POV SUGA
Se a merda já era grande, imagina quando Park Pai resolve brincar junto. Jimin tinha ido tomar um banho, Kookie já havia mandado mensagem contando sobre V e sobre os ferimentos, disse que ficaria mais um tempo lá cuidando dele, depois voltava para casa. Contei sobre o que tinha acontecido e ele se solidarizou; pena que não podia fazer nada. Meu telefone tocou, era Sakura.
"Não sei se eu devo dizer 'me ame muito' ou 'ame muito o Park Pai'".
- Por que?
"Descobrimos o nome da pretendente do Chim-Chim."
- Espera, Chim-Chim?
"É, meu bolinho de arroz. - ela riu. - O nome dela é Kenly-Hee Minah, é dois anos mais nova que ele, vou te mandar uma foto."
Era uma moça loira de olhos castanhos esverdeados, aparentava ser européia, tinha que concordar que era bonita.
- Bonita.
"Infelizmente... a única coisa que ela tem manchando seu histórico é que terminou um noivado recentemente, o motivo era que apanhava do noivo."
- Que merda...
"Jimin é todo fofinho, ela vai adorar."
- Era pra estar me ajudando, Sakura.
"Eu não, quem vai te ajudar é o Park Pai que está esperando na linha."
O telefone ficou mudo por dois segundos.
- Senhor!
"Yoongi... eu estava aqui relembrando o passado."
- Só tem merdas no meu passado, senhor.
"Algumas são boas, Suga. Me diz... seu poder de persuasão continua tão bom?"
Eu comecei a rir.
- O que quer fazer, Kwan?
"Ela sempre controlou tudo, Suga, nunca perdeu nada. Precisa mostrar que do mesmo jeito que ela tem sentimentos, as outras pessoas também tem. Pra isso vai precisar que ela note você primeiro, só pra conseguir falar com ela."
- Como eu faço isso se até a Sakura que é simpática ela já destratou?
"Com o seu melhor swag, Suga. Vou te passar a ideia e deixar Jimin avisado."
- Ok.
Com certeza ia dar merda.
*
Olhei no espelho. Puta merda. EU me pegava se me visse na rua. Eu estava vinte minutos adiantado, o que era ótimo porque Jimin me atrasaria esse tempo; peguei as chaves, o celular e a carteira, guardei tudo nos bolsos da calça apertada, peguei um pacotinho transparente com uma bolinha vermelha pouco menor que um chiclete e fui para o quarto do mais novo.
Ele vestia uma calça de couro que ficava apertada por conta das suas coxas grossas, uma camisa preta e a jaqueta vermelha estava sobre a cama. O cheiro do seu perfume recém passado junto com o cheiro de banho recém tomado invadiu meu nariz e me fez sorrir; eu queria poder ter tomado banho com ele.
- Gostei da calça.
- Nem vem, não estamos atrasados. - Jimin respondeu sem se virar para mim.
- Não, mas vamos ficar.
POV JIMIN
Como assim vamos ficar? Eu terminei de arrumar o cabelo e me virei para vê-lo. Puta. Que. Me. Pariu. Ele usava preto, do sapato social até o blazer, a calça justa que conseguia marcar o seu membro mesmo sendo escura, a camisa que tinha os três primeiros botões abertos e mostrava muito bem os ossos logo abaixo do seu pescoço e a divisão suave dos músculos do peito – inclusive uma parte dele, preguiçosamente definido como eu sabia que era todo seu abdômen, mas o que realmente me matou foi a tira de couro negro que ele usava em volta do pescoço, o fecho mínimo brilhando do lado esquerdo que lembrava vagamente uma coleira. Meu Deus, como eu queria vê-lo usando somente aquilo. Ele abriu o único botão do blazer e colocou as mãos lentamente dentro dos bolsos, o que me deu a sensação que ele esperava que eu dissesse algo. Como se eu só conseguia olhá-lo e provavelmente babar nele?
- Aprovado, pelo jeito.
- É... eu não... - eu fechei os olhos e os apertei com as pontas dos dedos, tentando pensar de novo. - O que meu pai te disse?
- Que eu preciso chamar a atenção da sua mãe primeiro, pra depois conseguir conversar com ela. A ideia foi da Sakura, - ele passou os dedos pela gargantilha. - e eu estou com medo dela não ter sobrevivido à fotografia que eu enviei.
- Era uma ótima secretária...
- Vou sentir falta dela. - ele sorriu de lado e eu esqueci de respirar. - Vamos acertar algumas coisas aqui antes, Jiminie.
- O que?
Eu precisava me concentrar na voz dele e esquecer que ele estava na minha frente para não esquecer o que ele ia dizer cinco minutos depois.
- Nunca volte atrás no que disse, nunca abaixe a cabeça, nunca diga talvez, nunca fique em cima do muro, nunca responda sem saber o que quer.
- E se eu não souber?
- Enrole. Peça pra explicar, pergunte porque, até saber. Só diz o que tiver certeza e não abaixe a cabeça pra ela em nenhum momento. Certo? O que você quer é o que você quer e não existe negociação nem meio termo.
- Ok.
- Sim é sim, não é não, qualquer coisa nesse meio não vale a pena, certo, Jimin?
