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História O último filho - Monocromático


Escrita por: HanaMochizuki

Capítulo 2 - Monocromático


Fanfic / Fanfiction O último filho - Monocromático

Justin Kim 

Estávamos de férias eu tinha shows para fazer fora da faculdade e até antes da faculdade. Estava saindo para uma viajem de trabalho quando o Thay me abordou em frente a minha casa. No momento em que eu ia entrar no carro com o segurança. 

_ Kim, eu terminei a música. Quero tocar para você antes do simulado. 

Acho que todo mundo odeia quando tem algo para fazer e alguém te interrompe do nada, pedindo atenção. Mas aquele rosto cheio de esperança e uma ingenuidade inacreditável sobre quem eu sou de verdade. Ele não  gostaria de mim se me conhecesse fora do mundo da música. Parei para ouvi-lo e mandei tocar com um gesto.

A música tinha um ritmo cativante e envolvente e falava de como ele se sentia diante de uma pessoa fria e gentil. Contava do seu esforço para ser visto por essa pessoa monocromática se pintando em cores para alegrar a vida dela. Bom, esse sou eu. Ele me vê! Fiquei comovido com isso, pois apesar de me ver, Thay ainda gosta de mim.

Sorriu para mim, aquele sorriso tímido e fofo, buscando minha aprovação e também que eu reconhecesse a sua declaração, mas como sempre eu não devolvi o sorriso. Apenas acenei a cabeça _ Ficou muito bom. Você vai tocar ela no simulado?

_ Você gostou?

_ Gostei.

_ Então, eu vou tocar essa.

_ Boa sorte. Agora eu tenho que ir.

Aquilo foi uma declaração indireta. Na primeira semana de volta às aulas teve o simulado no qual eu não fui. Soube, por terceiros, que ele conseguiu passar. Como não tínhamos mais as aulas, não esperava ve-lo de novo. 

Thay Wang 

Encontrei com o amigo do Justin e lhe perguntei aonde eu poderia encontra-lo. Ele me informou que, no fim do dia, Justin iria para o estúdio. Esperei por ele lá. 

Queria lhe agradecer pelas aulas, por me deixar chegar perto, por ser minha principal  inspiração na vida, mas principalmente, por seu meu primeiro amor. Iria me declarar para ele. 

Mil pensamentos de que palavras usar, qual entonação melhor de voz, como me comportar se ele me rejeitar... Não, isso não. Justin era gentil, ele aguardaria silêncio, se não fosse recíproco. Caberia a mim perceber. Mas e se ele gostasse de mim, será que reagiria, ou caberia a mim perceber?

Neste momento ele entrou e olhou diretamente para mim. Claro que não demonstrou sua surpresa, mas o seu olhar sobre mim deixava claro o que nós dois sabíamos, eu não deveria estar ali.

_ Oi, Kim. Eu venci o simulado _ sorri e me aproximei.

_ Você está feliz?

Acenei a cabeça _ Tenho um presente de agradecimento para você. Sem você eu não teria consrguido _ lhe entreguei uma caixinha de anel com um palheta em forma de coração escrito os nossos primeiros nomes.

Justin analisou o presente, em silêncio. Apesar de não demonstrar, diria que ficou constrangido ou emocionado. Olhou nos meus olhos, em silêncio. 

Nervoso, eu continuei falando _ Eu mesmo fiz para você. Eu gosto de você, Kim. Este tempo todo eu estive...

Seu beijo súbito me calou. Eu não podia acreditar. Meu coração disparou como louco e meu corpo todo ficou estranho. Quando ele se afastou de mim eu o abracei forte e exclamei _ Estou tão feliz!

_ Não respiro _ ele respondeu e me afastei rapidamente com medo de mata-lo com meu abraço, mas ele estava sorrindo, pela primeira e aquele sorriso era lindo.

Justin Kim 

Depois daquela declaração, fui para a casa do Thay. Não ensaiei a minha nova música, de repente, ficar com o Thay ficou mais importante. Fomos no meu carro. Eu estava sem o segurança, não fazia muito sentido leva-lo para a universidade, todos me olhariam estranho.

Passamos a noite juntos, só ficando, talvez o Thay não quisesse nada além disso, essa era uma possibilidade. Ele falou sobre a sua família ausente. 

_ Os meus pais morreram quando eu era bebê e o meu irmão era criança. Fomos cuidados por alguns tios até que o Vin conseguiu um emprego. Ele que cuida de mim agora. Está trabalhando em um lugar distante e não temos muito contato.

O Vin Wang não lhe contou que virou um capanga da máfia e o Thay nem desconfia da verdade. Estive gastando meu tempo desconfiando da pessoa errada. Mas ganhei algo mais valioso.

_ Como os seus pais morreram?

_ Em um acidente de carro comum.

Um acidente comum, hum! Algo me dizia que não foi isso que aconteceu. Talvez o acidente justifique o interesse do meu pai por Vin Wang. Nenhum pai colocaria alguém desqualificado para proteger o seu preferido.

Acordei no sofá do Thay, com o Thay abraçado em mim e deitado no meu peito. Fechei os olhos novamente quando o notei dormindo, mas ele acordou, notei a mudança na respiração dele, mas fingia dormir.

_ Por que você está fingindo dormir?

Apenas o seu olhar levantou até o meu rosto e abri os olhos para ve-lo. 

_ Estou tão feliz que acho que vou chorar quando olhar no seu rosto e constatar que não foi apenas um sonho.

Quando finalmente levantou o rosto para mim, sorriu tímido e falou _ Eu te amo, Justin Kim.

Foi tão fácil para ele dizer. Continuou _ E você?

Eu sentia, mas dizer isso parecia...

_ Eu...

Lá estava aquele olhar esperançoso que me embaraçou no primeiro dia de aula. Fique muito tentado a me abrir, mas isso não seria eu.

_ ... estou com fome.

Pronto! Aquele clima romântico sumiu junto com a sua expressão de esperança. 

_ Vou fritar ovos para você, você quer?

Acenei a cabeça e fomos para a cozinha. Aonde o vi preparar e fui servido de um prato de ovos com uma carinha feliz feita com ketchup.

Tudo o que ele faz é tão fofo!





Notas Finais




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