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História O Vestido, o Baile e a Seleção - A Discussão


Escrita por: K_A_Costa

Notas do Autor


EU RI DESSE GIF KKKKKK
MINIMARATONA SAINDO ANTES DO ALMOÇO!!!
Música do capítulo nas notas finais, se quiserem ouvir enquanto leem, corram lá ^^

Capítulo 25 - A Discussão


Fanfic / Fanfiction O Vestido, o Baile e a Seleção - A Discussão

Há momentos em nossas vidas em que nos deparamos com um problema e tudo o que somos capazes de fazer é olhar para ele, como se ele fosse se resolver sozinho. Ali, naquela biblioteca, olhando para Arthur parado à minha frente me encarando como se eu fosse um fantasma, foi como eu me senti. Meu peito acelerado condizia com a pane em que meu cérebro entrava: ao mesmo tempo em que eu sentia vontade de xingá-lo de todas as maneiras possíveis, minha mente se atinha a detalhes como a barba rala que cobria a face do príncipe naquela tarde; ao mesmo tempo em que eu queria socá-lo, minha mãos formigavam de desejo de acariciar aqueles cachos macios e rubros uma última vez.

Desenho algum seria capaz de substituir a imagem verdadeira do príncipe ou de causar as mesmas reações que ele me causava.

“Senhorita Lillian”, Arthur cumprimentou, fazendo a raiva e a mágoa borbulharem em meu estômago. Ele nunca me chamava de Lillian.

“Alteza”, respondi com uma reverência, desperta de meu torpor, e em seguida dei as costas para o príncipe, determinada a sair dali o quanto antes.

No entanto, no segundo seguinte, ouvi três baques surdos, indicando que os livros caíam no chão, e senti a mão do príncipe envolver meu braço, parando-me.

“Vidya, espere.”

“Por que eu deveria, Alteza?”, cuspi.

“Por favor, me deixe explicar!”

“Explicar o quê, Arthur?!” Explodi, soltando meu braço de sua mão com violência e me virando para encará-lo “Que você decidiu que nós não vamos nos encontrar mais e me entregou o livro? Você é o príncipe, afinal! Pode decidir fazer o que quiser!”

“Vidya...”

“E, quer saber?, está tudo bem! Eu não queria entrar nesta maldita Seleção mesmo! Isto aqui é só um jogo doentio para deixar o príncipe curtir um pouco a vida antes que se case, não é? Pode se esbanjar com trinta e cinco garotas até escolher uma, e ainda assim continuar se esbanjando com algumas até ser obrigado a decidir!”

“Você acha que eu queria isso? Você acha que eu queria essa Seleção?”, Arthur esbravejou, assustando-me. “Eu tenho dezoito anos, não me sinto preparado sequer para pensar em ter um relacionamento e estou sendo obrigado a escolher uma esposa! Tudo isso porque o reino não pode entrar em colapso devido às rebeliões e porque foi decidido que eu seria uma boa forma de diversão!”

Pisquei, surpresa com aquela declaração, mas depois senti a raiva voltar a incendiar minhas veias.

“É o seu dever como príncipe, não é? Não use isso como desculpa para justificar sua covardia! Se você não queria mais se encontrar comigo, devia ter sido honesto e ido você mesmo entregar o maldito livro! Mas eu não significo nada para você, não é mesmo? Você sempre planejou escolher a Layla ao fim de tudo, mas ainda assim achou que seria divertido brincar um pouco com as outras garotas!”

“Vidya, eu me importo com você! Eu me importo tanto que sei que não conseguiria ir eu mesmo te dizer que não poderíamos mais nos encontrar sem dar explicação nenhuma!”, Arthur objetou em um tom quase desesperado.

“Será que você vai falar a verdade ao menos uma vez?” gritei. “Eu não preciso de mais mentiras, Arthur! Desde o começo, quando eu ouvi você e Layla trocando confidências no jardim, eu sabia que seria ela! Mas eu sou uma grande tola e me permiti fantasiar até perder o controle sobre mim mesma! Eu não sei como eu fui capaz...! Mesmo depois daquela foto ridícula com Layla, eu...!”

Arthur aproximou-se de mim enquanto eu despejava minhas acusações e segurou meus ombros com firmeza, fitando profundamente meus olhos.

“Lillian”, chamou.

