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História O Vizinho Da Casa Ao Lado - Jeon Jungkook - Chapter Forty-Five


Escrita por: myjooles

Notas do Autor


Voltei! Como estão? Espero que bem!
.
🌻; Avisos!
│ •➤ Bebidas alcoólicas
│ •➤ Substâncias ilícitas (não estou incentivando ninguém a fazer o ato)
│ •➤ Agressão física e verbal
│ •➤ Cenas explícitas de sexo
│ •➤ Palavras de baixo calão.
🌻 .conteúdo +18
╰─────────────🌻

Boa Leitura!

Capítulo 45 - Chapter Forty-Five


Fanfic / Fanfiction O Vizinho Da Casa Ao Lado - Jeon Jungkook - Chapter Forty-Five

• Simples Palavras
* * *

Uma onda de emoções percorreu por todo meu corpo e meu estômago ficou todo revirado. Ouvir o que Amy acabara de falar foi pior que levar uma facada, ela não pode amar nós dois ao mesmo tempo. Saí de perto da sacada e respirei fundo, eu sabia que quando Jungkook voltasse tudo ficaria confuso para ela e que era de se esperar, em minha mente eu estava preparado para esta situação, contudo, agora que ela disse que ama nós dois isso me deixa tão inseguro.

Eu saí do quarto e peguei a chave do meu carro, andei até a varanda que eles dois estavam e vi Amy sentada no chão, Jungkook estava parado encarando o chão e eu tossi de propósito, o mesmo me olhou e a mais nova em seguida.

— Eu vou dar uma saída, tudo bem? – A mesma se levantou, seus olhos estavam vermelhos e seu rosto molhado, provavelmente por conta do choro.

— Agora? Está tarde, querido. – Ela enxugou suas lágrimas.

— Não quero ficar aqui ouvindo essa conversa, discussão, seja lá o que for isso.

— Você ouviu? – Amy se aproximou de mim e segurou meus braços cuidadosamente, continuei calado. – Amor, você ouviu?

— Infelizmente. – Ela abaixou a cabeça. – Eu sabia que isso iria acontecer, não culpo você por nada.

— Me perdoa. – Amy passou sua mão em meu rosto delicadamente. – Por tudo isso, me perdoa.

— Para falar a verdade, fiquei bem chateado em ouvir você dizendo que ama nós dois. – Soltei uma risada fraca e ela negou com a cabeça.

— Jimin, não… Eu estava enganada, hum?

— Eu vou te dar um tempo para se acalmar, para conversarem direito, daqui a pouco eu volto e conversamos, tudo bem?

— Por favor, fica em casa. – Tirei suas mãos do meu rosto e deixei um selar em sua testa. – Me diz pelo menos em que lugar você vai.

— Preciso de um tempo sozinho. Eu vou voltar, não se preocupe.

— Jimin... – Sua voz saiu trêmula e eu engoli a seco.

— Até mais tarde, querida. – Sorri mínimo e me distanciei deles dois.

Eu saí de dentro da casa e andei até meu carro, o destravei e logo o adentrei. Senti uma pontada no peito e bati no volante do carro com certa força, fechei os olhos por um momento. Por que ele voltou? Justo agora que meu casamento seria daqui duas semanas, eu estava tão animado e Amy também, semana que vem teremos que ir escolher o bufê e a ornamentação do lugar.

Quando eu vi Jungkook fiquei com um pé para trás e meio incomodado com sua presença, quando ele e Amy foram conversar fiquei quieto e tentei me destrair com Jeongsan. E agora com o que eu ouvi saindo dos lábios da minha mulher me deixou frustrado e bastante inseguro, antes meu medo era de ele querer tirar Jeongsan de mim e agora, meu maior medo é de Amy desistir de nós, do nosso casamento, de tudo o que vivemos juntos.

* * *

Confesso que também não fiquei muito contente em saber em ela dizer ama nós dois. Isso complicará mais a situação e eu tenho quase certeza que se ela for escolher um de nós, vai preferir Jimin, o que me deixa intrigado e chateado.

— Jura... Nós dois? – Perguntei e Amy se virou para mim.

— Eu me odeio por isso. – A mesma passou sua mão em seu rosto, em seguida respirou fundo. – Enfim, temos que pôr um ponto final nisso.

— Volte comigo. Me dê mais uma chance.

— Eu não vou fazer isso, Jeon. Mesmo que uma parte de mim ainda o ame, eu vou continuar com Jimin. Iremos nos casar daqui duas semanas, e não quero que nada dê errado.

— Du-… Duas semanas? – Indaguei perplexo.

— Sim, duas semanas. Algum problema?

— Não, mas você não acha que é cedo? – Ela negou com a cabeça.

— Estamos juntos à dois anos, faz sete meses e alguns dias que ficamos noivos... Não acho que está cedo para casarmos.

— Dois anos... – Murmurei – Certo. Só não esqueca de uma coisa.

— Do quê? – Me aproximei dela e segurei seu rosto delicadamente.

— Que eu te amo. – Percebi seu olhar triste e sorri ânimo. – Não esqueça que eu te amo muito, Amy.

— Para com isso, por favor. – Eu neguei com a cabeça e encostei nossas testa.

—Eu te amo. Por favor, entenda que eu sempre vou amá-la.

Eu a abracei e por ser um costume, eu acabei deixando um selar em seu pescoço. Amy retribuiu o abraço e eu firmei ainda mais, fazia tempos que eu sentia falta deste contato, dos seus braços se envolvendo meus ombros e seu corpo tão perto do meu. E, quando nos afastamos um pouco, fiquei encarando seu lábios, eu quero beijá-la, queria sentir sua boca e em contato com a minha, entretanto, tinha que me contentar e deixei apenas um selar em sua testa.

— Vamos falar sobre Jeongsan. – Disse quando encerramos o abraço.

— Certo. – Voltamos a nos sentar. – Eu pensei um pouco e o que acha de uma guarda compartilhada?