- Certo. - eu concordei, ele estava muito sério.
- Não faça o que não quiser fazer e não passe vontade quando quiser fazer. Se você não frear aquela puta, ninguém vai fazer isso. Eu estou com você e vou continuar aqui até o fim, então não faz merda hoje, se fizer eu vou quebrar a sua cara e você vai se entender com ela sozinho. Eu fui bem claro, Jiminie?
Ele se aproximou de mim e parecia bem ameaçador.
- Muito claro.
- Como água? – ele parou na minha frente, meio passo de mim.
- Transparente. E redundante.
Segurei sua nuca e fechei a distância, mordi seu lábio antes de beija-lo, coisa que eu estava só esperando ele terminar de falar para fazer; minhas mãos desceram pelo seu pescoço e pela parte do peito que a blusa não cobria, abrindo os outros botões. Ele não me parou como eu pensei que faria, apenas tirou o blazer e o deixou sobre a cama, segurando minha cintura logo depois. Ele chegou a abrir alguns botões da minha blusa, mas se conteve nisso, então eu desci minhas mãos até a sua calça e a abri sem resistência.
- Você vai nos atrasar, Jimin...
Sua voz era um sussurro gostoso, baixo assim como seu gemido quando eu comecei os movimentos lentos, minha mão fechada sobre seu membro.
- Quem liga?
- Ninguém. – ele respondeu num sorriso. – Tenho uma coisa pra você, mas não pode olhar.
Ele tirou minha mão e me virou de costas para ele, me levou até perto da escrivaninha e abriu minha camisa enquanto dava beijos molhados no meu pescoço. Suga abriu a calça e a puxou para baixo, sem notar que eu não usava uma cueca.
- Acha que tem se comportado bem ultimamente, Jiminie? - ele disse no meu ouvido, baixinho, seus lábios encostando de leve e me causando um arrepio.
- Tenho, hyung. - ouvi um barulhinho de plástico e não senti as mãos dele sobre mim.
- Então talvez eu possa recompensá-lo por isso.
Ouvi mais um barulhinho e uma das suas mãos me inclinou para frente, me obrigando a afastar aa pernas para manter o equilíbrio; eu já esperava a dor e a sensação de ser rasgado que viria logo depois, apesar de querer como o inferno que isso acontecesse. Senti suas mãos afastarem a camisa, logo depois senti seus dedos entrarem em mim com muita facilidade e uma sensação quente tomou conta da região; seu membro veio logo depois e ao invés de dor, uma onda de prazer enorme passou pelo meu corpo, me fazendo gemer baixinho.
POV SUGA
Jimin tinha parado de foder a minha paciência esses dias, o que era quase um milagre divino, então eu procurei algo que pudesse recompensá-lo por isso. Em uma das gavetas que eu mal abria, o pacotinho de camisinha guardado há um ou dois meses, junto com alguns geis e bolinhas que estouravam. Eu não podia fazer muita sujeira, não teríamos tempo de tomar outro banho depois disso, então escolhi a menor bolinha, dava a sensação de quente e uma camisinha comum.
Ele imaginava sentir a mesma dor, mas foi pego de surpresa; conferi quanto tempo eu tinha antes de nos atrasar e sorri ao ouvir o gemido baixo dele. Continuei lento, porém, até ele não aguentar mais – o que demorou bem menos do que eu esperava.
- Hyung... mais... rápido.
Segurei firme sua cintura e comecei a estocar com força, rápido, o que o fez dar um gemido bem mais alto e eu o acompanhei quase sem querer, meus dedos se prendendo na pele macia e branquinha do mais novo. Seus gemidos altos do meu nome me enlouqueciam a ponto de ser possível que eu gozasse só de ouvi-los, e foi o que logo aconteceu; eu o apertei forte contra mim enquanto aquela sensação inundava meu corpo inteiro, deixando uma leve dormência pelos meu braços e pernas. Bom, hoje não era leve. Cheguei a duvidar que conseguisse continuar em pé, então eu virei o mais novo e me abaixei, lambi o seu membro que já latejava e senti suas mãos no meu cabelo que os puxou forte depois de algumas chupadas, gozando na minha boca logo depois.
Apoiado, ele não poderia dar um passo sequer.
- Jimin?
- Dois minutos. - ele pediu.
Eu o levei até a cama e ele se jogou sobre ela, tampando o rosto com uma das mãos.
- Como você consegue isso?
- Se eu contar, perde a graça.
fui até o banheiro me livrar da camisinha, joguei um pouco de agua gelada no rosto e sequei o suor do pescoço e do peito, fechei a camisa como antes, com vários botões abertos e obriguei JImin a se levantar e fazer o mesmo.
Cinco minutos depois ele tinha voltado para o quarto, bem mais apresentável.
- Quanto tempo atrasados?
- O suficiente para colocar a culpa no trânsito.
Eu sorri e pisquei para o rapaz que ainda estava surpreso, antes de começar a rir e me dar um soco leve no braço. Ele pegou meu blazer e a sua jaqueta antes de fechar a porta e nós seguirmos para aquela maldito restaurante, nos encontrar com aquela puta da mãe dele.
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