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História O Tal do Destino - Amor Infinito


Escrita por: BellaWoodwork

Notas do Autor


Oie gente!! Estou de volta com mais um capítulo. Queria falar uma coisa com vocês: eu sei que não estou conseguindo desenvolver tão bem essa desavença entre o Percy e a Annie - afinal o Perseus é tão amorzinho - mas prometo que vou me esforçar para trazer mais intrigas para esse casal. Espero que gostem do capítulo! Boa leitura!

Capítulo 4 - Amor Infinito



Percy organizava seu armário de maneira um tanto desleixada. Ele até tentava dobrar as roupas e deixá-las arrumadas na cômoda, mas organização definitivamente não era o seu forte. Seus outros pertences estavam espalhados pelo grande quarto de hóspedes de Annabeth, provocando uma poluição visual no ambiente elegante e impecável que era a 30 minutos atrás. 


A grande cama de casal era coberta por lençóis azuis - a cor favorita de Perseus, por sinal - tinha travesseiros de diferentes tecidos e tamanhos e havia uma manta esticada aos pés do colchão. Lembrava bastante aquelas camas luxuosas em lojas de roupas de casa. Já a mobília era bastantes moderna, contando com mesas de cabeceira, uma cômoda, uma estante com livros e decorações e uma grande poltrona ao lado da janela de vidro. 


O homem se aproximou mais da vidraça para apreciar a vista do trigésimo andar, porém a forte chuva que caía do lado de fora impedia uma boa visibilidade de Manhattan. Não era tão comum chuvas como aquela em pleno verão nova iorquino, mas elas ao menos amenizavam o clima quente da cidade. Infelizmente, aquilo atrapalharia um pouco os seus planos para a tarde.


Percy escutou um choro vindo do quarto ao lado, mas antes que pudesse ir até lá, percebeu uma movimentação no corredor, o que indicava que Annabeth havia ido atender a pequena Celine. Ele continuou, então, a arrumar suas roupas. Estava tão concentrado em tentar dividir tudo aquilo por cores - como ele vira em uma postagem do Instagram - que nem percebeu Annie entrar no quarto.


- Por favor me diz que você não vai sair - o homem tomou um leve susto e colocou a mão no peito antes de se virar e encontrar uma Annabeth arrumada com uma bebê chorosa no colo. 


Percy não deixou de observar que a mulher tinha uma leve maquiagem no rosto, o qual era emoldurado pelas ondulações naturais de seu cabelo. De suas orelhas, pendiam apenas um dos brincos do par, o que provavelmente era culpa da afilhada. Ela também usava um salto alto escuro que combinava com o terno feminino nude xadrez. Annabeth definitivamente estava muito bonita.


O homem coçou a nuca, sem saber o que falar. Ele não podia dar a resposta que a mulher queria. 


- Não tô acreditando - ela disse enquanto colocava uma das mãos na testa - Teve um problema com um dos projetos e preciso urgentemente fazer uma reunião com a equipe. 


- Eu ia apenas buscar algumas coisas na casa da Rachel. A Celine pode ir comigo - ele sugeriu.


Annabeth observou rapidamente o homem à sua frente. Ele usava roupas leves, adequadas para o verão, e um calçado impermeável. Com certeza pretendia ir andando até a casa de Rachel, que se localizava a penas alguns quarteirões dali. Ela riu de maneira irônica.


- Só pode estar brincando, né?! Você não vai sair andando por aí com Celine no colo no meio dessa chuva - a mulher falou indignada. Não havia necessidade de expor a pequena àquele temporal - Ainda mais para acompanhar você a casa da sua namorada - Annie completou sem muita paciência.


Perseus ficou confuso por alguns segundos com o último comentário da mulher, mas antes que pudesse explicar a Annabeth que não era nada do que estava pensando, ela já havia voltado a falar.


