História O viuvo - Mentiras , o maior veneno de uma relação!

Mais um ano chegou na família Namikaze, um ano diferente, com um integrante recém nato, pequeno, que inspirava cuidados, amor e carinho. Assim Hinata como toda boa mãe, tirou sua licença maternidade das empresas Namikaze, levar Kawaki ao pediatra, vacinas em dia, noites em claro e muita alegria era isso que aquele serzinho pequeno representava para ela, o conceito de amor de mãe não tem limites, se encaixa bem.

— Hina, quando Kawaki dormir, durma um pouco também, não se preocupe, Himawari já é uma mocinha e tem maturidade o suficiente para pedir a uma cozinheira que ponha sua comida, converse com ela, delegue funções, até para evitar ciúmes...

— Meu Deus, Naru! nunca pensei em ouvir palavras de ordem e responsabilidade saindo de sua boca em relação a nossa casa. Brincadeiras a parte, amor, nisso você tem absoluta razão, mamãe fez isso comigo quando Hanabi nas eu, vou conversar com Hima para ajudar...

Naruto teve alguns problemas na empresa e teve que ir resolver, mas a saudade não o deixa demorar, rapidinho voltou, Hinats já tinha ido colocar Kawaki para dormir, quando abriu a porta do quarto viu a cena que lhe aqueceu o coração,  Hinata, Kawaki e Himawari deitados na cama do casal, sentiu uma emoção que nem podia controlar, pensamentos bobos, sonhos um tanto infantis medo de perdê-la e pensou infantilmente: "queria tanto ser um super homem pra voar contigo pra longe de tudo, talvez homem aranha para te prender para sempre nas teias da paixão e não fugir de mim nunca, te ter comigo longe do perigo, proteger você no fim das garras do vilão, mas isso não é possível, estou mais pra um Robin Hood, mentiras justificando minhas verdade", riu sozinho da sua desgraça, "como contar a ela?" Já não sabia mais, estava envolvido na sua própria teia de mentiras, não sabe mais como fugir disso. Como se tudo que aconteceu estivesse agora conspirando para vir à tona, Sakura, kushina e seu pai.

O casal Namikaze foi por poucos dias ao interior ver os pais de Hinata, para que pudessem conhecerem o mais novo integrante da família, Kawaki. A morena  ao chegar conversou com sua mãe, que achou iniciativa linda e uma prova de amor de Naruto a ela, amou o novo netinho, mas lançou uma pergunta que latejava insistentemente na sua cabeça, se ela não tem nada como afirmou a médica, e não viu Naruto fazer o mesmo, se oferecer para exames, nem que fosse de rotina, um espermograma básico, não se moveu de forma alguma, como se esse fosse algo premeditado, como se não quisesse ou pior… soubesse de antemão.

Hanna  chamou a filha e disse: —  Filha, sei que estou me metendo na sua vida, mas já pediu para ele fazer também algum exame? Sei lá, é estranho sim, ele já tem uma filha, mas vai que a bebida, medicação ou algo assim o deixou impossibilitado de fazer outros filhos? Não é melhor saber que ficar no escuro? Só uma possibilidade, assim você não sofre com a dúvida.

— Mãe, já pensei nisso também milhares de vezes, aí me lembro de tudo que ele passou e travo na hora de perguntar, mas vou conversar com ele com tranquilidade, vou pedir uma opinião médica para saber se tem tratamento ou algo assim. Nos abraçamos, chorei com as lembranças, minha mãe lamentou ter tocado no assunto.

— Não é sua culpa, não se preocupe!

Voltamos pra casa, após algumas semanas pensando em tudo que minha mãe falou, procurei Tsunade que me explicou muita coisa, achei ela um pouco desconfortável, mas deve ser impressão minha, ela é uma mulher muito atarefada.

Fomos a um jantar comemorativo na minha sogra, aniversário casamento deles, lindo 40 anos de casado, lindas Bodas de Esmeralda ou Rubi, — sogra quero muito alcançar essa marca ao lado do homem que eu amo e ver nossos filhos lindos e bem.

Estávamos em maio a uma conversa aleatória quando  surgiu a pergunta se eu vou contar ao meu filho que ele é adotado? sim, quando Kawaki tiver idade e entender vou contar que o amamos independente de sangue, ele tem direito de saber a verdade, por pior que ela seja, mentiras envenenam uma relação de confiança, pairou no ar um clima estranho. Mas por fim tive que pegar alguns documentos no escritório, na gaveta da mesa, eram os documentos da minha sogra para na segunda-feira dar entrada em um processo de inventário de uma herança de sua família, lendo um a um para saber o que pegaria vi um documento que me tirou o chão, ar dos pulmões, um choque tremendo, não suportei e desmaiei...

Naruto estranhou a demora de Hinata, — será que Kawasaki acordou? — Vou lá olhar, mãe. Olhou nos quartos e nada, então lembrou se que dua esposa havia ido à biblioteca, quando chegou ela estava no chão com um papel em mãos, desesperado chamei minha mãe e Sakura para ajudarem...

Sakura tocou-lhe os pulso, estavam normais, — aparentemente é só um desmaio, as funções vitais aparentemente estão boas, mas podemos levá- la ao hospital se preferir.

