ninguém ao paranormal. Já estive em uma missão com um civil envolvido e ele acabou morto. Eu não quero fazer isso de novo. – diz firmemente.

-Mas ele não precisa ir com a gente. – Cris olha para Liz.

-Não, eles não podem saber. É nossa tarefa número um, Cristopher-san... – o ginasta olha para ele.

-Eu ainda colocaria fogo. – Elena suspira. – Mesmo que se espalhe pela floresta. É o único jeito de afastar o pessoal do bar, eliminar os vestígios do que rolou aqui e manter isso tudo oculto. A floresta não está tão perto, se chamarmos os bombeiros eles com certeza vão conseguir controlar as chamas. Além do mais, só tem uma bomba de combustível ali, a explosão não seria tão grande.

-Ainda é perigoso, Elena. – César olha para a garota. – E se só colocássemos fogo no corpo e na aranha. O suficiente para carbonizar o corpo, destruindo as evidências e depois apagamos antes que as chamas se alastrem pela casa.

-Gente, mas vocês conseguem entender a situação que estamos? – Cris olha preocupado para César e Elena. – Nós, pessoas de fora, que chegaram e entraram aqui e “provavelmente” mataram o dono do posto e estão indo embora! Vamos virar criminosos! Vocês estão ficando loucos!

-Mas é melhor que eles pensem que foi um assassinato do que uma aranha do tamanho de um cachorro que matou o senhor aqui. Colocar fogo é a opção menos pior que temos. – Joui diz.

-Prefiro que eles imaginem que o assassinato foi da outra gangue do que a gente. – Cris olha para o ginasta.

-Ainda assim, o fogo é o menos pior, Cristopher-san. – o ginasta diz.

-Por que a gente não liga para o menino da polícia, o Victor? – Cris olha para o grupo. – A gente fala que teve um assassinato aqui e não viu quem foi, quando encontramos o corpo tava assim.

-Não sabemos se tem mais bichos como esse aqui por perto... – Joui suspira. – Por isso não podemos chamar ninguém.

-Eu acho que vou enlouquecer se só ficarmos discutindo aqui e não fizermos nada. – Elena suspira. – Eu vou explodir essa droga de posto. – a garota começa a ir em direção a porta.

-Não, menina... Temos que pensar num plano melhor. – Cris se coloca na frente da porta, impedindo a passagem dela.

-E se alguém ficar no bar e os outros saem para investigar se tem mais aranhas? Se não tiver mais, não precisaremos explodir nada. - César comenta.

-Com certeza tem. Olha pra esse rastro! – Joui aponta para o grande rastro de lodo preto.

-Droga... – César murmura. -Tá, vamos explodir. – diz impaciente e também vai em direção à porta.

Cris se mantém ali, impedindo a passagem.

-Gente, precisamos pensar em outra solução. Explodir é muito arriscado. – Cris olha para eles.

No bar, Arthur percebe que o grupo está demorando muito no posto e começa a ficar preocupado.

-Pai... – Arthur cutuca Brúlio, que continua bebendo no bar.

-Fala, filho. – o grandão olha para ele.

-Não acha que eles estão demorando muito lá no posto? – Arthur pergunta.

-Pois é... É aqui do lado né... – Brúlio comenta. – Tu não quer ir lá ver o que tá acontecendo?

-É, vou lá... – Arthur dá um último gole em sua bebida. – Vai vir comigo?

-Quer que eu vá? – Brúlio pergunta.

-Não, não precisa. – ele se apressa até a porta do bar. – Vou lá. – Arthur sai do bar e começa a ir em direção ao posto.

César, enquanto tenta tirar seu pai da porta, percebe uma figura familiar se aproximando deles. Arthur chegava cada vez mais perto.

-Droga gente! – César se vira para o grupo e murmura desesperado. – Do jeito que as coisas tão indo, não vamos ter outra opção a não ser falar o que tá acontecendo.

-Por que falar para o Arthur? – Elena e Liz perguntam juntas.

-Porque ele tá vindo aqui! Olha ele ali! – o esguio aponta para a figura que se aproximava da casa.

-Quê?! – Liz corre até a porta e empurra Cris para o lado.

Assim que a perita chega na porta, Arthur também chega.


Notas Finais


Eaí pessoal, gostaram? Espero que sim! <3
Até o próximo capítulo!
Kisses <3


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