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História O teu sabor - Elena tem medo de alguma coisa?


Escrita por: SkyRaw

Notas do Autor


SURPRESA!
E aí galerinha?
Boa noite e boa leitura!
Desculpem os erros :D

Capítulo 344 - Elena tem medo de alguma coisa?


Fanfic / Fanfiction O teu sabor - Elena tem medo de alguma coisa?

P.O.V MISUMI

Eu sou uma safada! Uma garota muito safada!

Certeza que nunca achei que pensaria isso, mas depois de hoje? Nossa... Deixei meu mais ou menos namorado colocar a mão dentro da minha blusa e nem foi algo ruim. Não conseguia parar de reprisar o momento que compartilhamos daquela intimidade tão danada. Garanto que até a cor do meu sutiã ele viu. Certeza! E minha terapeuta disse que eu levaria anos para viver uma experiência assim! Hahá! Na sua cara, teve mãos e peitos sim e quer sabe? Eu gosto disso, é muito adulto!

“Misumi?” Elena me tirou do ciclo de pensamentos “Que cara é essa?” É minha cara de safada.

“Estava pensando em um negócio” dei de ombros e terminei de beber minha água.

Elena entrou na cozinha com o tablet e os cabelos presos. Queria falar sobre o acontecido com alguém isso me ajudaria a continua remoendo por dentro cada pinguinho de emoção que a lembrança me passava. Fervi numa necessidade estranha de conversar com ela, mas não deveria. Elena não entenderia o meu ponto e poderia me julgar. Podia aproveitar que estávamos sozinhas, mas era melhor não. Mas ela pode fazer alguma observação interessante sobre a reação dele, mas nem vou falar.

“Elena?” a chamei bem no momento que ela abaixou para pegar algo no armário “Quer ouvir algo safado?”

“Opa!” ela levantou com um sorrisão “Sempre quero ouvir algo safado!”

“Chega mais perto” Elena veio rápido e animada AAAAAAAAAAAAH EU VOU CONTAR “Então...” espera, não posso contar! Para isso teria que abdicar do meu segredo com os insetos “Ah... deixa para lá”

“Ah vai se foder” ela falou rindo “Começou termina! Faz isso não! Sou curiosa”

“Huum... melhor não” conta vai. Conta! Conta! Conta! “Okay, vou contar, mas não vou contar tudo”

“Ué”

“Eu estava lá fora com o Taehyung”

“Seeei” ela fez uma cara engraçada demais.

“Então...” não vou falar do grilo “Teve uma situação nos meus peitos” apontei para a área e ela franziu o cenho “Não importa a situação, só que teve”

“Mas que tipo de situação?”

“Uma situação nos peitos” ela ainda não entendeu, droga “Okay! Vou falar, mas tem que me prometer que não vai contar para ninguém, especialmente para a Yuri!”

“Não vou, pode falar” ela se aproximou mais, menina curiosa.

“Um grilo veio parar dentro da minha blusa, aí eu fiquei desesperada porque tenho agonia, eis que então o Taehyung enfiou a mão na minha blusa e tirou o bicho de lá” concluí contente, mas ela continuou a cara de quem espera por mais “É isso!”

“Aaah... Você tem fetiches com grilos?”

“NÃO! CREDO! Tenho pavor”

“Então...”

“A mão! Os peitos! A proximidade!”

“Aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaah” finalmente ela entendeu “Uau! Que menina danadinha você!”

“Não é!”

“UHUM” estou captando algo diferente no tom de voz dela... será... deboche?

“Espera um pouco!” levantei o dedo e apontei para ela “Você não achou nada de mais”

“Mais ou menos” Elena foi atrás da tigela que a parei de pegar “É que quando você fala em algo safado, eu penso em outras coisas” passou pela dispensa “Eu tenho um nível diferente, só isso”

“Ah... se bem que... pensando bem” Por que eu fui contar, ela tem razão, não foi nada!

“Não! Foi algo legal!” retornou com barras de chocolate e outros saquinhos que não identifiquei o que era “Acho que no começo tudo é bem emocionante”

“É, mas nem foi tudo isso”

“Foi sim” Elena deixou as coisas na bancada da pia e veio apertar meus ombros “Foi super safado! Já posso chamar vocês de dupla danada!”

“Aff” EU SABIA QUE TINHA SIDO SAFADÃO.

