História O vampiro da casa ao lado - Sangria

Já fazia um tempo que eu o observava, e ele parecia saber disso.

Via seus olhos vermelhos me encarando, seu sorriso brincalhão mostrando suas presas, e o pior era que ele parecia não disfarçar.

Isso não parece fantasia, é real de mais, esse vermelho intenso, essas presas afiadas, são reais de mais para serem mentira.

Já pensei diversas vezes sobre o caso, sobre ele ser um vampiro, mas todas essas hipóteses são bobas, vampiros não existem.

As vezes eu me pegava o encarando em quanto ele estudava, só notava quando ele devolvia o olhar, sorria provocativo, lambia os lábios, piscava o olho, meu Deus, esse garoto é um pecado.

Eu me sentia realmente uma garotinha de dorama, que não pode ver o garoto que gosta a encarar que ficava toda boba e envergonhada, a diferença é que eu não gosto dele. Bem pelo contrario, eu o odeio.

Agora mesmo eu estava o encarando, ele estava sentado na cadeira em frente de sua escrivaninha lendo um livro, ele era maravilhosamente lindo.

Depois de algum tempo o encarando me toquei que ele já estava sentado de frente para a janela retribuindo meu olhar.

Ele sorria e me encarava intensamente com aqueles olhos vermelhos, volta e meia mostrava seus dentes e mordia o lábio, eu poderia chegar à loucura de tamanha perfeição.

Quando notei que estava praticamente babando por aquele idiota, fechei a cortina e tentei recuperar a sanidade perdida.

Senti meu celular vibrar e olhei o mesmo, era uma mensagem dele.

“Você adora me encarar não adora?”

Ignorei a mensagem e me sentei na cama procurando um filme para assistir na netflix.

Meu celular vibrou novamente.

“Você ama meus olhos não ama? Quer vê-los mais de perto?”

Sim eu quero, e como quero, mas nunca diria isso.

Visualizei e ignorei a mensagem

Meu celular novamente vibrou, eu não terei paz essa noite.

[mídia]

“Quer ver minhas presas também?”

Esses olhos, céus, Kim Taehyung é perfeito.

“Não finja que não esta vendo as mensagens, sei que quer mais fotos.”

“O que te faz pensar isso?”

“Você me encara todas as noites, eu sinto sua excitação quando eu te olho.”

“Vá se foder.”

Ele respondeu com algumas risadas, ignorei a mensagem e voltei a procurar um filme. Nada descente.

Eu poderia encarar essa foto e apreciar esses olhos. Esse é literalmente o vermelho mais lindo que eu já vi.

Vi a notificação de que havia recebido outra mensagem nesse chat, merda, ele sabe que estou no chat com ele, maldito visualizador de conversas. Preciso desativar isso.

[mídia]

“Pensei que gostaria do pacote completo.”

O maldito mandou uma foto dos dentes. Eu vou matar Kim Taehyung.

Ele sabe que eu amo seus olhos vermelhos, que eu amo seus dentes afiados. Nunca vi um humano ter essas características, mas ainda bem que foi nele. Isso o deixa ainda mais lindo do que já é.

Ele está me provocando, sei que está. Taehyung sabe que eu o odeio, e sabe também que eu não resisto a esses olhos. Eu odeio ele.

Bloqueie o celular e joguei o mesmo na cama, eu não posso continuar com isso, resista Jeongguk, você é forte, você é mais forte do que ele.

Eu não sou mais forte do que ele, essas malditas fotos não saem da minha mente. Como alguém pode nascer com olhos vermelhos? Como alguém pode nasce com dentes tão afiados quanto os de um tigre? Tudo me leva a informação de que ele é um vampiro, mas isso não seria possível, como já disse, vampiros não existem.

Me livrei desses pensamentos assim que minha mãe me chamou do andar de baixo. Desci as escadas e fui até ela.

- Oi Omma, me chamou?

- O jantar está pronto. – A mulher disse sorridente terminando de colocar as coisas na mesa. – Seu pai vai chegar mais tarde.

- Como sempre.

- Ei! Ele está trabalhando para sustentar essa casa, não reclame. – Deu um tapinha de leve em minhas costas. – Seu pai chamou os vizinhos para jantar aqui amanha anoite.

- Quais? – Por favor que não seja...

- A família Kim.

- Por que eles?! Não podia ser os vizinhos da direita?

