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História Oásis (Shortfic Park Jimin) - Atração


Escrita por: wishful e gookook

Notas do Autor


Olá seres

Sumi total nesses últimos dias, tive meus motivos pessoais, mas estou de volta. E como eu não tenho vergonha na cara é fanfic nova, mas essa vai ser bem curtinha, no máximo cinco ou seis capítulos. Utilizei a capa de outro plot que eu criei e flopou total, então para não deixar de lado o trabalho da capista adaptei hihi

Os acontecimentos serão bem rápido já que é short, ok?

Créditos da capa nas notas finais

E não, não é incesto.

Boa leitura❤

Capítulo 1 - Atração


Fanfic / Fanfiction Oásis (Shortfic Park Jimin) - Atração

Sabe quando estamos sentindo um nervosismo bom? Uma ansiedade evidente que nos deixa até desnorteados?

Assim estava eu andando de um lado para o outro no ponto de desembarque do aeroporto. Eu já estava até tonta de tanto dar voltas, meu lábios já sangravam de tanta pele que retirei mordendo. A chegada do voo estava atrasada devido ao tempo feio lá fora, e isso estava me deixando um pouco amedrontada.

— Mia, se acalme. — Senti a mão de vovó pousar no meu ombro, me fazendo parar e olhar meio sem rumo. — Você já deu tanta volta que logo vai abrir um buraco no chão. — Me repreendeu mas em tom de brincadeira.

— Está demorando, vó. — Suspirei e me mantive parada já que a mais velha continuava me segurando.

— É normal que atrase quando o tempo está assim, querida. Espere mais um pouco. — Ela acariciou meu ombro.

— Estou esperando há quatro anos. — Fiz um bico e ela riu.

— Eu sei, eu também estou esperando esse tempo todo esqueceu? Mas ficar nervosa não vai fazer o tempo passar mais rápido, pelo contrário,  vai demorar ainda mais. — Ela contrapôs.

— Tem razão, mas é que a senhora sabe que eu sou impulsiva. — Baixei a cabeça.

— Eu sei disso. — Ela retirou sua mão do meu ombro e usou a mesma para pegar no meu queixo e levantar meu rosto. — Por isso eu te ensinei a se acalmar. — Sua expressão me incentivava a colocar em prática o que ela me ensinou.

Respirei fundo, cruzei meus braços sobre meu peito como se estivesse abraçando a mim mesma e fechei os olhos. Continuei respirando fundo, sentindo como o ar enchia meus pulmões e depois se esvaziava. Tentei me desligar da cacofonia envolta de mim, de algumas outras pessoas que também esperavam pela chegada do voo.

Consegui me acalmar, abri os olhos e encontrei vovó me olhando com um sorriso acolhedor. Por ser enfermeira ela tinha seus métodos para me deixar calma, isso me ajudou muito nesses últimos quatro anos. Eu sorri de volta para ela, mas meu coração voltou a bater forte no peito quando pela visão periférica captei o portão de desembarque se abrindo e os passageiros passando por ele.

A mais velha não teve nem tempo de me segurar, me apressei para perto do portão e assim que avistei aquele que eu esperava corri como nunca antes. Não quis saber de mais nada, mal esperei por sua reação, só me joguei em seus braços e o apertei com toda força que tinha.

— Jimin. — Murmurei, a voz já estava embargando. Depois da surpresa senti seus braços se firmando em volta de mim, me apertando contra si.

— Mia. — Ele sussurrou meu nome de volta, e só o escutar assim de perto depois de tanto tempo fez as lágrimas que eu segurei até agora escorrerem pelo meu rosto sem rumo. Não sei ao certo quanto tempo ficamos abraçados, mas eu sei que esse pouco tempo foi melhor que os últimos quatro anos da minha vida. Logo meu choro ficou tão evidente que Jimin percebeu mesmo sem olhar no meu rosto. — Ei, calma. Não chora. — Uma de suas mãos deslizou pelas minhas costas num carinho gostoso e acolhedor.

— Eu senti tanto, tanto a sua falta. — Murmurei com a voz já toda rouca pelo choro. Me deixei ser acalmada por ele, que continuou o carinho nas costas. Então ele me afastou, me olhou e com cuidado limpou as últimas lágrimas que escorriam por meu rosto.

— Pronto? — Ele sorriu me passando conforto, mas também percebi seus olhinhos vermelhos indicando que também chorou. Eu balancei a cabeça positivamente e funguei sentindo o nariz trancado. — Também senti sua falta, Mia. Muita mesmo. — Sua mão pousou em meu rosto, onde ele fez carinho.