“Deixa eu te contar” ela retornou as coisas na pia “Logo que conheci o Jungkook, fui na casa dele jogar. Pedimos pizza e coca, mas quando fui abrir a coca ela estourou na minha roupa! Fui até o banheiro e ele entrou um pouco depois, me pegou sem a camiseta”

“UAU!”

“Só de sutiã” ela piscou para mim “Na época era pouco, mas eu me senti toda toda”

“Que demais!”

“Se quiser, posso fazer acontecer contigo” ela falou animada “Molho a sua blusa e mando ele te encontrar no banheiro! Ele, no caso, o Taehyung, não o Jungkook! Nesse caso seria estranho”

“É... estou okay”

“Enfim...” ela ficou rindo da própria ideia doida “Na época também não tinha muita experiência com relacionamentos, hoje tenho uma cabeça diferente” Elena abriu um pacote com leite de coco em pó e despejou na tigela “Quando você me fala ‘algo safado’ eu tendo a pensar em... sei lá anal” WoooooooW “Mas acho que vocês não estão nesse nível”

“NOOOOOOOO” Jamais! “Foi só isso mesmo”

“Como você se sentiu?” despejou algumas colheres de açúcar na mistura “Sentiu um pisca pisca lá embaixo?” apontou para a virilha.

“Não, só... me senti meio adulta” Pisca pisca? Que porra é essa?

“Huuum vocês estão saindo tipo casal? Certo?”

“Ah mais ou menos”

“Você e a Yuri com essa mania de mais ou menos, as vezes as coisas são ou não são” Elena abriu uma barra de chocolate e dispôs na pia para cortá-la em pedaços.

“É que nós estamos nos conhecendo, mas eu não me desenvolvo fácil relacionalmente falando”

“Vocês já se beijaram?”

“Não” respondi de cara e encostei na pia para conversar com ela, pela bagunça na sala me senti confortável para falar sem receio de acabarem nos ouvindo.

“Caramba, o que vocês fazem quando ficam juntos?” a pergunta dela me deixou levemente envergonhada, sabia que não agia como uma menina normal da minha idade e esse papo me fez sentir como uma criança de novo “Não me leve a mal, eu vivi meu relacionamento com muita pressa, perguntei de boa mesmo! Não estou julgando” acho que minha cara falou por isso, essa resposta dela voltou a me relaxar.

“Nós conversamos, assistimos filmes e comentamos sobre, jogamos, contamos piadas” algumas péssimas demais “As vezes damos as mãos”

“Awwwww!” Ah, eu sei que é fofo, mas quando outra pessoa diz fico ainda mais envergonhada “Que bonitinho”

“Eu sei que normalmente as coisas acontecem mais rápido, uma amiga minha estipulou com o namorado que iria dar um beijo depois de três semanas conversando. Aqui na Coréia essa questão dos dias de namoro e os avanços de cada tempo é algo muito forte, mas eu sou um pouco mais lerda, então nem me apego a datas, isso me deixa mais nervosa para falar a verdade”

“Uau... três semanas e um beijo” Elena sorriu “É tão diferente do que eu conheço como normal”

“Sei que tem lugares mais de boa com isso do que aqui, ainda somos bem caretas”

“Por isso normal é só questão de opinião, não dá para especificar” faz sentido, bastante aliás.

“Quanto tempo você levou para dar o seu primeiro beijo no seu namorado?”

“Vixe” ela colocou os pedaços de chocolate na tigela “Acho que uns três dias, talvez quatro”

“Caramba”

“No primeiro eu vi ele, no segundo ele me deu um soco...” um soco? Isso é algum tipo de flor ou é um soco de violência mesmo? Elena caminhou para outro armário atrás de uma panela “No terceiro ele me chamou para sair em compensação pelo soco” MENINA, FOI UM SOCO REAL “E olha só...” colocou a panela no fogão “No quarto eu fui na balada com ele e finalmente nos beijamos”

“Finalmente?”

“Meio rápido, certo?” continuou sorrindo “Isso que nesse dia quase transei com ele no banheiro da mesma balada” MAS GENTE “Eu nunca tinha sentido algo tão forte por alguém, era tudo intenso e muito novo, ficava balançada pela curiosidade de vivenciar a coisa toda”

“Seeei”

“Mas cada um tem seu tempo, não sou uma regra” ela despejou o conteúdo da tigela na panela “Acho que você não precisa se ater a um exemplo como a receita normal, cada um é cada um”

“É... mas eu sou estranha”

“Não acho” acrescentou a mistura chocolate em pó “Vocês conversam sobre isso?”

