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História O Tempo de Pinale - Estranha?


Escrita por: Litera

Capítulo 2 - Estranha?


Fanfic / Fanfiction O Tempo de Pinale - Estranha?

-Sempre foi- Falou ele- Acho que se veio aqui ta disposta a acreditar né?

-Depende...- Falei.

-Você é uma Tempinale - Falou ele- Controla o tempo de vida das pessoas, pelo menos é uma das coisas que pode fazer.

-Você falou que um humano não aguenta...- Falei.

-Existe outro mundo além desse- Falou ele -É como se estivesse no mesmo lugar mais ambos não conseguem se ver.

-Nossa, igual no Flash- Falei e ele riu.

-Entendi a referência- Falou ele Mas enfim...você pode ter nascido aqui mais pertence ao outro, lá tem magia, feitiço, reinos, essas coisas, eu sou um guardião.

-O que você faz?- Perguntei.

-Literalmente abro portas- Falou ele- Sou uma das pessoas que consegue atravessar mundos.

-Existem muitos de vocês?- Perguntei.

-Guardião? Cada reino tem o seu- Falou ele- É um pode que o filho mais velho tem até morrer, e depois passa para o próximo...mas eu sou imortal.

-Como assim?- Perguntei.

-Eu sou do Reino de Pinale- Falou ele- A Família real consegue controlar o tempo, e o ultimo rei sumiu faz maisde duzentos anos, e nos deixou congelados no tempo, ninguém envelhece, ninguém morre e ninguém nasce.

-Que horrível- Falei.

-Se é uma tempinale com certeza é filha dele- Falou ele.

-Não vou ser obrigada a arrumar a bagunça dele vou?- Falei.

-Vai, nem que eu tenha que te levar amarrada- Falou ele -Estamos vivos a duzentos anos, todo mundo anseia pela morte.

-Eu não vou matar ninguém!- Falei.

-Querem viver o tempo suficiente para criar a nova geração, calma...- Falou ele - Imagina só, duzentos anos segurando um bebê na barriga...

-Credo- Falei.

-Por favor...venha comigo e arrume a bagunça do seu pai- Falou ele-Eu vim para cá para procura-lo e falhei, mas por acaso consegui encontrar você.

-Tudo bem- Falei.

-O que?- Ele estranhou minha rapidez.

-Não tenho nada a perder aqui- Falei- Sou órfã, meu salário e totalmente baixo...

-Indo pra lá você ganha a coroa- Falou ele.

-O que? Mesmo depois de tudo isso ainda confiam nessa familia?- Falei.

-Se você for lá para salvar todo mundo eles vão de amar, a maioria não vai te culpar pelos erros do seu pai- Falou ele.

-Nossa...é um povo tão bom assim?- Perguntei.

-Mesmo depois de tantos anos...-Ele parou para suspirar- Ainda temos fé.

-Você não vai me levar e sumir né? Se for assim não quero- Falei.

-Sou o único nobre do castelo vivo, claro que não vou deixar você sozinha- Falou ele.

-Único?- Perguntei.

-Bom...antes do seu pai sumir ele fez um pequeno estrago no palácio que matou varias pessoas- Falou ele -Pelo que eu sei sou o ultimo...e não posso deixar minha linhagem morrer aqui.

-Você pretende ter uns trinta filhos?- Brinquei.

-Do que adianta se só o mais velho pode ter o poder?- Falou ele- Mas até que um mais novo seria bom...

   Paramos aquela conversa inútil e ele foi até um dos relógios, era o maior da loja, ele tirou da parede e colocou na chão.

-Você precisa me ajudar- Falou ele.

-Com o que?- Pergunto.

-Coloca a mão nas minhas costas- Falou ele -Só isso...

   Coloquei a mão nas suas costas, eu não conseguia ouvir o relógio, eu reparei que toda vez que encosto em alguém consigo ouvir, encostei na senhora que mora comigo por uns instante e consegui ouvir. Voltei a olhar o que ele estava fazendo, ele começou a mudar o relógio, deixa-lo no sentido anti-horario.

-Tira- Mandou ele.

   Eu tirei e o chão deu uma tremida, ele levantou o relógio para colocar no lugar e vi um buraco preto em baixo dele.

