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História Oasis - Clima pré-foda pós-revelação de merda.


Escrita por: Otoni

Notas do Autor


Eu não tenho um motivo para ter demorado dessa vez. Estava curtindo minhas férias tão almejadas. ATÉ QUE ENFIM!!!!!!
Espero que gostem desse capítulo SURPREENDENTE E FOFO!!!! Mil desculpas pela demora, tudo bem? Vocês são maravilhosos e muito obrigado por continuarem a acompanhar
PENSANDO EM FAZER UM ESPECIAL DOS MIL FAV, O QUE ACHAM?

Capítulo 41 - Clima pré-foda pós-revelação de merda.


- O que ele está fazendo aqui? – Perguntou o russo com a expressão mais séria que eu já havia visto naquele rosto bonito.

- Aparentemente, ele é namorado dos meus pais – Respondi e percebi o franzir das sobrancelhas do moreno – Tipo um pai pra mim, ou melhor, padastro? – Continuei, confuso, até que algo me veio à mente – 'Pera aí, vocês se conhecem? 

Grey me olhou por alguns segundos após aquela pergunta, mas logo depois se virou e fez menção de que iria fugir daquela conversa. Só não contava com a rapidez do Enzo, que, segundos depois, estava parado na sua frente com uma expressão neutra no rosto amorenado.

- Quanto tempo não vejo tu, pimentinha – Disse o carioca enquanto sorria e estendia a mão para bagunçar os cabelos pretos com mexas brancas, mas o prego desviou no último minuto.

Fiquei sem entender. Que intimidade era aquela que até permitia apelidinhos?

- Pouco tempo para quem não quer te ver nunca mais – Resmungou após cruzar os braços, emburrado.

- Não fala assim – Fez uma voz manhosa e um bico ridículo, mas logo começou a rir – Frio como sempre.

- Eu sou assim – Deu de ombros.

- 'Tá, 'tá – Perdi a paciência com aquela conversinha porque eu estava entendendo merda nenhuma – Como assim vocês se conhecem?! 

Dei piti mesmo, mas fui completamente ignorado. Apenas bufei e fiquei encarando o chão, totalmente indignado, revoltado e emburrado. Que merda era aquela?

- Acho que sim – Riu e coçou a barba teatralmente – Então, o que aconteceu pra tu estar por aqui, pimentinha?

Grey pareceu não gostar muito daquela pergunta. Tentou fugir novamente, mas aquela era uma pergunta que interessava a todos nós. Aceitamos aquele prego marrentinho na nossa casa, então era importante saber com qual tipo de situação acabamos entrando.

Eu o olhei seriamente e ele revirou os olhos.

- Sério, acho que 'tá na hora de a gente conversar – Falei enquanto seguia de volta para o sofá.

Ao me sentar, dei leves batidas no estofado, indicando que queria que ele viesse se acomodar ali. Grey fez uma expressão desgostosa, já que parecia estar em conflito consigo mesmo. Talvez pensasse se deveria ou não contar o que estávamos perguntando.

Depois de alguns segundos, ele soltou um som estranho, quase como um suspirar irritado, e veio se sentar ao meu lado. Colocou ambas as mãos no rosto, como se tivesse extremamente cansado e insatisfeito.

- É melhor tu contar ou eu conto – Disse o meu "padrasto", ou seja lá o que ele for, antes de vir em nossa direção e se sentar entre meus pais.

- Conta pra gente, querido, porque assim podemos te ajudar de verdade – Minha mãe interferiu.

Ele levantou a cabeça, encarando, por alguns segundos, os adultos que estavam na sua frente. Bagunçou os cabelos de forma nervosa, me olhou por um instante e suspirou. Acho que ele estava explodindo por dentro.

- Olha, eu só vou fazer isso porque vocês deixaram a gente ficar aqui sem nem cobrar nada, Não quero desfazer da gentileza. Posso ser muito coisa, mas não ingrato – Explicou enquanto encarava as mãos brancas repousadas em seu colo – Pra começar, o casamento dos meus pais é uma merda. Nem deveria ter acontecido, sabe? Só que os pais da mulher que vocês – Apontou para as pessoas que se sentavam no outro sofá – Chamariam de minha mãe queriam muito que ela casasse com um cara rico por aí.

Ele parou um pouco e jogou seu corpo para trás, se acomodando melhor no sofá.

- Aí eles arrumaram um jeito de ela se casar com o vagabundo do "meu pai" – Fez aspas com os dedos quando disse a última palavra – Eu acabei nascendo porque meus avós não achavam certo um casal sem filhos, já que pra eles esse é o objeto da vida, além de ganhar dinheiro extorquindo fiéis por aí. Eles são chamados de hipócritas, se quiserem pesquisar –Riu em escárnio – Só que minha mãe nunca gostou de mim porque ela começou a se afundar em um monte de coisa sem sentido e quando viu meus olhos começou a jurar que eu era um demônio. Só que, assim, eu só sou doente mesmo.