— Guarda compartilhada…?

— Exatamente. Jeongsan passaria alguns dias comigo e outros com você e Jimin.

—Hum... E como funcionaria?

— Seria algo como cinco dias com vocês e cinco dias comigo, isso depende de você.

— Tudo bem. Falarei com Jimin e resolvemos isso, o que acha?

— Claro, sem problemas. Vou mandar fazerem um quarto para ele, quando for para minha casa.

ㅡ Prometa que vai cuidar bem do meu filho quando ele estiver em sua casa.

— Sim, eu prometo que vou cuidar muito bem do nosso filho… – Deixei ênfase. – Quando ele estiver sobre meus cuidados.

— Jeon, não faça eu me arrepender disto.

— Eu não vou. – Amy soltou seu cabelo e eu olhei para meus dedos.

— Vou confiar em você. Tem mais algo que quer me contar, ou era só isso?

— Eu estava pensando... O que acha de sairmos?

— Como assim?

— Eu, você e Jeongsan. Se quiser o Jimin também pode ir... Teremos que fazer isso de qualquer jeito.

— Teremos que resolver isso na justiça, não é? – Assenti.

— Exatamente. E para eles aprovarem uma guarda compartilhada, precisam ter certeza que eu vou cuidar bem de Jeongsan e que eu e você, temos uma boa relação.

— Tudo bem. – A mais nova pareceu pensar. – Você trocou de número?

— Não, ainda estou com o mesmo, você trocou?

— Igualmente. Você pode marcar um dia, mas não nessa semana e nem na outra.

— Estará ocupada? – Ela balançou a cabeça positivamente.

— Sim, tenho que resolver algumas coisas.

— Hum... Certo, acho que está na hora de eu ir embora. – Me levantei e Amy em seguida.

— Foi bom te ver novamente. – A mesma abaixou a cabeça e eu sorri.

— De verdade?

— Sim. Odeio admitir isso, mas eu estava com saudades. – Senti borboletas em meu estômago.

— Eu estava com muitas saudades de você. – Ms aproximei dela e sem avisar dei-lhd um abraço, ela não retribuiu e eu apertei um pouco mais. – Ora, não seja chata, me abrace também.

A menor retribuiu o abraço e ficamos assim por mais alguns segundos. eu fechei meus olhos e senti o cheiro de seu perfume, é o mesmo que ela sempre usou alguns anos atrás, nos afastamos e eu direcionei meu olhar ao colar que ela usava, é aquele mesmo que eu dei para ela.

— Você ainda o usa. – Apontei para o colar e ela sorriu mínimo. – Por quê?

— Lembra o que você me disse? Aquilo nunca saiu da minha cabeça e desde então, eu o uso.

— Só por causa do quê eu disse? – Cerrei os olhos.

—Sim, só por causa do quê você disse. – Ambos rimos levemente.

Aproximei de seu ouvido e sussurrei. – Vou fingir que acredito.

— Faça o que você quiser. – Ela sussurrou de volta. – Está tarde, é melhor você ir para sua casa. Ainda tenho que ligar para Jimin e estou morrendo de sono.

— Tudo bem, vou deixar você descansar.

Eu e Amy caminhamos até a porta de sua casa juntos, eu estava feliz, aquilo poderia ser um bom recomeço. A mais nova abriu a porta e soltou um suspiro, enquanto eu me direcionava para fora, me virei novamente para a mais baixa e deixei um selar em sua bochecha, abrindo um sorriso pequeno em seguida. 

Eu fiquei olhando para Amy por um breve momento, era quase impossível não querer juntar nossos lábios, apenas mais uma vez, eu quero sentir o gosto da sua boca e acredito que irei me arrepender disto, entretanto, não pensei em mais nada e coloquei nossos lábios, ela ficou sem reação nos primeiros segundos, mas logo se afastou e abaixou a cabeça.

— Não faça isso de novo. – Sua voz saiu um tanto baixa, mas foi audível.

— Desculpe. – Ela não me olhou em nenhum momento.

— Fique bem, Jungkook.

— Digo o mesmo. Até mais, Amyzinha. – A mais nova apenas assentiu e fechou a porta.

Eu saí da sua casa e andei até meu carro, olhei em volta e vi alguém bastante familiar, forcei a vista e era Jimin em seu carro ele estava de olhos fechados e com o rosto vermelho, suspirei e fui até seu carro, bati na janela e o mesmo deu um sobressalto, quando me olhou vi seus olhos inchados e vermelho. Fiz um sinal para que ele abrisse a janela do seu carro e assim ele fez.

— O que você quer? – Perguntou ele desligando o motor do veículo.

— Pensei que tivesse saído. Por que está aqui?

— Porque eu não consigo entrar lá, Jeon. Bem, não agora.

— Você é um adulto, pode lidar com esta situação.

— Sim, mas com você aqui... As coisas ficarão mais difíceis e você sabe disso. Poderia ter esperado mais um ano para poder vir, não?

— Isso não adiantaria, Park. Eu continuaria amando Amy e faria de tudo para ela me amar novamente.

— Céus, se ela falar 'não'. – Jimin disse passando as mãos no rosto e voltou a chorar.

— Ela vai aceitar. – O mais velho me olhou e franziu o cenho.

— Como pode ter tanta certeza? Amy ainda te ama e eu sei disso, até confirmou, você ouviu. Jungkook, você não tem noção do quanto eu tentei fazer ela amar somente à mim... O quanto eu tentei fazer ela esquecer você, mas no fundo eu sabia que ela ainda sentia algo. Sabia que quando você voltasse ela ficaria confusa e que até mesmo teria uma recaída, por todo esse tempo eu venho me preparando para este momento, mas quando o vi na nossa casa... Fiquei com medo... Com medo de perder ela.

— Eu também tenho medo de perdê-la, Jimin! Acha que foi fácil esse tempo todo ficar longe dela? Saber que ela dorme, ama e vive com outro homem? Não conseguia parar de pensar nela e no meu filho nem por um segundo. Você goste ou não, eu ainda a amo... E vou continuar amando.

