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História O Vazio das Chamas - Monday


Escrita por: MelindaInu

Capítulo 25 - Monday


Fanfic / Fanfiction O Vazio das Chamas - Monday

Deidara 

 

Você é minha segunda-feira

Você é o melhor dia da semana

Tão subestimado e com um novo começo

Eu não me importo com o que a galera diga

Você tem a chave pro meu coração, ooh

 

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Nunca pensei que pudesse ver beleza em uma coisa tão imperfeita quanto o meu relacionamento com Obito.

 

Brigamos por coisas pequenas, como a bagunça que ele deixa pelo apartamento ou quando ele larga a louça suja na pia para limpar no dia seguinte. Obito fala muito, principalmente quando retorna de uma viagem de trabalho, teve uma ocasião que eu estava tomando banho quando ele chegou de Suna e ele não foi capaz de esperar, ele invadiu o banheiro e ficou encostado na pia me contando como foi a semana dele enquanto eu lavava meu cabelo. Eu caí no erro de aceitar sua ajuda nos estudos para uma prova, foi uma vez para nunca mais pois ele fez tantos comentários idiotas que eu me estressei em menos de dez minutos. Obito acorda falando alto, é estabanado e irritante.

 

Mas também, Obito confia em mim seus problemas e sonhos, mesmo quando brigamos e discutimos por minha causa, ele sorri no final, me abraça e fica fazendo gracinha até que eu não resisto e caio na risada. Ele faz questão que eu conheça e conviva com seus amigos e suporta pacientemente minha personalidade irritadiça. Obito sempre me traz donuts no fim de semana, não reclama quando acordo assustado por um pesadelo e me apoia em todos os meus projetos.

 

Nosso relacionamento está longe de ser perfeito, e acho que é por isso que eu me sinto mais feliz a cada dia que passo com ele. Uma felicidade ascendente assim… eu cheguei a ler livros com finais felizes e aconchegantes, eu sou um grande fã desses livros na verdade. Só que eu nunca pensei que aquela sensação boa que alegrava meu coração pudesse ir além da leitura e se tornar real.

 

-Toda vez que eu tento pintar eu penso nessas coisas… - Suspirei e abaixei a mão com o lápis sem conseguir fazer um traço qualquer, deixando o quadro branco outra vez.

 

-Quais coisas?

 

Naruto perguntou ao meu lado, fiquei tanto tempo pensando que esqueci da sua presença no meu ateliê - o canto esquerdo da sala do apartamento do Obito. Ele se livrou da estante e substituiu por um painel para a TV fixado na parede em frente da cozinha aberta dele. Por isso, as poltronas dele mudaram de lugar e ele me cedeu esse espaço para fazer minhas coisas. 

 

Apesar de ser apenas um suporte com um quadro em branco sob um forro de plástico preto no chão, algumas caixas organizadoras de plástico no canto, sinto que aqui é um espaço tão bom quanto meu antigo ateliê. Minha única reclamação seria a falta de portas. 

 

Naruto trocou o peso do corpo para a perna esquerda e esperou em pé ao meu lado. Ele é um dos amigos do Obito que acho mais irritante, por outro lado é com ele que me entendo melhor, por isso lhe respondi.

 

-Toda vez que eu tento começar esse quadro eu fico pensando em um monte de coisas idiotas.

 

Ele olhou para a tela e depois para mim e me ofereceu um chocolate. Pelo menos compartilhamos o mesmo gosto por doces.

 

-Se me permite dizer, creio que são essas coisas idiotas que desejas colorir neste quadro.

 

-Acho difícil.

 

Discordei sem pensar muito no que ele disse, mas Naruto não desistiu. Ele segurou os papéis da cadeira ao meu lado para sentar nela.

 

-Quando escrevo, é assim que me acontece. Fico com uma palavra dias na cabeça até lhe dar uma forma. Cerca de um mês atrás, me perdi várias vezes pensando nas discrepâncias entre as roupas que Itachi usa em casa com as do trabalho. Eu só consegui me acalmar depois que escrevi sobre.

 

-Você escreveu um poema sobre camisa social e bermuda?

 

-Não! Não é isso - Naruto agitou a mão na frente do seu rosto - Escrevi sobre a persona que enfrenta o trabalho e pressão diariamente ter a liberdade de ser confortável com ela mesma.

 

Eu consegui entender a premissa e tive uma ideia do que fazer, o problema era decidir como expressar meus pensamentos - Talvez as cores primeiro…

 

-Quais tons está pensando? - Naruto perguntou e ficou olhando ao redor - Tens um lápis ou caneta que posso usar?