- Quer saber? Deixa que eu levo a Cel comigo. Hazel pode dar uma olhada nela enquanto estou em reunião - disse já indo em direção a porta. O nome comentado, no entanto, chamou a atenção de Percy.


- Hazel? Hazel Levesque, a minha prima? Não sabia que ela trabalhava com você.

- Sim, Perseus, a sua prima. Ela é uma funcionária exemplar. Na verdade, é muito mais do que uma funcionária, é uma amiga - ela disse se voltando para o homem e trocando a posição de Cel no seu colo - É engraçado que quanto mais eu conheço a sua família, mais eu percebo que os genes ruins são exclusivamente seus - A mulher não se preocupou em ver a reação de Percy. Ela sabia que sua lerdeza o faria demorar algum tempo para perceber a ofensa, e ela não podia perder nenhum segundo.


Annie tratou de deixar Celine no berço enquanto escolhia uma roupa de bebê confortável, mas adequada para aquele clima. Optou por um vestido de verão, pois, apesar da chuva, fazia calor, um cardigan leve que evitasse algumas eventuais gotas de água e um par de galochas. Aquele sapato não era realmente necessário, visto que Cel não sairia do colo da madrinha, mas a mulher achava que ela ficaria adorável com aquelas botinhas.


Celine deu um pouco de trabalho na hora da troca, mas Annabeth já estava aprendendo a driblar a inquietação da afilhada. Começou a cantar as primeiras notas de “Somewhere Over The Rainbow” e, como mágica, Celine parou de se mexer e começou a escutar Annie atentamente. A mulher nunca havia considerado sua voz bonita para canto, mas a pequena parecia gostar. 


De maneira apressada, a mulher colocou a pequena no carrinho e correu até o quarto para pegar sua bolsa e o par que faltava do brinco. Agradeceu ao fato de já ter uma mochilinha preparada com tudo que Celine pudesse precisar. Annie já estava fechando a porta do apartamento quando se lembrou de mais uma coisa.


- O bebê-conforto está no seu carro - a mulher falou, dando mais um susto em Perseus. Ele a encarou confuso, sem entender o que aquilo implicava. A mulher suspirou impaciente - Preciso que você desça com a chave para que eu possa colocar a cadeirinha no meu banco de trás.


- Claro - falou prontamente. Percy pegou a chave que estava sobre a cabeceira e seguiu Annabeth, calado, até a garagem. 



- Não está saindo - ele anunciou. Mesmo depois de apertar a trava de segurança diversas vezes, o mecanismo da cadeirinha se recusava a se soltar do banco.


- Como não está saindo? Você deve estar fazendo errado - Annie empurrou Perseus para o lado e tentou fazer exatamente como o vendedor tinha instruído no dia que compraram o objeto. De fato, ele estava preso. A mulher bufou e colocou a mão na testa. Porque logo no dia que ela precisava ir rápido ao escritório aquilo acontecia?


Percy notou que a mulher estava bastante inquieta. Devia ser um problema importante a ser resolvido, senão ela teria feito a reunião por vídeo chamada, assim como vinha acontecendo desde que ambos começaram a cuidar da afilhada.


- Que tal eu levar vocês? Assim Celine pode ir segura na cadeirinha - ele sugeriu - Quanto tempo você acha que vai demorar no escritório?


- Devo ter terminado tudo daqui umas duas horas - ela disse, um pouco desconfiada.


- Perfeito. Não vou demorar mais que uma hora com Rachel, então ainda chegou adiantado para buscar vocês.


Perseus se apressou em colocar a afilhada no bebê-conforto, se assegurando que o cinto estava bem preso. Também dobrou o carrinho da pequena e o colocou no porta-malas. 


- Não vai entrar, não? - perguntou para Annabeth quando sentou no banco do motorista. A mulher continuava parada, o observando. Tinha os olhos estreitos e as sobrancelhas juntas, como se ponderasse se aquilo era uma boa ideia. Mas que escolha ela tinha? Pelo menos chegaria na empresa e com Celine em segurança. Annie abriu, então, a porta do passageiro e sentou no banco da grande SUV azul.


