História O vira-tempo - O aniversário de Hermione

Hermione contava os dias para o seu aniversário. Naquele ano caiu na sexta-feira, e logo cedo teria aula de poções durante toda a manhã, que já lhe deixava bastante animada. Exceto pelo pesadelo que teve durante a madrugada. Ela sonhou que o mestre morreu durante a batalha, e acordou chorando. Gina também acordou com o choro da amiga.

- O que houve, Mione? Você está chorando...

- Eu tive um pesadelo horrível!

- Posso imaginar! Você gritava pelo professor Snape...

- Gina... eu sonhei com a batalha, e o vi morrendo quando Voldemort lançou avada na direção dele.

- Você não tira este homem da cabeça, não é Mione? Desde que começaram as aulas é Snape para lá, Snape para cá... Agora até dormindo você sonha com ele! Acho que meu irmão estava certo, quando disse que você está apaixonada pelo morcego...

- Não é isso... ele é o professor mais inteligente de Hogwarts, e eu o admiro muito! Não quero que ele morra!

- Eu também não quero, mas você devia esquecê-lo!

- Bem que eu queria, Gina...  mas é impossível esquecê-lo! É o professor mais exigente, e poções de nível avançado é muito difícil. Vou ter que estudar muito este ano!

- Mione, somos amigas... quem você acha que engana? A si mesmo? Porque eu tenho certeza que você se transforma quando o vê no salão principal. Além, do mais, Rony disse que vocês estão sentados na primeira fila, de cara com ele! Pena eu não ser gêmea do Rony, e estar na mesma turma! Queria muito ver sua cara nas aulas dele!

- Bom, Gina... Você tem razão... eu gosto dele!

- Gosta, ou está enlouquecida por ele?

- Não consigo mais esconder, não é? O que eu faço, Gina? Você acha que eu devo me declarar a ele?

- Mione, eu não quero que você se machuque... eu gosto muito de você, por isso a melhor coisa é tentar esquecê-lo. Quem sabe se você namorar Córmaco McLaggen, ou meu irmão? Os dois são caidinhos por você! Para Snape você sempre será uma aluna! – Gostaria de lhe dizer também, que Snape vai rir de você se falar com ele, mas não quero lhe magoar...é melhor eu ficar calada!

- McLaggen jamais! Seu irmão talvez, pelos anos de amizade... Uma coisa é certa, Gina... Eu não serei aluna eternamente! Acho que na minha formatura eu me declaro a ele! E se não der certo, pode ser que eu namore Rony algum dia! – Na verdade eu não vou aguentar até julho do ano que vem... vou me declarar hoje mesmo! Afinal hoje é meu aniversário, e eu tenho o livro da minha avó para lhe emprestar! É uma boa desculpa para lhe procurar! Além do mais, Gina não quer que eu sofra. O máximo que pode acontecer é ele me expulsar da sala dele!

- Ok, até a sua formatura eu lhe faço mudar de ideia! Não esqueça que ele tem o dobro da sua idade!

- Idade não é documento, Gina! Eu sou quase um ano mais velha que o Rony... Para o amor não tem idade...

- Vamos dormir, Mione! Está muito cedo ainda!

Gina adormeceu logo, mas Hermione custou a dormir. A conversa durante a madrugada não a fez mudar de ideia. Ela estava decidida. – “Não se arrependa pelas coisas que fez, e sim pelas que deixou de fazer”! – Essa frase que ela leu certa vez, somado a sua coragem Grifinória lhe dava a certeza de que se arrependeria se ao menos não tentasse.

Aquelas horas de sono até o clarear do dia pareciam minutos. Gina acorda a amiga que estava dormindo profundamente.

- Vai perder a hora, Mione! O café já está sendo retirado...

- Por Merlin! Eu não consegui pegar no sono depois do pesadelo... obrigada por me acordar, Gina! 

Hermione se arruma com auxílio da varinha, pega seus livros, e vai direto para a masmorra. Rony e Harry lhe aguardavam na porta.

