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História O Seu Toque (ABO) - Alfa Supremo


Escrita por: Cabiiuwu e GashinaH

Notas do Autor


Oi gente! Aqui estou eu, postando mais um capítulo ^^
Bem, eu não sei se vocês vão entender muito bem o título, mas fica o desafio!
PS: Duda, eu se que você tá lendo, então dá um sinal de vida! kkkkkkk

Capítulo 2 - Alfa Supremo


O Seu Toque

“Alfa Supremo”

Narradora POV~

Iuri estava estático. Como assim, iria se casar?

― V-vovó, acho que a senhora bebeu demais... Eu tenho certeza de que não aceitei casamento nenhum!

Safira riu do comentário do neto.

― Não precisa aceitar. Você foi escolhido pelo lúpus herdeiro, então não tem jeito. ― Disse abaixando a cabeça e sorrindo. Estava feliz pois sabia que os lúpus não erravam, mas estava triste pois sabia que seu neto o podia rejeitar.

Safira era uma amiga de infância do líder do clã, Hugo. Naquela época era um rapaz de bom coração e alegre. Mas se apaixonou pela irmã de Safira, Noma, e foi rejeitado.

O lúpus ficou arrasado, e se tornou o que é hoje, um homem frio e calculista, que particularmente odiava a família de Noma. Consequentemente, odiava Safira e todos os seus descendentes. Além de ter tido seu primeiro filho depois dos trinta...

Quando Noma morreu há pouco tempo, o lúpus se encontra doente desde então. Ele ainda foi forte em aguentar trinta longos anos sem ver Noma, para no final não a ver nunca mais.

E era isso que Safira mais temia... Que seu neto rejeitasse o filho de Hugo, sendo que ainda tinha esperança de que o clã venha a ter um líder melhor e mais justo.

― M-mas vó! Eu não tenho idade para- ― foi interrompido pela velha.

― Não existe essa coisa de idade. As leis dos lobos são diferentes das leis dos humanos. ― Falou. ― Além disso, você é o único dócil da região.

Iuri ficou surpreso.

― Como assim?

Safira se levantou, e entrou no lago raso, que tinha o reflexo da luz da Lua.

― Vem até aqui? ― Chamou-o ― vamos conversar por aqui, é mais relaxante.

Iuri se levantou devagar, tirou sua blusa, e logo em seguida a boxer, as deixando num arbusto.

― Por que as guarda com tanto cuidado? Não vai mais precisar delas! ― Falou Safira, vendo o neto entrar e se sentar em uma pedra ao seu lado.

Iuri arregalou os olhos e corou. Como olharia nos olhos de alguém sendo que estaria nu a sua frente? Isso seria muito constrangedor.

― T-tudo bem.

― Bem, como ia dizendo ― começou Safira ―, você é o único dócil por aqui, ou seja, é mais sensível. Se seu alfa descobrir que você esteve com outros, quem sofrerá será você e os dois patetas ali, e é com isso que fico preocupada...

― Espera, a senhora é o que? ― Perguntou Iuri.

― Sou uma alfa. ― Disse. Iuri se encolheu um pouco... Então é por isso que ela era mais alta que si? Por isso parecia que a idade não tinha afetado tanto assim o seu físico?

― Por isso quando chegou lá em casa que Edward não me deixou abraça-la? ― Lembrou-se da cena.

― Sim... Além do mais, seu noivo já vai brigar por estar como cheiro de Adam... Ah! Aquele irresponsável! ― Safira praguejou. Como explicaria ao noivo de Iuri que seu ômega andou com Adam?

Adam era conhecido na alcateia por já ter se engraçado com a maioria dos ômegas machos. Era um galinha mesmo! Mas era um rapaz de bom coração... Era um lúpus, assim como Ed, por isso a altura semelhante a do mais velho, que se encontrava com seus dezenove anos, Adam tem quinze.

Por incrível que pareça, nenhum dos dois passa dos dois metros. Adam tem 1,87 enquanto Ed tem 1,95.

Bom, voltando ao foco...

― Huh? ― Iuri não entendia porque sua avó achava Adam irresponsável. Tá legal que ele tinha sido bem invasivo, mas não era como se o lúpus fosse um estuprador.