O mesmo riu fraco e saiu de dentro do carro. – Eu não me importo se você a ama... Quem esteve com ela nos piores momentos foi eu! Quem esteve nos melhores momentos foi eu! Nós criamos momentos maravilhosos e eu espero que tenhamos mais como aqueles. Quem ajudou Amy cuidar do nosso filho foi eu, Jungkook.

— ‘Nosso filho'? – Neguei com a cabeça. – Jeongsan é o meu filho com Amy... Não fique se intitulando como pai dele.

Jimin cruzou os braços. – Jeongsan é tanto meu, quanto seu. Quem você acha que o registrou? Quem você acha que foi a segunda a pessoa pegar ele nos braços? A pessoa que acordava de madrugada para fazê-lo parar de chorar? A pessoa que sempre faz de tudo para fazer ele rir ou sorri? A pessoa que faz de tudo por ele? Exatamente, essa pessoa sou eu!

— Eu continuo sendo o pai dele e você nunca vai tomar esse lugar de mim. Não bastava ter tirado a minha mulher de mim, agora quer meu filho também?

— Primeiro, Amy nunca foi sua mulher. Segundo, ela é a minha mulher. Terceiro, Jeongsan é meu filho... Como você disse: você goste, ou não. Pai não é quem faz, é quem cria, Jungkook.

Eu soltei uma risada. – Certo, mas agora eu estou aqui, não? Jeongsan terá o pai verdadeiro presente e não vai precisar de você mais... É bom você começar a se acostumar com isso. – Ele saiu de dentro do seu carro e fechou a porta.

— Você pode até começar a participar da vida dele... Mas quem vai se casar com Amy, serei eu. – Fechei meus punhos.

Eu lembrei do que Yoongi me disse, sobre não criar confusão com Jimin, isso só complicará mais a situação em que eu estou. Park travou seu carro e voltou a me olhar. A vontade que eu sinto é de dar um soco em seu rosto, mas tenho certeza que se fizesse isso seria preso novamente, Jimin é uma pessoa importante e seu emprego não facilita as coisas para mim. E o meu emprego pode até ficar em risco por conta disto, então é melhor eu não fazer nada.

— Faltam duas semanas para o casamento de vocês. Amy pode desistir durante esse tempo ou fazer algo imperdoável, não é?

— Se você fizer algo para estragar nosso casamento, eu juro que ponho você na prisão de novo.

— Está me ameaçando, Agente Park? – Soltei uma risada.

— Entenda como quiser. – Ele me olhou dos pés à cabeça. – Acho melhor você ir, tenho que conversar com a minha melhor.

Jimin disse se afastando e eu respirei fundo para não acabar surtando aqui, fazendo com que eu quebre o vidro de seu carro. Ele voltou para dentro de sua casa e eu neguei com a cabeça, cerrando o punhos e trincando a mandíbula. Esse metida à besta me tira do sério. 

* * *

Após Jungkook sair, fechei a porta e me joguei no sofá, Lin apareceu e ofereceu um remédio para dor de cabeça, eu acabei tomando e a agradeci. A mulher mais velha pegou sua bolsa e eu me sentei no sofá.

— Lin, você não quer dormir aqui? Pode ficar no quarto de hóspedes.

— Tudo bem, senhorita Amy. Eu tenho que ir para minha casa.

— Você sabe que pode ir embora mais cedo, não é? É perigoso andar nas ruas uma hora dessas.

—Eu não moro muito longe. A senhora sabe que não vejo problema em ficar aqui até tarde, não?

— A partir de amanhã, você pode começar a ir cedo para sua casa.

— Está tudo bem, não precisa fazer isso.

— Sim, mas eu me preocupo com você.

— O senhor Park não ficará irritado? 

— Claro que não, não se preocupe. – Sorri gentilmente e a também.

— Sim, senhora. Obrigada. – Ela agradeceu e eu assenti. – Eu tenho que ir, até amanhã.

— Tenha cuidado.

A mulher saiu da casa e eu me deitei novamente no sofá, soltando um suspiro longo e pesado. Parece que minha cabeça irá explodir, com essa situação toda minha cabeça começou a doer e fiquei massageando minhas têmporas. Um tempo curto se passou e eu olhei no relógio que ficava na parede. Tranquei a porta e coloquei a chave na mesa de centro, subi as escadas e peguei meu celular, disquei o número de Jimin e ele não atendeu.

— Atende, por favor. – Disse para mim mesma, enquanto tentava ligar novamente.

Jimin não atendeu e eu fiquei andando de um lado para o outro no quarto, são 00h30 e eu não faço a mínima ideia em que lugar ele pode estar. O aparelho em minha mão vibrou e eu rapidamente o olhei para ver se era Jimin, mas era apenas um número desconhecido, acabei por atender.

Chamada On ]

— Alô? – Falei me sentando na cama.

— Alô... Amy? – Pela voz percebi que era uma mulher.

— Sim. Quem é?

— Eu me chamo Naeum. Sou uma amiga do seu pai, Jaebeom.

— Ah, amiga do meu pai? – Perguntei estranhando a ligação repentina.

—Sim, ele nunca falou de mim, mas falou de você... Podemos nos encontrar qualquer dia desses? Preciso lhe falar algumas coisas

— Bem...

—Sei que você não me conhece e que nunca me viu na sua vida, mas pode confiar em mim, temos que conversar sobre algumas coisas... Se você quiser.

— Tudo bem. Quando eu tiver tempo livre, nós podemos nos encontrar... Como você conseguiu meu número?

Com Jaebeom. Peguei no celular dele.

— E ela sabe disso? – Ouvi uma risada baixa no outro lado da linha.

— Não, ele ficaria com raiva... Enfim, eu preciso ir, vou te mandar mensagem assim que puder.