— E da mãe nada, é? — Nem percebi em que momento vovó havia chegado ao nosso lado, depois que vi Jimin chegando não quis saber de mais nada.

— É claro que senti, mãe. — Ele riu e a abraçou forte, os dois choraram mesmo com um sorriso no rosto e eu fiquei observando feliz. Depois que eles mataram a saudade ele suspirou e pegou a mochila no chão, que nem vi em que momento ele largou. — Senti falta de tudo e todos, foi difícil ficar longe. — Ele sorriu triste.

— O que importa é que voltou. — A mais velha limpou suas lágrimas. — Porque eu não aguentava mais a Mia falando de você. — Ela brincou.

— Eu sei que ela me ama muito. — O Park sorriu.

— Tá se achando muito, Titio. — Cruzei os braços e seu sorriso se findou. Mesmo que esse seja nosso parentesco, por algum motivo ele não gosta que eu o chame pelo honorífico.

— Aigo, não me chame assim... — Ele murmurou.

— Vamos embora titio, você envelheceu, deve estar cansado e precisa descansar. — O atentei e ele semicerrou os olhos, me dando um peteleco na testa.

— Eu tenho só vinte quatro anos, só passaram quatro anos tá legal. — Ele fez um bico e cruzou os braços.

— Ai vocês dois, mesmo o tempo longe não fez vocês mudarem. — Vovó reclamou, mas estava rindo que eu percebi.

Com o coração muito mais leve nós fomos andando para longe do ponto de desembarque. Enganchei meu braço em Jimin e seguimos assim juntos até o local em que ele pegaria suas malas maiores.

Eu o ajudei com a bagagem e pegamos um táxi assim que já estávamos na parte de fora do aeroporto. O tempo estava ficando cada vez mais fechado, choveria bastante em breve. No caminho eu não desgrudei do Park, fiquei abraçada a ele no carro, a saudade não me permitiria ficar longe por agora.

Assim que chegamos na casa da vovó, tiramos as coisas do porta-malas e ajudamos a colocar para dentro da casa. Fui ajudar Jimin a arrumar suas coisas no seu antigo quarto enquanto vovó foi fazer um café para gente. Enquanto ele abria as malas e tirava suas roupas, eu ia colocando em seu armário, assim seria rápido.

Quando terminamos o quarto ainda precisava de algumas coisas para ficar completo, como o jogo de cama e a cortina que vovó havia tirado dali, mas Jimin disse que depois resolveria isso. Sentados em sua cama ele começou a me contar alguns detalhes do seu tempo na Austrália. Ele foi fazer sua graduação lá, por isso passou tanto tempo longe.

— Aigo, você não imagina quantas vezes eu tive vontade de fazer as malas e pegar o primeiro voo para cá. — Ele dizia com a feição tristonha.

— Mas sempre que nós nos falávamos por telefone você parecia animado.

— Eu sei, e realmente foi uma experiência legal. Mas eu sentia muita falta daqui, da mamãe, da minha irmã, e de você principalmente. — Ele sorriu e assim como mais cedo segurou a lateral do meu rosto com a mão. — Eu sei que trocamos muitas fotos por esses anos, mas te ver pessoalmente é bem diferente. Você cresceu tanto... — Ele olhava para todo meu rosto admirado. — No aeroporto estava animado e nem prestei tanta atenção, mas você mudou bastante. — Ele murmurou.

— Não acho que mudei muito... — Falei baixinho, um tanto envergonhada do seu olhar tão profundo sobre mim.

— Porque você não percebeu seu crescimento, mas eu fiquei quatro anos sem te ver pessoalmente, sua bobona. — Ele cortou aquele clima diferente quando me deu um peteleco na testa, sua mania que parece não ter mudado.

— Bobão. — Bati em sua mão a afastando do meu rosto e ele riu. — Você também mudou muito, saiu daqui era mais magrinho e estava com o cabelo natural. — Observei o olhando por inteiro.

— O loiro não ficou legal? Eu pintei uns dias atrás para fazer surpresa... — Ele murmurou.

— É claro que ficou bonito, eu gostei muito mesmo. Na verdade, você parece ter nascido para ser loiro. — Empurrei seu ombro com o meu e ele sorriu mais abertamente.

— Que bom que gostou. — Disse aliviado e fiquei feliz em saber que minha opinião o deixou tranquilo.

— Será que eu não devia fazer algumas mechas loiras também? — Brinquei segurando minhas pontas e olhando atenta.

— Olhando assim... — Ele me analisou com os dedos no queixo. — Eu acho que ficaria muito legal se pintasse as pontas de azul. — Opinou.

