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História O som do coração - Quem foi?


Escrita por: beautiful_eyes

Notas do Autor


OI, OI GENTE!!!
Voltei com mais uma capítulo, mas antes gostaria de compartilhar algo com vocês.

Domingo eu me assumi para minha mãe, disse que queria conversar e entreguei uma carta que eu havia escrito há alguns dias, nunca senti tanto medo na vida. Ela leu a carta e quando ela acabou eu desabei a chorar ela me abraçou e disse "Tudo bem, não precisa chorar. Você não tem que se importar com os outros. Tá tudo bem." Foi então que eu chorei ainda mais. Não pensei que ela teria uma reação tão positiva, ao contrário, pensei que ela me mandaria embora.

Enfim, eu estou muito feliz e se alguns de vocês também tiverem medo de se assumir para família, vocês podem se surpreender assim como eu. Não tenham medo, se amem e sejam livres para serem quem vocês quiserem.

Boa leitura!

Capítulo 7 - Quem foi?


Fanfic / Fanfiction O som do coração - Quem foi?

Kara’s POV

A semana de provas havia começado e a tensão em todo o campus era quase palpável, em todos os cantos alunos se reuniam para formar grupos de estudos e eu claramente não podia ficar fora dessa. Winn com seu jeito todo comunicativo de ser conseguiu que Lucy nos ajudasse durante o intervalo e ela se colocou à disposição para nos ajudar com o que fosse preciso fora do campus também. Era bom ter alguém mais experiente nos ajudando.

- Vocês precisam se empenhar mais na prova da Srta. Luthor, ela pode parecer boazinha, mas as provas dela são de fazer qualquer um chorar – Lucy comentou enquanto mordiscava seu lanche – leiam todas as biografias que ela indicou e não tentem colar, essa tática nunca funciona com ela.

Desde o início da semana que eu não via Lena no campus, hoje seria nossa primeira aula da semana e confesso que eu estava ansiosa para vê – la. Depois de sua apresentação nos falamos pouquíssimas vezes e sempre dentro da sala de aula, nunca dentro do seu carro ou em uma balada LGBT. Eu não conseguia enxergar nela a mulher que Lucy descreveu, é um tanto impossível pensar que aquela mulher pode ser tão rígida assim.

- Não fale assim que você vai fazer Kara ter um ataque cardíaco – Winn zombou – ela é a favorita da professora tenho certeza que vai se esforçar mais que todos os outros para não perder esse posto.

Meu amigo me lançou um olhar sugestivo e eu corei, desde a noite que Srta. Luthor e eu dançamos juntas ele vive jogando indiretas e mesmo sem querer me faz sentir culpada pelo o que aconteceu. Ou não aconteceu. Se ele não estivesse tão bêbado quanto estava teria percebido ainda mais o clima pesado entre a mulher de olhos verdes e eu, graças ao bom Deus ele apenas nos viu dançando.

- Não seja idiota – soquei seu ombro – não sou a favorita de ninguém, muito menos da Srta. Luthor, me esforço igualmente em todas as aulas e você sabe muito bem disso.

Juntei meu material que estava espalhado sobre a grama e saí deixando Lucy confusa com minha reação, pude ouví – la gritando meu nome, mas ignorei seu chamado e segui rumo à sala de aula. Hoje em especial não usaríamos o tetro, Lena apenas disse que não queria atrasos e não explicou a razão para usarmos uma sala comum. O local estava vazio exceto pela mulher que ocupava sua mesa de professora, Lena usava um terninho social e um escapin preto, corri meus olhos pelo seu corpo e desviei antes que ela  percebesse minha presença.

- Srta. Danvers sempre pontual – ela sorriu e se levantou – espero que essa cara assustada não tenha nada a ver com minha pessoa. Eu sei que os alunos dos períodos mais avançados espalham por aí que eu sou uma carrasca na semana de provas... e é verdade. Mas você não tem com o que se preocupar, eu tenho certeza que se sairá bem.

Fomos interrompidas por um grupo de alunas que entrou na sala e Lena voltou com sua postura séria, sentei na minha cadeira e esperei que todos chegassem para que ela começasse a aula. Winn sentou – se ao meu lado, mas eu não me dei ao trabalho de olhar em sua direção, estava realmente nervosa com todas as suas piadinhas e olhares sugestivos.