- Ei, menos escândalo criança, não te eduquei assim. Seu pai fez amizade com eles, Sr. Kim está trabalhando com ele e isso os aproximou, seu pai pensou que seria legal da parte dele chama-los para jantar aqui. Soube que os dois tem um filho da sua idade, seria um ótimo amigo para você.

- Não, não seria.

- Por que não? Já se conhecem?

- Não. – Menti.

 Ele estuda na mesma escola que eu, mas é um dos garotos popular, aqueles tipo mulherengo. E por que eu o odeio? Por que na escola ele usa lentes de contato, sempre que está em publico seus olhos estão castanhos, menos quando eu o vejo pela janela do meu quarto, quando eu o vejo ele está lá divando com esses olhos vermelhos. E um fato importante que contribui para que eu o odeie é que ele pegou meu melhor amigo.

Não que eu tenha algo contra, ele pega quem ele quiser e meu melhor amigo fica com quem ele quiser, mas, os dois andaram ficando por um tempo, quase chegaram a namorar, e por que diabos Yoongi não sabe da merda desses olhos vermelhos e eu sei? Por que diabos ele gosta de provocar apenas a mim com isso? Se eu pudesse arrancava aqueles olhos para nunca mais ficar vidrado neles. Ah, claro, um fato importante. Ele começou a me provocar assim que Yoongi mudou de cidade. Desde então seu alvo passou a ser eu.

Talvez seja lente de contato, talvez seus olhos reais sejam os castanhos. Isso, são lentes de contato, eu amo suas lentes de contato, não seus olhos.

Terminei de comer e voltei para me quarto, decidi espiar só um pouquinho para ver o que ele estava fazendo, foi a pior decisão da minha vida.

Ele estava de costas para mim e de frente para o guarda roupa. Estava sem camisa em quanto procurava alguma para vestir.

Assim que ele achou uma camisa se virou de costas para o guarda roupa ficando rente a frente do local em que eu estava, me agachei rapidamente. Por favor que ele não tenha me visto, amém.

Levantei meu rosto deixando apenas meus olhos visíveis para que conseguisse ver se ele estava olhando para minha janela. Dessa vez ele havia tirado a porra da calça dele e novamente procurava outra calça para vestir. Por que diabos ele não procura a merda da roupa e depois tira? Eu não aguento olhar para esse corpo sem poder tocar nele.

Fechei a cortina do meu quarto e me deitei na cama.

- Você é mais idiota do que todas as garotas de doramas juntas Jeongguk. – Disse para mim mesmo em quanto lembrava da visão de Taehyung sem blusa, eu  poderia ficar a noite inteira lembrando disso.

Meu celular vibrou em meio às cobertas, procurei ele dentre tanto tecido grosso junto e vi nome de Taehyung na tela.

“Quer uma foto minha sem blusa também?”

É, ele me viu.

“Por que eu iria querer?”

“Você estava me olhando em quanto eu trocava de roupa.”

“Não estava não, eu estava fechando a janela do meu quarto.”

“Você mente mal. Por que gosta tanto de me encarar? Sou tão lindo assim?”

“Pare de ser convencido, eu não estava te encarando.”

“Vou fingir que acredito.”

Ignorei a mensagem mas logo recebi outra.

“Tem um casaco para me emprestar? Coloquei os meus para lavar e não posso ficar exposto ao sol.”

“Virou um vampiro agora?”

“Talvez. Você tem?”

“Sim, tenho.”

“Pode me emprestar?”

“Posso.”

Peguei um moletom meu que ficava largo em mim, provavelmente serviria nele, se eu pegasse um do meu tamanho ficaria pequeno naquele corpo escultural.

“Abre a janela.”

Enviei a mensagem e ele abriu a mesma, joguei o casaco nele e fechei minha janela.

Me deitei na cama novamente, ele mandou uma mensagem agradecendo, apenas visualizei e fiquei encarando o teto.

Eu o odeio. Mas também o quero.

Já estava um pouco tarde então nada melhor do que ir dormir para acordar cedo amanha e ir à escola.

Tomei um banho para não ter que tomar amanhã, me deitei na cama e fiquei olhando para o quarto dele em quanto tentava pegar no sono. Minha cortina era um pouco transparente, e a luz de seu quarto estava acesa o que permitia que eu visse sua sombra através do tecido fino da mesma, fiquei observando a sombra de seu corpo que estava sentado na cadeira mexendo no computador. Logo ele se levantou e retirou sua blusa, jogou a mesma em qualquer canto do quarto e sumiu da visão que minha janela permitia ver, logo a luz se apagou, provavelmente foi dormir.