- O que houve? Não foi tomar café... Pensei que ia faltar a aula de hoje!

Rony pergunta intrigado, e Harry lembrando do aniversário da amiga, lhe dá um forte abraço.

O professor Snape chegou do café naquele exato momento, e viu a cena dos dois abraçados.

- Parabéns, Mione! Muitas felicidades!!!

- Obrigado, Harry!

- Ah, é seu aniver? Parabéns!

Rony exclamou rapidamente, porque o professor passou por eles, parou, virou-se e perguntou:

- Os senhores ficarão de agarramento aí na porta, ou vão querer participar da aula?

O trio entra, e ocupa a primeira fila em silêncio. O professor aponta a varinha para o quadro, que imediatamente faz surgir a fórmula de uma poção bastante complexa. Pigarreia, e diz com a voz rouca e quase letal:

- A poção de hoje está no quadro. Quero um aluno da Grifinória fazendo a poção em dupla com um aluno da Sonserina, A g o r a!!!

Os alunos se olharam, odiando ter que fazer dupla com o colega da casa rival, mas ninguém se atreveu a discordar. Hermione fez a poção com a Pansy Parkinson. Harry fez com Draco, para seu desgosto. Rony com Vicente Crabbe, e Neville com Gregório Goyle.

Pansy também tinha uma quedinha pelo mestre de poções, e por esse motivo cortou lentamente os ingredientes. Enquanto cortava, olhava admirada para o professor. O professor Snape sentado junto à sua mesa, lia atentamente seu compêndio, sem se importar com os alunos, que o amaldiçoava em pensamentos.

– Você quer que eu corte? Está muito devagar... Vamos ser as últimas a terminar!

– Eu não me importo... Ele não é interessante, Hermione?

A pergunta da colega a pegou desprevenida.

– Ele, quem?

– O professor Snape, ora quem...

– Interessante, como? Inteligente você quis dizer? 

– Não é só isso, ele tem um sex appeal!!!

– Tem o quê?

– Sex appeal, nunca ouviu falar?

Hermione não gosta de admitir que não sabe de algo, mas por outro lado a sua curiosidade é ainda maior.

– Já li, mas não me recordo...

– É o poder de atração de uma pessoa. Ele tem charme, sensualidade... Não é tão bonito, se bem que aquele corpo escondido por baixo das vestes me provoca arrepios... Hum, este homem deve ser delicioso!!! Ele desperta interesse e desejo sexual em você também?

– Eh, bem... – E agora, Hermione? Se disser que sim ela pode espalhar para os colegas da Sonserina que sou gamada nele, e se disser que não, vai achar que sou uma garotinha ainda, e também vai espalhar...

Naquele momento o professor tirou o rosto do livro, e com a voz intimidadora quase rosna:

– O que tanto as duas conversam? Alguma dúvida sobre a fórmula? Vou me obrigar a tirar pontos da minha casa, senhorita Parkison?

– Desculpe, senhor...

Os alunos da Grifinória escondiam um sorriso, e mais tarde agradeceram a Hermione pelo ocorrido. Ela também vibrou com a bronca do mestre. – Bem na hora, obrigado professor! E obrigada Pansy! Agora posso explicar melhor para Gina o que é que eu sinto por ele!

O professor intrigado levanta a sobrancelha, quando as duas se aproximam da sua mesa para deixar a poção engarrafada. Era a última dupla a entregar.  – Que estranho... as duas melhores alunas ficaram por último... Ele pensa.

Na hora do almoço, várias corujas fazem revoada deixando cartões, e pergaminhos com mensagens para Hermione pelo seu aniversário. O professor Dumbledore pediu a palavra, e chamou o coral para cantar parabéns para a aluna mais brilhante. Pela primeira vez ela sente o olhar de apreço do professor Snape em sua direção, e ruboriza.

