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História O Último Domador Elementar - Cafofo


Escrita por: DrMister

Notas do Autor


Como prometido aí na meta dos 10 comentários.

Capítulo 4 - Cafofo


   Após sair da sala dos televisores, fiquei meio intrigado, questionando realmente o motivo de minha existência. Eu sabia que nessa imensidão, não estaríamos sozinhos no mundo, mas quem diria que eu mesmo poderia ser alguém cujo não fosse “normal”. Eu caminhei sobre o corredor meio boquiaberto pra qualquer coisa. Mesmo caminhando, não saberia o meu rumo ou destino. Lembrei-me do meu dormitório, o 156 coluna E. E sabia lá onde ficava o dormitório, muito menos lugar nenhum. Tentei retornar para a sala onde o velhote tinha estado comigo há um tempo, porém ele não estava mais lá, ao invés disso, outros instrutores semelhantes a eles estava  lá, com outros jovens “iguais” a mim cada um. Decidi caminhar mais e mais, vai que eu achava o lugar?

   Passaram-se uns dez minutos até eu encontrar uma placa escrita: “corredor para os dormitórios”, por um instante, suspirei de alívio. Minhas pernas doíam de tanto andar. Mas espera aí, o meu dormitório era o 156 coluna E. Ou seja, isso significaria que ainda teriam colunas A, B, C e D com mais de 156 dormitórios para passar. Esse não é era o meu dia de sorte. Resolvi não perder tempo. Fui andando e subindo escadas, andando e subindo escadas. Por todo dormitório que eu passava, cada um tinha a sua decoração distinta. Uns eram rosa, outros vermelhos. Uns possuíam adesivos de time, de bandas e de qualquer outra coisa que se pudesse imaginar. Pra vocês terem idéia, passei por cerca de uns sessenta dormitórios na qual conteriam cartazes de mulheres nuas pendurados em suas portas até chegar à coluna E. Beleza, mais 156 dormitórios. Percorri e percorri, até chegar. Achei estranho o fato de ter uma mochila e uma mala jogada lá na porta, o que me fez voltar a conferir se eu estava no dormitório correto. Lembrei-me que o tio lá, que me guiou, teria me advertido de minhas coisas. Puxei a mala por sua alça e pendurei a mochila nas costas, por mais leve que elas fossem o peso do cansaço ainda pesava os meus ombros e demorou muito tempo para que eu conseguisse colocar a chave na fechadura e abrir a porta. Visivelmente, ainda não havia chegado ninguém, então aproveitei para analisar todo o lugar. Suas paredes eram cobertas por um carpete cinza claro, o seu piso era de mármore, havia um beliche com dois colchões, outra porta e uns armários, nada mais. Eu achei simples, porém bonito e interessante. Não haveria ninguém no dormitório, porém eu caminhei um pouco tímido, em seguida sentei-me na cama de baixo do beliche e comecei a desfazer minha mala, separando as roupas no armário. Tinha roupa ali que nem era minha, e que eram bastante bonitas, o que distraiu minha timidez um pouco. Levantei-me e fui até a outra porta que havia, abrindo-a. Era um banheiro, em seguida a fechei e voltei a me sentar no beliche. Ainda havia a mochila a ser explorada antes de bater uma sonequinha. A encarei, com um pouco de receio de ser alguma gozação, a ficha ainda não haveria caído para mim que aquele lugar era um instituto para “mutantes”. Assim que abri a mochila, deparei-me com uma carta que continha escrita:

Instituto Kings

James Galvão Lancaster

156-E

Desde 1374

Judith Kristophe

  

   Surpreendi-me ao ler meu nome inserido na carta, então, abri o seu desfecho e comecei a ler.

Prezado James Galvão Lancaster, convidamos o senhor para o nosso sexcentésimo quadragésimo terceiro baile anual de boas-vindas. Neste baile, o aluno deverá estar trajando um traje formal. Lembrando, que as aulas terão inícios no dia 16/02/17 de acordo com o horário exposto no documento encontrado em sua mochila inicial. Contamos com a sua presença ás 21:00 no salão principal.

Desde 1374

Judith Kristophe

 

   Assim que acabei de ler a carta, batidos soaram na porta. Agarrei um abajur que haveria do lado do beliche e gritei:

     —Estou armado, quem quer que seja. — Mantive o abajur a frente do meu corpo, enquanto os batidos da porta só aumentaram.

