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História O Segredo Que Eu Guardo - Capítulo 33


Escrita por: SraEstrabao

Capítulo 33 - Capítulo 33


Pov Camila

Antes que o celular de Lauren desperte naquela manhã eu já estou acordada encarando os números do relógio que piscam ao meu lado. Hoje finalmente é o dia em que voltarei a minha rotina normal de trabalho e ansiedade pura corre dentro de mim.

Viro meu corpo para ficar de frente para Lauren e observar a dona de todos os meus pensamentos em sua hora mais tranquila do dia. Os cabelos castanhos e ondulados estão espalhados pelo travesseiro e sua expressão é serena, ela suspira tão devagar que é quase imperceptível.

Levo minha mão até próximo de seu rosto e passo meus dedos de leve ali sentindo a macies de sua pele. Tenho vontade de beijar cada pequeno pedaço de seu corpo tamanho desejo que se abate sobre mim as vezes. É como se estar perto dela nunca fosse perto o suficiente.

Ela reage ao meu toque, seu sono é leve e sabe que estou acordada. Estica os braços em minha direção se ajeitando para poder me abraçar. Não demoro nada para juntar meu corpo ao seu e aproveitar o calorzinho que emana dela.

- está ansiosa, não é? - ela beija o topo da minha cabeça e me envolve em seus braços protetores.

- um pouco. Você acha que nós podemos continuar vindo em casa na hora do almoço? - não queria passar o dia todo longe de Lauren, estávamos acostumadas demais com nossa rotina daquele jeito.

- podemos sim, até por que meus peitos não vão aguentar o dia todo longe de você. Tente se acalmar, okay? Vamos tomar um banho, relaxar e nos arrumar. - ela acaricia minhas costas e me passa confiança.

Vamos até o banheiro e me sento na pia de mármore enquanto Lauren ajeita as coisas e tira sua roupa. Ela pega nossas toalhas e deixa ao meu lado. Logo se aproxima de mim com uma escova de cabelos e penteia cuidadosamente meus longos fios antes de amarra-los em um coque para que não molhe. Deixo que ela me mime com seus carinhos e até tento desviar a atenção do seu corpo que está nu logo a minha frente mas é impossível.

Ver as gotinhas preciosas de leite quase pingando de seus seios me empurram para o meu pequeno espaço quase que automaticamente.

Levo minhas mãos até sua cintura e trago ela para o mais próximo que consigo de mim, abaixando meu corpo o suficiente para que minha boca consiga capturar seu seio.

- Camz? É sério? - ouço sua voz e uma risadinha vindo dela. Apenas direciono meu olhar para cima e levo um dedo até seus lábios em sinal de que ela faça silêncio. A nova posição é muito confortável e me sinto ainda mais perto dela. Consigo envolver seu corpo com meus braços e deixá-la bem grudadinha em mim.

Agradeço com o olhar quando ela simplesmente deixa que eu fique ali por uns minutos enquanto acaricia minhas costas e beija minha testa esperando pacientemente pelo meu tempo. Parece cada vez melhor fazer aquilo com ela.

Quando estou satisfeita nós desgrudamos e entramos no chuveiro. A água quentinha me relaxa tanto quanto os braços de Lauren ao meu redor me abraçando por trás.

Ela massageia minhas costas e ombros vez ou outra e quase desisto da vida naquele momento querendo que o tempo parasse apenas para ficar ali com ela. No entanto sabendo que não podemos demorar muito não faço manha quando temos que sair da nossa bolha. Me visto e paro em frente ao espelho enquanto Lauren abotoa cada botão da minha blusa do uniforme e da os retoques finais em mim.

Logo estamos prontas e indo tomar café. Nos sentamos a mesa com Dinah e conversamos animadamente antes de sair. O caminho até a escola não é longo e logo estamos estacionados lá. Dinah sai apressada assim que vê Normani e deixa apenas eu e Lauren no carro.

- qualquer coisa que você precisar me chame, tudo bem? - ela fala e segura minha mão. Respiro fundo mantendo minha melhor pose de adulta novamente.

- tudo bem, amor. - viro meu rosto em direção a ela e me aproximo para lhe dar um beijo rápido antes de sairmos do carro. Aquele arrepio gostoso de sempre me acertando em cheio.

Lauren está ao meu lado e coloca gentilmente sua mão na base das minhas costas enquanto caminhamos para dentro. Cumprimento todos os meus colegas que não vejo a algumas semanas e as crianças que vão chegando ficam enloquecidas em me ver. É bom estar de volta, é maravilhoso estar rodeada por todos aqueles pequeninos que foram meu refúgio antes de Lauren chegar em minha vida.