Ele se calou por um tempo e eu estava pensando em mil coisas ao mesmo tempo. Não sabia nem o que falar, não conseguia organizar meus pensamentos, não sabia o que sentir. Só queria ir lá e esmurrar todos esses desgraçados. O que a ignorância não faz com a vida das pessoas... Grey se levantou e foi em direção à cozinha. Quase fui atrás, mas ele voltou segundos depois, trazendo um copo de água.

- Pra completar a merda, meu pai não soube lidar com tudo no Brasil e se afundou, nos afundou em dívidas e fodeu com a empresa dele. Tudo por causa de bebidas, jogos clandestinos, prostitutas e essas coisas. Minha irmã nasceu num caos e minha mãe rejeitou a Mia completamente desde sempre. Tive que cuidar dela, como se fosse minha mesmo. Ela não é boba, pode ser criança, mas sempre entendeu o que estava acontecendo. Por isso, uns meses atrás resolveu me chamar de pai. Tive que arrumar uns trabalhos pra pagar as coisas, inclusive o alugel de um barracão que eu 'tava morando mais a Mia. A gente fugiu da casa deles quando completei 18 anos porque não queria que minha irmã vivesse em um lugar onde é tratada como eu, por causa da doença. Uma casa de merda, onde ela tinha que ver a mãe e o irmão apanhar do pai bêbado, entre outras coisas, obviamente. Só que perdi o emprego com essa crise e vim para aqui. O assistente social aí – Apontou pro Enzo – Eu conheci mais novo, quando reclamaram para o Conselho Tutelar que tinha algo errado lá em casa, mas eu tive que mentir pra não foder com tudo.

Nesse momento, eu já nem conseguia respirar. Tudo que passava pela minha cabeça era o quanto eu amava ter pais que, mesmo com a perda de um filho, não deixaram de ser maravilhosos. Eu só conseguia pensar em como me apaixonei por uma pessoa fantástica porque, mesmo com todo sofrimento, seguia em frente de cabeça erguida e conquistava seus sonhos.

Pensei em o quanto aquela merda de vida tinha moldado aquela personalidade brava, marrenta e distorcida. Não o culparia, nunca. Era seu mecanismo de defesa depois de uma vida de abusos. Pensei também no quanto ele teve que se esforçar mais do que qualquer um pra chegar em um lugar que a maioria da escola que estudávamos teve de mão beijada.

Aquele desgraçado não merecia ser feliz. Ele merecia muito mais do que isso. Merecia o mundo e um pouco mais.

Quão machucado aquele russo deveria estar? Estudando mais do que todos, trabalhando, tendo que lidar com homofóbicos, como Dênis, cuidando da irmã, driblando os pais malucos, sofrendo agressões... Que merda era essa?

Olhei para aquele homem tão forte e fantástico, buscando seus olhos. Grey também me olhava, com a mesma inexpressão de sempre. Como se nada daquilo realmente importasse, mas importava. Eu sabia que sim.

Levantei do sofá e fiz a primeira coisa confortante que me passou pela cabeça. Queria mostrar pra ele que eu era um babaca, mas um babaca que estaria ali pra ele e para a princesa que me chamava de mãe. Eu poderia não ser a melhor pessoa do mundo, poderia ser todo fodido em vários sentidos ruins, poderia estar aprendendo a amar enquanto desvendava cada pedacinho dele... Mas eu queria que ele soubesse que eu era a melhor escolha. Pra ficar ao seu lado.

Porque eu queria e tinha todos os sentimentos do mundo ao meu favor.

Então, foi assim que parei em frente a ele e simplesmente subi em cima do seu corpo, colocando uma perna de cado lado da sua cintura. Sentei em seu colo mesmo, sem nenhuma vergonha, apenas para abraçar, do modo mais apertado, aquele corpo de homem que eu tanto passei a gostar.

Enfiei minha cabeça em seu pescoço branquinho. Ele nem tentou me afastar porque deveria sim estar muito fragilizado, apesar de não demonstrar. Fiquei mais uma vez sentindo meu cheiro naquela pele tão branca, mesmo com o sol da porra que fazia no RJ. Ele ficou um pouco travado por alguns minutos, mas depois me apertou de volta. De uma forma nunca feita antes.

Ele se apertou em mim como se temesse que eu fosse desaparecer a qualquer momento. Sentia suas mãos agarradas na parte de trás da minha camiseta. Sentia sua respiração e seus lábios tão próximos da pele do meu próprio pescoço. Deixei que minhas mãos saíssem de suas costas, por causa do abraço, e fossem fazer vários carinhos em seus cabelos tão peculiares.