De tarde na sexta-feira, o sétimo ano não tem aula. Ela deixa a companhia dos amigos na sala comunal, e vai à biblioteca adiantar os trabalhos da semana. Vez ou outra se pega imaginando como seria sua noite se tudo desse certo. – E se eu o enfeitiçasse? Sou boa com feitiços... Poderia jogar o feitiço do amor na capa do meu livro, e quando ele abrisse... Sei, Hermione, você acha que um bruxo talentoso como ele vai se deixar enfeitiçar?  A literatura está cheia de histórias de amor fracassadas exatamente por isso! Ele próprio é fruto de um amor unilateral... Engraçado, eu posso entender a mãe dele perfeitamente... Enfeitiçou o trouxa sexy por quem se apaixonou... É óbvio que não dá certo... Mas querer ser esposa do Snape é muita pretensão!!!  Eu só preciso ter poder de persuasão para ele se deitar comigo... Uma única vez, uma transa só... é tudo o que eu quero, ainda mais no meu aniversário!

Hermione percebe Gina parada a sua frente.

– Faz alguns minutos que estou aqui, e você nem me viu... Parece estar longe! Eu vim lhe chamar para jantar! Harry e Rony disseram que você veio para cá estudar.

        – Obrigada, Gina! Eu já ia para o quarto mesmo. Quero tomar um banho antes de jantar!  

          Ela demora mais do que o normal no banho.

      – Mione, você está demorando. Os meninos já estão descendo, e eu vou ir com eles. Tudo bem?

      – Pode ir, não precisa me esperar... – Tenho que terminar a minha depilação e estou sem fome mesmo...

Quando ela chega no salão, Gina já havia terminado de jantar. Harry já estava na sobremesa, e Rony acabava de servir o segundo prato. Ela comeu pouco, e acabou a sobremesa antes mesmo do Rony acabar de jantar. Os três ficaram esperando Rony para voltar juntos na sala comunal. Harry  sugere jogar gobstones.

- Gobstones, Harry? Faz favor!

Gina e Hermione exclamam juntas. Ele tenta se explicar:

- Eu li que Eileen Prince , mãe de Severo Snape , foi capitã da equipe em seu tempo. Há também uma Liga Internacional de Gobstones, oficializada pelos Escritórios Oficiais do Clube de Gobstones , no Departamento de Jogos e Esportes Mágicos, nível sete do Ministério da Magia! Não é incrível?

- Eu prefiro namorar!

Gina responde com sinceridade, e Hermione não diz nada, mas pensou. – Eu também... a menos que Severo Snape também goste de jogar. Eu iria adorar jogar com ele!

- Vamos, terminei!

Rony anuncia.   

Na sala comunal, Hermione prefere subir para seu quarto, e vai reler o livro de poções da sua avó. Queria estar preparada para qualquer pergunta dele. – Quando for nove e meia eu vou até a masmorra levar o livro! Nem Gina irá desconfiar...

Ela controlava o relógio. Às nove horas foi ao banheiro terminar de se arrumar. Às nove e quinze seu coração parecia que ia sair pela boca. – Por Merlin, será que vou precisar ir na enfermaria tomar uma poção calmante?

Ela veste a capa, pega o livro e sai do quarto. Na sala comunal, passa por Gina e Harry que estão de namoro no sofá, nem percebem que ela saiu.

Percorre o corredor, está tudo calmo, menos ela... Desce a primeira escadaria, e vai em direção a masmorra. Desce a segunda escadaria em caracol, e no final da escada ela encontra a professora Emma.

- Olá, senhorita Granger! O que fazes aqui embaixo a esta hora?

- Vou emprestar este livro que foi da minha avó para o professor Snape! E a senhora? – A coragem da Grifinória não vai me abandonar! Enfrentar ela é fichinha!

- Ah, sim? Então é melhor que eu entregue! Ele não gosta de ver alunos fora da sala comunal tarde da noite... – Corajosa como sempre. Sei bem quais são suas intenções hoje, mocinha... Vou ignorar sua pergunta, afinal eu estou aqui porque sabia que você viria...