Passo a manhã toda entretida com as crianças e me sinto completamente bem em sentar na grama e brincar com eles com os vários brinquedos espalhados por ali. É minha função, mas aquilo me traz uma felicidade inexplicável. Lauren também está na área externa com suas crianças e tenho certeza que seu olhar cuidadoso está atento em mim.

É uma sensação um pouco estranha para mim agora, vê-la mimar os pequenos quase da mesma forma que faz comigo. A dorzinha chata do ciúme se apossando de mim mesmo meu lado adulto e racional sabendo o quão ridículo aquele pensamento era. Aquele é o trabalho dela assim como é o meu, porém, meu lado pequeno via apenas minha mommy cedendo seu colinho para outra criança e ver alguém, quem quer que fosse, tomando meu lugar fazia a pequena Camila quase surtar.

Tento respirar fundo e me manter calma, concentrando-me apenas em levar as crianças de novo para dentro, dando uma piscadinha de leve para Lauren antes de sair de sua vista.

Quando o horário do almoço chega, estou ansiosa para as próximas duas horas que vou poder ficar pertinho dela.

- vamos? - ela me chama e entramos no carro. - como é estar de volta?

- bom, muito bom. Eu já estava entediada em casa. Mas confesso que não é tão bom agora ver você mimando as crianças e elas recebendo seu colo o tempo todo. - minha voz vai se afinando conforme falo.

- não acredito. - escuto a voz de Lauren em um tom brincalhão - meu bebê está com ciúmes? Amor, são só crianças. - ela estica uma de suas mãos e coloca em cima da minha coxa enquanto a outra continua no volante.

- Camz também é só uma criança. E não gosta de dividir o colinho da Mommy. - falo me emburrando enquanto cruzo os braços em frente ao peito.

- por Deus, tenho tanta vontade de te beijar agora. Você fica ainda mais linda quando está ciumenta assim. - ela aperta a mão em minha coxa e continuo sem olhar para ela. Não trocamos mais nenhuma palavra.

Lauren tenta uma gracinha ou outra comigo até que chegamos em seu apartamento mas não cedo a suas tentativas. Coloco os pratos na mesa ainda em silêncio enquanto ela coloca alguma coisa para esquentar no forno e quando estou prestes a pegar os copos no armário de cima ela me encurrala ali mesmo.

Gruda seu corpo atrás do meu me pressionando contra o balcão da pia. Uma de suas mãos está na minha cintura e a outra vai para meus cabelos que estão soltos agora, colocando-os apenas para um lado deixando meu pescoço livre para ela.

- eu sei que isso tudo é só manha por que você quer atenção, mas precisa saber que nunca ninguém vai tomar o lugar que é seu. - sua voz é autoritária e não passa de um sussurro perto do meu ouvido fazendo meu corpo todo se arrepiar. Pressiono meus dedos no mármore gelado e fecho os olhos por um momento apreciando o sabor de ouvir aquelas palavras, inflando meu ego, tanto da pequena quanto da grande Camila. - e se não quiser mesmo falar comigo, posso arranjar outros jeitos de te persuadir. - um tom malicioso que não costumo ouvir em sua voz. Logo sinto sua boca se arrastar levemente por meu pescoço começando a distribuir beijos ali enquanto ela segura meus cabelos de leve entre seus dedos.

Meu corpo esquenta. Ela me controla tão facilmente quando quer, fico totalmente a sua mercê e não tenho como lutar contra. Meu corpo amolece aos seus toques e eu jogo minha cabeça para trás descansando-a em seu ombro. Quando a mão dela que está em minha cintura entra por debaixo da minha blusa e alisa minha barriga subindo perigosamente em direção a minha costela, levo meu braço para trás e alcanço sua nuca com minha mão puxando levemente seus cabelos.

- Lauren... - me esforço para pronunciar seu nome enquanto estou perdida demais naquelas sensações.

- viu? Eu disse que falaria comigo. Minha garota é tão boa. -  e então ela se separa de mim tão rápido quanto se aproximou, deixando um tapinha em minha bunda, me fazendo abrir os olhos e ficar imóvel ainda escorada no balcão da pia. Um fio de raiva e indignação cortante passando por mim. Minha respiração um pouco ofegante.

Volto a função de pegar os copos e continuo a arrumar a mesa brigando com os pensamentos impuros que invandem a minha cabeça me fazendo fantasiar o que eu queria que tivesse acontecido no minuto anterior.



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