Já havia virado rotina eu ficar observando ele até pegar no sono, e quando ele ia dormir no mesmo momento que eu, o que eu fazia? Ficava pensando nele dormindo. Eu sou muito idiota.

Me sinto em uma paixonite boba do ensino fundamental, eu o odeio, mas o amo. Não bem o amo, não chamaria isso de amor, chamaria mais de desejo, mas é algo parecido não é?

Depois de um tempo imaginando Taehyung dormindo – como sempre – peguei no sono.

Acordei com o despertador tocando, eu não havia posto essa merda para apitar. Provavelmente foi minha mãe, ela sabe que odeio ser acordada por pessoas, por algum motivo desconhecido eu fico de mau humor quando pessoas me acordam, se forem objetos ou qualquer coisa que não sejam humanos, meu humor fica normal. Escola sabia a dela.

Desliguei o despertador e vesti meu uniforme, desci e comi um sanduiche que minha mãe havia preparado especialmente para mim, pão, presunto e queijo, uma verdadeira declaração de amor.

Peguei um pacote de salgadinho e taquei dentro da mochila para ter o que comer no intervalo. Parei em frente a porta de entrada da minha casa, me preparei mentalmente para poder lidar com Taehyung hoje, é apenas um dia como todos os outros, o problema é que hoje tem educação física, e digamos que os times são separados por: o time com camisa, e o sem camisa. Agora adivinha em qual ele está. Exatamente, os sem camisa. Essa escola precisa urgente fazer uniformes para educação física.

Ok, preparação mental concluída com sucesso.

Sai de casa e corri o mais rápido possível até a esquina, não iria arriscar poder ver a cara dele já de manhazinha e sentir o impacto no meu cu. Nem pensar.

Assim que finalmente estava na esquina fui caminhando normalmente para a escola.

Cheguei e fui direto para minha sala, me sentei no meu lugar e deitei a cabeça na mesa encostando apenas a testa nela e deixando o resto de meu rosto do lado de fora, peguei meu celular e entrei na galeria, fiquei observando a foto dos olhos de Taehyung, eu quero arrancar eles e pegar para mim.

Claro que sempre tem a puta, e nesse caso é literalmente uma puta. Eu sei que ela se fingi de santinha, mas sei que essa vaca já deu para todos os garotos dessa escola, menos pra mim. Se é que eu posso ser considerado um garoto, por que da maneira que sou pior que garota de dorama, eu as vezes duvido se realmente sou um homem.

Até estranhei que ela não fez nada, é normal a vaca me perturbar me chamando de viado. Eu não sou gay. É apenas uma curiosidade.

Ou talvez eu seja.

Prestei atenção na aula. Nem notei que ela já havia acabado e o pessoal estava saindo para ir para a quadra, será que eu posso ficar na sala?

Como se o professor tivesse lido minha mente, ele me mandou ir a quadra pois iriamos jogar basquete com os alunos da sala B, ou seja, a sala de Taehyung.

Fui até a quadra e me sentei no banco, eu sempre fico como reserva e ninguém nunca se machuca, então eu nunca jogo, fico apenas observando.

Quando cheguei, para minha felicidade – ou infelicidade – Taehyung ainda estava vestido com sua blusa e o moletom que eu havia emprestado.  Tentei não passar próximo dele ou não ser notado pelo mais velho, coisa que para minha surpresa deu certo. Me sentei na ultima fileira da arquibancada, tinham algumas pessoas na minha frente então acho que não iriam me notar no meio daquele povo.

Os times foram separados e logo o povo do time se camisa já começava a tirar ela, não morre Jeongguk.

Tentei desviar meu olhar mas era impossível, antes de retirar a camisa, Taehyung notou minha presença e me encarou, retirou sua camisa e sorriu logo desviando o olhar. Eu vou matar esse idiota.

O professor rapidamente notou que um dos dois times estava faltando um jogador, e eu era o único reserva desse time disponível. Rezei para que ele não se lembrasse da minha existência e não me chamasse para jogar, por que sinceramente, eu jogo basquete muito mal.

Como a sorte nunca está comigo, logo o professor me chamou, pelo menos meu time estava com camisa.

Entrei na quadra, eu seria só um quebra galho mesmo, se eu ficasse parado não iria atrapalhar o jogo.

Assim que o jogo começou e a bola começou a vir para o meu lado, eu me mantive parado já aguardando alguém acertar a cesta do meu time.

