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História O valor da vida - Wincest - Mpreg - O passado querendo me levar para longe


Escrita por: Takealookmenow

Notas do Autor


Olá amigos,

Mais um capítulo cheio de emoção,
com o passado batendo à porta.

Desculpem os erros.

BOA LEITURA !!!!

Capítulo 10 - O passado querendo me levar para longe


Fanfic / Fanfiction O valor da vida - Wincest - Mpreg - O passado querendo me levar para longe

 

Nos dois meses que se seguiram, o clima de amor prevaleceu entre Sam e Dean, com muitos cuidados e mimos do mais velho para com Sam, que fazia questão de demonstrar todo o seu amor a cada minuto do dia e da noite para ele. Sam teve muitas manhãs difíceis de enjôos e sonolência, mas estava sempre sendo amparado por Dean, que dormia e acordava todas as manhãs ao seu lado, abraçado a ele na cama.

Sam mal podia acreditar na mudança tão radical que via em Dean, parecia outra pessoa, não se importava mais em fazer carinho nele na frente de Bobby, Jody ou mesmo na frente de quem estivesse perto deles, estava sempre dando muita atenção a Sam, a tudo que ele dizia, sempre se interessando com o bem estar dele, tomando conta dos horários das refeições, querendo saber se ele estava sempre aquecido e se dormia bem. Dean sempre queria estar ao lado de Sam, em todas as horas do dia e da noite, até mesmo na hora do banho ou quando Sam trabalhava no computador, Dean estava sempre o rodeando, lhe fazendo carinho, massageando suas costas, levando lanches, vitaminas de frutas e chocolate quente, colocando mantas e almofadas em suas costas.

Dean fazia amor com Sam cercado de todos os cuidados possíveis, para ele ficar bem confortável e seguro, sempre exagerando ao extremo com os carinhos e preliminares, e nunca mais, se amaram fora da cama fofa, cheia de edredons que Dean a cobria. Ele fazia de tudo para Sam se sentir muito amado e feliz, sempre repetindo o quanto ele o amava e o desejava, buscando cada vez mais conversar com ele, sobre todos os assuntos, até mesmo sobre os momentos mais difíceis que viveram, escutando a versão de Sam para cada episódio em que o tinha magoado, e todas as vezes, que conversavam abertamente sobre esses assuntos, Dean acabava sempre chorando e pedindo perdão pela milésima vez, e Sam ficava cada vez mais leve, em ver o quanto Dean estava arrependido por tudo que o tinha feito sofrer.

Sam passou o tempo quase todo dentro de casa, em meio aos seus trabalhos pelo computador e Dean além de ajudar Bobby no ferro velho, fez o que havia dito, se empregou em uma oficina mecânica próximo à casa de Bobby, aumentando bastante a renda dos dois, pois além do salário, ganhava um percentual sobre cada cliente que atendia, e o movimento de mulheres na oficina tinha aumentado muito depois de começar a trabalhar no local. Dean tinha os horários bem maleáveis para poder cuidar de Sam, e quase nunca trabalhava na parte da manhã para poder ficar com ele, e quando não estava, fazia milhões de recomendações para Bobby, que não aguentava mais o lado protetor de Dean.

Sam era a alegria em pessoa, nunca em sua vida, tinha vivido um tempo tão duradouro de felicidade, e nem sequer se lembrava mais de todo o sofrimento que tinha vivido, porque Dean cumpria o que havia prometido a ele, a Castiel e até pro Bobby, e agora era outra pessoa, um homem realmente dedicado ao seu amor por Sam e a sua família que iria se formar.

Sam estava com três meses de gestação, e somente agora que seus músculos do abdômen estavam perdendo a forma definida, para se tornar uma pele um pouco mais esticada na pequena protuberância arredondada que apontava em seu baixo ventre.

Sam e Dean durante todo esse tempo não tiveram mais contatos com as caçadas e com os seres e criaturas sobrenaturais, e também, não tiveram nenhum contato com seus amigos e os outros caçadores, além dos poucos que apareciam na casa de Bobby, pois entendiam que ninguém compreenderia ver um homem grávido, e assim não queriam alardear, com medo de levar perigo até Sam e a criança, mesmo que involuntariamente, podendo fazer comentários com outras pessoas, o que poderia cair nos ouvidos de alguma das criaturas caçadas por eles, ou mesmo por humanos que curtiam sensacionalismo de primeira.

Ficaram somente dentro de casa, com poucas saídas a lugares e comércios próximos, como supermercados e farmácias, isso enquanto a barriga de Sam não aparecia. Não saíam nem para se divertir, e até isso faziam em casa mesmo, assistindo filmes juntinhos, jogando vídeo game, ou lendo, pois haviam combinado que economizariam para sustentar dignamente o bebê nos seus primeiros meses de vida, que custava muito caro, já incluindo na lista, a imensa quantidade de fraldas e medicamentos que precisariam com certeza. E também Sam havia determinado que somente começariam a comprar roupinhas após saberem o sexo do bebê, que seria um trabalho para o então eleito médico de Sam e do bebê, o anjo Castiel, que o visitava diariamente.

 O grande dia havia chegado, com Dean e Sam de mãos dadas, Sam deitado na cama e Dean sentado ao seu lado, Bobby sentado na poltrona ao lado e Jody, que era a única que sabia da história toda porque jamais tiveram como esconder qualquer coisa dela. Castiel tocou na barriga de Sam e fez cara de pensativo, querendo ter certeza do que via e iria declarar, não poderia haver erro, senão seria um anjo caçado por Dean no futuro.

Castiel: Sam e Dean, é um menino.