“Não muito, eu tenho receio de comentar algumas coisas”

“Huuuum acho que você precisa aprender a conversar primeiro” ela apontou para algo atrás de mim “A chaleira elétrica” passei o objeto para ela e voltei a recostar de braços cruzados “Eu acho que levei meu namoro por muito tempo pautado só no que sentia fisicamente, por medo de explorar meus sentimentos e ver que eram maiores do que eu aceitava sentir” ela ligou o fogo e despejou a água fervente na mistura “Isso me fez cometer algumas burradas enormes” me devolveu a chaleira e começou a mexer tudo com uma espátula de silicone “Se tem uma dica que eu posso dar é sobre isso, conversa é tudo. Um exemplo que sempre me vem em mente, não contei ao Kook que era virgem, não sei se você é e nem precisa me dizer, mas bater esse papo antes do ato pode ser interessante, principalmente dentro de um relacionamento construído por um tempo. Cara de balada geralmente não quer saber disso ou quando sabe usa como troféu, acabei não contando por essa visão da coisa, por mais que eu tivesse vontade de estar com ele, ainda era um homem e a maioria dos homens que eu conheço são grandes otários”

“Sei bem como é” Errada ela não está.

“Mas acho que por você estar caminhando devagar, a hora que se sentir confortável, esse é um papo que deve surgir sim”

“É que eu não gosto de trazer esse assunto” Até porque é um assunto delicado demais “Não sei como me expressar com isso e para mim é... diferente. Sem contar que enfatizar porque é um assunto delicado para mim, me coloca em situação de... como posso falar... huuum...”

“Delicada, inferior, como se a pessoa te tratasse diferente, como se fosse pegar algo que te incomoda e elevasse o incômodo ao máximo por fazer daquilo o assunto da vez”

“EXATO!” Não precisei explicar muito e ela conseguiu responder numa boa!

“Ah Misumi, as vezes a real é essa e a gente precisa aprender a lidar” ela deu de ombros “Não queria que minha virgindade fosse o elefante no quarto, no fim foi uma manada inteira, muito pior!”

“Acho que entendi seu exemplo”

“Eu não quis que o assunto fosse debatido, fosse um peso ali, mas quando aconteceu a minha decisão de não falar levou a uma situação ainda mais constrangedora” Não consigo imaginar.

“Vixeee”

“Nunca é fácil se colocar em um lugar de fragilidade, mas nós somos frágeis, nós como seres humanos. A humanidade é cheia de fragilidades que não sabemos lidar e só pioramos por desrespeita-las” Isso faz muito sentido! “Você precisa respeitar suas fragilidades e abrir elas para alguém que sinta que vai te fortalecer com relação a elas” ela olhou dentro da panela e começou a mexer com mais vigor “E assim, um relacionamento nunca será só beijo na boca e sexo. Se você quer ficar com alguém por um pouco mais de tempo, investir na conversa é fundamental, até porque não se mantém na vida alguém desconhecido ou que não vá de encontro com o que você acha que te faz”

“Eu entendo, penso bastante sobre isso. Eu converso bastante com ele, mas não cheguei a me abrir de fato, tem muita coisa que eu prefiro manter comigo por enquanto” Até porque não sei como ele vai reagir e só de pensar em contar... entro em pane.

“Não força, se estão bem agora, é tudo que precisa. Só se esforça um pouquinho para criar essa rede de confiança, compartilhar ajuda a amenizar muitos pesos que custamos a carregar sozinhos”

“Minha terapeuta me diz muito isso”

“A minha também” ela riu “Não estou te dizendo isso porque sigo a risca, estou dizendo porque acredito ser verdadeiro”

“É...” murmurei com o olhar perdido na mistura borbulhando na panela.

“O que te impede de beijá-lo?” Elena perguntou e isso atraiu meu olhar de volta a ela.

“Não gosto de beijos”

“Não? O que não gosta?”

“São nojentos” Sem memória sensorial, por favor!

“É... são mesmo” Nossa, ela me surpreendeu com essa resposta, achei que ia tentar mudar minha ideia “Meu primeiro beijo eu fiquei bem ewwwwwwwwwww” ela fez uma careta “O segundo, a mesma coisa. Terceiro, quarto, quinto... acho que oitavo ou décimo ou senti mais ‘huuuuuuuum’” fez uma expressão indiferente “Do que ‘ewwwwwwww’”

“E por que continuou?”