“Eu sou muito idiota mesmo! Pensei... pensei que... Argh! Você é mesmo um canalha! Eu não consigo acreditar que me apaixonei por-“

Antes que eu pudesse terminar – ou me arrepender de ter confessado aquilo –, Arthur tomou meu rosto entre suas mãos e me calou com seus lábios. Surpresa, não reagi, até que ele moveu lentamente a boca sobre a minha, fazendo com que toda a minha razão evaporasse. Soltei o livro, que caiu no chão de qualquer jeito, e levei as mãos à gola de seu uniforme, puxando-o para perto de mim enquanto ele passeava suas palmas pelas laterais do meu corpo até chegar à minha cintura e apertar-me contra si. Deslizei meus dedos para seus cabelos e acariciei seus cachos macios como estivera desejando fazer enquanto nossas línguas dançavam juntas em uma carícia urgente e desesperada que não se parecia em nada com nenhuma das ideias que eu tivera até então de como seria meu primeiro beijo. Arthur desceu, então, os lábios para o meu pescoço com uma lentidão que beirava a tortura, fazendo-me suspirar e entreabrir os olhos.

Foi quando eu a vi.

Layla estava ao lado de uma das estantes e nos encarava com um misto de mágoa e raiva. Quase como reflexo, empurrei Arthur para longe de mim, surpreendendo-o, e engoli em seco, encarando a garota que nos observava. O príncipe, ao perceber a direção e a expressão do meu olhar, virou-se e viu Layla, e o medo dominou subitamente seus olhos, como se ela fosse um animal feroz prestes a atacar. Reforçando essa impressão, Arthur posicionou-se defensivamente à minha frente, deixando-me confusa.

“Espero que saiba o que você está fazendo”, Layla sibilou.

“Layla, eu posso explicar...”

A loira deu as costas para o príncipe e caminhou em direção à saída.

“Layla, espere! Não é o que você...”

Afastei-me de Arthur sentindo meu coração despedaçar-se. Aquilo fora mais que o suficiente para mim.

“Vidya!”, Arthur chamou ao me ver caminhar para longe dele.

“Eu já entendi tudo.”

“Vidya...”

“Não, Arthur, basta! Você e ela...” solucei, “eu não vou mais atrapalhar.”

“Vidya, não...!”

Corri para a saída antes que Arthur pudesse ver as lágrimas que desciam copiosamente pelo meu rosto. Ele se importava com Layla – talvez até a amasse –, e isso estava óbvio para mim. Eu não conseguiria aguentar mais um segundo sequer daquilo. Corri para o meu quarto, sendo seguida às pressas por Thomas, e me joguei em minha cama soluçando. Julie era a única criada no quarto naquele momento e ficou assustada com minha aparição repentina. Ela tentou me perguntar o que havia acontecido, mas eu não conseguia sequer ouvir sua voz. As palavras do príncipe davam voltas freneticamente em minha cabeça, e eram tudo que eu conseguia escutar.

“Eu me importo com você.”

“Layla, eu posso explicar.”

Quantas vezes mais ele mentiria até ficar satisfeito? Quantas vezes mais ele quebraria me coração até se cansar e me mandar embora?

Mas, mais importante que tudo: por que meu peito ainda batia por ele?


Notas Finais


Música do capítulo: https://www.youtube.com/watch?v=mJWAz6cnXfg&t=0s&list=PLjVkYEHrMe72jKLdDgEfk6kGd-2CQ2GgY&index=17

OIEEEE
EU TO TÃO ANIMADA QUE NEM SEI KKKKKK
MELHOR COISA É TER TEMPO DE ESCREVER TODO DIA (Terminei esse capítulo ontem à meia-noite kkkkk)

***LEIAM AQUI, POR FAVOR***

Gente, amanhã eu vou viajar pra um lugar aí que eu não faço ideia de onde é nem se tem internet kkkkk por isso, eu vou correr para terminar o capítulo que seria de amanhã ainda hoje, aí eu posto hoje à noite, e o de sexta já fica pago, ok? O capítulo 26 (eu numero no word, porque o título é sempre a última que eu escolho), que é o próximo, termina no dia do baile, pouco tempo antes da Lily ir para o Salão onde ele vai acontecer. Estou torcendo para que tenha internet, porque aí, no sábado, eu posto o aguardado BAILE DAS FAMÍLIAS!!! Caso não tenha, vocês vão ter que esperar até terça hehe XD

BEIJOOS *3*


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