Todos se abraçaram, Sam e Dean choraram emocionados, um no ombro do outro, e se beijaram emocionados, levando uma cara de nojo à Bobby, mas que logo os apertava num abraço de pai urso, junto com Castiel e Jody.

Assim, no dia seguinte a grande descoberta, um sábado de folga no trabalho de Dean e Sam, ambos resolveram sair às compras das roupinhas e acessórios para o bebê, e foram no shopping mais próximo. Estavam curtindo o dia nas lojas especializadas em bebês, já cheios de sacolas com roupinhas lindas escolhidas em conjunto por ambos, que sorriam um para o outro o tempo todo, e Dean cheio de carinhos com Sam, o fazendo se sentar em cada nova loja que entravam, e sempre oferecendo comida e água à ele, sempre perguntando se ele estava bem, e fazendo carinho em seu cabelo ou lhe abraçando a cada compra, sendo essa mais uma das mudanças dele, que expressava sempre seus cuidados e carinhos com Sam onde quer que fosse, sem se importar com os olhares das vendedoras que morriam de inveja de Sam, e que Dean sequer notava a presença delas, para a alegria do possessivo Sam.

E quando deram uma pausa forçada por Dean para Sam não perder o horário de almoçar, e seguiam pelo corredor em direção à praça de alimentação, Dean esbarrou em alguém, e quando olhou para cima, deu de cara com Jo, que passeava no mesmo corredor, olhando as vitrines distraidamente.

Jo: Nossa...Oi Dean...que legal te ver. (Olhava Dean da cabeça aos pés, que estava lindo numa calça jeans e uma camiseta preta bem básica).

Dean: Oi Jo, tudo bem ?...Tá perdida por aí? (Ficou olhando Jo, surpreso e por um instante se lembrando dos ciúmes de Sam por causa dela).

Jo: Tudo bem, eu estou com uma amiga, que entrou numa loja e me pediu para a esperar aqui.

Sam: Olá Jo. (Nem Jo e nem Dean sequer olharam para Sam ao lado deles, até esse falar, já com ódio mortal da garota e com os ciúmes lhe corroendo).

Jo: Oi Sam, e vocês estão bem? (Olhou as bolsas das lojas de crianças nas mãos de Sam e de Dean).....Hei....espera aí....qual dos dois vai ser pai?...Pra essa quantidade de coisas de bebê, não pode ser só presente...(Ria olhando fixo para Sam, com ar de deboche, porque a maior quantidade de bolsas estava com Sam).

Sam: Ahhhh...(bateu na testa debochando também)....pois é, esquecemos de falar da novidade...o Dean vai ser pai em breve....ele não te falou ?....Mas enfim, pode dar os parabéns para ele.

A garota fechou o sorriso cínico dos lábios e ficou até pálida de desapontamento, porque nunca escondeu sua paixão por Dean, e na última festa, em que se viram, ele tinha quase caído nos seus encantos, assim pensava ela, e admitiu erradamente para si mesma, que Dean somente não ficou com ela naquela festa, diferente do que ele tinha dito de que tinha alguém, porque Sam tinha desaparecido no meio da festa, o deixando preocupado com o irmão, até porque Dean havia lhe contado no mesmo dia, sem Sam saber, que ele tinha tentado o suicídio. E Jo, no dia da festa, foi embora com tremenda raiva de Sam, o culpando por não ter conseguido ter Dean para si desde aquele dia, atribuindo ao sumiço dele, o fato de Dean a ter recusado. E lá no fundo do seu coração, aquele sentimento de rancor por Sam permaneceu.

Poucas pessoas daquele grupo da festa souberam da tentativa de suicídio de Sam, e nem mesmo Helen, mãe de Jo, que sabia da história, não havia comentado nada com a própria filha. Além dela, Rufos era o único que sabia, fora os de casa, como Jody e Bobby.

Jo: (Não conseguiu disfarçar)....Poxa Dean, porque você não me contou que iria ser pai...a sua namorada que está grávida, é aquela mesma que me contou na festa? Vocês estão juntos?

Dean que até então estava de cabeça baixa, com medo das reações de Sam, após ter dito aquilo, olhou sério para Sam, e depois para Jo.

Dean: No dia a festa eu ainda não sabia da gravidez, e sim, estamos juntos.

Jo: E de quantos meses ela está?

Dean: De três meses.

A garota fez as contas na cabeça.

Jo: Então o que você disse na festa era verdade? Era com essa sua namorada que você estava naquela época já?

Dean lançou um olhar vitorioso para Sam, se lembrando da fuga de Sam por ciúmes, e de que havia recusado ficar com Jo justamente falando que estava gostando de outra pessoa e estavam namorando, e a garota sem saber de nada, falou espontaneamente na frente de Sam o que ele havia lhe dito. Deixando Sam um tanto sem graça com a informação, pois tinha acreditado que Dean tinha ficado com a Jo naquele dia, ou no mínimo tinha lhe dado condições e esperanças para que ficassem juntos.

Dean: É ela mesma. (Olhou e sorriu sarcasticamente para Sam).

Jo ficou nervosa e desiludida, porque era a realidade de que nunca conseguiria ficar com Dean, e sem a menor noção do que estava falando.

Jo: Eu achei que você tinha fugido de mim, por causa do sumiço de Sam naquele dia. (Riu nervosa).

Dean: (Olhou para Sam e murmurou)....Não foi não, foi mesmo pelo que te falei, eu já estava apaixonado por outra pessoa. (Viu Sam sorrir levemente).

Jo: Eu pensei errado então, e você...(Olhou para Sam)....você sumiu por quase uma semana, não foi? Minha mãe me falou, quando deram o alerta para os caçadores...minha mãe disse que Dean ficou até deprimido de tão preocupado....(Jo quis mudar de assunto para acalmar seu coração e disfarçar sua expressão de angústia, em saber que Dean iria ser pai e estava apaixonado pela mãe da criança).