 

-Ali.

 

Apontei um lápis caído no chão e Naruto se esticou para o alcançar com a ponta dos pés primeiro, mas não conseguiu, então ele se abaixou para pegar. Sua camisa acabou erguendo com esse movimento, revelando suas costas desenhadas. Reconheci flores de sakuras e lírios brancos, as azuis…

 

-São nemophilas?

 

-Perdão? - Ele perguntou ao sentar direito já com o lápis em mão.

 

-Sua tatuagem. Reconheci sakuras, lírios brancos. As azuis são nemophilas?

 

-Ah.

 

Naruto puxou a camisa xadrez atrás das costas, tentando esconder as costas um pouco tarde demais. Apesar de ser honesto o tempo todo, tem certas horas que ele parece ponderar com mais cuidado nas palavras que irá dizer, parece temer revelar algum detalhe se caso não fizesse isso. 

 

-São lespedeza. Minha famí… as pessoas que me criaram a mim e aos meus irmãos trabalhavam com flores.

 

-Elas têm algum significado especial? 

 

-São mais uma boa recordação de algo que eu perdi.

 

Naruto respondeu entristecido, eu queria perguntar mais sobre esse assunto, mas senti que seria errado continuar nesse assunto e me calei, encarando a tela outra vez.

 

-Perguntou sobre nemophilas… gosta delas?

 

-Não sei, eu acho que sim. Obito me levou para ver essas flores antes de virmos para cá.

 

-Nemophilas são conhecidas como baby blue eyes e é nativa da América do norte… perdão, eu só sei isso sobre elas.

 

-Não se preocupe - O tranquilizei ainda olhando o quadro - Eu só confundi, nada demais.

 

-Então… azul? - Naruto perguntou e apontou para o quadro - Posso ajudar anotando os detalhes que vierem à sua mente para o quadro.

 

Ele se ofereceu com tamanha animação que eu não tive coragem de negar. Naruto fez perguntas sobre cores e sensações, anotando as relações entre ambos e anotando suas próprias sugestões ao lado. Sua caligrafia era delicada, mas ele escrevia com tamanha força que marcas ficaram nas folhas de trás.

 

Obito parece cercado por pessoas interessantes, acho que sua personalidade atrai as pessoas mais curiosas.

 

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Decidi não começar o quadro de uma vez, embora já tenha uma boa ideia do que eu quero fazer, resolvi treinar um pouco e fazer quadros menores e mais simples. Eu estava tentando acertar os detalhes da paisagem que eu comecei há mais de uma semana, a vista da janela do quarto onde Obito e eu dormimos. Escolhi fazer o céu ao entardecer, mas as cores me lembram labaredas de fogo e estou com vontade de jogar este fora.

 

Quero me livrar de uma vez por todas do poder que essas memórias têm sobre mim, talvez eu siga o conselho de Naruto sobre procurar ajuda profissional outra vez, ainda não tenho certeza.

 

Eu estava no processo de tentar amenizar um pouco as cores daquele céu quando Obito chegou barulhento e agitado como uma pancada de chuva repentina. Observei ele tropeçar ao tirar os sapatos e jogar sua mochila no chão de qualquer jeito, apesar de estar com sacolas nas mãos e se atrapalhar todo, não tive escolha senão ir ajudar.

 

-Pare de se mexer assim, idiota!

 

Dei um tapa sem força na sua cabeça e alcancei as sacolas em suas mãos.

 

-Obrigado.

 

Levei as sacolas até a bancada em sua cozinha para o ajudar a guardar as compras que pareciam ter sido feitas por uma criança, por causa da quantidade de doces.

 

-Por isso você tem tanta dor no estômago. Você come doces demais, Obito.

 

Eu guardei os dois potes com sorvete primeiro, os cereais e barras de chocolate ele teria que guardar pois eu me recuso a ficar na ponta dos pés para mexer nos armários mais altos, ainda me resta alguma dignidade.

 

-Eu sei que exagero - Obito parou ao meu lado e beijou meu rosto antes de ir pegar um dos sorvetes que eu guardei - Na próxima vez, vou te levar comigo no mercado.

 

Ele pegou uma colher e começou a comer o sorvete direto do pote como se sua vida dependesse daquilo. Fiquei observando intrigado um fio de calda de xarope de morango caindo no pote sem parar e não aguentei mais, tomei a embalagem da sua mão antes que ele virasse tudo no sorvete.