― Nada... Continuando. Você nunca conheceu sua outra avó pois ela fica na alcateia, é a curandeira anciã. ― Falou Safira, orgulhosa de sua esposa ― ela nunca saiu do território lupino, por isso não quero arriscar, ela é bem frágil, sabe?

― Ela é dócil também?

― Não, mas quando mais jovem, o cio dela vinha desregulado, e ela tinha que estar sempre perto de mim para ajudá-la ou de seu pai para protege-la.

― Papai também cresceu lá? ― Iuri falou curioso... Uau, ele realmente não conhecia sua própria família...

― Sim, mas foi embora depois... Daquele dia...

Agora menor estava confuso... Como assim, daquele dia?

― Vovó, tem algo a me contar? ― Perguntou.

― O único que poderá te contar sobre isso é seu próprio pai... ― Iuri assentiu ― muito bem... Onde parei? Ah, é mesmo. Edward e Adam são amigos próximos de seu noivo, mas como Adam é do jeito que é, ele só confiou em Ed para vir te buscar. Bem, acho que não deu muito certo, os dois são uns pervertidos! Se eu que já estou beirando a velha coroca não fiquei excitada, como eles ficariam? Eu até entendo, Adam tem um parafuso a menos, mas Edward? Ele será o futuro conselheiro de Log- ― Parou de falar quando viu a besteira que iria dizer.

― De quem?

― Seu noivo. Ele não quer que você saiba seu nome, pois quer ele mesmo lhe falar.

― Oh... ― Iuri corou nesse momento. Até que se tocou.

― O que tanto pensa, criança? ― Safira perguntou parecendo relaxar mais.

― Nada... Ma- Vó, a senhora está fazendo xixi?! ― Perguntou sentindo a água ao seu redor ficar mais quente.

― Eu disse que estava beirando a velha coroca!

― Eca! ― Iuri se apressou em sair da água ― que nojo, vó! ― Resmungou já na margem do lago.

― Ok, ok... Fale logo, o que quer saber?

― Eu estava pensando... ― Começou pegando sua blusa no arbusto e se secando ― que se esse tal de “herdeiro” quer minha mão, ele já deve me conhecer, certo?

― Mais do que você imagina... ― Falou a velha, saindo do lago e se aproximando do neto ― vá para a alcateia com Adam e Ed, eu vou ir agora, avisar de sua chegada ao seu noivo, e me deixe te dar uns conselhos... Não o contrarie, não o desobedeça, demonstre submissão. Sei que parece terrível, mas ele é frágil, foi criado em um ambiente de ódio, e tudo que ele precisa é de carinho. Coisa que de acordo com o próprio, só você pode dar.

Iuri assentiu meio incerto daquilo e viu sua avó partindo, não sem antes gritar um “PAREM DE BATER PUNHETA SEUS TARADOS!”, para que os dois alfas um pouco distantes dali ouvissem.

Logo os dois surgiram por onde tinham partido, e seus membros pareciam mais calmos.

― Se juntou a nós pequeno? ― Perguntou Adam, que segurava os ombros do menor por trás.

Iuri se assustou e se virou bruscamente.

― V-você m-me assustou...! ― Disse o menor.

― Não foi a intenção ― Adam falou sorridente, e Edwad lhe deu um tapa na nuca.

― Deixe-o. Safira deve ter o mandado tirar a roupa. ― Comentou o maior ali ― além do mais, ele está com os cabelos molhados e a pele úmida, deve ter entrado no lago ― disse apontando para o citado.

― ‘Tá, tá! Já entendi. ― Disse Adam cruzando os braços em uma pequena birra. Iuri achou fofo.

― Não, se você tivesse entendido, Safira agora não acharia que sou um tarado! ― Falou com raiva, mas aos olhos de Iuri aquilo era fofo, dois brutamontes brigando por uma coisa boba.

― Hã?! Mas quem passa a imagem é você, não eu! Afinal, é de você que ela criou nova impressão! ― Adam.

Iuri começou a rir baixinho, os dois alfas certamente ouviriam se não estivessem tão concentrados em um culpar o outro.