Sam: Foi exagero dele, porque eu já tinha sumido antes e fiquei mais de um mês....(Riu da própria piada, e sabia que era mentira, porque sempre ligava avisando onde estava, se sabia que iria ficar por muito tempo).

Jo: Mas aposto que foi antes disso...(Segurou no pulso de Sam e o rodou, deixando à mostra sua cicatriz)....porque depois disso, que ele me contou lá na festa, ele realmente teria motivo para ficar nervoso com seu sumiço, você poderia tentar de novo...né mesmo?......(Sorriu debochada, e Sam puxou o braço do contato dela)....Afinal você não conseguiu da primeira vez, porque Dean te salvou, e como todos tentam pela segunda vez, ele estava certo em se preocupar, até porque ele não estava por perto para te salvar de novo, enquanto estava na festa comigo, né?..... (Riu para si mesma)....Como você demorou para aparecer ele já tinha quase certeza que você tinha conseguido...já devia até estar encomendando o funeral de caçador....(Riu novamente).

Sam olhou para Dean, que abaixou a cabeça, sabendo que não deveria jamais ter contado para Jo sobre esse episódio na vida deles. Não disse nada, e não teve coragem de encarar o olhar frio que Sam lhe lançava.

Sam ficou olhando Dean, por um instante ainda, com um peso enorme no peito por Dean ter contado para aquela garota um fato íntimo de sua vida, que lhe causava vergonha e desconforto, e que ninguém nunca tinha feito nenhum comentário, ainda mais tão sarcástico e debochado como aquele. E o pior, foi ele contar, justamente para aquela garota que foi o motivo do sumiço dele, e da crise de ciúmes que teve, a mesma que sempre foi apaixonada por Dean e se jogava para cima dele todas as vezes que se encontravam. A dor da humilhação das palavras tolas e fúteis daquela garota tomou conta de Sam, vindo de encontro a que Dean sequer falou alguma coisa, para lhe defender daquele tom debochado dela e do que ela estava falando.

Dean ficou sem reação, não esperava aquela ofensa por parte de Jo, e rezou intimamente para Sam não ter um ataque de ciúmes e não começar uma discussão ali, no meio do corredor, só que enquanto pensava isso tudo, Sam lhe estendeu as mãos, sem dizer nada, e lhe passou as sacolas, quase as jogando contra o peito dele, deu as costas e saiu andando apressado no meio das pessoas, sem olhar para trás.

Dean: Sammy !!! Sammy, espera !!! (Gritou para ele que se afastava rapidamente).

Jo: Eu disse alguma coisa errada? Eu não sabia que não podia falar...me desculpa Dean. (Fingiu que estava arrependida mas sustentou um arzinho de riso nos lábios).

Dean: Jo, eu vou atrás dele....tchau.  

Dean saiu correndo atrás de Sam, mas como estava cheio de coisas nas mãos não conseguiu alcançá-lo e o perdeu de vista em meio as pessoas que andavam nos corredores. Dean se sentou em um banco no estacionamento, perto do carro, e após colocar as compras no Impala, ficou esperando Sam aparecer ou ligar para ele, já que Sam tinha deixado o celular dele em casa, por estar com Dean e por ser um dia de folga de todo trabalho, não atenderia nenhum de seus clientes das traduções e pesquisas.

O Shopping anunciou o fechamento as dez da noite e nada de Sam aparecer, deixando Dean desesperado, após longas horas de espera naquele lugar. Dean tinha ligado para casa várias vezes para saber se ele estava lá, mas Bobby também não sabia dele. Dean voltou para casa sem ele, e depois de muitas explicações a Bobby, se sentou na sala arrasado, esperando notícias, queria avisar aos caçadores e a polícia, mas foi contido por Bobby, que saiu de casa para rodar a cidade atrás dele, achando que Sam só estava esfriando a cabeça, pois não iria se expor e nem a seu filho a nenhum perigo, e logo voltaria para casa.

Sam após sair correndo do shopping muito magoado, ficou rodando de um lado para outro sem destino algum, nas ruas da cidade, até parar num parque ecológico, onde ficou horas olhando o movimento e o lago natural com patos que tinha ali, sentado em um banco duro de ferro, somente esvaziando sua mente dos bons sentimentos cultivados naqueles últimos meses, de amor e paz que viveu com Dean, e dando lugar somente a lembrança amarga das palavras daquela garota e a atitude de Dean em contar para ela, e depois em não lhe defender. Esses pensamentos ficavam rodando em sua cabeça sem parar, o fazendo chorar e passar mal, ali mesmo, naquele lugar, vomitou na lixeira que estava próximo ao banco. Passou um bom tempo, indo e voltando da mesma, já quase sem forças, se deitou no banco, se encolheu com frio e com fome, e já pretendendo passar a noite ali mesmo.

Sam pensava que Dean tinha ficado com ele por pena e por ele está esperando um filho dele, e não porque o amava, porque se o amasse de verdade, jamais teria agido daquela forma com ele, jamais teria lhe imposto tanto sofrimento, e naquele dia específico, teria lhe defendido das ofensas daquela garota, e que jamais o teria exposto daquela forma, sobre algo tão íntimo.

Sam acreditou que o que viveu com Dean foi somente mais uma mentira em sua vida, e era para isso que sua vida estava se encaminhando, viver uma mentira com Dean. Até mesmo aquele filho teria que ser cercado de mentiras para que pudessem viver juntos. Estava confuso e esgotado, queria sumir, fugir para sempre, mesmo sabendo que com um filho não poderia mais fugir para lugar nenhum, e teria que aturar ficar estagnado no mesmo lugar, ao lado de alguém que mentia para ele, que o iludia. Isso fazia seu mundo virar de cabeça para baixo, e já não sabia o motivo de ter sido feliz aqueles últimos tempos.