   O barulho da chave entrando na fechadura suou. A fechadura girou lentamente e a porta se abriu e um garoto alto, com cabelos encaracolados e olhos claros entrou. Por um momento, eu abri um sorriso no rosto, pensando que era Joseph, vindo me dar o recado de que tudo era uma brincadeira. Mas depois, perdi minhas esperanças ao ver que a voz do garoto era normal. Ele usava um moletom, uma bermuda e um fone. Também carregava uma mochila e uma mala, então eu o reconheci como meu colega de quarto.

   —Calma! Calma! Já começou a guerra civil? Acho que esse dormitório também é o meu. — Por um momento, suspirei, me aliviando e colocando o abajur no local em que ele estava.

   —Desculpa, não foi minha intenção… hã… prazer, James.

   —Prazer, James. Chamo-me Bruce, Bruce Muller. Meus amigos me chamam de Bru. Acho que você é meu amigo, né. — Ele foi se aproximando, nos cumprimentamos e ele fez praticamente o mesmo que eu, organizando suas coisas. — Nossa mal posso esperar né?

   —Esperar pelo o que? — Indaguei

   —Por tudo, ué! Finalmente atingimos a idade necessária para virmos pro instituto. Como você chegou? A minha chegada foi fantástica! Eu estava almoçando, aí o moço conversou com meu avô, ele me agarrou e… PAPUFT! Aqui estou eu.

   —Eu também… éér… o cara também conversou com meu pai e aqui estou eu... — Menti, porém com certeza meu dom não era esse. O garoto me olhou com uma cara estranha — Papuft? — Achei que aquelas seis letrinhas iriam causar efeito, porém, me enganei, ele continuou me olhando estranho, só que depois, abriu um sorriso. —É. PAPUFT! Sabe algo me diz que vamos nos dar bem, James. Opa, opa, opaa... isso não pode estar acontecendo!

   —O que, o que? – Fiquei curioso, já tentando encontrar meu abajur “reserva”.

   —Nossa, caaara, eles são de mais! Olha só isso. – Ele retirou uns três celulares da mochila, dois notebooks e vários fios. —Como eu queria cara! São as novas tecnologias! Tem ideia?

   —Hã… não. — Dessa vez, eu que olhei estranho para ele.

   —Que de mais, mano. — Ele pegou um óculos da mochila e colocou frente ao olho.

   —E então, você já sabe o seu “dom”? — Algo me fez falar estranho àquela palavra.

   —Claro que não, não seja bobo, James. Nenhum novato ainda sabe, iremos descobrir na aula de simulação. A aula mais maneira de todas!

   —Aula de simulação? —Indaguei, arqueando uma de minhas sobrancelhas. Aquilo estava começando a ficar interessante.

   —Claro você só pode estar de deboche com a minha cara, né? A aula de simulação, cara. A aula mais maneira de todas!

   —Você já repetiu isso… — observei

   —É, eu sei! Não é maneiro?

   —É... — Tentei colocar um pouco de entusiasmo forçado em minha voz.

   Em seguida, ele abriu a mochila e agarrou a carta, provavelmente, a do baile também e começou a pular.

   —Eles sabem o meu nome! Isso é tão legal. Se me der licença, irei ler. Quer dizer, ler não é muito minha praia. Acho melhor digitar a carta e em seguida ler ela digitalmente!

   —Ah, isso explica suas olheiras! — Notei uma parte sombreada abaixo de seus olhos

   Ele não me respondeu e começou a retirar diversos fios de sua mochila, espalhando pelo chão do dormitório. Achei que na minha mochila também deveria ter aquelas budegas todas, então fui até ela e comecei a vasculhar. Encontrei alguns livros, provavelmente das matérias do instituto, em seguida encontrei uma ombreira reluzida de ouro, meio que uma armadura— mas pra que diabos eu iria querer uma ombreira? Algo estava errado. Aquela mochila era pequena de mais para todas as coisas que ali estavam, reparei. O pior é que ela ainda era leve. Tentei enfiar meu braço por completo nela, e ele entrou facilmente. Resolvi não encher minha cabeça com essas coisas. O melhor a fazer seria tomar um banho e me deitar. Algo me dizia que a noite seria animada, por mais estranho que fosse eu me sentia simplesmente aonde eu deveria estar, em casa.


Notas Finais


Mesmo esquema galera, ver algum erro ortográfico ou cronológico delata aí nos comentários pra me ajudar.
10 comentários capítulo novo e é isso aí, tamo junto.


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