História O Segurança de Park Jimin (Yoonmin) - Não Saia Sem Mim

POV SUGA 

Era uma ferida bem aberta essa coisa de namorada. Porque não era uma garota. Desde então pouco me importava qualquer coisa ou qualquer pessoa, isso incluía Park jimin. Irritante, mal-educado, mimado e gostoso. Era verdade, não tinha como fugir disso. 

Tanto faz, eu só tinha que cuidar da criança pra ele não cair e ficava tudo bem. Quando eu o joguei para dentro do carro, senti que era leve demais, talvez por estar se alimentando mal; eu facilmente o levantaria, se fosse o caso. Não, eu não faria isso, que motivo tinha? Seus cabelos castanhos claros eram bonitos, pareciam ser macios e seu sorriso que deixava os olhos em duas linhas era a coisa mais adorável que eu já tinha visto em tanto tempo. Pena que vinha junto com aquela personalidade que me dava vontade de afoga-lo numa banheira. 

Até aonde a marra sem sentido daquele moleque ia? Essa revolta do mundo e essa coisa de ser f*dão quando na verdade deveria ser f*dido pra aprender que a vida não é como ele quer. Ok, eu estava pensando m*rda de novo. 

Abri meu guarda-roupa e me deparei com as familiares roupas brancas e casacos coloridos que eu realmente gostava de usar. Vesti uma camiseta branca e qualquer calça que tinha rasgos, coloquei um boné puxando os cabelos para trás e me joguei na sala, zapeando alguma coisa na TV. Em cima da mesinha tinha dois celulares e um recado. 

“o de Jimin foi confiscado, ele pode usar este agora, só liga para você e para o Park-Pai. O seu quebrou, certo? Toma cuidado com esse.” 

O meu era branco, o dele era preto. Fazia sentido. Eu me levantei contra a vontade, fui até a cozinha e peguei um copo de água, bebi e peguei um pirulito no pote de vidro da cozinha, peguei o celular do Jimin e fui até o apartamento dele. 

Bati duas vezes na porta e ouvi um “tá aberta”, então entrei. Ele vinha da cozinha, passando pela cabeça uma blusa fina de mangas compridas amarela clara e eu pude contar os gomos da sua barriga se eu quisesse. Joguei o celular para ele antes que percebesse para onde eu estava olhando. 

- O seu foi confiscado, certo? Tem meu número e o do seu pai aí, você não precisa de mais do que isso. 

- É, eu acho que não. – ele olhou o aparelho, estava sério pela primeira vez e isso o fazia menos irritante. 

- Vai querer fazer alguma coisa ou eu posso dormir? 

- Ah, eu vou descansar um pouco, a viagem foi longa. 

- Ótimo. Eu te vejo depois, qualquer coisa me chame. 

Dei as costas para o rapaz que a blusa ficava um pouco larga e parte do seu ombro exposta, fato que estava me chamando mais atenção do que podia. Fechei a sua porta e depois a minha, me joguei no sofá e mordi o pirulito para terminar logo com o doce, deixei a TV ligada e fechei os olhos. 

POV JIMIN 

Ele estava lindo naquela roupa. Essa era a roupa que ele devia usar, e não aquele terno engomado que não se parecia nada com ele. Notei seu olhar sobre mim quando ele entrou, o que me deixou um pouco desconcertado, tanto que de todas as gracinhas que eu podia fazer, eu não consegui dizer nada, nem mesmo irritá-lo com alguma coisa. Quando ele disse que ia dormir, eu não pensei em tirá-lo de casa, eu mesmo estava cansado e precisava dormir um pouco; além disso, ele com aquele doce na boca não estava ajudando em nada a manter meus pensamentos livres de coisa pervertidas. 

Pelo amor de Deus, eu não podia fazer isso. Ele era irritante demais para eu simplesmente começar a gostar dele. Eu realmente precisava dormir. Me joguei na cama macia e adormeci sem nem ver que horas eram. 

* 

Acordei um tempo depois morrendo de fome e com vontade de tomar sorvete. Mandei uma mensagem para Yoongi, mas ele não me respondeu. Eu iria sozinho então. 

“Se sair sem mim eu mancho isso que tu chama de cara com isso que eu chamo de mão, entendeu?”. Um arrepio frio percorreu a minha espinha e eu senti vontade de saber o que ele poderia fazer de tão ruim caso eu saísse. Sem pensar muito, calcei um tênis e peguei um casaco e a mascara médica, passei pela porta dele com o coração em pulos, desci pelo elevador e cheguei na portaria. 

- Park Jimin, não tem permissão para sair sozinho. Aonde está Min Yoongi? 

- Ele disse que eu podia ir até o mercado na esquina comprar sorvete. – eu fiz minha melhor cara de anjo para o porteiro, tão inocente que até eu acreditaria em mim. 

- Cinco minutos, OK? E você volta antes que eu o chame. 

Agradeci e saí para a rua. Não tinha mercado na esquina, mas tinha um há dois quarteirões dali, então eu fui até lá para comprar comida e o sorvete que eu queria. O que será que o hyung gostava como sabor de sorvete? Que cor mesmo era o doce que ele estava comendo mais cedo? Rosa certo? Cereja? Morango? Napolitano, é sempre seguro. Comprei chocolate também, balas e pirulitos, voltei para casa com duas sacolas cheias. 

- Obrigado por não ter chamado ele. – agradeci o porteiro. 

- Não sei se ele não sabe que saiu, aquele lá tem um sentido que às vezes me assusta. 

- Não importa. – eu sorri e agradeci novamente, lhe entregando um chocolate. 

Eu subi o elevador cantando e entrei em casa do mesmo jeito, já que a porta de Suga continuava fechada. Quando eu entrei na cozinha, tomei um susto de morte e dei um pulo para trás. Suga estava sentado na cadeira da pequena mesa de jantar na copa, os pés cruzados sobre a mesa e o boné lhe tampando o rosto. Ele levantou devagar o rosto, seus olhos brilhavam de um divertimento tão maligno que eu tive medo do que ele pudesse fazer. 

- P*ta que pariu, que susto do cão, Yoongi. Parece um fantasma aí, todo de branco com essa cara de morto. 

Eu deixei as coisas que tinha comprado sobre o balcão da cozinha e fui até a geladeira, ignorando o suave barulho que ele fez ao se levantar. 

- Vai ser do jeito difícil então. – a frase dele me arrepiou, estava acontecendo muito isso ultimamente. 

Ele parecia furioso e tudo que eu pensava era: que m*rda eu fiz?