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História O significado de uma palavra - SAIDA - Capitulo Doze - Retardada


Escrita por: lihyeti

Notas do Autor


Esse capítulo tem certos gatilhos com a relação de Dahyun e Tzuyu. Se você for alguém sensível não recomendo ler.
Não romantizem relacionamentos abusivos. Nem namoro, nem amizade. Isso são casos sérios que as vítimas precisam de ajuda. Estão todos avisados?

Capítulo 13 - Capitulo Doze - Retardada


Dahyun e Sana se encararam por alguns segundos. Kim não conseguia raciocinar direito aquelas palavras. Não conseguia raciocinar aquela frase. Aquela pergunta.

- Eu... e-eu...

- Ei, relaxa. Não precisa me responder agora. - Sana sorriu. - Está tudo bem, é o seu tempo. Apenas não esqueça da resposta.

- Tudo bem...

- Até amanhã, Hyun... pensa bem.

- Pode deixar...

Dahyun foi até o elevador enquanto Sana ficou na portaria esperando o Uber que pediu.

Kim encostou no espelho, olhando fixamente pro chão. Sana tinha acabado de a pedir em namoro, deveria estar comemorando, soltando fogos. Mas não estava e isso tinha nome e sobrenome.

Chou Tzuyu.

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Dahyun deitou em sua cama, percebendo que seus pais não estavam em casa. O bilhete em cima da mesa da sala mostrava isso.

"Papai teve que ir no escritório, tem sorvete no congelador."

Ótimo, assim era bom. Apenas seu cachorro rodava seu quarto, procurando algo pra morder. Enquanto isso seus pensamentos tornaram todos a pessoa que mais sentia desprezo.

Chou Tzuyu não era uma pessoa facil, isso era fato. Algo engraçado foi que, quando entrou na escola, a taiwanesa havia sido sua primeira e melhor amiga.

Plot twist. Tzuyu foi uma boa pessoa pra Dahyun por um bom tempo, especificamente, o fundamental inteiro.

Dahyun não sabia falar e Chou não sabia falar em coreano direito. As duas combinavam muito bem.

A questão é que Tzuyu queria ter o prazer de ser a primeira. No início do ensino médio, Chou virou a máquina de hormônios e fogo mais forte do planeta. A mais afetada foi Dahyun.

Amava Tzuyu, sentia certa atração, mas não se sentia preparada. Isso irritou Chou profundamente.

- Que merda sua doente! Se não for eu vai ser ninguém, entenda! - Tzuyu se aproximou, segurando os braços de Kim com força. A mesma chorava silenciosamente. - Ninguém vai te querer, você nem falar sabe! Eu te quero, quero seu bem, quero você...

Dahyun fechou seus olhos com força, tentando afastar esses pensamentos, mas era completamente inevitável.

Você tem corpo, apenas. Você não passa de uma gostosa, de resto? Uma completa inútil. Qual é? Pelo menos eu estou vendo algum lado positivo em você, por que não entende isso?!

Kim sentiu seu peito doer, parecia que algo estava esmagando cada pedacinho de si.

- Você não passa de uma... de uma... retardada! Isso! Retardada!

- Para... - Dahyun ouvia cada frase, cada diálogo, tudo em volta de sua cabeça.

- Eu só vou ser feliz de verdade quando você me dar. Não quer me ver feliz, Dahyunnie? Me faça feliz!

Dahyun perdeu o ar. Tentava encontrar ele de qualquer forma. Tentou respirar pelo nariz, boca, não conseguia. Se levantou, se segurando nas paredes até chegar em sua mesa. Puxou a gaveta, pegando seu remédio de ansiedade que não tomava há séculos.

- Vai morrer assim, sem ninguém. Não me quer? Problema seu, você vai ver, Dahyun. Não vou deixar barato, sua doente mental. - Tzuyu sorriu cínica. - Se prepara, quero te ver morta.

Por um momento, Dahyun pensou seriamente em abrir toda aquela cartela de remédios e tomar. Pensou em deixar aquilo pra lá e morrer sentindo falta de ar. Pensou em se jogar da janela.

"Aqui, embaixo da chuva mais forte que peguei na minha vida. Você, Kim Dahyun, aceita namorar comigo?"

Não. Seria injusto.

Abriu apenas um dos remédios, colocando a pílula debaixo da língua. Voltou a sua cama, deitando e pegando seu celular.
Em um impulso, digitou o contato de Sana, ligando sem nem perguntar se poderia.
Esperou, esperou. Até que ouviu a voz da japonesa.