***


Annabeth se jogou na cadeira depois de mais de uma hora de reunião. Um dos arquitetos da equipe havia feito alguns cálculos errados em determinado projeto e aquilo havia atrasado em muito as obras - além de ter provocado um prejuízo significativo para a empresa. Mas a mulher não podia reclamar, coisas como aquela aconteciam. 


Annie, no entanto, não passou muito mais tempo naquela sala de reuniões. Ela recolheu seu computador e seguiu caminho até seu escritório, onde a pequena Celine lhe esperava.


- Oi, meu amor - ela falou levantando a pequena que brincava em cima do sofá que havia ali - Você deu muito trabalho para a tia Hazel? - Annie indagou enquanto olhava para a amiga e secretária.


- Nenhum! Ela ficou tão encantada com o globo de neve que ficou a maior parte do tempo só balançando ele - Annabeth olhou então para o sofá no qual a pequena se encontrava antes e percebeu que, de fato, havia ali um pequeno globo de neve.


O objeto era especial para Annabeth, ela havia ganhado do pai quando pequena, em um tempo que os dois ainda tinham uma boa relação. Apesar de tudo, o enfeito a lembrava de um momento feliz e Annie gostou de saber que a afilhada também apreciava o pequeno globo.


- E não se preocupe, eu não deixei ela por na boca - Hazel se apressou em falar. A Chase apenas balançou a cabeça, indicando que aquilo não era um problema.


- Muito obrigada por cuidar dela hoje. Você pode tirar o resto do dia de folga, acho que não há mais muito o que fazer por aqui - Annie falou para a amiga, que agradeceu e começou a se direcionar para fora do escritório. A arquiteta, no entanto, lembrou de mais uma coisa - Você sabe onde está o Perseus? Ele ficou de nos levar para casa.


Hazel franziu as sobrancelhas a princípio, mas logo depois percebeu que Annabeth falava do seu primo. Praticamente ninguém o chamava pelo seu nome, sempre usavam o apelido. Ele mesmo preferia ser chamado de Percy.


- Ele não chegou, eu acho. Creio que a recepção teria avisado se fosse o caso - Annabeth assentiu e a agradeceu novamente. 


A Chase, ainda com a afilhada no colo, sentou-se no sofá e soltou um suspiro. Teria que esperar até Perseus aparecer, afinal estava sem cadeirinha novamente - e sem carro! A mulher até fez uma nota mental: precisava comprar outro bebê conforto urgentemente. 


- Porque que seu padrinho é assim, Cel? - a única resposta que recebeu foi um pequeno bocejo que saiu da boca da bebê. A mulher conferiu rapidamente o relógio de pulso e viu que já se aproximavam das 6 da noite. Se não chegassem logo em casa, a rotina da noite de Celine seria arruinada e Annie tivera muito trabalho para ajustá-la nas últimas semanas.


A pequena ainda deveria tomar o seu leite e um banho antes de dormir, mas coçando os olhinhos, mostrou à madrinha que haveria um mudança de ordem naquela noite. Annabeth, então, se levantou e começou a ninar Cel. Enquanto cantava as notas da música que a menina tanto gostava, viu seus olhos fecharem lentamente, e as mãozinhas relaxarem sobre o peito da madrinha. 


A mulher seguiu cantando, para garantir que Celine continuasse a dormir. Enquanto isso, ela admirava a afilhada, que tinha uma serena expressão no rosto.