— Certo, qual é o seu nome mesmo? Para salvar seu contato

Cha Naeum.

— Ok. Até mais, Naeum.

Chamada Off ]

A chamada foi encerrada e deixei o celular ao meu lado, nunca conheci nenhuma Naeum e estranhei o fato dela querer conversar comigo. Me levantei da cama e saí do meu quarto, aindei até o quarto de Jeongsan e o adentrei, me aproximei de seu berço e o pequeno estava dormindo tranquilamente, eu sorri mínimo e suspirei.

— Ah, meu filho... Sua mãe está para ficar louca. – Falei baixo. – Durma bem, meu garotinho.

Eu cobri o mesmo direito e saí do seu quarto, fechando a porta devagar para não fazer barulho e Jeongsan não acabar acordando. A casa está silenciosa e algumas luzes estão apagadas, me sentei perto da porta de Jeongsan e fiquei encarando minha aliança.

Um dos dias mais felizes da minha vida – depois do nascimento de Jeongsan –, foi o dia em que Jimin me pediu em casamento. O lugar em que estávamos haviam poucas pessoas e não tinham conhecidos nossos, eu e Jimin havíamos combinado de irmos jantar sozinhos, durante o jantar ele começou a me fala várias coisas e por fim, me pediu em casamento.

— O que está achando daqui?

— Hum... Bem calmo, gostei daqui e a comida é ótima. – Ele sorriu e eu também.

— Amor, eu preciso falar uma coisa… – Peguei um guardanapo e limpei menus lábios. – Posso?

— Sim. – O respondi dando-lhe atenção.

— Certo. Primeiramente, eu gostaria de dizer que eu te amo, amo muito e que você é o amor da minha vida. – Sorri tímida. – Durante esse tempo que estamos juntos, aprendemos muitas coisas um com o outro e você sempre me apóia em minhas decisões e eu te agradeço muito por isto. Você é uma mulher fantástica e sempre está sorridente, mesmo que esteja triste com algo, quer que as pessoas em sua volta estejam bem e isso é uma das coisas que eu mais admiro em você... O seu jeito de lidar com as coisas me encanta, o jeito que você ficou mais responsável durante esse tempo me deixa impressionado e eu não tenho nem palavras para descrevê-la! Os nossos momentos são únicos, divertidos e cheios de emoções, é a primeira mulher que eu olho e penso: caramba, eu quero passar o resto da minha vida ao lado dela! O seu jeito é tão único, tão encantador e eu amo isso. Ultimamente eu andei pensando em algo e quero saber como você vai reagir. – Jimin se levantou e se ajoelhou ao meu lado, eu olhei em volta e algumas pessoas estavam nos encarando. – Amy-…

Amor, o que está fazendo? As pessoas estão olhando.

Deixe que elas olhem. – Ele riu baixo e de repente tirou uma caixa pequena de seu bolso.

O que é isso? – Franzi o cenho.

Eu posso falar? – Assenti. – Amy... Você aceita casar comigo? – O mais velho abriu a caixinha e dentro tinha uma aliança. Eu fiquei o encarando boquiaberta e sorri.

Vocês está brincando, não está? – Ele riu.

Não, nunca falei tão sério em toda minha vida. Você aceita?

— Calma, você realmente está me pedindo em casamento? De verdade?

Sim, eu quero me casar com você. O que me diz?

Céus... É claro que eu aceito! – Ele sorriu e eu selei nossos lábios.

Ah, que alívio, pensei que iria recusar.

Jimin tirou a aliança da caixa e segurou minha mão, em seguida a colocou no meu dedo anelar. O mais velho se levantou e eu também, logo o abraçando firmemente, algumas pessoas que estavam ali nos desejaram felicidades e aplaudiram.

— Eu te amo. – Disse perto do meu ouvido.

Eu te amo... – Eu sorri e olhei para meu dedo que estava a aliança. – Estamos noivos!

Estamos noivos! – Disse ele animado tanto quanto eu.

Naquele mesmo dia eu e Jimin passamos quase a madrugada toda conversando e nos divertindo. Só contamos do noivado depois de um mês, quando estava tendo um almoço de família e viram a aliança em meu dedo, o jeito foi contar para o pessoal. Felizmente, aquele meu namoro falso com Yixing tinha acabado, Senhora Zhang ficou indignada quando contamos sobre o namoro e sobre meu filho não ser de Yixing, desde o dia em que contamos a mesma não fala com o filho dela, a imprensa acha que foi um término normal e que não deu certo, o que nos deixou bastante aliavados, o único problema é que souberam que Yixing não era pai de Jeongsan.

— Querida. – Levei um pequeno susto e olhei para o mesmo. – O que está fazendo sentada aí no chão?

— Eu só estava pensando. Como entrou?

— Estava com a minha chave. – Ele se aproximou de mim e se agachou em minha frente. – No quê você estava pensando? – Jimin me olhou curioso.

— No dia em que você me pediu em casamento. – Passei a mão na nuca e ele me ajudou a levantar. – Você lembra daquele dia?

— Claro. Eu nunca me esqueceria. – Abracei o mais velho e suspirei.

— Me perdoe. Você não deveria ter escutado aquilo... Foi no calor do momento.

— Querida, olhe para mim. – Eu neguei com a cabeça e continuei o abraçando. – Por favor, olhe para mim.

— Está chateado comigo?

— Não. Olhe para mim. – E assim eu fiz, separei o abraço e o olhei. – Você não precisa se desculpar, eu entendo que seus sentimentos estão confusos. Admito eu também não queria ter escutado aquilo, mas eu acabei escutando... Eu quero você tome a decisão correta e que não se arrependa futuramente. Vou perguntar só uma vez, certo? – Assenti. – Você ama nós dois?

— Eu não sei, Jimin... Talvez seja apenas algo da minha cabeça.

— E se não for… Ainda vai querer se casar comigo?

— Sim! Eu quero me casar com você, ter uma vida juntos... Sabe que eu te amo, e não é porque Jungkook voltou que desistirei de nós.