- Formem duplas e guardem o material – Lena disse se levantando – teste surpresa.

Literalmente todos os alunos arregalaram os olhos sem acreditar no que tinham acabado de ouvir, Srta. Luthor estava de costas escrevendo algumas anotações no quadro dando algum tenho para nos organizarmos.

- Você não pode nos aplicar nenhuma prova surpresa, isso é contra as regras da universidade – Mike, um colega de sala, esbravejou.

Lena se virou calmamente e sorriu, um sorriso que eu nunca tinha visto antes e me causou um arrepio na espinha.

- Por isso mesmo eu disse teste, não prova. Conheço muito bem as normas da universidade e não preciso de ninguém para me lembrar quais são elas – Srta. Luthor disse caminhando na direção do rapaz – agora se ninguém tiver mais nada para questionar formem as duplas.

A turma se reuniu em duplas e como estávamos em número ímpar eu acabei ficando de fora já que neguei me sentar ao lado de Winn. Pedi para fazer o teste sozinha e Lena atendeu  meu pedido fazendo meu amigo me olhar desconfiado outra vez. Ela entregou duas folhas com questões dissertativas e nos deu cinquenta minutos para responder todas, por mais que eu estivesse nervosa fui a primeira a acabar e deixar a sala com o olhar de todos pesando sobre mim.

- Aposto que o teste da favorita da professora estava mais fácil que o nosso – ouvi Mike sussurrar antes de deixar a sala e Lena pareceu ter ouvido também, pois se levantou com uma cara de poucos amigos e fuzilou o idiota com o olhar.

Ela calmamente foi até ele e pediu com muita educação que ele se retirasse, sua voz estava calma, mas seu olhar não negava o quão irritada ela estava. Mike não teve outra escolha a não ser fazer o que ela havia mandado, ele passou por mim trombando em meu ombro me fazendo derrubar meus cadernos no chão. Maldito.

- Eu te ajudo com isso – Lena se abaixou ao meu lado sem se importar com os olhares curiosos direcionados a nós. Nossos dedos se tocaram por um breve instante e nossos olhares se encontraram tão rapidamente como um voo de um beija – flor. Eu estava me sentindo dentro de um filme muito clichê.

Deixei a sala sem olhar para traz e fui para casa já que não teríamos mais nenhuma aula, não me preocupei em ligar para Alex vir me buscar, peguei um ônibus e em menos de trinta minutos já estava jogada sobre minha cama pensando na reviravolta que minha vida tinha dado. Fui até a cozinha e coloquei uma lasanha para descongelar no microondas, minha irmã precisava fazer compras urgentemente. Quando o aparelho apitou despejei toda a comida em um prato e me sentei de frente à TV, zapeei os canais até encontrar algum que estivesse passando um filme que eu gostasse de assistir.

Acordei com Alex abrindo a porta da sala e caí do sofá devido ao susto, não me lembro de quando peguei no sono com um prato de lasanha em cima de mim. Minha irmã riu da minha cara e ainda me acertou uma almofada fazendo eu me desequilibrar outra vez.

- Eu vou te matar – disse do jeito mais furioso que consegui fazendo com que ela risse ainda mais da minha cara.

- Se você me matar não vai receber a encomenda que deixaram para você lá embaixo – Alex disse me mostrando um enorme buquê de flores – já procurei e não tem nenhum cartão, a não ser que uma nota musical desenhada em um pedaço de papel rasgado conte como assinatura.

Corri até ela e peguei o buquê de suas mãos, procurei por algum cartão e realmente não havia nada, apenas uma clave de sol desenhada em um pedaço de papel.

Pensei que talvez fosse um engano, mas Alex disse que o porteiro garantiu que as flores eram para Kara Danvers e a única moradora com esse nome sou eu. Observei cada flor do buquê e quase caí de costas quando me lembrei de onde eu conhecia aquelas flores.

Eram flores iguais as usadas na decoração do teatro no dia da apresentação de Lena. 


Notas Finais


E então, como estamos? Comentem o que vocês acharam e se estão gostando da história.

Vocês são muito importantes!

Beijos no core sz


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