 

-Você quer abrir um buraco no seu estômago?

 

-Desculpe - Respondeu com a boca cheia de sorvete e lhe dei um tapa no braço.

 

-Você não comeu nada hoje?

 

-Alguns sanduíches, por que? - Obito perguntou antes de encher a boca com sorvete e calda.

 

-Você está mais agitado do que o normal, o que aconteceu?

 

Depois de tirar a colher da boca e apontar para mim, ele respondeu alto - Acredita que adiaram as minhas férias? Aqueles desgraçados… 

 

Entendi porque ele está assim, Obito tem feito planos diferentes para as suas férias praticamente todos os dias, sobre me levar para Kiri e Suna, me mostrar todos os restaurantes que ele conheceu e outros planos - independentemente de quantas vezes eu diga que eu ainda estarei em aulas na data.

 

-Por que você vai ter que adiar as férias?

 

-Lembra aquele caso que te contei, do Kaplan? - Acenei e ele continuei falando e aumentando o tom a cada palavra - O julgamento dele foi adiado de novo, está previsto para acontecer no mês das minhas férias e por isso eu não posso sair de férias!

 

-Que merda.

 

-Que merda! Sabe o que eu deveria ter feito? Eu deveria ter atirado nele quando o encontrei.

 

-Obito…

 

-Não, Dei, seria perfeito! - Ele continuou falando alto - Ele estava com uma faca na mão, eu poderia dizer que foi legítima defesa, seria tão perfeito - Obito suspirou e esticou os braços para mim, falando manhoso e fazendo biquinho - Quero um abraço.

 

-Você é carente demais.

 

Apesar disso, o abracei mesmo assim. Obito apoiou a cabeça sobre a minha, ele apoiou o pote gelado no meu braço para continuar comendo.

 

-Se você babar em mim eu vou socar a sua cara - Avisei e ele riu mais relaxado.

 

-E se eu derramar o sorvete no seu…

 

-Não - Interrompi assim que ouvi o tom malicioso em sua voz - Eu já disse que odeio coisas frias!

 

-Tudo bem, tudo bem.

 

Ele riu mais um pouco antes de ficar em silêncio abraçado a mim. Eu gosto desses momentos onde posso encostar meu rosto no seu peito e ouvir seu coração bater acelerado. Ele tinha razão, eu gosto que ele seja alto, gosto até dos escândalos e seus surtos, sempre sinto pequenas explosões de alegria e carinho por ele.

 

-Você dormiu? - Obito perguntou quando ficamos em silêncio por muito tempo.

 

-Não.

 

-Ah… é que não seria a primeira vez - Belisquei seu braço e ele resmungou - Aí. Você gosta de me ver roxo, só pode! Você vive me beliscando e mordendo!

 

-Você é idiota, por isso.

 

-Aquele quadro é a vista da janela do nosso quarto?

 

Obito mudou completamente o assunto sem nenhuma sutileza. Olhei para o quadro antes de apoiar o queixo no seu peito, já um tanto sonolento, mas sem deixar de notar que ele falou outra vez "nosso quarto".

 

-É sim.

 

-Ficou muito bom! - Senti um tremor no corpo quando ele me beijou com os lábios frios - O céu parece estar em chamas, muito legal!

 

Apesar do seu elogio animado, fiquei ansioso por ele ter notado o que me incomodava tão facilmente. Eu abaixei meu rosto antes de continuar a conversa.

 

-Você não acha estranho?

 

-Não! Por que?

 

-Lembra o fogo e os meus pais… É como o outro quadro…

 

-O da rosa em chamas? - Acenei e ele continuou - O que te preocupa? Eu não entendo de artes, se não me explicar eu não vou captar sozinho, Deidara-senpai.

 

-De novo esse apelido - Ele ignorou meu comentário e esperou o tempo preciso para eu achar as palavras certas - Eu uso essas cores e faço esses quadros… Tudo me lembra fogo e chamas. Não é estranho?

 

-Bom, um pouco - Ele ergueu meu rosto para falar enquanto olha nos meus olhos - O que te passa na cabeça nessas horas?

 

Observei o quadro, também estava entardecendo do outro lado das janelas, e encontrei minha resposta  na mudança rápida nas paletas de cores.

 

-Como a beleza é efêmera e passageira. Ela pode desaparecer num segundo, acho que por isso ela é tão especial.