- Ele está me esperando, combinamos hoje na aula. Portanto eu agradeço sua preocupação, senhora Watson!

- Sério? – Eu tenho certeza que estou mentindo para mim mesma! Emma pensa.

- Sim, ele quer saber onde a minha avó conseguiu o livro. É um livro bem raro! Só vou responder algumas perguntas!

- Então, tudo bem... Mas não demore muito. Às dez horas todos os alunos na cama!

- Sim, senhora! – Eu quero estar na cama, mas na cama dele!

A professora sobe alguns degraus. Quando fica fora da visão dela, prefere sentar e esperar. – Vejamos, nem quinze minutos e eu sairei chorando da sala dele. Acho melhor eu ficar para consolar! Tão jovem e tão inexperiente com os homens! Foi se apaixonar justo por ele...

Hermione procura se acalmar, mas as batidas cardíacas estão muito aceleradas, principalmente porque ouve os passos. Ele normalmente lança feitiços de destrancar portas, desta vez resolve vir pessoalmente abrir a porta da sala de aula.

- O que queres, senhorita Granger?

- Eu trouxe o livro que era da minha avó. O senhor lembra que conversamos no primeiro dia de aula?

Severo Snape, se lembrava, ignorou. Ele pega o livro das mãos dela, e lê a capa.

- Eu posso entrar para conversarmos um pouco?

- Agora? Daqui a pouco todos os alunos devem estar em seus quartos! No sétimo ano já deveria saber...

- Eu sei, mas eu preciso muito falar com o senhor, é importante...

Ele ergue sua sobrancelha e dá um pouco de atenção a ela.

- Sim, pode falar!

- Com licença, não posso falar aqui fora. Prometo ser breve! Eu não quero que os fantasmas escutem...

Severo Snape achou razoável o motivo, e permitiu que ela entrasse, fechando a porta logo em seguida.

Hermione caminha até a mesa do professor que fica ao fundo. A porta lateral da direita leva ao laboratório, e a da esquerda aos aposentos dele, que nunca entrou. – Consegui entrar na sala, estou indo muito bem! O quarto dele fica logo ali... Agora mantenha a calma!

Severo Snape a segue, e senta-se na cadeira junto à mesa, ainda segurando o livro.

- Pois não, senhorita?

- Professor... eu o admiro muito! O senhor é o professor mais inteligente de Hogwarts! E é também o bruxo mais inteligente que eu conheço, mais até do que o professor Dumbledore...

- E?

Ele não gosta de rodeios, e quer terminar logo aquela conversa.

- E por esse motivo hoje eu vim lhe pedir uma coisa...

- Fala logo o que a senhorita quer, e cai fora! Já está ficando tarde!

Hermione convoca toda a sua coragem, respira fundo, e diz:

- Eu quero que o senhor seja o meu primeiro homem...

Severo Snape fica incrédulo, e levanta sua sobrancelha.

- Acho que não entendi direito...

- Eu completei dezoito anos hoje, e não quero perder a virgindade com qualquer um. Eu idealizo o senhor como o meu primeiro homem!

Severo dá uma gargalhada gostosa, pois jamais imaginou que a aluna mais brilhante de todos os tempos estaria na sua frente se oferecendo.

- Para começar, mocinha... eu gosto de mulher! Não gosto de adolescentes! - Ainda mais sendo minha aluna...era só o que me faltava!

- Já sou adulta! E para ser mulher, preciso de um HOMEM!!! Se o senhor acha que não é capaz... Eu entendo!

Ela se esforça para não chorar na frente dele, e começa a caminhar de volta até a porta, com um nó na garganta. Severo Snape é mais rápido, e chega antes dela.

- Espere um pouco! Eu ouvi bem? Quer dizer que a senhorita acha que não sou capaz? Não sou capaz de quê?...

Estava na dúvida se usava a palavra transar, fuder... afinal, ela era uma senhorita. Prefere repetir a pergunta, olhando profundamente nos olhos castanhos dela.

- Não sou capaz de quê, senhorita?

