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História O Silêncio Dos Lobos - Tudo


Escrita por: DoctorCase

Capítulo 131 - Tudo


Ninguém nunca procuraria aqui, Xiumin. –Chanyeol deu duas batidinhas com o indicador sobre a mapa desenhada a traços de caneta preta.  O alfa interino virou o rosto para a porta, no exato momento que Baekyun entrou. Segurava um livro de capa marrom e desgastada na mão. Seus olhos estavam tão vidrados naquelas linhas, que nem percebeu os olhares mútuos sobre ele. –Baek?

                -Baek. –Tao o chamou com firmeza e Baekhyun olhou para o lado direito.

                -Sim?

                -Encontrou alguma coisa? –Chanyeol questionou, depois de respirar profundamente.

                -Sim, sim, encontrei. Além das operações dentro dos Rebeldes, Irene também fazia por fora, mas olha só, eu encontrei isso daqui. –Baekhyun manteve o livro aberto e o colocou sobre a mesa, ainda com dois dedos separando as páginas, impedindo que o livro se fechasse. – Segundo parágrafo.

                Chanyeol leu as linhas e conforme avançava, suas sobrancelhas franziam.

                -Diz logo o que tem ai. –Jungkook não continha a apreensão. Seus pés batiam ansiosamente no chão.

                -Parece que eu estava certo, Xiumin. –Chanyeol levantou o olhar para ele, mas manteve a cabeça abaixada. –Ela encontrou algumas instalações subterrâneas. –seu olhar voltou para as páginas amareladas.

                Xiumin franziu o cenho. Ele acreditava firmemente na ideia de que as instalações de Cavill, principalmente aquela que Chanyeol acreditava que Kai estaria, não eram subterrâneas. Xiumin tinha pesadelos constantemente, recordando-se em breves flashbacks de quando foi capturado e levado para aquele lugar horrendo onde tinha passado os piores momentos de sua vida. Não era nada subterrâneo. Pelo menos, não a sua entrada. Xiumin se lembrara de que a fachada era de uma grande corporação. A industria Cavill era uma das mais bem sucedidas no mercado laboratorial, bioquímico e biomédico. Mas era obvio que Chanyeol tinha bons contra-argumentos que o levou, brevemente, a pensar que sua teoria era apenas uma loucura. Chanyeol dizia que para a espécime raríssima de Kai, Cavill provavelmente teria mais zelo do que de costume, principalmente depois de todas aquelas mega operações que a matilha tinha liderado, soltando milhares de lobos durante um curto espaço de tempo.

                Xiumin puxou o ar para seus pulmões, aceitando que aquilo era um bom argumento para que todos seguissem até essa pequena mata e procurar por Kai.

                -Sairemos amanhã de manhã. –Chanyeol avisou, voltando a colocar os dois punhos fechados contra a mesa. Antes de analisar novamente o mapa, Chanyeol deu uma boa olhada em seus rapazes. – Vocês estão bem para sair e procurar mais uma vez?

                Tao aparentava cansaço, suas olheiras escuras eram a pintura de um homem beirando a exaustão. Jungkook roia as unhas. JHope e Yoongi eram dois sentinelas na porta, com os olhos cravados em Chanyeol. Baekhyung possuía os olhos inchados do choro de instantes antes da reunião. Kris estava tão cansado, que havia sentado na poltrona desde que tinha chegado. E os outros também aparentavam estar a beira do colapso da exaustão.

                -Não podemos desistir. –Chanyeol murmurou, mais para si mesmo do que para eles, voltando o olhar para o mapa. Ele respirou profundamente antes de finalizar: - Kris, veja se Taehyung obteve sucesso procurando Kyung Soo e as crianças. Eu ficarei pelo escritório bolando alguma estratégia. Vejo vocês de manhã...

O último a sair, foi Baekyun, que continuou a encarar o companheiro, com os olhos brilhando, ele deixou que o diário de Irene se fechasse. Depois de encontra-los no subterrâneo, Baekyun ainda desconfiava que Irene guardava ainda mais segredos. Kris deu a ideia de investigá-la, já que seu passado poderia dar muitas pistas de laboratórios que foram descobertos e de informações relevantes para a operação de resgate de Kai. 

-Você acha que eles estão bem? 

Chanyeol fechou os olhos. 

-Não tenho nada a dizer sobre isso. - Chanyeol retrucou, passeando os olhos pelas linhas. 

-Você deveria descansar. Não dorme há mais de 48 horas, está tão cansado quanto eles. 

O peito de Chanyeol doeu. E mesmo assim, mesmo com todo o esforço e noites vasculhando o vazio, Chanyeol se sentia tão perdido quanto o começo. Não tinha valido de nada. Todo o trabalho e cansaço não valiam de nada, já que estava tão longes de encontrar alguma pista do que antes. 

-Escute, você acha que Nam pode estar escondendo uma informação importante? 


-Por quê? Ele mesmo nos disse onde ficava a entrada do subterrâneo. 


-Ele fez isso para que eu não estraguasse aquela cara de bunda dele. 

Baekyun deu um passo à frente, espalmando a mão na mesa. Seus dedos estavam à centímetros dos dedos de Chanyeol. 

-Deveríamos ir para cama. Pelo menos por 2 horas, Chanyeol. Você vai ficar para trás. Sabe que temos que correr bastante até a Avenida Sul. 

-Sei. - mesmo com Baekyun tão próximo, Chanyeol não o olhava, não o encarava pois sabia que o odor naquela sala tinha mudado bruscamente com a repentina aproximação de Baek. O odor que tinha diminuído o tamanho da sua calça. 

-Então, por que não vamos? -Baek deslizou a mão de encontro com a de Chanyeol. 

-Porque eu preciso ficar aqui, inferno! -Chanyeol virou o rosto para ele. Seus olhos ferviam em cólera. 

Baekyun não se assustou. Pelo contrário, lhe lançou um breve sorriso apaixonado. 

-Mesmo com essa situação péssima, com o sumiço de Kyung, as crianças... -Baekyun segurou o rosto dele com as duas mãos. Chanyeol já salivava bastante. - Kai... Eu... Eu estou tão grato por ter você ao meu lado, Chanyeol. Estou grato por amar você e receber esse amor de volta. E mesmo senão recebesse, eu seria eternamente grato por pelo menos conhecer essa pessoa extraordinária que é. -Baekyun apertou as mãos nas bochechas, formando um bico nos lábios de Chanyeol. 

-O que voche tá fazendo? -Chanyeol franziu a testa. 

-Vamos dormir. Por favor. 

As palmas quentinhas de Baekyun se desvencilharam das bochechas de Chanyeol. E Chanyeol agarrou as duas com velocidade, colocando-as no mesmo lugar. 

-Eu te amo, Baekyun. E não importa o que aconteça, meu amor sempre vai resistir à tudo. 

-Até a morte? -Baekyun o questionou e as lágrimas já brotavam em seus olhos. 

Chanyeol pôs as próprias mãos em cima das de Baekyun, acariciando-as com os polegares. 

-Tudo. 




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