“Sei lá, sentia que era uma obrigação” nessa hora fiquei até boquiaberta, ela captou exatamente o que eu sentia “Começava a sair com a pessoa e sentia como se devesse isso a ela, ou teria feito tudo aquilo errado” EXATAMENTE “Acho que a primeira vez que eu quis de fato fazer foi com o Jungkook e mesmo assim no começo era diferente, sinto que hoje em dia eu gosto muito mais”

“Ficou melhor com o tempo?”

“Tudo fica” ela deu de ombros “Acho que a gente tende a achar que beijo na boca só tem um jeito e que se você não nasceu fazendo certo, provavelmente vai ser humilhada por todos as pessoas que lhe tascarem um beijo. Quantas meninas da minha escola morriam de medo de levar fama de beijar mal” ela fez outra careta “Não existe isso, cada um gosta de um tipo de beijo diferente, alguns encaixam de primeira outros não e acabam não dando certo e tem quem não encaixa na primeira, mas depois de um tempo vai aprendendo a encaixar”

“Como assim encaixar?”

“Tem gente que curte beijo lento, com bastante língua e saliva” ela inclinou para perto de mim “A Yuri é uma dessas!” cochichou e não contive meu risinho “Quem vê ela e o Jimin acha que são o casal mais fofo do mundo, mas ver os dois se beijando me agonia um pouco, é demais para mim” ela fez outra careta rindo “Eu prefiro mais trabalhar os lábios, não sou a maior fã de beijos mega molhados e lentos” ela colocou a língua para fora e ficou movimentando, isso me fez rir ainda mais “Acho que depende do momento, mas não é minha pegada e também não é a pegada do Kook, então a gente encaixa e eles encaixam. Essa é a questão”

“Já me falaram isso, mas nunca parei para analisar os tipos de beijos e quais chegaram em mim, sempre senti a coisa toda molhada demais”

“Molhado é” ela riu “Mas tem movimentos e formas, e beijo não é só boca! O nosso maior órgão sexual é o cérebro, se a pessoa está te beijando e tudo que você consegue pensar é em como isso te lembra uma lesma na boca, então você não está ali para fazer isso” UMA LESMA!

“É EXATAMENTE ISSO QUE EU PENSO! PARECE UMA LESMA!”

“É amiga, tá pensando errado” Elena desligou a boca do fogão e despejou o conteúdo quente na tigela “Você tem que pensar em como gosta da pessoa que está contigo, como quer sentir ela, como quer acariciar ela”

“Nossa, Elena! Para mim você falou tudo! Absolutamente tudo! Você é muito sábia”

“Não” ela passou a mão na panela quente e reclamou de dor, algo que contrastou bastante com o adjetivo a pouco mencionado.

“Você parece saber muito bem como falar as coisas”

“Eu?” ela me olhou chocada “Quer saber o que eu acho?” falou mais baixinho “Acho que é minha avó”

“Sua avó?”

“É, minha avó!” ela largou a panela na pia e ligou a torneira “Vez ou outra eu escuto uma voz interior falando comigo e parece muito a voz dela, ainda mais por ser uma voz falando em francês! Minha avó não falava coreano!”

“Sua avó... já...”

“Sim, ela era muito boa! Ela sim era sábia!” fechou a torneira e encostou perto de mim “As vezes eu acho que ela fica falando comigo, ainda depois que eu leio os diários dela! Coisa de louco” apontou para a cabeça.

“Minha avó partiu também, eu era muito próxima dela. Tinha quinze anos quando aconteceu”

“Caramba”

“Câncer”

“É uma doença cretina” Elena suspirou antes de segurar meu braço “Mas agora elas estão longe de toda essa dor, agora elas estão bem”

“Obrigada” eu vi tanto carinho e sabedoria no olhar dela, foi a primeira vez que eu vi a Elena de uma forma diferente da garota brincalhona e sarcástica que ela era. Foi incrível, senti que nossa amizade até cresceu.

“Agora relaxa e deixa acontecer, hoje foram mãos e peitos, quem sabe o que vem amanhã?” deu de ombros “Uma vez safadjênha, sempre safadjênha

“Okay” Além de tudo me fez rir, pude mencionar minha avó sem sentir aquele peso.