Foi o momento iluminado que ela aguardava. Ela não usava nada por baixo da capa do uniforme, simplesmente abriu a capa, e se mostrou totalmente nua para ele.

- O senhor é capaz de fazer amor comigo?

O pouco de austeridade que ele tinha, acabou quando sua ereção tornou-se visível pelo volume que se formou quando a viu nua. Tentou disfarçar com sua capa, mas era tarde, ela percebeu.

Ele não esperava ser provocado daquela maneira, então foi rude quando disse, quase rosnando.

- É claro que sou capaz, sim! Mas não vou fazer...

- Por quê?

- A senhorita é minha aluna!

- Não serei mais no próximo ano... Além do mais, vamos passar por uma batalha. Sabe-se lá, se estaremos vivos amanhã?

Aquele argumento era profundo. Pelas conversas que teve com Alvo Dumbledore, ninguém sabe o dia de amanhã. Como será o confronto entre o lord das trevas e Harry Potter? Pode ser que todos em Hogwarts morram...

Severo fica pensativo. Ela aproveita o momento para sensualizar-se. Retira a sua capa e deixa em cima da mesa dele.  Se aproxima ainda mais dele, e diz:

- Não quero morrer virgem... Queria ao menos experimentar uma única vez!

- É tão importante assim?

Os olhos negros lhe traindo para o belo corpo da jovem.

- É claro que é! Tenho certeza que para os homens a primeira vez também é importante! Aposto como o senhor se lembra com quem fez sexo a primeira vez!

- Senhorita, seus argumentos não têm fundamento, e estamos dentro de uma escola, eu não vou arriscar meu emprego...

- Ninguém precisa saber...

- E nem você!!!

-Não entendi, professor...

- Só faria com uma condição...

Hermione senta na beira da mesa de forma muito sensual, agora mais animada com o rumo da conversa.

- Qual, professor?

- Após o ato, eu devo retirar sua memória. Não se preocupe, tiro apenas a memória que me compromete.

Ela pensa rápido. – Por Merlin, se eu quero tanto que ele seja o primeiro, melhor fazer com ele e não lembrar, do que ficar a vida toda me lamentando...  

- Tudo bem, eu aceito!

- Vista a capa e me siga. Ele deixa o livro em cima da mesa, vai ao laboratório, e retira um frasco de dentro do armário.

- Tome, beba isso! É poção anticoncepcional! Não quero encrenca para o meu lado!

- Eu não estou no meu período fértil, mas sem problemas. Eu bebo!

Hermione pega o frasco da mão dele, sem querer esbarra seu dedo no dele. Uma corrente elétrica parece que percorre ambos os corpos. Ela percebe que ele também sentiu. Em seguida ele vai na frente, e entra no seu quarto. Acende a luz.

- Eu vou tomar um banho. Me aguarde na cama.

- Ok! – Não acredito... estou na cama dele! Uau! É hoje, meu melhor presente!!! Tudo bem que tire minha memória, eu serei mulher! Nenhum outro rapaz poderá contar vantagem!

          Hermione se deita na cama larga e macia, se cobre com o lençol verde de seda.  Fica reparando no quarto dele, o papel de parede é com listas prateada, as cortinas pretas longas que vai do teto ao chão escurece ainda mais o ambiente. O cheiro dos travesseiros tinha um aroma delicioso de patchouli, balsâmico e herbáceo com um tom amadeirado. A luz verde da lamparina em forma de serpente em cada lado da cama dava um toque todo especial ao quarto.

Minutos depois ele surge só de cueca e ela se deslumbra com o físico dele. Ombros e peito largos. Ele se aproxima lentamente, senta-se na beirada da cama. Hermione estava nervosa, não poderia negar. A partir daquele momento tudo seria novidade. Estar tão próxima a ele, olhos nos olhos, sentindo o perfume inebriante, seu coração a mil, sua vontade maior era roubar-lhe um beijo, mas conteve-se.

- Está nervosa, senhorita Granger?