Perseus chegou naquele momento. Ele não quis bater na porta aberta e interromper, então apenas se encostou no batente e observou aquele momento. Qualquer um que não conhecesse a história e entrasse ali diria que as duas loiras eram mãe e filha. No entanto, apesar de aquilo não ser a verdade, o amor que existia entre elas era visivelmente maternal. Percy vinha, a semanas, observando secretamente a maneira como Annabeth era próxima de Celine e ele achava extremamente interessante poder conhecer um pouco daquele lado dela. A mulher costumava ser fechada e até mesmo fria e estressada - muitas vezes como o próprio Perseus - mas, perto da afilhada, ela era uma outra pessoa. Annie sorria, brincava, fazia caras e bocas. Era evidente que a pequena despertava o que havia de melhor nela. 


Annabeth ainda seguiu algum tempo embalando o sono da bebê, mas quando olhou para a porta desmanchou o sorriso que antes estampava o seu rosto. Com cuidado, colocou a menina no carrinho, rezando para que ela não acordasse, e virou-se para encarar Perseus. 


- Eu sei que estou atrasado, desculpa - o homem se adiantou em falar - Mas eu não esperava que o trânsito estivesse tão ruim próximo à loja - falou para então tirar uma grande caixa de trás da parede, fazendo com que Annabeth se surpreendesse um pouco. Na lateral da caixa havia a imagem de um bebê conforto preto e caramelo - Comprei dessas cores porque combina com o interior do seu carro, mas se não gostar ainda tem como trocar.


A mulher estava genuinamente surpresa. Ele não tinha a menor obrigação de comprar outra cadeirinha, afinal ela nem seria usada em seu carro. Também ficou intrigada que ele havia tido o cuidado de combinar as cores do assento com as do banco de seu carro, algo que talvez nem ela pensaria direito em fazer. 


- An... obrigada - ela disse depois de alguns segundos - Me poupou uma ida conturbada ao shopping.


- Ah não foi nada - Percy falou, colocando as duas mãos nos bolsos fronteiros da calça - Tudo pela segurança dessa pequena, certo?


Annie direcionou o olhar para o mesmo canto que Perseus. Não muito longe dos dois, Celine seguia dormindo serenamente em seu carrinho. Os dois poderiam ter todas as suas desavenças, mas amavam infinitamente aquele serzinho e fariam de tudo pela sua felicidade e segurança. Inclusive aturar um ao outro.


- Sim. Tudo pela segurança dessa pequena.


Enquanto observava a menina, a mulher pensava em como era um pouco assustadora a maneira com a sua vida havia mudado tão drasticamente nas últimas semanas. Quer dizer, Cel sempre fora muito presente, mas de um dia para o outro ela era de sua inteira responsabilidade. Annabeth não podia devolver a bebê quando ela começasse a chorar ou quando estivesse muito cansada depois do trabalho. Annie passaria noites em claro quando ela se recusasse a dormir, seria a pessoa que acompanharia seus primeiros passos e talvez seu nome seria sua primeira palavra. De repente, a mulher exercia o papel de mãe na vida da bebê e aquilo ainda a aterrorizava. Será que conseguiria cuidar bem dela? Dar a devida atenção e todo o amor que ela merecia? Conseguiria proteger a pequena de todos os males do mundo? E seu maior medo: será que conseguiria fazer tudo isso sozinha?


- Então... vamos indo? - Perseus perguntou depois de alguns minutos, tirando Annabeth de seus devaneios. 


A mulher então o encarou e, de repente, percebeu que não estava exatamente sozinha. Ela podia não simpatizar com Perseus, mas ele não hesitaria por um segundo em ajudá-la em todos os momentos com a pequena. Saber que havia alguém com quem poderia dividir aquela tarefa era reconfortante.


- Vamos. Vamos sim - ela respondeu enquanto colocava a bolsa no ombro e começava a empurrar o carrinho - Até porque, com Cel dormindo a essa hora, teremos um longa noite pela frente!






Notas Finais


Eaí? Gostaram? Esse capítulo ainda foi mais tranquilo, eles estão aceitando o fato de que criarão Celine juntos, mas quando começar a verdadeira rotina em casa, vai ter mais brigas. Me deem um feedback para eu saber o que vocês tão achando da história!!


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