- Que tal se movimentar Jeongguk!? Mexe a raba da maneira que a mamãe te ensinou e começa a jogar. – Meu professor gritou fazendo grande para das pessoas rirem. Eu já disse que odeio minha vida?

Corri em direção da bola na intenção de mandar essa porra para o inferno e finalmente poder finalizar esse jogo.

Eu já disse que a sorte não está comigo não é? Pois é, quando eu consegui tocar na bola, veio um monte de homem suado e sem camisa na minha direção querendo tomar a bola de mim. Fui quicando a mesma até o outro lado da quadra, mas assim, digamos que Taehyung estava em baixo da cesta, ai eu acabei focando de mais naquele corpo e tomaram a bola de mim.

Ele sorriu e voltou a jogar.

- Idiota! – Disse assim que ele saiu de perto.

Voltei a me concentrar e corri novamente até a bola tentando pegar a mesma do garoto ruivo falsificado que eu não sei o nome que estava com ela.

Eu quase consegui pegar a bola, ai alguém me deu uma cotovelada na barriga e eu cai no chão fazendo alguns rirem.

- Sai da quadra Jeongguk. – O professor gritou e logo eu assenti e sai.

Fui para a sala e me sentei na minha mesa. Logo a porta foi aberta de Taehyung, ainda sem camisa, entrou na sala segurando sua mochila. O que essa praga está fazendo na minha sala?

- Por que está na minha sala?

- Agora eu sou da sala A. – Sorriu. – O diretor me trocou de sala com um aluno por que ele conversava de mais. – Deu de ombros colocando sua mochila no local do garoto que havia trocado de sala com ele.

Ele pegou sua garrafa e se sentou em sua cadeira respirando ofegante por causa do jogo. Ver a cena de se peito suado subindo e descendo, ele tentando normalizar a respiração, isso me trazia pensamentos tão impróprios.

- Que foi? Por que está me olhando? – Desviei o olhar.

- Não estava te olhando. – Ele sorriu.

Até com olhos castanhos ele tem o mesmo efeito sobre mim.

Ele ia dizer algo mas os alunos entraram na sala. Logo ele vestiu sua camisa, essa sala agora está com cheiro de suor de tanta gente que era do grupo sem camisa que preferiu vesti-la dentro da sala.

O resto do da foi normal, tentei ao máximo ignorar a presença de Taehyung e assim que o sinal bateu para irmos em bora eu sai correndo da escola para minha casa.

Assim que cheguei fui para meu quarto e joguei minhas coisas no chão e me joguei na cama.

Ouvi alguns barulhos de pedrinhas acertando minha janela.

Fui até ela e vi Taehyung jogando algumas pedrinhas do seu quarto. Abri a mesma e ele sorriu.

- Obrigado. – Tacou meu moletom. – Eu não lavei por que não usei muito, nem sujou.

- Ta. De nada. – Fechei a mesma e me deitei na cama de novo.

Eu sei que ele não lavou por que estava com o cheiro dele. Ele acha mesmo que eu vou ficar cheirando o moletom para sentir o cheiro dele? Se ele acha isso ele está totalmente certo.

Me deitei abraçado com aquele moletom, senti o cheiro dele invadir minhas narinas, ele cheira tão bem.

Peguei no sono abraçado com aquilo.

 

- Jeongguk, acorda! – Minha mãe me balançou tentando fazer com que eu acordasse. – Ah, a bela adormecida acordou, ótimo. Vai tomar banho que já já a família Kim está aqui.

- Quanto tempo eu dormi? – Ela riu.

- A tarde toda, perdeu até o almoço, eu tentei pegar esse moletom para lavar mas você não largava ele por nada nem dormindo, o que tem de tão especial nisso?

- Nada! – Me levantei. – Vou ir tomar banho.

Levei o moletom para dentro do manheiro só para garantir mesmo.

Tirei minha roupa e tomei meu banho.

Talvez seu fingisse estar passando mal não teria que ir jantar e poderia ficar no meu quarto até ele ir embora. Ótimo. 

Sai do banho me sequei e me vesti, me deitei na cama e me enrolei no cobertor.

Logo minha mãe entrou dentro do quarto sem bater na porta.

- Por que você ainda não está lá em baixo?

- Estou passando mal... Acho que comi alguma coisa na escola que não me fez muito bem...

- Ai meu bebezinho. – Se aproximou e se sentou na cama junto comigo. – Quer algum remédio?