― Mas é a você que estou sendo comparado, seu saco de esperma!

― Se eu sou saco de esperma você também é, filhote de hiena!

― Ora, seu-

Iuri não se aguentou e começou a gargalhar alto. Os dois alfas olharam em sua direção, por que ria tanto? O que tinham feito?

Não sabiam, mas ainda bem que fizeram. A risada de Iuri era doce e contagiosa. Logo os dois já não seguravam o sorriso que crescia em seus lábios.

Ao perceber, Iuri corou mais ainda do que já estava por conta da risada, e parou de rir imediatamente, ainda deixando risadinhas escaparem.

― D-desculpem, é que vocês dois estavam engraçados enquanto discutiam... ― Explicou-se.

― Não tem problema, pequeno. Discutimos bastante, mas vamos passar a fazê-lo mais para o ouvir rir assim mais vezes! ― Disse Adam dando uma piscadela travessa, fazendo Iuri sorrir timidamente.

Edward revirou os olhos, enciumado.

― Vamos logo, tem uma caverna pequena por aqui, vamos passar a noite lá e vamos amanhã para a alcateia. É um pouco longe daqui... Falando nisso, Adam, você me seguiu? ― Pronunciou-se Edward. Adam apenas deu de ombros, brincalhão, fazendo Ed resmungar baixo.

Andaram uns cinco minutos, até encontrarem uma caverna bem pequena. Devia ter uns três metros de diâmetro, ou seja, teriam que se espremer um pouco.

― Por que não procurou uma caverna maior? Vou morrer de calor aí, e queria ficar longe dos seus roncos! ― Disse Adam.

― Eu não ronco! Quem ronca é você, parece o senhor Haley com gases!

Enquanto entravam na caverna, os alfas se abaixando um pouco enquanto Iuri entrava sem dificuldade e ria dos mais altos.

― Bem, vamos dormir? Estou com um pouco de sono e ainda tenho que entender melhor no que eu me meti ― falou o dócil, já se deitando próximo a saída da caverna, mas foi impedido por Ed.

― Pode parar! Você deita ali atrás ― apontou para um canto mais ao fundo da caverna, afastado de onde Adam já se deitava. ― Está no cio, e seu noivo não iria gostar de sentir o cheiro de outros alfas em você. ― Finalizou, dizendo a palavra “noivo” com um certo nojo.

Adam franziu o cenho.

― Noivo? Está falando de Log- ― Ed o cortou, mas como era lerdo!

― Shh! Ele não quer que falemos seu nome para Iuri, babaca! ― Edward.

Adam fez uma cara feia, e se aproximou de Iuri.

― Hey, depois que casar com “ele” voc- ― Adam foi interrompido.

― Não vou casar com ele ― respondeu.

Os mais velhos o olharam surpresos com sua fala.

― Como assim? ― Edward não sabia se sorria ou se chorava.

Seu melhor amigo sempre fora apaixonado pelo ômega, desde que eles encontraram o menor e seu pai conversando em uma de suas “aventuras”...

“Edward e Logan estavam correndo pela floresta. Era aniversário de Hugo, então a alcateia estava em festa. Os meninos tinham a mesma idade: dezesseis anos.

Eles queriam se afastar daquela festa toda e fugir de Adam, amigo dos dois. Adam havia feito uma aposta com o filho do aniversariante e ganho, mas o mais velho apenas arrastou Ed para a saída da floresta, onde sabiam que o mais novo não iria.

― Você é um idiota, Logan! ― Disse rindo ofegante, quando pararam para descansar.

― Que? Eu? Eu que não iria fazer o que aquele pirralho quisesse! ― Disse ofegante, se apoiando em seus joelhos com as mãos.

Os dois se entreolharam divertidos e começaram a rir.

Quando deram por si, estavam de frente a uma estradinha de terra batida, e a floresta por onde vieram logo atrás deles.

Estavam um pouco arranhados por causa dos galhos que batiam contra sua pele nua enquanto corriam, mas eram apenas arranhões, então mais um pouco de aventura não iria matar ninguém.