— Fico feliz em ouvir isso, mas você não manda no seu coração, quem sabe você comece a gostar dele novamente. 

— Não... Quero ficar com você, não com ele. Esqueceu o que ele fez?

— Claro que não, mas não sabemos do dia de amanhã. Se você acha que vai começar a amá-lo novamente, me diga agora mesmo.

— Eu te amo, Jimin. – Me disse com a voz trêmula e ele umedeceu os lábios. – Queria que Jungkook não voltasse agora, tão perto do nosso casamento.

— Eu também não queria. – Ele passou suas mãos delicadamente em meu rosto. – Eu amo você e tenho medo do que pode acontecer... Tenho medo que você me deixe.

— Isso não vai acontecer, amor. – O mais velho deixou um selar em minha testa.

— Tudo bem. Que tal irmos descansar? Você e eu tivemos um dia longo e com essa visita ficamos nervosos demais.

— Tem razão. É melhor irmos nos deitar. – Park segurou minha mão e fomos para o nosso quarto.

— Amanhã quando você e eu chegarmos do trabalho, vamos conversar direito, certo?

— Certo. – Jimin tirou sua camisa e eu sentei na cama.

— Jeongsan está dormindo? – Perguntou ele vindo em minha direção e se sentando ao meu lado.

— Sim. Amanhã você irá trabalhar? – Jimin assentiu e fiquei olhando para os meus dedos.

— Quer me contar alguma coisa? – Neguei com a cabeça e me levantei da cama, quando eu iria me distanciar o mesmo segurou meu pulso. – Está escondendo algo, o que foi?

— Promete não ficar com raiva de mim? – Ele se levantou e me soltou.

— Prometo... O que aconteceu? – Eu respirei fundo e o olhei.

— Quando eu e Jungkook estávamos nos despedindo, ele…

Tenho medo de contar para Jimin e ele ficar com raiva de mim, quando ele viu Taehyung aqui perdeu a paciência sem o mesmo não ter feito nada, imagina como ele vai ficar quando eu contar que Jeon me beijou. Eu sei que não retribuí o beijo e que o empurrei, mas Jimin pode não acreditar em mim e achar que eu estou mentindo.

— Ele...? – Me sentei na cama novamente.

— Ele me beijou, Jimin. – Ficou me encarando por alguns segundos e depois soltou uma risada. – Jungkook me beijou.

— Jeon beijou você? – Assenti. – E você deixou?

— Não. – Segurei sua mão. – Eu o empurrei, não retribuí.

ㅡ Você está falando a verdade? – Suspirei.

— Confia em mim, querido. Por que eu mentiria para você?

— Aquele desgraçado... Como ele pôde beijar você?! – Ele soltou sua mão e passou em seus fios loiros.

— Fale baixo, se não Jeongsan vai acordar. – Jimin ficou andando de um lado para o outro. – Se acalme, por favor.

— Vida… Ele apareceu aqui do nada querendo conversar com você e querendo saber do filho, depois falou que te ama e que quer uma segunda chance... E agora você me diz que ele a beijou. Como quer que eu fique calmo?

— Ele também me pegou de surpresa, vamos esquecer isso.

— Jungkook vai fazer de tudo para você desistir de casar comigo, Amy. Ele pode até querer armar para cima de nós dois e você sabe do quê ele é capaz.

— Ele não vai conseguir nos separar, Jimin. – O mais velho se sentou ao meu lado e ficou de cabeça abaixada.

— Me prometa uma coisa. – Disse ele sem me olhar.

— O que? – Apoiei minha cabeça em seu ombro e segurei sua mão.

— Que se você acabar me traindo com ele vai me contar imediatamente. – O olhei assustada pela sua fala.

— Como? – Ele me olhou e notei seu olhar triste.

— Apenas me prometa. Se você acabar beijando ou fazendo sexo com Jungkook, não esconda de mim e me conte assim que puder, principalmente se for antes do dia do nosso casamento.

— Eu não vou trair você. De onde tirou essa ideia?

— Como você pode ter certeza? Você pode ter uma recaída e acabar dormindo com ele, não vou ficar com raiva de você, mas me prometa.

— Eu não vou transar com ele, Jimin! Eu quero me casar com você e hoje mesmo disse que nunca faria isso... Jungkook não vai encostar um dedo em mim sem que eu permita e eu não vou permitir. Acha que eu vou trocar uma vida por uma noite?

— Eu confio muito em você, mas tenho medo que você possa acabar dormindo com ele... Eu estou tão inseguro com tudo isso e me sinto tão insuficiente.

— Amor… – Segurei seu rosto delicadamente e o virei para mim. – Você não é insuficiente, nunca foi e nunca vai ser. Jimin, você é tudo o que eu mais quero e não precisa se sentir assim, você é o cara mais incrível, inteligente e doce que eu conheço... E não tem nada que me faça mudar de ideia sobre você, tudo bem?

— Você está falando sério? 

— Eu te amo, não se esqueça disso. – Ele sorriu e nos abraçamos. ㅡ Entendeu?

— Sim, eu também amo você. – Separei o abraço e ele colou nossos lábios. Sempre que Jimin me beija sinto um arrepio por todo meu corpo e um frio na barriga, isso nunca mudou desde que nos beijamos pela primeira vez.

* * *

Eu estava saindo do banho, enrolado com a toalha em minha cintura e enquanto caminhava, algumas gotículas de água caíam no chão. Ontem passei a noite pensando em Amy, em como faria para a mesma poder confiar em mim novamente, tenho certeza que com uma simples conversar ela não confiaria em mim de uma hora para outra. 

Fiquei pensando em outras coisas, como o beijo que eu lhe dei, foi bom sentir seus lábios de novo, mesmo que tenha sido por apenas uns três segundos antes que ela me empurrasse para longe dela, eu daria de tudo para ter aquela sensação mais uma vez e poder ter mais tempo para tocar em seu corpo, ouvir suas arfadas e senti-la por dentro.