- Não Omma, é só uma dor de barriga, já já passa. – Sorri e ela assentiu. – Se passar antes deles irem em bora eu desço.

- Ok, qualquer coisa só me pedir que eu trago um remédio. – Assenti e ela saiu.

Nossa, não pensei que ela fosse mesmo cair.

Peguei meu celular  fiquei jogando joguinhos aleatórios até alguém bater na porta.

- Eu já disse que não preciso de remédio mãe. – Taehyung entrou no quarto.

- Oi. – Sorriu. – Sua mãe disse que você estava passando mal e perguntou se eu podia te fazer companhia.

- E por que não disse que não?

- Por que eu posso.  – Se sentou. – Você não parece que está passando mal.

- Mas estou. Agora pode por favor se retirar? – Estranho, ele ainda está com olhos castanhos.

- Por quê?

- Por que sim. Tchau. – Ele me ignorou e pegou o controle da televisão  e ligou a mesma se jogando na cama ao meu lado. Me afastei um pouco.

Ele ficou mudando os canais, observeis suas reações até que ele achou um canal bom, colocou o controle de lado e me encarou.

- Que?

- Por que não colocou suas lentes de contato? Sempre que está sozinho ou comigo usa elas.

- Você acha mesmo que são lentes? – Riu fraco fechando os olhos e logo que os abriu estavam vermelhos. Que macumba é essa? – Você realmente achava que eram falsos?

Arregalei os olhos ao ver seus olhos mudarem de cor.

- Você não é humano. – Me afastei.

- Acertou. – Sorriu e se aproximou. – Acredita em vampiros?

- Não. Vampiros não existem.

- E como você explicaria o qual está na sua frente? – Aumentou o sorriso e se posicionou por cima de mim.

- O que está fazendo? Sai de cima de mim! – Empurrei ele na intenção de que ele saísse mas ele mal se moveu, eu preciso frequentar mais a academia.

- Não quer ver meus olhos mais de perto? Se que adora eles. Sei que gosta também das minhas presas. – Sorriu mostrando os dentes.

- Taehyung... Se meus pais entrarem no quarto vão pensar outra coisa...

- Vão pensar exatamente no que estaremos fazendo. – Arregalei os olhos. – Não precisa fingir que não quer. – Sorriu novamente. – Meus dentes podem fazer um ótimo trabalho na sua pele.

Começou a aproximar seu rosto do meu pescoço e logo prendeu minha pele em seus dentes sem usar muita força para não cortar a mesma, logo repetindo o ato algumas vezes.

- Meus pais podem entrar no quarto... – Ainda trabalhando com seus dentes em meu pescoço, com um movimento com os dedos ouvi o barulho da porta se trancando. – Uau.

- Deixa para se impressionar quando começarmos o jogo de verdade. – Senti uma dor forte em meu pescoço e uma chupada intensa no mesmo. Logo senti um filete de sangue escorrer do mesmo. Taehyung abandonou meu pescoço e me encarou com um sorriso de lado e um pouco de sangue escorrendo de sua boca. Ele havia me mordido. – É agora que o jogo começa de verdade.

Meus lábios foram atacados pelos seus em um beijo feroz que eu não consegui evitar em retribuir. Coloquei minhas mãos em sua cabeça puxando a mesma para mais perto da minha deixando o beijo cada vez mais intenso.

Ele segurou minha cintura elevando um pouco meu quadril para que o mesmo se colasse ao dele. Apoiei meus pés na cama o ajudando no ato, eu não consigo evitar em me entregar, isso mal começou e já está tão bom.

Ele simulou algumas estocadas lentas através dos tecidos de nossas calças criando um atrito gostoso entre nossos membros cobertos fazendo com que eu soltasse um suspiro baixo entre o beijo.

Ele separou o mesmo rapidamente descendo os beijos para meu pescoço transformando em chupadas. Enrosquei meus braços em volta de seu pescoço sorrindo levemente aproveitando a sensação de seus chupões em meu pescoço e desse atrito em nossas partes baixas.

- Quer que eu pare? Diga logo pois se continuarmos não conseguirei para mais para frente. – Ele afastou sua cabeça de meu pescoço e parou os movimentos para poder dizer isso. Forcei sua cabeça contra meu pescoço novamente e aproximei mais nossos membros como resposta. Ele voltou a fazer o que fazia antes.