-Pode entrar- Falou ele.

-Eu em...parece aqueles buracos pretos de desenho animado- Falei.

-Observe direito- Falou ele.

    Olhei atentamente e percebi que ele mostrava um lugar cheio de pinheiros em volta, só que não dava para ver direito por estar escuro, eu sem pensar duas vezes entrei e quando sai estava no meio de varias árvores, olhei para baixo e o buraco estava lá e o Thomás estava saindo dele, depois que ele passou o buraco sumiu.

-Seu nome é Thomás mesmo?-Perguntei.

-Sim- Ele respondeu- Quando me apresentei para o Samuel estava com preguiça de pensar em um nome.

    Uma criança apareceu correndo, e tinham outras atrás jogando pinhos nela, era uma menina, ela estava chorando e ela veio logo atrás de mim.

-Me ajuda...- Falou ela.

-Acham bonito fazer isso?!- Thomás se pronunciou antes que eu fizesse alguma coisa.

    Elas se afastaram com medo, pareciam o conhecer, pediram desculpas, a menina continuou segurando na minha perna, fiquei na sua altura.

-Por que eles estavam fazendo isso?- Perguntei enquando via eles sumirem no horizonte.

-Eu nunca comi um doce...o menino não gostou e foi jogar no lixo, antes de cair eu peguei...- Ela ainda estava assustada- E vieram atrás de mim.

   Odeio lembrar mais já passei por isso, me dá vontade de chorar com ela, mas sou sorte.

-E seus pais? Nunca te deram um?- Perguntei.

-Eu fugi de casa- Falou ela- Meu pais são ruins, muito ruins.

-Da onde você veio?- Perguntei.

   Ela olhou para o Thomás e ele não parecia muito feliz.

-Você não é daqui- Falou Thomás.

-Para de fazer essa cara feia pra ela!- Falei e ela me abraçou.

-Ninguém consegue entrar em Pinale, o que você fez?- Perguntou Thomás e ela me apertou.

-Eu não sei...- Falou ela- Todos me odeiam por isso.

-Quantos anos você tem?- Perguntei.

-Oito- Falou ela-Cheguei a poucos dias...

-Eu cuido de você, não sou capaz de deixar uma criança sozinha- Falei.

-Línea!- Falou Thomás tentando manter a calma.

-Você não manda em mim!- Falei.

-Atella- Falou ela baixo.

-Seu nome?- Perguntei e ela fez que sim com a cabeça.

   Mesmo o Thomás não gostando da ideia eu peguei na mão da Atella e a levei junto com a gente, quando chegamos perto de uma cidade conseguia ouvir "O Thomás voltou!", eram crianças gritando, as pessoas olhavam a pelas janelas e abriam suas portas para conferir, suas expressões eram curiosas, se tivessem medo mal teriam saido, e quando entramos na cidade diversos "Bom dia" foram falados a ele, além de algumas perguntas que não prestei muita atenção, para apenas uma direção ele caminhava, e é claro que o segui, e bem no centro da cidade ainda havia um castelo antigo, que tinha acabado de ser reformado.

-A partir de hoje ele é seu...- Falou Thomás.

-Uau...- Falou a Atella.

-Sério?- Perguntei.

-Serissimo -Respondeu ele.

-Você é um nobre não é? Então basicamente foi você...- Falei.

-Que comandou tudo? Sim- Falou ele.

-Será que eu sirvo para isso? -Falei.

-Você é alguma princesa?- Perguntou Atella.

-Acho que sim- Falei.

-Senhor Lócus - Falou um homem que apareceu de armadura.

-Pode convocar todos do palácio para o Hall?- Perguntou Thomás.

-Claro- Falou ele, o homem olhou para mim e para menina e depois se foi.

   Fomos até o Hall e logo apareceu um bando de pessoa saindo dos cantos desse palácio magnifico tanto por fora quanto por dentro.

-Tenho um anuncio a fazer- Falou ele e todos ficaram quietas- Como prometi finamente...depois de todos esse anos achei uma Tempinale para nos salvar.

   Ele apontou para eu e todos ficaram chocados, deve ser que do nada a salvação apareceu, eu não consigo acreditar ainda que posso fazer tudo o que eles querem, e se eu não puder, o que vai acontecer?



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