― Hey, Logan, está pensando no mesmo que eu? ― Perguntou Ed.

― Pff, vamos logo ― finalizou Logan, voltando a correr, porém seguindo a estrada.

[...]

Correram por alguns minutinhos, apenas parando para tentar atrapalhar a chegada do outro. Estavam apostando uma corrida para ver quem chega primeiro.

Adolescentes e suas apostas...

Ao finalizar a corrida e constatar que nenhum dos dois venceria, eles andaram mais um pouco e se depararam com uma pequena vila.

O sol estava perto de se pôr, então viam as pessoas indo e vindo, provavelmente se recolhendo para suas casas e outros mais raros indo trabalhar.

Estava um tanto agitado.

Isso era um problema para os alfas, como passariam ali para explorar a vil sem que ninguém os perceba? Afinal, como seus pais os diziam, os humanos costumam usar esses trapos que chamam de “roupa”, e como eles não tinham isso as pessoas poderiam ataca-los, sabe-se lá...

Ao que a vila esvaziava, os rapazes adentravam mais o recanto, permitindo-os sentir um cheiro inebriante.

Era doce, rosas e chocolate.

Os alfas nunca sentiram um cheiro tão bom...

A maioria dos ômegas da alcateia se enchia do perfume das gardênias que ali cresciam. A flor podia até ser bonita e cheirosa, mas misturada ao cheiro já forte dos ômegas era algo enjoativo, mas nenhum alfa de lá ligava muito para o cheiro.

Bem, mas este era muito bom. Parecia natural, acabando de sair dos poros, fresquinho que contamina o ar com a sedução devastadora.

Os dois rapazes rapidamente trataram de seguir aquele cheiro, tomando cuidado para ninguém os notar.

Ao encontrarem o que procuravam, se viram de frente para uma pequena casa, com um muro de cimento alto e mal feito.

Havia um homem de costas para eles, conversando com um menino bem pequeno. Os alfas se aproximaram mais da cena, curiosos.

― Iuri! O que eu lhe disse sobre brincar com aqueles meninos! Já disse que eles iriam te machucar ― falou visivelmente preocupado com a pequena criança a sua frente.

― Desculpe, papai ― falou o menino de cabeça baixa.

Os alfas se entreolharam surpresos ao ouvirem a voz do homem.

Não era um homem qualquer, era Robert, um alfa. Todos já sabiam o motivo de Robert ter fugido. Tinha sido trocado por seu ômega. Ou melhor, ex-ômega. Logan não tinha nenhuma ligação com ele, mas Ed sim. Seu pai era esse ômega...

Enquanto Edwad processava a ideia de que alguém importante para seu pai estava ali, em sua frente, Logan se inebriava com o cheiro doce do ômega, nem ligando para a conversa dos dois.

― L-Logan, vamos embora, nossos pais devem estar nos procurando! ― exclamou Ed.

O loiro nem prestava atenção, apenas acenava em positivo, sem tirar os olhos do pequeno. Edward bufou, revirando os olhos, odiava quando lhe ignoravam, se bem que por aquele menininho valia a pena ficar observando...

― Acha que aquele menino é filho de Robert? ― Perguntou. Edward arregalou os olhos ― acho que é ômega, pelo cheiro e estatura. Dócil?! ― Agora Logan quem arregalou os olhos, mas com um sorriso enorme no rosto.

Não, não, não, não, não!

Aquele não podia ser filho de Robert! Como Edward diria ao seus pais que estava apaixonado pelo filho do ex-alfa de seu pai? Não podia se apaixonar!

Já Logan era um caso perdido. Já estava sem piscar há quase cinco minutos, apenas observando o suposto filho de Robert. Com certeza não deixaria isso quieto.

Edward tentou puxar o amigo para irem logo para a alcateia, mas o alfa apenas se dedicava em gravar os traços e o cheiro do pequeno. Só parou de o observar quando o ômega entrou pelo portão velho, enquanto o alfa ia para o centro da vila.

Só assim os dois se foram, se pondo a correr para a alcateia, enquanto apenas uma coisa rondava na cabeça dos dois: Iuri.”

Até o próximo...


Notas Finais


Bjs! ^^


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