Puxei seus cabelos fazendo seu rosto ficar à frente do meu, puxei a barra de sua blusa tentando retirar a mesma de seu corpo. Assim que o tecido branco que antes cobria seu torso estava jogado em alguma parte do quarto eu passei a mão por seu peito e abdômen sentindo os gominhos do mesmo, ele olhou para baixo observando meu ato mas logo voltou a me olhar e rapidamente tomou meus lábios novamente.

Ele inverteu as posições me deixando por cima em seu colo, segurou minha cintura fazendo movimentos com a mesma para que eu rebolasse em seu colo em quanto eu trabalhava em retirar meu moletom sem me embolar nele.

Assim que retirei o mesmo me deitei sobre seu corpo voltando com o beijo. Em alguns poucos segundos nossas calças já estavam jogadas em alguma parte do quarto.

Colei nossos quadris sentindo nossos membros se roçarem e soltei um gemido durante o beijo. Não acredito que vou mesmo transar com o meu vizinho. Novamente ele inverteu as posições me deixando por baixo. Passou a beijar meu peita marcando o mesmo com alguns chupões colorindo minha pele do roxo e vermelho.

Desdeu seus chupões pelo meu corpo tratando de beijar ou chupar cada parte do mesmo.

Observou a ereção formada no meio das minhas pernas através do tecido da cueca. Olhou para mim e eu desviei o olhar por vergonha olhando para cima respirando ofegante.

Pude sentir que ele sorria, logo ele começou a beijar minha virilha em quanto retirava o minha cueca de meu corpo, assim que a mesma foi retirada, sem cerimônia, ele abocanhou meu membro m fazendo arfar e soltar um gemido alto. Tampei minha boca tentando controlar outros gemidos conforme ele me chupava intensamente.

Movimentou sua cabeça agora lentamente abocanhando toda a extensão do meu membro. Sentia suas presas se raspando minimamente na pele sensível desse local, causava uma dorzinha, mas nada comparado ao prazer que ele estava me proporcionando.

Ele me encarou com aqueles olhos vermelhos, eu não conseguia parar de encara-lo, era tão sexy a visão do meu membro entrando e saindo de sua boca. Ele sorria fraco em quanto fazia isso. Desviou seu olhar e começou a retirar lentamente meu membro de sua boca raspando seus lábios nele para logo começar a lamber toda a extensão dele de baixo até em cima dando uma grande chupada em minha glande e logo abocanhar meu membro novamente. Voltou a me encarar em quanto me chupava, isso era tão bom.

Mordi meu lábio inferior controlando qualquer possível gemido que fosse.

Lentamente ele foi parando os movimentos até tirar meu membro de sua boca os deixando ligados por um filete de saliva.

- Eu não vou continuar em quanto você não demonstrar as sensações que te causo.

- Alguém pode nos ouvir...

- Ninguém vai ouvir. – Ele sorriu voltando a me chupar.

Soltei murmúrios baixos conforme o ato ficava mais intenso, eu sou um idiota por estar fazendo isso não sou?

- T-Taehyung... Ahhh. – Tampei minha boca mordendo meu lábio. – Taehyung... E-eu vou...

- Não vai. – Sorriu parando os movimentos. Grunhi em reprovação fazendo ele soltar uma risada baixa. – Quer que eu te prepare?

- S-sim... – Disse corando. Isso é muito vergonhoso.

- Não precisa sentir vergonha. Você não tem nada que eu também não tenha. – Subiu seu corpo ficando quase deitado sobre mim.

Começou um beijo calmo mas intenso em quanto massageava minha entrada com seu dedo do meio, logo o inseriu lentamente me fazendo soltar um gemido baixo por causa de desconforto.

Ele deixou o dedo parado por um tempo e logo começou a movimenta-lo devagar para não me machucar. Assim que meus gemidos, mesmo que baixos, passaram a se tornar prazerosos ele inseriu mais um digito devagar agora fazendo movimentos de tesoura.

- Acha que já está bom? – Assenti.

Ele retirou seus dedos e posicionou seu membro em minha entrada.

- Relaxe que a dor vai passar. – Começou a me penetrar lentamente.

Segurei um gemido de dor mas que logo foi solto.

Assim que estava totalmente dentro de mim ele começou um beijo para que eu me não me concentrasse na dor.

Assim que a dor se passou por completo e o prazer tomou conta do meu corpo, comecei a me movimentar dando sinal de que ele podia começar.