Assim que escureceu, Sam foi acordado pelo vigia noturno e saiu dali, ainda sem rumo, seguiu por uma rua de pouco movimento, e sentiu uma chuva fina começar a cair, continuou andando sob a mesma, de um lado pro outro, sem se importar em estar se molhando, e não viu mais ninguém transitar nas ruas escuras da noite, que também eram mal iluminadas. Avistou uma marquise e se sentou embaixo dela com a cabeça apoiada na parede, na calçada, dormindo ali mesmo, todo molhado, de tão exausto que estava.

Dean estava em pânico, já era mais de meia noite e Sam não dava notícias desde a hora que tinha sumido um pouco antes da hora do almoço, e nessas horas, como sempre, nada de bom passava pela cabeça dele, estava morto de preocupação com Sam e com o bebê, e tudo piorou com a chuva que caía do lado de fora, e não tendo mais alternativas, apesar de querer sempre respeitar o espaço e o tempo de Sam se acalmar e voltar sozinho, Dean chamou por Castiel, mas o anjo não respondeu.

Ao mesmo tempo em que era chamado por Dean, Castiel automaticamente procurou por Sam, já sabendo que, provavelmente, o motivo do chamado era ele, e assim o encontrou no meio daquela rua estranha, num estado lastimável, tremendo, inconsciente, deitado no chão frio e molhado. E quando Castiel se abaixou para levar Sam consigo, ouviu a voz que vinha por trás dele.

Benny: Olá, anjo do senhor.

Castiel: (Virou pronto para lutar, com a espada celestial deslizando dentro da manga do sobretudo para sua mão)...Quem é você ?.....(Sentiu o cheiro de sangue)....Vampiro.

Benny: Pois é. E o garoto aí é o irmão de Dean Winchester.

Castiel: O que você quer com ele?

Benny: Eu, nada, eu sou amigo de Dean, e fiquei aqui para proteger ele, porque aqueles ali, queriam muita coisa com ele....(Apontou para mais dois vampiros que estavam no telhado da loja em frente).

Castiel: Nós já vamos embora. Ele não devia estar aqui. (Já estava quase tocando em Sam).

Benny: Ô anjo, só diz pro Dean tomar cuidado a partir de agora, porque o cheiro dele...(fez sinal para Sam).....foi sentido a quilômetros daqui...qual criatura não gostaria de colocar a mão no portador de um filho vindo da graça de Deus, e ainda mais sendo, ambos os pais e o filho.....Winchesters.

Castiel: Tudo bem, obrigado pelo aviso vampiro...e obrigado por protegê-lo.

Benny: Manda meus parabéns ao meu amigo. Meu nome é Benny. (Sorriu sincero).

Castiel assentiu e tocou no ombro de Sam caído naquele chão sujo de rua.

Castiel reapareceu com Sam nos braços no meio da sala, de frente a Dean, que deu em pulo de susto, e deu passagem ao anjo, que colocou Sam no sofá.

Castiel: Eu não quero nem saber o que aconteceu porque temos primeiro que cuidar dele, ele está com febre muito alta, está inconsciente e está muito fraco, e eu não tenho como curar ele, porque é uma reação normal do estado de gestação dele.....(Segurou forte na mão de Dean)..... E Dean, infelizmente, a criança está em perigo também. Temos que fazer alguma coisa por ele agora mesmo.

Dean, ajudado por Castiel retirou toda a roupa molhada de Sam, o enxugou, e pegou uma calça de moletom, camiseta e casaco, colocou nele, secou o cabelo dele com uma toalha, e Castiel o levou para a cama, seguido de Dean, que ainda estava muito nervoso e com medo das palavras de Castiel, não queria perder Sam e nem seu filho.

Sam recobrou parcialmente a consciência, assim que foi colocado na cama, mas ainda estava muito confuso.

Sam: Onde estou? (Olhando Castiel).

Dean praticamente se jogou ao lado dele, afastando Castiel.

Dean: Sammy, estou aqui, você está em casa...nós vamos cuidar de você, entendeu? (Segurando em sua mão).

Sam começou a querer se levantar e a sair dali, não queria falar ou ver Dean, e o afastou com a mão em seu peito.

Sam: Não, não ! Eu quero sair daqui, eu não pedi para voltar para cá...(Olhou suplicando para Castiel)....Cass...porque fez isso comigo?...Me leva de volta.

Castiel: Acalme-se, Sam. Você está seguro aqui.

Sam: Não! Não!...Me larga!!!.....(Descontrolado começou a gritar, sendo contido por Dean, que o segurava enquanto ele se debatia, tentando se levantar).

Dean: Schhh.....Sammy, por favor, fica calmo....(vendo o olhar de desespero dele)....Hei....Sammy....olha pra mim, meu amor.....fica calmo, nós só queremos cuidar de você.

Sam: Meu amor ?....Você não me ama, você nunca me amou, NUNCA, você só ama a você mesmo....porque não me deixou morrer ?....Eu queria morrer....Eu conseguiria acabar com isso que sinto por você......(Esfregou a mão no próprio peito).

Dean: (Com os olhos marejados)....Sammy, não fala assim, eu amo você e nós estamos juntos, lembra?....Por favor, pára com isso.

Sam: Cass...ainda dá tempo? (Não voltou mais o olhar para Dean, a sua febre estava muito alta e começava a delirar).

Castiel: Tempo de quê, Sam?

