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História O último sorriso - Um só


Escrita por: Almafrenz

Notas do Autor


Olá, pessoas amadas do meu coração! Estão com um copo geladinho de leite açucarado com muita canela aí do lado? Preparem-se para a pimenta! Boa leitura!

Capítulo 11 - Um só


Fanfic / Fanfiction O último sorriso - Um só

Terminada a tarefa de se despir, o detetive avançou por sobre o corpo do médico, inalando seu cheiro como um sommelier apurando o paladar antes de iniciar a degustação lenta e saborosa de algo particularmente agradável.

John prendeu a respiração sentindo o amigo inalá-lo, tocando sua pele com o nariz aqui e ali, provocando arrepios de revirar os olhos. Em seguida o médico teve enorme dificuldade em abafar seus gemidos ao sentir o moreno deslizar a língua em seu peito para logo em sequência adicionar a presença das suas mãos longas e precisas à experiência de reconhecimento e degustação. As digitais de Sherlock deslizavam pela lateral do corpo de Watson deixando uma trilha de calor e excitação em seu corpo que tremia preso às carícias assustadora e enlouquecedoramente precisas.

            John sentia seu coração bater descompassado e sua pele se derreter com o toque firme que recebia, obtendo prazer em áreas que não desconfiava ser possível. Sherlock, prendendo o corpo do amigo com o peso do seu, passou a mão por entre os dois puxando as ereções para logo depois mover-se esfregando o seu pênis ereto sobre o pênis excitado do companheiro de apartamento. John apertou os ombros de Sherlock e mordeu os lábios se esforçando por não gemer alto. “O que os vizinhos irão imaginar?”, pensou ele com um fio de sanidade que ainda tremulava em sua mente.

– Irão pensar que estamos transando, John. – Sherlock respondeu sua pergunta mental encarando-o. – Por que se importa tanto com o que vão pensar?

            John havia aberto os olhos para encarar o detetive, mas foi obrigado a fechá-los com força após receber uma mordida no mamilo direito.

– Ah! Sherlock! – John gritou se contorcendo.

– Isso, liberte-se, John. – o moreno riu de modo obsceno.  

            Sherlock começou a morder, sugar e lamber os mamilos do amigo que se remexia gemendo na cama. O detetive subiu suas lambidas para o pescoço do loiro e deslizou para o ombro dando uma mordida bem forte ali, recebendo um grito bem alto em reposta.

            No apartamento térreo, a Sra. Hudson quase derramou o chá de sua xícara com o susto pregado pelo grito que ouviu vindo do piso superior.

– Céus! O que esses meninos estão fazendo? – perguntou para si e depois começou  a ouvir uma sucessão de gemidos cuja conotação não deixava muita dúvida. – Oh, bem... acho que sei o que é. – respondeu provando o conteúdo de sua xícara apertando um risinho maroto que dançava em seus lábios.

            Sherlock agora tocava o membro excitado do médico que gemia livremente, inebriado com a sensação boa que a mão do detetive lhe provocava, todo o seu corpo parecia estar imerso em plumas mornas que deslizavam carinhosas por toda a extensão da sua pele, se acumulando dolorosamente no seu pênis que ansiava por satisfação. Quando seus quadris começaram a fazer movimentos irregulares rumo à mão de Sherlock, dando claro sinal de que estava prestes a gozar, o detetive parou os movimentos.

– Não, Sherlock... – John gemeu decepcionado. – eu estava quase...

– Por isso mesmo, você não vai gozar agora, John, a brincadeira ainda nem começou. – Sherlock disse dando um riso indecente para o amigo.

            Sherlock juntou as pernas do médico fazendo as coxas musculosas se juntarem.

– Não abra as pernas, John, mantenha-as juntas, assim. – mostrou segurando-as rente ao colchão. – Irei aproveitar a passagem apertada que a união delas proporciona.