- Eu não menti pra tu, tá? – Sussurrei baixinho, muito perto da sua orelha – Quando disse estar apaixonado por tu. Acho que posso ter mentido um pouquinho só! Mas só um pouco mesmo, sabe? ­–  Ri um pouco, nem acreditando no que eu ia falar – Mas é que eu escolhi mal as palavras! É isso. Porque, sabe, tu nem deve acreditar, por causa de tudo que acabou de me contar e é uma merda. Uma merda bem fodida e nem é daquele jeitinho que a gente gosta. Vê se pode?! Mas, enfim, eu menti porque nem estou apaixonado porra nenhuma. Eu só te amo mesmo, sabe? Pra porra, pra caralho mesmo. Entende? Posso provar se quiser, quem sabe uma música bem ruim? Uma daquelas com cantadas horríveis, que vai dar vontade de rir, mas tu só vai ser sinistro como sempre. Vai fazer uma cara de cu e me bater. Acha que vai dar certo? 

Grey escutou tudo caladinho, apesar de parecer estar tenso. Mas, no final, tudo que eu pensava acreditar pareceu estar errado. Porque aquele filho da mãe só balançou a cabeça, como se estivesse afirmando pra mim que tinha entendido tudo que eu tinha falado e que, sei lá, quem sabe desse certo sim. E aí, ele riu.

Ele não sorriu. Ele riu! Soltou uma risada, uma gargalhada daquelas que é soltada quando as pessoas estão se divertindo, estão felizes. Eu simplesmente travei, por alguns segundos, até tentar me afastar para poder ver que eu não estava escutando coisas.

E lá estava ele. Com um sorriso no rosto e uma lágrima descendo solitária pelo olho esquerdo. Eu não pude acreditar. Acho que meu queixo estava lá no fundo da Baía de Guanabara porque, merda! Aquele era Grey Ivanovich! E, simplesmente, Grey Ivanovich estava sorrindo, pela primeira vez, para Logan Weber e isso não podia ser real.

Ele era gostoso, sério, mas daquele jeito parecia ainda mais. Nada iria tirar a cena daqueles dentinhos um pouco tortos e meio amarelados sendo mostrados em um sorriso de tirar o meu fôlego pela primeira vez. Até pensei em jogar ele ali naquele sofá e cumprir nossa promessa de vez.

Mas nem tudo é perfeito quando seus pais estão ali te assistindo. Para eles deveria ser maluquice sei lá o que estivéssemos fazendo porque logo ouvi meu pai pigarreando e chamando a nossa atenção.

E lá se foi o clima pré-foda pós-revelação de merda.

- Sem querer atrapalhar... – Meu pai começou a dizer.

- Mas já atrapalhando, né! –  Falei um pouco emburrado enquanto me jogava deitado no sofá com as pernas em cima do russo, já que eu poderia aproveitar um pouco mais daquele estado de paz de espírito e boa vontade dele.

- Cala a boca, filho atrevido – Rebateu e eu revirei os olhos – Olha, Grey, eu posso ser um adulto formado e ter minha própria família há vários anos, mas nunca estamos preparados para saber lidar com esse tipo de situação. A única coisa que eu quero que tu saiba, que tenha certeza, é que estamos aqui por tu, sim? Podemos ser sua família agora. Só se apoie na gente. Tu fez toda a diferença aqui em casa. Colocou todos nós nos eixos. Fez com que a gente desse o melhor de nós. Então, não fique se sentindo mal ou qualquer coisa assim porque está morando conosco. Só deixe que a gente te mime um pouquinho, tudo bem filho?

No final da sua fala, quem estava chorando horrores era eu. Meu pai era um puta desgraçado, no sentido bom, obviamente. Olhei para Grey com minha famosa careta de choro e lá estava ele, com o braço escondendo os olhos. Não sabia com certeza o que ele estava sentindo agora, mas apostaria que era algo bom, mesmo com um pouco de desconfiança pelos muitos anos de maus tratos.

Vi minha mãe se levantar e sair puxando Grey do sofá para abraçar aquele corpo que, perto dela, era gigante. Vi que ela falou mais algumas coisas, mas nem prestei atenção porque vi uma cabeleira preta descendo as escadas com alguma coisa nos braços. Quando chegou mais perto, pude ver que era Mia com o gatinho no colo.

Ela veio toda sonolenta pro meu lado, enquanto com uma mão segurava o felino agarrado contra o corpo e a outra coçava os lindos olhinhos coloridos. Abri os braços e ela quase correu pra se aconchegar no meu abraço.

- Tudo bem, amorzinho?