- Um pouquinho!

- Primeiro preciso lembrá-la que ainda sou comensal da morte, e quando o lord convoca os seguidores precisamos ir, se quisermos continuar vivos. Nestes encontros, quando ocorre em local público é bem normal no final, obedecermos a ordem de estuprar mulheres por diversão. Óbvio que não vejo diversão nenhuma.

Hermione escutava horrorizada.

- Sim, já tive que fazer em várias virgens para me manter vivo. Se quiser desistir, pode ir...

- Não... Não importa, eu não costumo voltar atrás nas minhas decisões. Se for ou não com violência, será com o senhor...

O professor foi sincero, apenas esqueceu de comentar que na hora “h” lançava um feitiço não verbal para retirar aquela memória da vítima. Quantas vezes teve vontade de lançar algum feitiço para a mulher não sofrer, mas se isso ocorresse, quem sofreria as consequências nas mãos do lord seria ele.

Ele retira o lençol de cima dela com um movimento brusco, para ver a reação dela. Hermione se encolhe e ruboriza. Ele percebe que ela não estava com medo, e sim inibida.

- Na sala você não estava envergonhada...

Hermione dá um sorriso tímido. Seu olhar apaixonado não passava despercebido pelo olhar dele. Severo senta-se mais próxima dela, e suas mãos começam acariciando os seios, que imediatamente reage ao toque, enrijecendo o bico. Logo uma mão permanece no seio, enquanto a outra acaricia a coxa dela. A mão vai subindo e rapidamente já está entre as pernas dela. Ela se abre um pouco, e solta um gemido abafado. Severo move seus dedos delicadamente e sente a umidade aumentar à medida que se aproxima da fenda edemaciada. Ele vai acariciando e ela se soltando aos poucos. Severo retira sua cueca com feitiço não verbal, e a penetra com ímpeto. Ela abafa um uivo. Por ela ser tão apertada, pouco tempo depois é ele que abafa o som na garganta quando atinge o orgasmo.

- Doeu?

- Um pouquinho...

- E então, como se sente?

- Nossa, foi muito bom...   

- Agora respira e relaxa.

Severo aproveita para colocar a cabeça no travesseiro. Até o momento ele estava por cima do corpo dela. Eles permaneceram em silêncio, cada qual imersos em seus pensamentos. – Será que ele vai me beijar? Ela pensa. – O aniversário é dela, e eu que ganho o presente! Ele pensa.

Após alguns minutos de descanso, ele não resiste e  beija os bicos dos seios dela. Primeiro um e depois o outro. Em seguida, inesperadamente, ele a beija na boca com volúpia. Hermione é pega de surpresa, e seus batimentos cardíacos voltam a acelerar descompassadamente. Severo sem pudor algum introduz sua língua quente e dura na boca dela. Ela demora um pouco para corresponder ao beijo. Estava tão surpresa, e paralisada com tamanha emoção, que ele quase desiste do beijo. Ele estava se distanciando dos lábios dela, quando ela o puxa de volta e lhe beija com paixão.    

Desta vez é ele quem fica surpreso, não esperava que ela beijasse tão bem. Quando se afastam ele comenta.

- A senhorita sabe beijar!

- E o senhor beija muito bem!

- Se quiser, pode passar a noite aqui. Amanhã bem cedo vou lhe acordar para ir ao seu quarto. 

Ela sorri de forma tímida, e ele imediatamente puxa-a para si para o segundo beijo.

Severo desliga as lamparinas, e antes de virar-se para o lado diz:

- Boa noite, Hermione!

- Boa noite, professor!

- Pode me chamar de Severo!

Ele dorme imediatamente. Ela está tão feliz por se tornar mulher nos braços dele, que não consegue dormir.

Outra pessoa também não consegue dormir naquela noite. – Fiquei quase uma hora me esperando sair da sala da masmorra e nada! Se não fosse o pirraça me fazer correr da escadaria, passaria a noite ali. Será que eu dormi com ele?

Continua...