            Em seguida o moreno pressionou seu pênis no ponto de união das coxas do loiro conseguindo abrir uma passagem apertada entre elas, iniciando movimentos de vai e vem ritmados que pareciam lhe dar muito prazer. John podia deduzir isso pela expressão leve, boca entreaberta e olhos levemente serrados que o amigo mantinha enquanto esfregava o membro entre suas coxas unidas. Ele parecia tão inocente e tão diabólico, aquela visão por si só seria capaz de fazer John chegar ao orgasmo. 

            Sentindo que estava prestes a gozar, Sherlock parou seus movimentos, curvou-se sobre John e o beijou lentamente buscando acalmar a excitação do próprio corpo.

– Vire-se, John. – Sherlock pediu mordendo-lhe levemente a orelha esquerda.

            Watson obedeceu, ganhando logo em seguida, vários beijos ao longo da sua coluna, arrepiando-o. Depois sentiu as mãos de Sherlock erguerem seu quadril forçando-o a usar os joelhos como apoio para manter sua bunda empinada. O moreno moveu-se no sentido da sua mesinha ao lado da cama e pegou um frasco de vaselina em pasta utilizada para tratar pequenas queimaduras, voltou para sua posição atrás do loiro que buscava a melhor posição para seu rosto apoiado em um dos travesseiros da cama, enquanto deduzia que o amigo estava passando a vaselina no próprio membro para depois penetrá-lo. Esse pensamento deixou John meio tenso, havia visto o quão sexualmente bem dotado era o amigo, a penetração anal não prometia ser muito confortável para quem nunca se imaginou transando com um homem e permitindo que ele o invadisse.

            Segundos depois, Sherlock tocou-lhe a lateral esquerda do quadril, segurando-o firme e guiou sua ereção com a mão direita no sentido do ânus do companheiro, que por sua vez, sentiu sua abertura ser pressionada levemente no início para depois receber mais força na ação fazendo com que o membro forçasse caminho naquela região, provocando dores pontiagudas e escaldantes dentro dele.  John mordeu a fronha do travesseiro onde mantinha o rosto apoiado, a penetração havia se revelado mais dolorosa do que ele havia imaginado. Sherlock que ainda estava na metade da penetração, começou a se mover lentamente para alargar o canal e minimizar o desconforto que ele sabia que poderia estar provocando. O lubrificante improvisado apenas facilitava a penetração, mas não tinha o poder de evitar o incômodo.

            John mantinha a posição, ofertando o seu corpo para o homem que desejou e amou em silêncio por um longo tempo e imaginou nunca poder ter para si. Seu corpo todo tremia e transpirava com o esforço empregado para não gritar de dor, mas a satisfação psicológica de receber Sherlock, lhe dava resistência à sensação de ser rasgado por dentro.

            Percebendo o corpo trêmulo e suado debaixo de si e as paredes retraídas do reto que dificultava o avanço da sua penetração, Sherlock deduziu que John ainda não estava sentindo prazer com o ato. Deslizou sua mão direita pelo corpo do companheiro e encontrou a ereção de Watson quase desfeita. Os dedos longos se fecharam ao redor do membro do médico e a reanimou com rápidos movimentos firmes de vai e vem. John relaxou a mordida na fronha do travesseiro, deixando uma corrente de gemidos cálidos passar e inundar o quarto.  

Sentindo que John relaxara o corpo, Sherlock avançou seu pênis mais para dentro do amigo, mantendo os movimentos de masturbação para que ele não tencionasse as paredes retais impedindo seu avanço até a próstata do loiro, o que aconteceu em poucos segundos provocando um gemido surpreso em John.

            Sherlock riu e soltou o pênis do companheiro, John não precisava mais de estímulo manual. Segurou o quadril do médico com as duas mãos e começou a estocá-lo com vontade, fazendo o possível para acertar a próstata o máximo de vezes possível. John gemia esquecido do próprio nome, movendo a bunda de encontro à ereção do detetive que acelerava os movimentos de penetração em seu ânus conforme seus gemidos o enlouqueciam e estimulavam. No meio de toda aquela loucura, Sherlock se lembrou de algo muito interessante e resolveu saber se suas suspeitas tinham fundamento. Livrou o quadril do loiro do agarre possessivo de uma das mãos e desferiu uma palmada na nádega dele.