 

-Sua vida também mudou num piscar de olhos, mais de uma vez. Acho que é por isso que você fez esses quadros, apesar de ser breve, você consegue captar a beleza e quer mostrar para as pessoas. É algo bem único.

 

Quando ele olha meus olhos assim eu sinto que posso acreditar em cada palavra que ele diz, como agora.

 

-Tem razão.

 

Sorri para ele e fiquei na ponta dos pés para lhe dar um beijo breve, mas no fim Obito me olhou como se eu estivesse ficando verde na frente dos seus olhos.

 

-Você disse que eu tenho razão?

 

-Hm.

 

-Você disse que eu tenho razão! Eu tô tão feliz!

 

Ele me abraçou apertado e cobriu meu rosto com beijos rápidos e estalados. Obito pode chegar ao meu coração com facilidade, mas ele continua sendo idiota.

 

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Eu ainda estava tentando acalmar minha respiração quando Obito deitou sobre mim, beijando e apertando meu corpo como se não tivéssemos acabado de transar. Eu pensei que iríamos apenas curtir um ao outro antes dele me levar para o banho, mas quando ele afastou minhas pernas, eu o empurrei ele para longe de mim.

 

-Dá um tempo, idiota!

 

-Mas… - Ele tentou se aproximar de novo, mas eu o chutei para longe novamente.

 

-Mais nada! Eu estou cansado.

 

Tentei me cobrir com o lençol que afastamos antes dele me jogar contra a cama, mas ele segurou meus pulsos no colchão, me olhando de cima com um sorriso esperançoso.

 

-Tudo bem, Dei. Eu cuido de tudo, você pode só deitar e curtir.

 

Mesmo me provocando, Obito ficou parado, esperando minha resposta. Eu quase cedi ao seu olhar, mas me movi um pouco e senti um formigamento tomar conta do meu quadril e por isso endureci meu coração.

 

-Não. Sai de cima de mim.

 

-Não vou sair também.

 

Obito falou como uma criança fazendo birra e deitou casualmente sobre mim, mas sem me provocar mais. Ele segurou minha mão e ficou mexendo nela, brincando com a pelinha das juntas e apertando os cantos da minha unha.

 

-Você não teve infância, não é?

 

Obito não me respondeu porque seu celular tocou.

 

-É a Rin - Ele disse com as sobrancelhas franzidas, olhando a tela.

 

-Quem?

 

-Aquela sargento de Iwa - Ele explicou.

 

-Hm.

 

Ele deitou sobre mim de novo para atender a ligação, mesmo quando era assunto do seu trabalho, Obito não ia atender em outro cômodo e não acho mais que é preguiça dele. A conversa entre eles foi breve, mas quando desligou, Obito pareceu ficar imediatamente sério.

 

-Fale de uma vez - Ditei quando vi ele me olhar com o canto dos olhos pela terceira vez.

 

-É sobre o Hiruko.

 

-O que tem ele?

 

-Ele morreu hoje a noite.

 

Pelo o que me lembro, ele estava preso esperando julgamento, como ele… Obito se adiantou a minha pergunta e continuou me explicando depois de sentar ao meu lado, ainda segurando minha mão.

 

-Parece que ele era alérgico à soja e mesmo assim ele comeu salada com soja no almoço que serviram hoje, uma boa quantidade. Justo hoje que eles tinham a tarde livre, então ninguém achou estranho ele ter ficado a tarde toda deitado. O carcereiro encontrou ele já sem vida em um dos bancos do pátio.

 

Eu não senti nada demais quando ele terminou de me contar, por isso estranhei quando reparei na expressão tensa no rosto de Obito.

 

-Você está com aquela expressão.

 

-Que expressão?

 

-De quando você está analisando uma foto ou um detalhe de um caso. O que foi?

 

Só então ele relaxou o rosto e postura.

 

-Nada, é só que… se ele sabia que era alérgico, porque comeu a salada com soja? Por que não pediu ajuda?

 

-Você pensa demais. Ele se matou, e daí?

 

-Não faz sentido, não com o seu perfil...

 

-Obito, nem tudo precisa ter um significado, e mesmo se tiver, é importante saber?

 

Puxei ele para fora da cama, precisamos de um banho e ele precisa descansar. Eu liguei o chuveiro e Obito não resistiu quando o trouxe para debaixo da água quente.

 

-Não se preocupe com isso - Eu falei o mais calmo que consegui - já acabou.

 

Ele concordou e se animou outra vez, eu estava mais do que ansioso para deixar aquele assunto para trás de uma vez por todas.

 

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