Sam: De tirar isso de mim. (Passou a mão na barriga)...Eu não quero mais....eu quero ficar sozinho...me deixa livre, Cass...me ajuda a ser livre de novo...eu quero ir embora desse mundo....devolve essa alma para Deus...e me deixa partir. (Chorando e tremendo muito).

Castiel: Sam, você tem que dormir agora, para ficar melhor, você está com febre muito alta e está nervoso, eu vou colocar você para dormir, depois quando você acordar, vamos conversar, tudo bem ?

Sam: Eu não quero dormir aqui, eu quero ir embora daqui para sempre.....me ajuda, Cass....só você pode me ajudar a acabar com isso? (Pedia soluçando, com o olhar triste).

Castiel: Sam, você tem que dormir um pouco, eu estarei aqui, te olhando, tá bom.

Castiel sorriu, vendo Sam se acalmar e fechar os olhos, sentindo a paz que ele lhe transmitia.

Dean, ignorado por Sam, após ouvir tudo que ele disse, se levantou, chorando, deu várias voltas no quarto para se acalmar, enquanto Castiel tocava no rosto de Sam, o fazendo dormir. Castiel foi até Dean o fazendo parar de andar, e o abraçando bem forte.

Castiel: Calma Dean, ele está delirando por causa da febre, ele não sabe o que está dizendo...nós temos que salvar ele e a criança...temos que abaixar essa febre dele e o fortalecer rápido. Preciso que você seja forte agora.

Dean se controlou e voltou a sentar na cama, aplicou injeção em Sam com medicamento para conter a febre, enquanto acarinhava a sua barriga, murmurando palavras de amor para seu filho.

Dean: Meu pequeno, não escuta isso que ele falou, ele está doente, mas ele te ama....nós te amamos muito e queremos muito você....eu vou proteger vocês, viu....eu estou aqui com vocês...(Limpava as lagrimas que teimavam em escorrer em seu rosto).

Castiel fez surgir o equipamento médico necessário e colocou soro na veia de Sam, e o alimentou e continuou a medicá-lo através dele. Castiel, sentou ao lado de Dean, e colocou suas mãos sobre o ventre de Sam, e uma luz azul clara começou a penetrar na pele dele.

Castiel: Agora temos que esperar, ele não deve acordar mais hoje. Pode descansar, se quiser, Dean, eu cuido dele...enquanto fortaleço a criança com a minha graça.

Dean: Eu também vou ficar com ele, eu não quero que ele acorde e não me veja.

Dean ligou para Bobby, que ainda rodava de carro pela cidade, avisando que Sam estava em casa, ocultando o estado de saúde de Sam, para o mais velho, e ele não se preocupar, indo ficar com sua namorada, após a noite estressante.

Dean pegou todas as compras que haviam feito para o bebê e colocou no quarto deles, e só então, se deitou ao lado de Sam, enquanto Castiel aplicava sua graça, e lhe contava onde tinha achado Sam e a respeito dos vampiros e de Benny. Isso, depois de Dean explicar tudo que tinha acontecido à Castiel, que julgou não ter sido culpa de Dean, a fuga de Sam daquele dia.

Dean segurou na mão de Sam, o olhando com ternura, com um milhão de dúvidas na cabeça, com muito medo de Sam ficar magoado novamente, ao ponto de rejeitar o filho deles, e estava revoltado, porque tinha que ser assim, se na manhã daquele mesmo dia, estavam tão felizes juntos, estavam curtindo tanto as primeiras compras do bebê, e tudo mudou drasticamente em poucas horas, e todo o inferno de brigas e sentimentos ruins cultivados um pelo outro estava de volta com toda força, e ainda, agora, teria, mais do que nunca, proteger os dois, Sam e seu filho, depois do aviso de Benny. Tentava encarar essa realidade deles como sendo uma provação de Deus para que realmente fossem merecedores do presente, e que pudessem provar que estavam aptos para receber aquele filho. Com tantos pensamentos, Dean adormeceu, exausto.

No dia seguinte, Dean acordou com a mão de Sam, que estava segura pela sua, se mexendo. Se levantou rápido e se sentou ao lado dele, com Castiel os observando de perto. Sam acordou com muita dor no corpo todo, e, sua cabeça rodava, olhou para Dean e para Castiel, se situando de onde estava, se lembrou de tudo, e afundou sua cabeça de volta no travesseiro.

Dean: Sammy, oi.....Você está bem ? (Segurou na mão de Sam, que a puxou de volta, calado e sem o olhar).

Castiel: Sam, está me ouvindo? Você está sentindo alguma coisa?

Sam: Cass...eu quero voltar para aquele lugar onde me achou, eu não pedi para você me trazer aqui, eu não o chamei.

Dean olhava para Castiel, vendo parte dos seus medos se concretizar, Sam estava com raiva dele novamente e queria ir embora para longe, não tinha sido só um delírio da febre.

Castiel: Escuta Sam....(Se sentou na outra beirada da cama)...eu te achei num lugar horrível, sujo e deserto, você estava todo molhado no chão de uma calçada, e haviam vampiros prontos para te atacar, e graças a um deles, que conhece vocês, que a essa hora você pode estar aqui ainda. Eu jamais poderia ter deixado você naquele lugar, você teria morrido antes de amanhecer e eu não posso te levar para outro lugar que não seja aqui, junto de sua família, aqui você será cuidado, protegido e amado.

Sam: Não me interessa, e eu não chamei você.

Castiel: Não foi você, foi o Dean que me chamou, ele estava desesperado atrás de você, que tinha sumido há muitas horas sem ninguém saber onde estava.