“Sabe que, as vezes eu volto a pensar na minha primeira vez e até me arrependo um pouco, acho que a pessoa que eu sou hoje bolaria algo bem romântico. Na vibe meio clichê, manja? Com flores e velas”

“Olha só!”

“Mas não é para contar isso para ninguém, vou perder minha pose!” ela assumiu sua voz mais grave e apontou o dedo para mim “Se contar eu nego!”

“E você não pode contar sobre meu medo de grilos! Principalmente para a Yuri, não esquece! Vai que você conta sem querer”

“Não vou contar, mas eu não presto, posso pegar um e mostrar para você só para te assustar”

“Se fazer isso eu te quebro” levantei a mão em pulso e ela arqueou a sobrancelha.

“Então temos nossos segredinhos” ela levantou o punho e deu um soquinho no meu “Agora, só pela curiosidade, porque a Yuri não pode saber que você tem medo de grilhos?”

“Eu fiquei assustando ela quase que diariamente quando filmamos juntas, acho que ela pode usar isso contra mim”

“A Yuri? Mais fácil você usar contra si mesma antes dela se aproximar sequer da foto de um para te assustar”

“A Yuri é fresca, né?”

“Tá falando o quê, você tem medo também”

“Duas frescas” E por acaso eu disse que eu não era?

“Só eu que tenho coragem de enfrentar tudo”

“Algo deve te dar medo, vai!” bati em suas costas e Elena caminhou para a geladeira “Não tem absolutamente nada que te dá calafrios só de pensar?”

“Até tem, mas não tem como você ou a Yuri usarem isso contra mim” ela continuou rindo.

“O que é?”

“Não vou falar”

“Por que não?”

“Falar pode atrair” sussurrou antes de se esconder atrás da porta da geladeira.

“É um espírito?”

“Nope”

“O demônio?”

“Não também”

“Barata?”

“Nãooo”

“Rato?”

“Acho fofo” ela saiu da geladeira com uma caixa de leite de castanhas em mãos “Muito fofinho”

“Cobra!” deduzi a seguindo de volta a pia.

“Não gosto, mas não tenho medo”

“Onça!” Deve ser bicho grande.

“Coisa mais linda!” ela se virou com os olhos brilhando “Imagina abraçar uma?”

“Eu acho que é suicídio, mas fogo?”

“Não tenho medo, mas também não quero morrer queimada! Até porque, provavelmente já vivi essa experiência”

“Não consigo pensar... talvez... altura!”

“Não, eu amo observar paisagens de cima! Quanto mais alto melhor”

“Puta que pariu, Elena!” Mas que saco que essa menina é porreta!

“Você nunca saberá, ninguém jamais saberá!”

Jungkook entrou na cozinha junto com o Hoseok, ambos rindo.

“Aí estão as madames” Jungkook colocou as mãos na cintura “E o cheiro de chocolate?”

“Nem vem! O doce é só meu!” Elena levantou os punhos para ele e os dois brincaram de lutinha até ele a abraçar pela cintura.

Hoseok pegou um copo com água e ficou olhando para o doce que ela preparou.

“Isso está com uma cara convidativa!” Hoseok comentou “Não acha?” perguntou para mim.

“Acho sim” me virei para o Jungkook “Ô Jungkook” o chamei “Qual o maior medo da Elena?”

“Ele não sabe!” Elena respondeu enquanto ele fazia uma cara pensativa.

“Elena tem medo de alguma coisa?” Hoseok comentou “Ah! Já sei! Cair na pirueta e se ralar”

“Esse é um medo muito plausível!” ela apontou para ele antes de bater palmas.

“Eu sei qual é, mas não posso falar” Jungkook fez um biquinho e Elena o encarou chocada “Quer que eu fale?”

“Não! Fala no meu ouvido!” ela virou e ele sussurrou algo que ela deixou ainda mais boquiaberta “Acertou miserável!” o beliscou “Mas tu me conhece mesmo!”

“Aqui é conexão, amor!” ele piscou para ela e os dois deram um hy five “Tá achando o quê?”

“Não vai falar?” tive que reforçar.

“Jamais! Não posso expor as fraquezas da minha parceira” Realmente um casal e tanto.


Notas Finais


Só papo de amigas hoje *-*
Elena já mostrando seu lado cheio de sabedoria aconselhando da melhor forma, quem poderia imaginar?


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