Passei pela janela e olhei para a janela do antigo quarto de Amy; ainda consigo ver a mesma andando apenas de toalha por todo quarto até notar que eu estava a olhando e em seguida fechar as cortinas. O que me chamou atenção foi Minju, a mais velha estava no cômodo e não estava sozinha, tinha um homem conversando com ela, ou melhor dizendo: transando com ela. 

Conseguia ver perfeitamente a cena deles dois em pé e Minju acabou me olhando, sorri enquanto acenava com a mão, a mulher sorriu também e pela sua expressão percebi que estava curtindo o momento, resolvi parar de olhar assim que ela mordeu o lábio inferior e me olhou nos olhos. Por precaução, fechei a cortina e me afastei da janela, peguei meu celular e liguei para Amy, ainda temos que falar sobre Jeongsan e como vamos resolver isso.

Chamada On ]

— Oi, Jeon.

— O que está fazendo? – Perguntei me sentando na cama.

— Me ligou para perguntar isso?

— Não, mas me responda.

— Estou no trabalho, resolvendo algumas coisas, e você?

— Acabei de tomar banho, quer uma foto? Eu posso enviar.

— Idiota. – Soltei uma risada fraca.

— Então, ainda temos que conversar sobre Jeongsan.

— Sim... Sobre a guarda compartilhada, certo?

— Exatamente. Vou passar na sua empresa na hora do almoço, tudo bem? É minha única hora vaga.

— Ah, tudo bem... É o único momento que eu não estou ocupada também, pode ser.

— Ótimo! Quando sair da empresa, eu ligo para você.

— Ok.

— Está ocupada? Queria falar algo. 

— Eu meio que estou, mas você pode falar... Sem problemas.

— Me desculpe por ontem à noite, não pensei direito quando eu fiz aquilo.

— Escute, Jungkook... Para ser sincera fiquei meio desconfortável e um pouco chateada com aquilo, sei que você não fez por mal e que foi pelo momento, mas não faça isso de novo, por favor... Jimin não ficou muito contente quando soube e eu não quero que vocês dois fiquem brigando um com o outro.

— Você contou para ele?

— Ele é meu noivo, você espera o quê? Eu tive que contar.

— Ah... Se fosse comigo, você não contaria, não é?

— Eu contaria, Jungkook... Saiba que em um relacionamento precisamos ser sinceros.

— Sim, mas você não precisava contar que seu ex namorado beijou você.

— Claro que eu precisava, não esconderia dele e é exatamente isso, você é meu ex namorado... Não pode ficar me beijando quando e onde quiser.

— Bem que eu gostaria de fazer isso.

— Se me beijar de novo, eu juro que lhe dou um soco.

— Tudo bem, prometo não fazer isto de novo.

— Acho bom mesmo

— Jeongsan está em sua casa?

— Não, ele está na creche, vou buscá-lo depois.

— Que horas? – Perguntei curioso.

— Na hora do almoço, caso você chegue aqui e eu não estiver, já sabe o motivo.

— Certo, ele vai ficar aí com você?

— Sim, na minha sala tem um lugar próprio para ele... Eu prefiro que Jeongsan fique comigo do que com outra pessoa.

— Bom, eu concordo com você.

— Jeon, eu preciso desligar, mais tarde nos falamos.

— Certo... Até mais.

Chamada Off ]

A chamada foi encerrada e eu deixei o celular sobre a cama, em seguida me levantei e fui pegar uma roupa para vestir.

///

Estava tomando meu café enquanto falava com Bryant, pelo celular. O mesmo disse que tinha falado com o pessoal da empresa. Quando desliguei a chamada, guardei o celular em meu bolso e saí do carro, olhei para grande empresa e respirei fundo, falei para Hyuk ficar por perto, para caso eu precise ir para algum lugar. Adentrei a empresa e olhei em volta, uma moça veio em minha direção e sorriu gentilmente.

— Senhor Jeon? – Assenti.

— E você é a...? – Perguntei colocando uma das mãos no bolso da minha calça.

— Jung Sojin. – Ela sorriu. – Sua secretária. Venha comigo, vou levar o senhor até sua sala.

A mulher foi se afastando e eu fui logo atrás, andentramos o elevador e a secretária foi me falando como as coisas funcionavam aqui. As portas se abriram e saímos da grande caixa de metal, alguns funcionários que estavam por perto fizeram reverência e eu cumprimentei todos com um sorriso gentil.

— Bom dia, secretária Jung... E cara que eu nunca vi. – Um rapaz disse segurando alguns papéis em sua mão e com a outra um celular.

— Bom dia para você também. – O respondi.

ㅡ Mino, esse é o senhor Jeon. – A moça disse. – O novo presidente da empresa.

— O novo presi-… Presidente da empresa? – Arregalou os olhos e riu sem graça em seguida.

— A-ah... Seja bem-vindo, senhor Jeon. Desculpe-me pela falta de educação.

— Tudo bem, você não sabia. – Digo, me virando para secretária Jung. – Então, vamos?

— Sim, é por aqui. – Ela apontou e começou a andar por um corredor, eu fui indo atrás e fiquei olhando para salas da empresa.

Em algumas delas tinham pessoas conversando e outras, algumas pessoas concentradas em seus computadores.

[...]

As horas tinha passado rápido e eu estava a caminho da empresa de Amy, antes que eu fosse ir conversar com ela, liguei e avisei que estava indo. Durante o trajeto fui pensando em Jeongsan, eu não acompanhei a gravidez da mãe dele e muito menos esses seus dois anos, mas eu quero participar da vida dele e ser um bom pai, mesmo que eu não tenha vivenciado muitas coisas com ele, eu amo aquele menino e sinto um carinho enorme por ele, não quero perder nada da vida dele, não quero que ele cresça pensando que não tem o amor do pai. Ser pai é uma responsabilidade grande e por incrível que pareça, nunca pensei em desistir de querer participar da vida do pequeno.