Dean: (Se intrometeu, nervoso)....Eu chamei o Cass porque eu estava com medo de alguma coisa acontecer com você e com nosso filho, eu fiquei esperando você voltar, e te procurei, Bobby também te procurou e como ninguém achava você, eu rezei pro Castiel te socorrer.

Sam: Você estava com medo de eu tentar de novo, né? Como disse para sua amiguinha. Estava com medo de eu me matar estando sob sua proteção, com um filho seu na minha barriga, ou simplesmente estava com pena de mim ? (Sam falava com raiva, sem olhar para Dean).

Dean: Nada disso, eu estava com medo de você passar mal e alguém te machucar, e ao nosso filho também.

Sam: Porque se importa ? (Encarou Dean, com raiva).

Dean: Porque eu te amo e não quero que nada de mal lhe aconteça.

Sam: Mentira. Você tem vergonha de mim, e está comigo somente por pena e por causa do seu filho.

Dean: Sammy, eu sei que o que a Jo disse para você, te feriu, mas eu não posso voltar no tempo, corrigir isso, eu contei para ela, como um desabafo, pelo quanto eu havia sofrido quando você quase morreu em meus braços, mas isso foi um erro, eu não sabia que ela um dia, poderia usar isso para fazer graça ou te provocar, ela é praticamente uma adolescente ainda, e não sabe o que diz, ela foi muito infeliz falando aquilo pra você.

Sam: Você sequer se justificou ou me defendeu, e agora está defendendo ela para mim, e depois quer que eu acredite nas suas mentiras ?

Dean: Sammy...eu não quero, de jeito nenhum brigar com você, nunca mais iremos brigar, nós estamos juntos, mas eu quero que saiba que eu não estou defendendo ninguém, e eu não disse nada, porque você saiu correndo e eu nem consegui raciocinar, eu queria ir atrás de você, só isso, mas eu ainda pretendo ligar para a Helen e conversar com ela, sobre o erro da filha dela.

Sam ouviu tudo calado, e não disse nada, virou seu corpo do jeito que dava, para não sair do soro que estava a seu lado.

Dean: Sammy...(não respondeu nada)....Sammy!

Sam: Eu tomei uma decisão ontem, Dean. Eu vou ter esse filho, e vou te entregar, você fica com ele, e eu vou embora para sempre da sua vida e da dele, e nunca mais apareço, não quero envergonhar ninguém. Você pode fazer o quiser, estará livre de mim. (Disse decidido).

Dean: (Sentiu até o ar faltar)....Não Sammy, por favor...eu não quero isso...eu quero você...eu quero ficar com você ao meu lado, seremos uma família....(Começou a chorar)....você estava tão feliz, nós estávamos felizes juntos, você queria tanto quanto eu, e pode querer novamente....eu preciso de você comigo...eu amo você, só você.

Sam: Tá tudo bem, eu vou ficar aqui até o bebê nascer, porque não tem jeito, e você vai ter sua família com ele. Depois, você vai achar uma mulher para casar e tudo se resolve, e você será feliz com sua família.

Dean: Mas eu amo você, eu não quero mais ninguém, eu quero você...eu quero você comigo, eu quero ter uma família com você.

Sam: Não, você não quer, e eu vi na sua cara ontem, você nunca vai assumir de verdade que estamos juntos, para ninguém, você tem vergonha disso, por isso não me defendeu, você tem vergonha de mim, do que eu fiz, e por isso que contou para aquela oferecida sobre mim. Eu não quero ser um segredo para ninguém, e esse filho nunca será nosso mesmo, ele será sempre somente de um de nós dois, porque ninguém acreditaria, então ele pode ser todinho seu, é só você dizer o que eu falei lá no shopping, que é de uma namorada sua, e depois você diz que ela te deu ele de presente, e sumiu no mundo, igual ao seu irmão maluco que tentou o suicídio, não é isso que você andou dizendo de mim por aí...então?

Dean: Eu nunca disse isso, você está sendo injusto comigo, eu jamais falaria assim de você.......eu não entendo.....Porque tem que ser assim? Você não pode deixar uma coisa tão tola te afetar desse jeito? Estávamos tão bem, estávamos juntos de verdade, e eu não fiz nada de errado, eu não fiz nada para te magoar ou te ferir dessa vez, por favor, Sammy, não faz isso comigo...se eu te amo e você me ama, nós devemos ficar juntos...minha família é você e o nosso filho .

Sam: Você não enxerga mesmo, né?...Eu também não enxergava antes, mas agora, é diferente, eu vejo claramente, o que tínhamos foi uma ilusão, uma mentira, só isso, Dean.

Dean: Se acalma, você está nervoso e magoado ainda, mas tudo vai se resolver...(Limpou as lágrimas que escorriam)....dorme um pouco, você deve descansar para se recuperar.

Dean foi ao banheiro fazer sua higiene e tomar banho, deixando as lágrimas lhe tomarem o rosto, encostado no box, embaixo da água do chuveiro, e Castiel ficou somente observando tudo que tinha sido falado ali e esperou Sam dormir novamente.

Bobby e Castiel ficaram as voltas de cuidar de Sam, enquanto Dean retomava o seu trabalho, porque Sam ficou muito gripado e com inflamação na garganta durante toda a semana, na qual Dean se manteve a certa distância, dando espaço e tempo para Sam avaliar tudo que tinha dito. E a pedido de Sam, Dean passou a dormir no sofá, e somente via Sam quando ele estava dormindo, para não o incomodar, chorava todas as vezes que relembrava da decisão de Sam, de se separar dele, e não conseguiu esconder seu sofrimento, se arrastando para sair para o trabalho, todas as manhãs e se esforçando para conseguir comer, pois nem fome tinha mais.