– Ah! Sherlock! – John gemeu sentindo o pênis pular satisfeito com a experiência.

            Sherlock percebeu a reação positiva do corpo do amigo e passou a alternar uma penetração profunda com uma palmada firme.

– Ah! Mais! Oh, Deus! Isso! Oh! Sim! Mais, Sherlock! Assim! – John gritava não se importando com a possibilidade da sua voz e as coisas que dizia poderem ser ouvidas pelos vizinhos e até pelos passantes da rua. – Oh, meu Deus! Isso... Assim! Ah! Eu vou...Sherlock... eu...Oh!

            O detetive entendeu e parou as penetrações e as palmadas, retirando-se de dentro dele.

– Não tão rápido, John. – Sherlock sussurrou com voz grave ao encarar a pergunta na expressão corada do loiro. – Quero prolongar essa experiência ao máximo. – completou dando-lhe um beijo tranquilo na testa suada.

– Assim você vai me enlouquecer, Sherlock... – John reclamou sentindo sua mão ser guiada à ereção do detetive.

            John segurou o volume que pulsou com seu toque, sentiu a textura quente e rija se agitar em sua mão, ele não perdeu tempo, iniciou uma massagem lenta e preguiçosa, ganhando suspiros e pequenos gemidos por parte de Sherlock. John subiu sobre o corpo do detetive e começou a fazer sua degustação enquanto sua mão mantinha-se ocupada massageando o membro dele, que fechara os olhos e entreabrira a boca avermelhada apoiando as mãos nos ombros fortes de Watson.  

John distribuiu beijos molhados no peito alvo, mordiscou os mamilos róseos e fez uma trilha úmida ao longo da barriga firme até chegar ao membro ereto do outro. Ele deslizou a língua fazendo um traço molhado em sentido ascendente, da base para a glande, fechando uma forte chupada na ponta do pênis, ganhando um gemido alto de Sherlock que moveu seu quadril e arranhou os ombros do médico que riu com a reação. Antes que pretendesse abocanhar o membro ereto diante dele, foi puxado para um beijo sôfrego.

            Sherlock rolou com ele na cama ficando por cima novamente, agarrou suas pernas abrindo-as e encaixando ambas em torno do próprio quadril. Os dois se encararam momentaneamente, corados e com respirações entrecortadas de excitação. Sherlock tateou em busca da vaselina que lhe foi passada por John que o assistiu distribuir uma boa quantidade da pasta escorregadia no membro rijo.

            John segurou o lençol da cama com ambas as mãos em expectativa, não quebrando o contato visual. Sherlock inclinou o corpo buscando os lábios do outro, aplicando um longo beijo, permitindo que o loiro sugasse a parte inferior da sua boca, enquanto segurava seu quadril atraindo-o para sua ereção lubrificada. John ofegou no meio do beijo sentindo o membro de Sherlock invadi-lo. Dessa vez a penetração estava mais fácil, devendo-se esse fato ao alargamento realizado minutos antes pela primeira exploração anal, pela generosa quantidade de vaselina aplicada ao membro que agora voltava a escorregar para dentro dele e por seu atual estado de relaxamento. O loiro já se sentia um pouco mais à vontade com a sensação de ser preenchido pelo membro do detetive.

            Sherlock não rompeu o beijo e seguiu avançando até tocar a próstata do médico que parou o beijo arqueando as costas soltando um longo gemido de satisfação enquanto puxava o lençol da cama. O moreno desfez o agarre das mãos do loiro no lençol e entrelaçou seus dedos em ambas levando-as para a altura da cabeça do outro, pressionando-as no colchão e continuou a penetrar realizando lentos movimentos de vai e vem, encarando as mudanças de expressão que seus atos provocavam em seu parceiro.

