História O Sequestro - Temp. 2 - O Bebê dos Sete - Juntando Tudo, O Fim de uma Espera

“- Oi... Estou com saudades, amanhã estaremos em Seul e eu queria saber se você gostaria de sair pra jantar comigo.... Hahahaha é eu sei que não podemos aparecer em público, então eu estava pensando em ir até a sua casa com o jantar, que tal?.... Sua avó vai estar em casa, entendi... Não tudo bem eu sei que tem sido corrido pra você, afinal em nossa próxima turnê você será oficialmente a nossa tradutora, sei que precisa estudar bastante, mas eu queria muito te ver.... Está acontecendo alguma coisa? Estou sentindo que você quer me evitar de alguma forma.... Não ficarei tranquilo até ver você amanhã... Tudo bem, passarei na sua casa amanhã então e aí conversamos sobre o que esta incomodando você.... Hey, apenas saiba que te amo!”
Namjoom desligou o celular e olhou apreensivo pela janela do aeroporto, o vôo deles sairia em breve e seu instinto gritava que algo não estava certo, já havia percebido a diferença na voz dela nas ligações anteriores, mas hoje ela parecia sentir medo. Olhou em volta para a grande área de espera, os demais estavam descansando nas cadeiras, exceto Tae e Suga que assim como ele, estavam apreensivos e cheios de vontade de voltar para casa, o tempo parecia ter sido cruel com eles, estavam perto de voltar, mas ainda estavam longe delas. Sentia medo do que poderia ser agora e temia não poder estar em todos os lugares ao mesmo tempo, pensando nisso levantou-se de onde estava e caminhou calmamente até os dois amigos que pareciam entretidos com seus pensamentos.
- Não conseguem tirar nem um cochilo?
- Não... Até acho que seria melhor se eu dormisse, assim talvez não ficasse olhando o relógio o tempo inteiro.
- Eu também, parece que quanto mais tento me acalmar, mais nervoso e ansioso fico.... 
- Sei como se sentem... Mas é engraçado o Suga não conseguir dormir.
- É... Sei disso. E você? Falou com ela?
- Falei agora a pouco e falar com ela não ajudou muito, estou com a impressão de que aconteceu alguma coisa.
- Pela situação em que as coisas estavam quando partimos estranho seria se não houvesse acontecido nada.
- O Suga hyung tem razão, tivemos que iniciar a turnê em meio ao caos total, não tivemos tempo de garantir que tudo e todos ficassem bem e seguros, só temos que torcer para não ser nada de tão grave.
- Eu sei. E eu estava pensando que as coisas estavam difíceis porque as deixamos separadas, e dessa forma não da para estar lá com elas o tempo todo, acho que precisamos colocá-las no mesmo lugar, assim poderemos ter mais certeza da segurança delas.
- Você tem razão, assim que voltarmos daremos um jeito nisso.
M aviso sobre o vôo deles foi ouvido pelos três amigos, que rapidamente se apressaram em acordar os demais, a volta pra casa tão esperada começava, queriam apenas respirar aliviados ao menos mais uma vez. Reencontrá-las pareciam um sonho que se tornava realidade.
[....]
- Boa menina... Sabia que poderíamos contar com você. O jovem Namjoom realmente tem uma joia incrível.
- Quero que saia da minha casa agora.
- Uhhhh Bravina... Tinha que ser brasileira, vocês tem fama de serem nervosas. Eu consigo entender o porquê. Mas saiba que o que vocês fizeram ao meu tio não tem perdão. E eu quero ter a chance de dizer isso ao seu namoradinho. Vejo você amanhã. Boa noite!
 Uma lágrima escorreu pelo seu rosto, parecia que o pesadelo havia recomeçado e ela não sabia o que fazer primeiro, não poderia falar com Namjoom até o avião chegar em Seul, e quando chegar será tarde demais. Namjoom e os meninos corriam perigo ela tinha que planejar algo rápido.
[....]
Isadora estava pronta para entrar no banho, passou o dia com pequenas Dórea que pareciam se intensificar aos pouco, mas ainda não estava na hora, ela havia acabado de completar oito meses, não seria a hora dela nascer. Abriu o chuveiro e a água quente relaxou seus músculos, conforme a agua caia sentia-se mais leve, a dor até pareceu melhorar um pouco. Mas o que Isadora não sabia era que as dores iriam ficar cada vez mais intensas. 
Após o banho Isadora seguiu para a cama para descansar um pouco, aquela barriga imensa pesava muito as vezes e suas pernas já inchadas pediam socorro o dia todo, porém no momento em que ela se ajeitou na cama as dores voltaram, com muito mais força dessa vez, fazendo com que Isadora se assustasse muito com as pontadas, não pensando duas vezes ligou para o hospital para pedir ajuda, porque com certeza ela não conseguiria chegar lá sozinha.
As dores aumentavam de forma rápida, mas o desespero mesmo bateu quando Isadora sentiu um líquido quente entre suas pernas, era sangue, vermelho vivo. O pânico de que algo estava muito errado a consumia violentamente, agarrou-se ao lençol que havia na cama e colocou entre as pernas, terminava isso quando ouviu as batidas estridentes na porta, Isadora se arrastou até a porta para abri-la sendo socorrida de forma imediata pelo socorrista. Apesar de estar ao lado do hospital, pareceu uma eternidade chegar lá, as contrações estavam vindo rápido e as vezes faltava ar para respirar, o suor que lhe cobria o corpo mostrava o quanto seria um parto difícil, a única oração que Isadora se repetia era de que não queria perder o bebê.