- Alo? - A voz sonolenta fez Dahyun sorrir fraco, mas logo sentiu seu corpo reagindo de outra forma. Sentiu o colapso do choro vindo. Sana ficou em dúvida, mas continuou em silêncio.

- D-Desculpa... N-Não posso! Não posso aceitar!

- Calma... está tudo bem. Respira pelo nariz e solta pela boca, tenta parar de chorar primeiro antes de falar qualquer coisa. - Dahyun fez o que foi pedido. Respirou fundo várias vezes. Sana continuou na ligação, pacientemente. - Pronto?

- Uhum...

- Por que estava chorando? - Kim achou incrível que a primeira pergunta não foi "por que negou meu pedido de namoro feito de uma maneira tão amorosa?" Sana era diferente de Tzuyu, isso tinha 100% de certeza, mas... era tão complicado.

- Tem coisas que não conto...

- Mas isso é normal, tem coisas que ninguém precisa saber a não ser a gente.

- São coisas que atrapalham...

- Ah... você se sente bem de dizer?

- Dahyun precisa dizer.

- Estarei aqui pra ouvir. - As duas ficaram em silêncio por alguns segundos. Dahyun pensava como começar.

Kim suspirou, começando a contar toda história. Desde que Tzuyu chegou na escola até quando ela apenas endoidou. Sana ouviu tudo, tendo apenas algumas reações audíveis. Alguns suspiros e resmungos. Mas Dahyun continuou e Minatozaki não ousou interromper.

Dahyun contou sobre tudo. Desde quando conheceu Tzuyu, como viraram amigas e quando Chou foi da água pro vinho. No caso, de sua melhor amiga pra pior pessoa que poderia imaginar. 

Sana não sentia raiva de Tzuyu, sentia pena agora. Chou era possessiva e obsessiva com Dahyun, quando se sentiu rejeitada partiu pra agressão verbal e física.

Então era Tzuyu a pessoa que Seungmin havia mencionado no dia da festa?

- Seungmin sabe sobre isso?

- Algumas partes, não tudo. Ele sofreria infarto.

- Então tem motivos. Mesmo sendo banal, fútil e que poderia ser resolvido com uma conversa. Tzuyu faz tudo isso por que queria transar com você? Meu Deus...

- Eu não queria ficar abalada, queria parar de me importar. Mas não da...

- Dahyun, está tudo bem. Eu estou aqui e vou ficar, esperar seu tempo. O nosso tempo. - Kim queria responder, mas não tinha como contra argumentar. - Eu gosto muito de você, o suficiente de não me importar com quanto tempo vou precisar esperar.

- Mas não quero ser peso. Tem muita gente que gosta de você, pessoas... melhores que eu. Até a Tzuyu gosta de você.

- Você é a única que eu me importo. A única. - Dahyun ouviu a campanhia de sua porta, lembrou que havia chamado Jihyo pra ver filmes.

- Preciso ir...

- Tudo bem, depois conversamos.

- Sana, antes de desligar... eu te... - Te amo? - Eu gosto muito de você!

Minatozaki riu fraco, esperava outra coisa, mas aquilo também era importante.

- Também gosto muito de você. - Dahyun desligou a ligação, Sana ficou pensativa por algum tempo.
Seria Tzuyu capaz de fazer algo contra Kim novamente?

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Dahyun abriu a porta de sua casa, vendo Jihyo com um pote de doces e refrigerante. Sorriu fraco, recebendo um abraço de sua amiga.

- Desculpa a demora, Chaeyoung estava surtando porque a Mina falou oi pra ela. - Jihyo verificou todos os lados. - Cadê os tios e o surtadinho?

- Papai trabalhando, mamãe também e Seungmin com amigo. - Park e Kim foram para o quarto, Dahyun deitou no tapete.

- Hey, Ari! - Jihyo pegou o cachorro que estava no chão, fazendo carinho no mesmo. - Você estava chorando?

- É muito óbvio?

- Um pouco... o que aconteceu?

- Ansiedade... - Park sentou no chão, ao lado de Dahyun. - Só foi algo que pensei demais.

- Parou de tomar seu remédio, não foi? - Kim suspirou. - Ah, Dahyun! Você sabe que não pode ficar muito tempo sem tomar.

- Ja tomo muito remédio, não preciso de mais um.

- Não quero discutir, só peço pra tomar cuidado. Agora vamos pra um assunto que quero muito te perguntar.

- Qual?

- Você gosta mesmo da Sana?



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