            Os corpos se moviam em sincronia, compartilhando o prazer. John apertou as pernas em torno do quadril de Sherlock estimulando-o a ir mais fundo e com mais vigor. O detetive já não conseguia ter controle dos próprios movimentos que foram acelerando até se tornarem vertiginosos, provocando sons obscenos do encontro dos corpos suados misturados com a sinfonia selvagem dos gemidos e gritos de prazer lançados por ambos no quarto.

            Naquele momento, um casal de turistas alemães passava pela calçada do 221B procurando um restaurante de comida italiana que informaram ser naquele sentido, estancaram surpresos com uma gama de gemidos e gritos que parecia vir de um cômodo no segundo pavimento do sobrado onde pararam para ver o mapa do guia “Londres de A a Z”. A mulher encarou seu namorado com um olhar bem sugestivo, o homem limpou a garganta e sugeriu, em alemão, que ambos voltassem para o quarto do hotel, onde poderiam tornar a noite fria de Londres um pouco mais quente e interessante. Ambos sorriram achando a ideia maravilhosa e partiram.

– John! – o moreno gritou penetrando celeremente o loiro, como se implorasse por um pouco de sanidade.

–  Ah! Sherlock... Sher... Ah! Sherlock! – John já havia esquecido o próprio nome, lembrando-se apenas da existência daquele que o estava conduzindo ao paraíso. 

– J-Jo... John...John! – grunhiu o detetive sentindo-se derramar com vigor dentro do outro.

            O médico ainda conseguiu abrir seus olhos para contemplar a visão angélica de um Sherlock enlevado pelo orgasmo. Olhos fechados, boca aberta, cabeça levemente curvada para trás, o suor escorrendo pela testa corada, o peito arfando buscando por ar... John sentiu o calor viscoso da ejaculação do moreno preenchê-lo e provocar o seu próprio orgasmo que o privou de consciência por alguns longos segundos.

            Quando John acordou, estava com um Sherlock semiconsciente sobre seu peito e ambos respiravam em descompasso, porém, plenamente satisfeitos. John riu e passou os braços em volta do amante, sim amante, porque depois de tudo aquilo que havia acontecido naquela noite, dentro daquele quarto, não haveria possibilidade de voltarem a ser apenas amigos. Seus corpos haviam traçado um compromisso tácito que ia muito além do tratamento fraterno.

            Sherlock moveu-se sobre o corpo do médico, prendendo-o em seus braços longos, invertendo a posição, puxando John para seu peito e depositando um beijo casto em sua testa, para logo em seguida cair no sono. Estava exausto e completamente relaxado e em paz.

Uma pequena nevasca precipitou-se naquela noite, a rua estava gélida e flocos grossos de neve se acumulavam rapidamente nas calçadas e parapeitos, mas o calor que unia aqueles dois homens no 221B, não seria perturbado nem por uma tempestade violenta de granizo. Estavam completamente harmonizados e ligados agora, pelo calor dos seus corpos e de suas almas.

Continua...

 

 


Notas Finais


Meus amores, este foi o penúltimo capítulo, o próximo será o último e encerrarei essa fic. Devo admitir que a ideia de escrever um segundo episódio dando sequência a esta Johnlock, tem dançado loucamente na minha cabeça, mas a estrutura ainda não se estabeleceu. Estou indecisa, não sei se mergulho na criação do segundo episódio ou se encerro apenas com esse, que foi uma boa experiência para saber se o que escrevo é aceitável. O lado direito do meu cérebro diz que é uma boa aventura, mas o meu lado esquerdo pondera que talvez não haja elementos para desenvolver um segundo episódio decente. Bem... no último capítulo(próximo sábado) eu manifestarei qual foi a decisão final. Beijos, torçam pelo lado direito ganhar, comentem sobre sua experiência de leitura, porque amo saber o que vocês sentem ao ler, até o próximo sábado!


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