Sam foi tratado praticamente obrigado, pois se recusava a tomar remédios, a dormir, a se alimentar, tanto que Castiel não conseguiu retirar o soro de seu braço, por onde administrava os remédios, calmantes e vitaminas para ele, junto com o soro que o mantinha hidratado, até emagreceu uns quilos por não comer. Sam estava em estado de profundo abatimento, e chorava com frequência, mas não conversava com ninguém, nem mesmo com Bobby ou Castiel, e com Dean então, as raras vezes que o via da porta, simplesmente o ignorava, mais do que ignorava a todos em sua volta. Sua mente estava muito confusa e os seus sentimentos só atrapalhavam mais, não conseguia explicar para si mesmo o porquê estava prolongando tanto aquele estado de melancolia e mágoa, mas não conseguia se controlar, e pensava sempre que a decisão que tinha tomado era a melhor para todos, apesar de o fazer sofrer.

No sábado seguinte, uma semana depois do ocorrido, Dean quis tentar se aproximar dele, a pedido do anjo Castiel e de Bobby, que não aguentavam mais lidar com a teimosia e o silêncio de Sam. Castiel tinha que tentar outras maneiras de fazer Sam reagir e se alimentar, tomar os remédios, pois não podia manter no soro mais tempo, devido a sua perda de peso, e a necessidade de mais nutrientes para o bebê, que somente existem em alimentos.

Castiel retirou o soro do braço de Sam, antes dele acordar naquele dia, preparou um café da manhã leve, com frutas, queijo e torradas, e pediu para Dean levar e tentar a aproximação.

Sam acordou, viu que estava sem o soro no braço e tomou seu banho e escovou os dentes sozinho, se vestiu e quando se preparava para olhar seus trabalhos no notebook, sentado na cama, viu Dean entrar com o seu café da manhã.

Dean: (Tremendo por dentro)...Oi Sammy, eu trouxe o seu café da manhã.

Sam não respondeu nada, e nem olhou para Dean, continuou esperando o computador ligar, olhando a tela. Estava com saudades de Dean, porque não o via mais dentro daquele quarto, mas ao mesmo tempo estava com muita raiva ainda. Dean se sentou na poltrona e ficou esperando Sam comer, pois havia colocado a bandeja ao seu lado na cama, e Sam nem a olhou também.

Dean: Não vai nem ver o que eu trouxe para você de café, tem tudo que você gosta aí.

Sam: Eu não quero comer.

Dean: Olha a bandeja pelo menos, então, quem sabe, você sente vontade de comer só um pouquinho.

Sam olhou o café com todo desdém possível.

Sam: Olhei, e continuo não querendo comer. (Parecia uma criança de cinco anos fazendo birra).

Dean: Eu sei que você não quer comer, mas tem que se esforçar, Sammy, porque você está alimentando nosso filho dentro de você, e ele e você precisam de vitaminas e nutrientes dos alimentos. Por favor, come só um pouco.

Sam: Eu não quero, e eu já disse isso, se o Cass quiser voltar com o soro, tudo bem, eu não ligo. E ele também já me falou tudo isso que você disse, não precisa repetir.

Dean: Tudo bem, eu não tenho como forçar você a comer, mas se estiver fraco demais, não teremos como manter você em casa e teremos que te levar para um hospital, e você sabe que ninguém pode descobrir sua gestação. E não é isso que você quer?

Sam: Tanto faz para mim, se descobrirem ou não, eu também não ligo.

Dean se levantou nervoso, suspirando, para se controlar.

Dean: Como queira, Sammy. (Retirou a bandeja do lado dele e entregou para Castiel que estava em pé na porta, voltando a se sentar na poltrona).

Dean: Sammy, o que você acha de sair um pouco, então? Podemos ir ao cinema ou dar umas voltas por aí.

Sam: Não, estou bem aqui.

Dean: Podemos sair para comprar mais coisas para o bebê, Sammy....ele ainda precisa de um monte de coisas. Podemos ir no centro da cidade, para ver algumas coisas para ele, vai ser legal, vamos ? (Tentava manter um tom animado).

Sam: Eu não quero, você pode comprar tudo sozinho.

Dean: Mas pensei que você quisesse participar, e você sabe mais sobre o que ele precisa do que eu.

Sam: É só você olhar na internet e pegar uma lista das coisas que ele vai precisar, você não precisa de mim para isso.

Dean levantou novamente e se colocou na frente de Sam, já perdendo a paciência.

Dean: Eu não posso e não quero acreditar que nem para o seu próprio filho você está ligando, ao ponto de perder esses momentos de curtir a sua gestação, de estar presente e fazer parte da vida dele.

Sam: Então você pode acreditar, pois esse filho não é meu, e no dia que ele nascer, eu vou embora daqui, então eu não dou a mínima se ele estará vestido ou não, se ele terá uma banheira para tomar banho, ou se terá fraldas, eu simplesmente não quero saber. Chama os seus amigos, chama a Jo, para te ajudar nessas compras ou procura na internet, problema seu, afinal, o filho é seu, e só seu.

Dean segurou forte no braço de Sam, perdendo o resto de paciência que tinha.

Sam: O que? Vai me bater, como fez da outra vez ?

Dean: Eu jamais encostaria um dedo em você, ainda mais sabendo que você está esperando um filho meu.....mas você está me enlouquecendo já.....eu só quero que você pare de agir assim, feito um lunático, um irresponsável, que eu sei que você nunca foi. Essa criança não tem nada a ver com os nossos problemas, não desconte nela. Você vai se arrepender dessas coisas que está falando e fazendo......e eu tenho certeza disso, porque ninguém é tão desalmado assim, que entrega o filho que carregou por nove meses, sem o menor sentimento no coração. E se essa criança morrer dentro de você, porque que não quis se alimentar ou se cuidar, você vai viver com essa culpa para sempre. (Deu as costas e estava saindo do quarto).