Segurou minha cintura deixando minha entrada rente a seu membro. As estocadas começaram devagar e fracas, seu membro não entrava inteiramente dentro de mim, ele dentava deixar apenas a metade, conforme meus gemidos se tornaram cada vez mais prazerosos ele foi aumentando a velocidade.

- M-mais... Taehyung... Mais. – Joguei minha cabeça para trás e apertei os lençóis mordendo meu lábio

Senti um tapa em minha bunda e pude sentir seu membro inteiro dentro de mim, saindo e entrando rapidamente. Arfei assim que ele atingiu um ponto sensível dentro de mim.

- Encontrei. – Sorriu e passou a acertar esse local varias vezes.

- Anw... T-Taehy... Taehyung... – Passei a arranhar suas costas e soltei um gemido alto assim que senti seu membro ser enterrado dentro de mim mantendo-se parado tocando em meu ponto sensível. – Porra...

- Você é tão apertado... Eu poderia ficar aqui por um tempão até te deixar larguinho.

Tentei desesperadamente segurar seu quadril tentando fazer ele se movimentar, mas quando mais eu tentava isso mais ele parecia querer se afundar dentro de mim.

Revirei os olhos de prazer quando senti sua mão em meu membro o masturbando de vagar.

Ele soltou meu membro e se deitou e ficou quase deitado sobre mim, começou a se movimentar rápido em quanto marcava meu pescoço. Eu senti suas presas se rapando em minha pela, sentia sua boca macia chupando meu pescoço e clavícula, isso com certeza vai ficar marcado por um bom tempo.

Conforme o prazer aumentava ainda mais, puxei seus cabelos fazendo um Taehyung ofegante ainda com a boca aberta me encarar. Ele tomou meus lábios de forma bruta em alguns momentos nem conseguindo prosseguir com o beijo por causa de gemidos.

Ele encostou sua tenta na minha. Eu gemia alto ele murmurava coisas pornográficas em quanto me encarava.

- M-mais forte... Por f-favor Taehyung.

- Fica de quatro. – Ele disse se retirando de mim, obedeci e me posicionei de quatro, eu me sentia tão exposto.

Ele colocou alguns travesseiros em baixo de mim para que eu me sentisse confortável. Senti dois dedos em minha entrada se afundando no local.

Taehyung começou a movimentar seus dedos rapidamente. Seu corpo se mantinha deitado sobre o meu beijando minhas costas.

- Você não tem noção de quanto tempo faz que eu ando querendo te foder assim. – Ele disse inserindo um terceiro dedo.

- Meu Deus Taehyung... – Gemi empinando minha bunda ainda mais. – E-eu quero seu pênis dentro de mim... Não seus dedos...

- Calma Jeongguk. Temos tempo ainda. Nossos pais pareciam estar gostando bastante do assunto. – Um chupão em minhas costas seguido de outro e mais outro.

- Por favor... Me fode logo.

Ele riu e retirou seus dedos. Posicionou seu membro em minha entrada afundando o mesmo de uma vez só.

- Quer ser fodido assim? – Deu estocadas fortes fazendo um som de peles se chocando ecoar pelo quarto.

- S-sim... – Disse entre gemidos. – A-ah... Se eu soubesse que transar com... Com você era tão bom... J-já teria feito milhares de vezes...

- Podemos transar até você ficar bem larguinho se você quiser. – Disse rindo irônico.

- N-não... É  bom sentir seu pênis se forçando p-para entrar em mim...

- Você gosta de ser fodido assim não gosta?

- G-gosto. – Sorriu.

Segurou minha cintura dando estocadas fundas.

- E-eu não gosto dessa posição.

- Quer qual então, Kookie? – Ele saiu de dentro de mim se sentando. – Quer sentar no meu colo. – Assenti.

Ele deu 3 tapinhas em seu colo segurando seu membro para que eu pudesse sentar nele. Era tão chamativo, tão grande e grosso... Eu preciso sentir ele na minha boca.

Em vez de me sentar em seu membro abocanhei ele movimentando minha cabeça rapidamente, era tão grande, ocupava quase todo o espaço na minha boca.

- Ahh Jeongguk... Assim eu vou acabar gozando na sua boca...

- É isso que eu quero...

- Não quer que eu goze dentro de você? – Essa ideia me pareceu um pouco mais chamativa do que a ideia de o sentir em minha boca. Me posicionei em seu membro descendo lentamente no mesmo. – Bom garoto. – Sorriu mostrando suas presas. – Quer ser mordido de novo?

