História O último filho - Sem ofensa

Bill

_ E-Eu só quis...

_ Me confortar? Você sente pena de mim?

Afirmei, um pouco triste. Eu sentia vontade de fazer o Mikael feliz para que as suas perdas não doessem tanto, mas o rosto do Mikael endureceu e vi o trincar do seu maxilar. Quase sem expressão, ele me encarou friamente. 

_ Me console.

_ O que?

_ Se você sente tanto, demonstre.

A frieza da sua voz em me dar tal ordem e o seu olhar de superioridade me fizeram cair na real. Mikael não me via como um igual. A minha piedade o ofendeu profundamente. 

_ Des-Desculpa. Eu não quis te ofender...

_ Não ofendeu _ virou -se de barriga para cima e segurou o meu queixo passando o polegar por sobre os meus lábios _ Me chupa com essa boca insolente e eu esqueço o que você disse.

_ Eu não sei...

_ Vai aprender. Tá esperando o quê?

Como foi ordenado, segui o que parecia ser o protocolo, mas não tinha nem ideia de como seria. Puxei o lençol de cima do seu corpo e me surpreendeu ver o seu membro quase totalmente ereto. Um último olhar para ter certeza de que o Mikael não mudaria de idéia, ele permanecia irredutível. 

Minha mão segurou a base do seu membro enquanto minha boca provou a textura e diâmetro da ponta do seu membro e um ofegar súbito me informou que aquilo não era uma punição para mim, mas um desejo genuíno do Mikael. 

Como podemos ter essas certezas com apenas um suspiro ou outra reação da pessoa, é um mistério. Só sei que aquela certeza me levou a me esforçar para fazer o melhor possível. Cada reação do Mikael me guiou nisso. Sei que ele gostou porque quando terminei, ele me beijou com afeto e me abraçou para dormir. Desliguei o abajur apenas estendendo o braço e tudo ficou escuro e silencioso trazendo o sono.