- Eu ainda posso te chamar de mãe, né? – Ela perguntou com uma expressão meio triste. 

Acho que ela não tinha superado muito bem o que o irmão havia falado pra ela da última vez.

- Amor, com a mamãe aqui... Tu pode tudo – Dei um beijinho na sua testa – Só não deixa seu pai saber, beleza?

- Beleza! – Repetiu.

- Ah, e não fala essas coisas perto dele também, 'tá?

- Que coisas? –  Perguntou enquanto deitava a cabeça no meu ombro e deixava o gato livre para se aninhar no seu colo como bem entendesse. Bichinho folgado.

- Nada não, amor – Ri enquanto fazia carinho nos seus fios negros.

- Tu 'tá melhor, mamãe? O papai disse que tu 'tava doentinho, dodói.

Eu quase explodi com aquela fofura, mas apenas mordi o lábio para me conter.

- Eu 'tô bem! Foi só uma dorzinha boba e já passou – Menti – Aliás, porque está acordada essa hora, mocinha?

- Eu tive um pesadelo! – Disse com a voz baixinha e mole, pois já estava ficando com sono novamente – Todo mundo sumia, até o miau, e eu fiquei sozinha no escuro.

- Isso não vai acontecer, amorzinho. Eu 'tô aqui, tá? Olha ali o papai – Apontei para Grey que agora conversava com Enzo – Ele também 'tá aqui. Só volta a dormir no meu colinho que eu te coloco na cama depois, hm?

- Uhum.

Depois de um tempo, a menininha já estava sétimo sono. Grey percebeu que a irmã estava ali comigo e veio se sentar perto de mim. Se jogou no sofá e suspirou pela quinquagésima vez na noite.

- Tu é um merda mesmo – Ele disse.

- Nossa, é assim que me trata depois da nossa confissão de amor? Até uma filha e um gato nós já temos.

Ele apenas revirou os olhos e ignorou a minha fala.

- Porque ela acordou?

- Disse que teve um pesadelo, mas já 'tá calminha de novo. Vou colocar ela na cama porque apagou enquanto tu 'tava aí de papo maluco com o meu tiodrasto.

- Que merda é essa? – Ele franziu as sobrancelhas.

- Ah, sei lá. Achei que combina, não?

- Cadê o certificado de merda do ano? É teu.

- Ai, animal. Tenha mais respeito com a mãe da sua filha.

- Meu cu.

- Ah, falando em cu, sabe... A gente podia bem que... Entende? Eu te amo, o seu "eu te odeio" é tipo um "eu te amo pra porra", então que mal tem?

Ele iria rebater, pude perceber pelos seus olhos afiados e sobrancelhas franzidas, mas fomos interrompidos pelo Enzo, que chamou a atenção do russo. O assistente social tinha uma expressão séria no rosto.

- Grey, tu tem certeza que seus pais não vão procurar pela Mia?

- Bom, eu acho que sim... – Disse meio inseguro.

- Porque se eles cismarem que tu não tem a permissão para estar com ela, já que a guarda é deles... Isso pode dar merda ­­– Falou o cariosa pesaroso.

- É... É sério?

- Sim, o correto seria tu pedir a guarda dela. Seria mais fácil se conseguisse provar a negligência dos seus pais por todos esses anos. Acha que consegue?

- Eu... Eu posso tentar.

- Tudo bem. Se conseguirmos uma ação judicial a favor, seria muito bom pra vocês. E, por favor, não minta mais pra mim, tudo bem? – Suplicou e viu o russo assentir – Ótimo. Agora vão colocar essa garotinha na cama e irem dormir. Tenho certeza que amanhã vocês têm uma tonelada de coisas pra fazer. Boa noite.

Assentimos e levantamos do sofá. O gatinho saiu pulou do colo da princesa dorminhoca e sumiu pela escuridão da casa. Dona Carolina e Alex deram boa noite também e falaram que me amava e que também amava os novos integrantes da família. Foi até muito bonitinho. Enzo bagunçou meus cabelos e deu um abraço em Grey, meio estranho porque o prego não era muito de abraçar e parecia querer fugir do contato, mas, mesmo assim, era um abraço.

Arrumamos tudo e  até tentei puxar um papo, mas o russo não parecia muito afim de falar. Provavelmente tudo que ouviu e falou hoje foi exaustivo para a sua personalidade difícil e introspectiva. Então, apenas fiquei caladinho e fui dormir. Amanhã teríamos mesmo muito o que fazer.
 


Notas Finais


MUITO OBRIGADO POR LEREM, LINDOOOOS!
Sério, fico tão feliz em ver que vocês ainda gostam disso aqui!
Vejo vocês nos comentários e simmmmmm, eu leio todos eles. Vou começar a responder, ou tentar, pelo menos!!!


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