- E-eu vou virar um vampiro?

- Possivelmente. – Sorriu.

Quando eu ia retrucar senti ele puxar meu corpo para baixo me fazendo sentar totalmente em seu membro.

- Deixe na velocidade que quiser.

Assenti e comecei a rebolar em seu colo. Deitei minha cabeça em seu ombro começando a masturbar meu membro.

- Taehyung... T-tão grande... Eu estou sentindo você no meu fundinho...

- Que infantil. – Riu. – Mas você está gostando, não está? – Assenti. – Goza pra mim Kookie.

Colocou sua mão sobre a minha masturbando meu membro rapidamente. Eu sentia meu ápice próximo.

Mordi seu pescoço deixando a pressão de meus dentes em sua pele cada vez maior conforme sentia meu ápice cada vez mais próximo.

Ele se movimentava rápido, sua mão em meu membro, seus dedos tocando, apertando, marcando cada parte do meu corpo. Isso era tão bom.

Me desfiz jogando a cabeça para trás e gemendo o nome de Taehyung.

Logo depois do meu orgasmo ele se desfez dentro de mim. Senti meu corpo se amolecer e ele parece ter percebido isso, me segurou e se retirou de dentro de mim logo me deitando na cama.

Deitou-se ao meu lado.

- Já já vou ter que ir em bora. Acha que consegue andar amanhã? – Virou me encarando.

- Muito engraçado. – Forcei uma risada. – Vou fingir que estou doente para não ir a escola e não ter que ver seu rosto amanhã.

- Durante essa foda você parecia gostar muito de ver meu rosto. – Sorriu.

O ignorei e me virei.

- Você foi ótimo, gemeu igual uma garota que não transa à tempos.

- Vai se foder Taehyung.

- Na verdade quem foi fodido foi você... – Disse logo depois soltando uma risada. – Ok, desculpe. Caso precise de ajuda na escola, sinta dor ou qualquer coisa me avise, posso dar um jeito nisso.

- Como?

- Veneno de vampiro, fazem algumas dores passarem.

- Mas eu não vou virar um?

- Eu estava brincando seu bobo, não vai. A mordida não foi funda o suficiente para que isso acontecesse.

- Entendi. – Ele riu fraco. – Por que está rindo?

- Você sempre tentou bancar o durão e me ignorar. E agora estamos nus e ofegantes em uma cama.

- Se você não tivesse vindo aqui isso não teria acontecido.

- Nesse caso, ainda bem que eu vim não é? – Assenti fracamente com a cabeça. – Por que me ignorava?

- Eu odeio você.

- Não agiu como alguém que me odeie.

- Eu quero você. – Fez uma cara estranha.

- Eu não consigo te entender. – Se virou olhando para cima.

- Eu te odeio, mas também te quero.

- E é por isso que me odeia?

- Também.

- Qual o outro motivo?

- Seus olhos, ninguém sabe sobre eles e eu sei, você sabe que eu os amo e fica usando isso para me provocar.

- Tem razão, eu realmente adoro te provocar com eles. – Sorriu aberto. – Eu gosto de ver você me encarando, e você gosta de me encarar, então qual o problema? – Agora ele me deixou sem palavras.

Eu ia dizer algo, mas logo escutei a voz de uma mulher o chamando do primeiro andar.

- É minha mãe, preciso ir. – Se levantou pegando suas roupas e se vestindo rapidamente. – Boa noite, até amanhã. – Se aproximou de mim rapidamente, no momento em que eu ia me despedir ele selou rapidamente nossos lábios e foi em direção a porta, fez o mesmo movimento com os dedos que havia feito para tranca-la antes, mas agora para destranca-la . Saiu do quarto calçando o sapato.

Por que esse beijo me deitou assim?  Ele me beijou antes... Mas esse selar, foi tão... Tão calmo e carinhoso. Eu não senti isso com os outros beijos.

Ignorei a sensação e fui tomar um banho rápido, me vesti e me deitei na cama, minha mãe logo entrou no quarto.

- Como foi?

- Foi o que? – Por favor que ela não esteja falando disso...

- Com o Taehyung aqui, o que fizeram?

- Jogamos alguns jogos. – Ela sorriu.

- Que bom que se deram bem. Boa noite amor. – Deu um beijo na minha testa e saiu do quarto.

E é agora que a ficha cai, eu dei o cu para o meu vizinho.

Eu realmente sou mais idiota do que garota de dorama.