Kushina como boa observadora pergunta o que era aquilo nas mãos dela?

Naruto abriu o tal papel nas mãos dela e quando sentiu seus olhos instantaneamente marejaram e ele soube que seria o fim, fim da sua felicidade, da sua família e do casamento.

Desesperado, começou a gritar com sua mãe, questionando o porque de não ter rasgado ele mandou? — Porque guardou a merda desse papel na sua pasta de documentos? Ele estava descontrolado.

Minato teve que intervir: — NARUTO, PARE! Foi ríspido, não procure culpados para seu erro, CHEGA! Nunca me meti em nada de sua vida adulta, mas você está passando dos limites com sua mãe, ela desde você fez essa merda que ela não tem paz, tem pesadelos com isso, que essa hora um dia chegaria é fato, aceite que você errou e mentiu pra sua esposa, foi covarde, corra atrás do prejuízo. Então ele a pegou no colo, levou para o quarto de hóspedes, tentou se acalmar por hora, esperando Hinata acordar.

— Aí minha cabeça… eu tive um pesadelo que...quando eu ia terminar de falar olhei para clima de velório que me cercava, eu estava na cama do quarto de hóspedes cercada pelos meus sogros, Sakura, Sasuke e Naruto, aí tive a certeza que não era pesadelo, era real. — Saiam todos por favor que a coisa vai ficar feia aqui.

— Hina! Eu…

— Cale se! Porque, porque você mentiu pra mim? Choro … eu amei você, dediquei a minha vida a você e nossos filhos, VOCÊ ME VIU CHORAR MÊS A MÊS POR QUASE UM ANO, UM ANO, SEU DESGRAÇADO, TENTANDO DESESPERADAMENTE ENGRAVIDAR, VOCÊ SABE O QUANTO EU QUIS SER MÃE, TER UM FILHO NOSSO, VOCÊ FEZ VASECTOMIA SEM ME CONSULTAR, NÃO DISSE NADA, MENTIU DELIBERADAMENTE... (gritos ). 

— EU TE ODEIO NARUTO UZUMAKI! Claro que foi da boca para fora, me senti mortalmente traída.

Se levantou as presas e disse: — Eu quero o divórcio… Quero você longe de mim.

— Hina, não! Me perdoa, eu tive medo de perder você como perdi a Selene, não queria te magoar....choro.

— Pro diabo com seu medo, seus traumas, seu idiota, ela era doente, não poderia engravidar e sabia disso, voce mesmo disse, e eu, EU SOU SAUDÁVEL… entenderia seu medo, iríamos juntos a sua tia Mito, cuidariamos desse trauma com amor, juntos, teríamos um filho, iríamos ao médico, faríamos todos os exames possíveis e imagináveis, nós temos dinheiro pra isso… mas você preferiu mentir, cravar um punhal bem aqui no meu peito e outro nas minhas costas, tirando de mim na surdina, como um bandido, o sonho de ser mãe. Mas agora eu sei que é você e não eu, nada me impediria de fazê- lo né… Não me siga.

Quando cheguei na sala, eu já estava com a bolsa de Kawaki, com Himawari ao meu lado, todos me olhando com pena, inferno, eu pensei em voltar pra konoha com as crianças, mas quando o vi na porta me olhando com a cara inchada do choro, senti ainda mais raiva, — Se quiser brigar pela guarda podemos, mas eu aviso senhor Uzumaki, por nenhum dinheiro no mundo vou abrir mão de nenhum deles e do direito de ser mãe, vou brigar de igual pra igual e outra coisa que quero que fique claro aqui, com testemunhas, eu fiz tudo que pude, sou jovem ainda, assim que o divórcio sair eu terei um filho MEU. Agora sai da minha frente que eu vou pra casa .

— E o trabalho? Nossa casa? Nossa vida?

— Você pensou nisso quando mentiu, Naruto? Você pensou no meu sonho? Eu queria um filho nosso. Amo esse dois com minha vida, mais eu sonhei tanto em sentir um aqui, aponta pra barriga, mexer, crescer, nascer.

Naruto não a queria longe, — não precisa sair de Tokio, eu saio de casa, fico aqui na minha mãe, não precisa sair da empresa, pode continuar como está, trabalhando remoto e só vá lá quando necessário… não me abandone Hinata, não me deixe sem meus filhos.

Suspirou profundo, viu as lagrimas de Himawari vendo aquela discussão horrível, com gritaria, se abaixou um pouquinho e disse: vai ficar tudo bem meu amorzinho, — Tá certo! vou pensar em tudo que propôs, vou passar dias com minha mãe, quando voltar não quero vê lo lá.  Háaaa, não esqueça senhor Uzumaki de deixar a sua cópia da chave na portaria, eu apanho depois. Combinaremos os dias que pegaram as crianças para ficar com elas na Guarda compartilhada. — Kushina, me perdoe pelos gritos, Sakura poderia me levar em casa? Estou um pouco nervosa e meus filhos estão comigo, não quero que lhes aconteça nada.

— Claro! — Sasu? — Chamou o esposo, depois passe lá para me buscar!