* * *

Eu tinha feito Jeongsan dormir e o coloquei ele na sua pequena cadeirinha de balanço, coloquei o cinto frouxo e fiquei o observando. A cada dia que passa ele vai ficando mais parecido com o pai e isso é meio estranho, a maioria das crianças se parecem com ambos os pais, mas no caso de Jeongsan não, ele puxou mais para Jeon. Estava agachada quando alguém bateu na porta, logo ela foi aberta revelando a secretária Yiebin.

ㅡ Senhorita Amy, tem um homem aqui. Disse que veio falar com a senhora. Ele se chama Jungkook.

— Ah... Deixe-o entrar. – Ela assentiu e saiu da sala. – Seu pai está aqui, garotinho. – Trisquei meu dedo em seu nariz e sorri.

Me levantei e ajeitei meu vestido, ouvi batidas na porta e logo ela foi aberta, revelando Jungkook. O seu olhar foi diretamente para Jeongsan dormindo calmamente e um sorriso se formou em seus lábios.

— Pode entrar. – Disse e assim ele fez, fechou a porta e parou em minha frente.

— Faz muito tempo que ele está dormindo? – Perguntou ele sem tirar os olhos do pequeno.

— Não. Eu acabei de buscá-lo, dormiu agora pouco.

— Certo. – Eu e Jungkook nos sentamos nos sofás que tinham em minha sala, um de frente para o outro. Ele tirou seu paletó e olhou em volta. – Aqui é bonito... E tem seu cheiro. – Voltou a me olhar.

— Obrigada. Como está indo no trabalho? – Cruzei minhas pernas.

— Bem. Fui promovido para presidente da empresa. – Respondeu me olhando fixamente. – E você?

— No momento está meio cansativo, mas está indo bem.

— Você trabalha todo dia?

— Sim, mas tenho um dia de folga. Não gosto de ficar muito em casa.

— E por que não?

— Bom... É meio entediante ㅡ dei de ombros. – Jeon, vo-…

— Você está muito bonita. – Ele me interrompeu e eu revirei os olhos. – Estou falando sério. Não posso elogiá-la?

— E eu disse que você não pode? – Ele soltou uma risada leve. – Aliás, você também está bonito... E mais....

— E mais...? – Neguei com a cabeça.

— Esqueça. – Disse e ele sorriu de lado.

— Atraente? Ou melhor, gostoso? – Ambos rimos.

— O quê? Eu não iria falar isso. Você não mudou nada.

— O que você ía falar? – O olhei. – Não minta. Você ía falar que eu estou mais atraente.

— E se eu falasse, hum? Não mudaria nada.

— Tem razão... Mas, eu ficaria feliz se você falasse.

— Você veio aqui para o quê mesmo? – Ele riu e passou a língua nos lábios.

— Falar sobre Jeongsan. Hoje mais cedo falei com meu advogado.

— E o que ele disse?

— Disse que devemos entrar em um acordo. Como Jeongsan ainda é muito pequeno, talvez fique um pouco mais difícil para minha parte.

— Hum... Então, temos que provar que você é uma pessoal confiável?

—Exatamente. Eles também vão ver se eu tenho capacidade para cuidar de um bebê, se a casa é apropriada para ele, essas coisas, entende?

—Sim. Teremos que provar que temos uma boa relação um com o outro?

— É bem provável. A parte ruim é que eles vão investigar minha vida toda, vão saber que fui preso e outras coisas.

— Você quer mesmo fazer isso?

—Claro que quero. Não confia em mim?

— Não é essa a questão. Eu confio em você, mas não acha que vai atrapalhá-lo?

— Eu quero fazer parte da vida do meu filho e ele não vai me atrapalhar. Depois da minha irmã e de você, ele é a terceira pessoa mais importante da minha vida. – Eu sorri assoprado.

— Nunca pensei que um dia escutaria você falando isso.

ㅡ E eu nunca pensei que um dia falaria isso, mas é a verdade.

— Como você ficou quando soube de Jeongsan?

— No começo fiquei confuso e feliz ao mesmo tempo... Feliz por ter um filho e confuso por você ter mentido para mim.

— Eu pedi desculpas.

— Sim, mas você escondeu que estava esperando um filho meu. Quando soube, a primeira coisa que quis fazer foi sair daquele lugar e poder ver vocês dois, queria saber como estavam e se estava tudo bem, mas eu escolhi esperar um tempo para poder voltar. Eu me sinto triste por não poder ter acompanhado sua gravidez, que não tive a oportunidade de vê-la com aquela barriga de grávida enquanto esperava o nosso filho.

— Jungkook, eu vou ser franca... Quando estava grávida de Jeongsan, não parava de pensar em você, em como eu queria tê-lo ao meu lado em um momento como aquele, falando coisas fofas e carinhosas, mas depois de um tempo parei com isso e caí na realidade, você não participaria desse momento comigo, não estaria na hora do parto... E comecei a partilhar esse momento com Jimin, no fundo eu ainda queria que fosse você, mas percebi que era algo impossível.

— E isso que me incomoda, Amy. Saber que outro cara estava com você durante esse momento tão importante e não eu, me deixa frustrado e queria que tudo fosse diferente.

— Pensasse nisso antes de ser preso por matar o pai de alguém. – Ele revirou os olhos e apoiou os cotovelos nos joelhos.

ㅡ Eu pedi perdão por isto e me arrependo por ter feito o que eu fiz.

— Você fala como se fosse algo tão insignificante. Você tirou a vida do meu pai, da pessoa que mais me amou e me deu apoio em toda minha vida... Junmyeon não era um homem muito liberaral e não me deixava fazer várias coisas, mas ainda sim eu o amava, eu o respeitava e ele era a pessoa mais importante da minha vida, e você o tirou de mim como se ele não fosse nada. – Eu respirei fundo para não chorar. – É fácil você pedir perdão e fingir que nada aconteceu, mas ele não vai voltar, não tem como reverter está situação e não tem como esquecê-la.