Sam: (Gritando)...Você não me conhece, você nunca quis me conhecer de verdade, então, não venha julgar se eu tenho ou não sentimentos....o que adianta ter sentimentos por alguém, que não te quer, que não liga para você....e é isso que vai acontecer, será igual aconteceu com você, eu vou amar esse filho para quê?......Se ele  vai ser mais um a nem ligar para mim, assim como você faz até hoje comigo......Ele vai ter vergonha de mim, isso sim, então é melhor ele nunca saber que eu existo na vida dele, é melhor deixar ele acreditar que é filho de alguma namorada sua, e não de um suicida, cheio de frescuras, porque é isso que todo mundo pensa de mim, e você mais do que todo mundo. Eu serei sempre o pai que tentou se matar, o coitado, o fracassado que não conseguiu nem se matar direito.

Dean abaixou a cabeça, não acreditando que tinha conseguido fazer Sam se expor, e dizer o que estava guardado no mais fundo do seu coração. Se voltou a ele, se abaixou na sua frente, ficando com os joelhos no chão, o vendo chorar, sentado na beirada da cama, com as duas mãos no rosto, colocou suas mãos sobre as dele.

Dean: É por isso então, é isso que você acha? É por isso que você não quer mais ficar com ele e nem participar da vida dele...por isso que quer ficar longe de nós dois, é por isso?

Sam assentiu.

Dean: Sammy, eu sei que errei muito com você, mas se você me perdoou, você tem que superar isso, eu sei que fui eu que coloquei essas idéias idiotas na sua cabeça, quando dizia aquelas coisas para você, mas Deus sabe o quanto eu me arrependo de tudo isso, e eu ligo para você sim, você é a pessoa mais importante na minha vida, eu te amo mais do que a mim mesmo, acredita em mim, por favor.......e agora, quanto a nosso filho, você que está julgando uma criança que nem completou sua formação, que sequer nasceu...é claro que o nosso filho vai te amar, você que vai dar a vida a ele, você que vai cuidar e amá-lo acima de tudo. Você não lembra da mamãe e do papai, como eles nos amavam, sempre estávamos acima de qualquer coisa para eles...e o quanto nós também amávamos eles, de como nós fazíamos tudo junto com o papai, de como nós ficávamos felizes até de ver TV junto com ele, de como nós imitávamos o jeitão de caçador dele, e de como ele era nosso herói particular...você lembra?.....(Sam assentiu novamente, com um pequenino sorriso formando no rosto com as lembranças, mesmo em meio ao rosto molhado).

Dean: Então Sammy, é assim que ele vai nos amar também, a você, até mais do que a mim, porque você que vai gerar e lhe dar a vida.

Sam: (Olhou para Dean pela primeira vez em muito tempo)....Ele vai ter vergonha do que eu fiz, você tem vergonha de mim, e até eu tenho vergonha disso. (Colocou a mão sobre o pulso da outra mão).

Dean: Eu nunca tive vergonha de você e do que aconteceu, eu só me preocupo demais com você, porque eu tenho medo de te perder......e nosso filho não vai ter vergonha nenhuma de você, porque iremos explicar para ele quando ele estiver bem grandão, que você me amava muito e eu fazia você sofrer, que eu era um cretino, e num momento de grande tristeza, por causa das besteiras que eu tinha feito e dito, você fez isso, para poder parar com o sofrimento....ele não vai só entender, como ele vai te amar mais até...por você ter sido tão corajoso, em voltar à vida, e, mais ainda, se permitir gerar outra vida dentro de você, a vida dele.

Dean falava com muito amor em cada palavra. Sam sorriu bem fraco.

Dean: Se ele tiver que ter vergonha de alguém, vai ser de mim.....que fui um tremendo canalha com você e te fiz sofrer tanto....mas também, se ele ficar com vergonha de mim, sabe o que eu vou fazer?......(Disse sorrindo, tentando distrair Sam) ......Eu vou ensinar sobre cada criatura que caçamos, e ele vai ficar com tanto medo que vai até esquecer disso, e vai achar que eu sou melhor pai do mundo, que sou melhor do que o Batman ou Superman....(Sam riu tímido com seu jeito de criança, e com covinhas no rosto mais magro).

Dean não aguentou e o puxou com urgência para um abraço bem forte, que misturava medo, angústia, saudade e amor, muito amor. Sam retribuiu o abraço. Quando se separaram, Dean o olhou sério.

Dean: E agora, você vai comer !!!

Sam: Mas eu....(Dean o interrompeu).

Dean: Mas nada, vai comer !!! E acaba logo com essa marra toda, como essa criança vai nascer forte e nos idolatrar, se você não quer comer...heinnnn.

Sam sorriu e Dean se levantou e se deparou com Castiel já parado novamente no corredor com a bandeja na mão, e somente olhou para Dean e suspirou aliviado. Dean colocou a bandeja no colo de Sam, que tomou o suco todo, e comeu somente uma torrada com queijo, e não quis mais nada, apesar de estar um pouco mais tranquilo ainda estava sentido com Dean, mas enfim, entendeu que não deveria descontar suas frustrações em seu bebê.

 

CONTINUA...


Notas Finais


Não canso de repetir o quanto amo os comentários,
muito obrigada pelo imenso carinho recebido.
Obrigada por comentários lindos e fofos !!!!

AMEI TIA MARY !!!!!

Todos os comentários são muito importantes, pois nos incentivam a continuar a cada capítulo
e a cada FIC.

UM MILHÃO DE BJSSSSSSS !!!!!!!


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