História O Último Nephilim (Sendo Revisada) - Capítulo 22

Após deixar Kagome em casa e se despedir dela - com muito custo - InuYasha e Izayoi foram às pressas para o metrô, compraram suas passagens para o próximo trem que seguiria direto para Kyoto e, enquanto esperavam o moreno decidiu perguntar a mãe enquantotava acontecendo.

- Mãe... - ela encarou InuYasha e o mesmo permaneceu calado por alguns segundos, pigarreou e voltou a falar. - eu sei que não é uma boa hora mas eu preciso saber, não estou mais aguentando isso. - encarou a mulher que lhe trouxe ao mundo e ela pôde notar o desespero em seus olhos castanho escuro. - o que eu sou? O que meu pai é? Por que isso me põe em risco? Quem está atrás de mim e porquê? - falava depressa e com urgência, estava praticamente implorando por uma explicação.

- Eu queria poder te contar tudo com calma, mas não será possível, antes de eu começar me prometa que vai ficar calmo e esperar eu terminar, está bem? - ele assentiu e Izayoi soltou um longo suspiro. - Bem... Seu pai é... - nesse momento ela foi interrompida pelo barulho do trem que acabara de ser ligado.

- Mas que droga! - InuYasha resmungou.

- Vamos, o trem já vai partir. - Izayoi se levantou. - prometo contar tudo que quiser saber no caminho, vamos? - InuYasha concordou e pegou sua mochila, logo mãe e filho seguiram para o trem em destino a Kyoto.

[...]

- Meu pai é o que? - Izayoi mal havia começado a falar e InuYasha já a tinha interrompido.

- Me escute com atenção, InuYasha, leve às coisas a sério! - o repreendeu.

- Ok. - mesmo achando aquilo um absurdo decidiu ficar calado.

- Muito bem, como eu estava dizendo, seu pai é um anjo... Um anjo caído. - apesar de não ter outras pessoas por perto, Izayoi falava baixo. - ele teve muitos problemas no passado e estava sendo procurado por alguns arcanjos.

- Espere ai, está dizendo que eu também sou um...

- InuYasha! - o repreendeu novamente. - fique calado e preste atenção!

- Certo... Desculpe.

- Respondendo a sua pergunta, não, você não é um anjo caído... Na verdade... Eu só o vi em sua verdadeira forma quando era um bebê... Ou melhor, mais ou menos...

- Como assim? - estava mais confuso do que nunca agora.

- De acordo com o cristianismo, a prole de um anjo caído com um humano chama-se Nephilim... E eu não tenho certeza se você teria aquela mesma aparência atualmente.

- Então é isso que eu sou... Já ouvi falar disso em algum lugar, acho que em alguma aula chata de história, sei lá. - o moreno coçou a cabeça. - como eu sou em minha verdadeira forma? - mesmo descrente daquela história, ficou curioso, era difícil de acreditar mas ele sabia que sua mãe não mentiria.

- Bom... Não fica muito diferente, mas... Aqui, tire suas próprias conclusões. - tirou uma foto de sua bolsa e mostrou ao filho.

O moreno pegou a fotografia e observou cada detalhe atenciosamente, nela ele aparentava ter alguns meses de vida e seus cabelos eram prateados, havia pequenas garras e seus olhos tinham um tom dourado.

- Não dá pra acreditar que esse sou eu... Eu era tão... Diferente. - coçou a cabeça novamente e encarou a mãe. - o que vocês fizeram para esconder minha verdadeira forma? Por acaso eu teria asas? - fez uma careta ao imaginar a possibilidade.

- Só quem pode responder essa pergunta são duas pessoas... O seu pai ou Midoriko. - ele a olhou confuso e ela sorriu. - Midoriko era uma sacerdotisa muito famosa, foi ela quem nos ajudou a esconder sua verdadeira forma.

- É mesmo? E como ela fez isso? - InuYasha só ficava mais curioso com a revelação.

- Ela lacrou a sua metade imortal, por isso você está com essa aparência agora, a aparência de um humano comum. - suspirou.

- Então... Quer dizer que uma sacerdotisa lacrou meu lado imortal não é... - Izayoi assentiu. - acho que entendi essa parte, mas, por que o fato de ser um Nephilim coloca minha vida em risco? E por que o papai teve que nos abandonar?

- Ele só fez isso para nos proteger, meu filho. - acariciou o rosto do moreno. - Se ele ficasse por perto... Os arcanjos que o perseguem viriam atrás de você também.

InuYasha engoliu seco. - E o que eles iriam querer comigo, eu não fiz nada pra eles e não tenho culpa de nada que meu pai possa ter feito.

- Eu sei que você não tem culpa, mas eles viriam atrás de você, não por algo que tenha feito, mas sim pelo que poderia fazer. - Izayoi suspirou frustrada.

- O que eu poderia fazer? - perguntou um pouco nervoso.

- Eles o viam como uma ameaça... Não só você, os outros Nephilins também. - Izayoi não queria falar daquela forma, mas não podia continuar escondendo a verdade.

- Então eles acham que os Nephilins são monstros? É isso? - perguntou nervoso e Izayoi o olhou de maneira terna.

- Não seja tão duro consigo, filho, não pense em uma coisa dessas.

- Mas não tem outra coisa para pensar. - gesticulou com os braços de maneira nervosa e passou a mão pelos cabelos. - agora tudo faz sentido, os sonhos, aqueles caras estranhos me seguindo e me observando... Eles sabiam o tempo todo o que eu sou e eu não fazia idéia. - levantou e começou a andar de um lado para o outro.

- InuYasha, fique calmo! - pediu Izayoi.

- Calmo? Não tem como eu ficar calmo, acabei de descobrir que sou um monstro e que estão querendo me matar... Talvez eles não estejam totalmente errados.

- Você não é um monstro, já lhe contei que seu lado imortal está selado.

- Está... Mas até quando vai durar? Uma coisa dessas não deve durar para sempre, se não eles não estariam atrás de mim querendo me eliminar.

- Você tem razão, não dura para sempre. É por isso que estamos indo para Kyoto agora. - InuYasha a encarou surpreso.

- Como assim?

- Nós vamos procurar por Midoriko... Há anos eu não tenho notícias dela mas... Precisamos tentar.

- Isso quer dizer que o lacre está próximo de ser cancelado? - perguntou receoso.

- Sim... Quando você completar 18 anos, se o lacre não for renovado sua verdadeira forma será revelada... Essas foram as palavras de Midoriko a 17 anos atrás.

- 18? Isso quer dizer que só temos duas semanas.

- Exatamente, filho, mas fique tranquilo, vai dar tudo certo! - Izayoi segurou suas mãos e as apertou entre as suas lhe passando confiança, InuYasha apertou os olhos tentando digerir tudo aquilo e respirou fundo antes de voltar a se sentar.

- Se conseguirmos renovar o lacre... Esses tal arcanjos vão me deixar em paz?

- Eles terão que deixar, afinal esse foi nosso acordo. - sorriu confiante e InuYasha suspirou.

O resto da viagem foi em silêncio, era muita informação só para uma noite e InuYasha já tinha esclarecido muitas de suas dúvidas, além de estar cansado é claro.

   Ainda não tive todas as respostas... Mas estas são o suficiente por enquanto. - pensou o moreno enquanto observava o rosto calmo de sua mãe que dormia tranquilamente aos seu lado, afagou os longos cabelos negros e decidiu deixá-la descansar.

Continua...