— Você também mentiu para mim.

Sim, mas eu não matei ninguém. – Jeon me olhou sério. – O que eu fiz, não chega nem perto das coisas que você fez.

— Ficará jogando na minha cara que eu sou um desgraçado que foi preso por ser traficante e assassino?

— Se for preciso, eu vou. – Cruzei o braços.

— Ah, certo... Irá se sentir melhor assim? – Fiquei calada e ele abaixou a cabeça. – Caso você não saiba, eu mudei. Não trabalho mais para Jaebeom-… – Ele pausou sua fala.

— Como é? – Ele me olhou e eu franzi o cenho.

— 'Como é', o quê? – Passou a mão na nuca.

— O que você disse?

— Eu disse que tinha mudado.

— Não, depois disso... Você disse que não trabalhava mais para Jaebeom?

— Ficou maluca? Eu não disse isso. – Ele se lavantou do sofá e eu em seguida.

— Você falou que não trabalhava mais para Jaebeom, eu tenho certeza. – O mesmo negou com a cabeça e franziu o cenho.

— Você deve ter ouvido errado. De qualquer maneira, eu não trabalho mais com aquelas coisas-… 

— Não mude de assunto. – O interrompi. – O que está acontecendo?

— Nada, vida. Você ouviu errado, confie em mim.

— Eu não ouvi errado. – Ele desviou o olhar do meu. – Me fale a verdade.

— Estou falando a verdade, você deve ter ouvido errado. – Virei seu rosto para mim.

— Não minta para mim, Jeon. Você disse Jaebeom, não disse?

— Não, eu não disse. – Eu tenho certeza que ouvi ele falar o nome do meu pai, não é possível que eu esteja ouvindo coisas.

— Jeon Jungkook, não minta para mim. Você disse Jaebeom?

* * *

Me xinguei mentalmente quando disse o nome de Jaebeom, não quero que Amy saiba a verdade sobre pai, quem tem que contar isso para ela é o mesmo e não eu. O pior é que a ela ouviu perfeitamente o nome dele e agora eu não faço a mínima ideia do que fazer ou falar para ela.

— Isso não importa. Eu parei de fazer aquilo, você pediu para que eu prometesse que não faria de novo... E é o que eu estou fazendo, estou cumprindo minha promessa.

— Certo, mas não pense que vou esquecer disto, ouvi muito bem o que disse. – Ela suspirou e andou para um outro lado da sua grande sala, mas ainda ficando perto de mim. – Você realmente está cumprindo a promessa?

— Sim, eu estou... Por você e Jeongsan.

— Por mim? Para de tentar me agradar, Jeon. Eu quero que faça isso por você e não por mim... Quero que você tenha uma boa vida e que não seja envolvido com essas coisas ruins, eu ainda me preocupo com você e céus, se algo acontecesse com você... Se você se machucasse, como acha que eu ficaria?

Abaixei a cabeça. – Você me fez prometer aquilo, por que ficou preocupada comigo?

— Claro que sim, seu idiota! – A olhei. – Acha que eu ficaria feliz em saber que você morreu por conta de estar envolvido com pessoas ruins? O que eu falaria para o nosso filho? Que o pai dele foi assassinado por estar envolvido com traficantes? Eu ainda me importo com você e quero o seu bem. Quero você vivo para ver seu filho crescer, se tornar um homem, ter um bom emprego, casar, ter filhos... Ter sua própria família!

Eu funguei e rapidamente enxuguei as lágrimas que ousaram sair. Amy se aproximou de mim e me deu um abraço forte, eu mordi o lábio inferior e respirei fundo, passei uma de minhas mãos em sua cabeça.

— Quero que saiba que eu estou orgulhosa de você. – Eu acabei não contendo o choro. – Por ter mudado, por ter pensado em seu filho, por ter escolhido o caminho certo e estar cumprindo a promessa. Isso me deixa muito feliz por você, Jungkook.

Isso pode parecer algo simples de se dizer, mas tem um impacto tão forte e emocionante, saber que tem alguém ao seu lado apenas querendo seu bem e se orgulhando por uma simples coisa que você fez, é tudo que uma pessoa gostaria de ter por perto, com essas simples palavras eu me senti bem, feliz e aliviado.

— Obrigado. – Agradeci com a voz trêmula. – Por ter se preocupado e ter feito eu prometer que não me envolveria novamente com aquilo.

— Você é um bom homem, mas tomou escolhas erradas e conviveu com elas por muito tempo. O importante é que você está bem, vivo e agora está mudado, mas não foi uma mudança ruim e sim boa.

A menor passou suas mãos delicadamente em meu rosto e enxugou minha lágrimas, ela sorriu e eu senti uma paz interior se espalhando por todo meu corpo, além de um frio na barriga por estar tão próximo dela. Amy passou sua mão em minha cabeça e a desceu até minha nuca, eu me peguei encarando seus lábios e senti uma enorme vontade de beijá-la, mas tive que me controlar para não estragar tudo de novo e acabar com esse momento. É bom estar perto dela assim, sentir sua mão em minha nuca, sentir seu coração acelerado assim como o meu. A mais baixa sorriu mínimo e deixou um selar em minha bochecha, logo após ficar na ponta dos pés.

— Ver você chorar me deixa triste. – Continuou. – Se acalme, hum?

Ao ouvir sua voz calma, coloquei meu rosto na curvatura do seu pescoço e fechei os olhos, logo sentindo sua mão suavemente tocando meus cabelos, seu jeito genuíno de se preocupar ao ver alguém chorando ou triste, é algo tão doce e eu admiro isso em Amy. Queria poder ter mais momentos como esse com ela. 


Notas Finais


capítulo revisado. Caso haja algum erro ortográfico, me desculpem.

Espero que tenham gostado e que tenha ficado bom.

Até o próximo capítulo!
tchauzinho!


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