— Azul?? — Questionei. — Me parece muito chamativo.

— Seu cabelo já é escuro, não ficaria muito destacado. — Ele contrapôs.

— Tem razão vou pensar na possibilidade. — Dei de ombros jogando o cabelo para trás, apoiei os braços para trás na cama e suspirei, estava meio cansada de hoje.

Ficamos algum tempo assim em silêncio, e era reconfortante, ter Jimin por perto me faz feliz só com o fato de ser ele ali.

— Como estão as coisas em casa? — Ele quebrou o silêncio e tocou em um assunto um pouco delicado.

— Ah, você sabe, não tem nada de interessante para falar sobre. Papai e mamãe passam praticamente todo o tempo deles no hospital, eu sinto falta da companhia deles, mas sei que vida de médico é corrida... — Forcei um sorriso.

— Entendo a ocupação deles, mas não é certo eles não te darem atenção. — Jimin parece incomodado falando sobre isso. — Eu já me senti mal o bastante te deixando por todo esse tempo, mas eles mesmo perto se fazem distantes. — Diz indignado. — Minha irmã é mesmo uma cabeça oca.

— Tudo bem, Ji. — Uso seu apelido e ele parece um pouco mais calmo com isso, porque sorri quando o chamo assim. — Agora você está de volta, e não vou me sentir sozinha. — Sorri me aproximando dele e encostando minha cabeça em seu ombro.

Eu não queria prolongar esse assunto, pelo menos por hoje. Nesses quatro anos eu me senti completamente sozinha, a única pessoa que esteve por mim era a vovó, mas eu não gostava de incomodar muito ela e fingia que minha relação com os meus pais estava bem, ela já tinha criado dois filhos para ainda ter que se preocupar comigo.

— Me desculpa por ter te deixado por tanto tempo. — Ele pede levando a mão a minha cabeça começando um carinho.

Sei que ele se sente culpado pois mais do que ninguém sempre soube que meus pais não tem muito senso de responsabilidade, e lembro em como ele relutou para ir para a Austrália depois que ganhou a bolsa de estudos.

— Eu nunca quis que você sentisse culpa, mesmo com saudade eu sempre torci para que tudo desse certo para você lá. — Sorri o abraçando de lado.

— É por isso que eu te adoro. — Ele me apertou nos braços e assim ficamos por um tempo, abraçadinhos de lado. — Mas eu não vou mais sair do seu lado, nunca mais.

— Promete. — Virei meu rosto o suficiente para o olhar.

— Prometo. — Ele sorriu e apertou de leve meu nariz.

E então passamos os próximos segundos olhando um para o outro sem dizer nada, nem era preciso. Eu só queria o observar, redescobrir cada detalhe seu e guardar na memória. Jimin sempre foi a pessoa mais preciosa pra mim.

— Venham comer! — A voz de vovó chamando da cozinha que nos faz sair do transe anterior.

— Vamos? Estou morrendo de fome. — Ele se levanta e pega minha mão me puxando para fora da cama.

Eu o acompanho até a cozinha, e o cheirinho de comida faz meu estômago doer, estava tão animada até agora que nem lembrei de comer nada.

— Não ia fazer só um cafezinho, mãe? — Jimin constatou rindo, a mesa estava cheia.

— Já está escurecendo mesmo, então adiantei a janta, tinha bastante acompanhamento na geladeira. — Ela se defendeu colocando uma tigela para cada um de nós na mesa.

Agradecemos e começamos a comer, Jimin não parava de dizer o quanto estava bom comer aquelas coisas de volta, pelo que parece, na Austrália ele vivia de fastfood e miojo. Eu também comi me sentindo no céu, além da fome, a comida de vovó é a oitava maravilha do mundo.

Enquanto estávamos terminando de comer uma trovoada nos assustou, logo em seguida a chuva que antes era uma garoa fina, se transformou em uma tempestade.

— Pelo jeito vai chover a noite toda. — Jimin comentou olhando pela janela.

— Vou ter que ir correndo para casa. — Falei já desanimada em ter que pegar chuva.

— Durma aqui, menina. — Vovó disse levantando da mesa. — Não vai sair nessa chuva não senhora, ainda mais que já está escuro.

— Mas eu moro em duas quadras vó. — Ri com sua preocupação.

— E o que tem? É perigoso do mesmo jeito, e vai se molhar de qualquer maneira. — Ela contrapôs.

— Fica Mia, podemos ver um filme juntos. — Jimin quem pediu.

— Hm... vai fazer pipoca? — Perguntei.

— Doce e salgada. — Ele respondeu já conhecendo meu gosto.

— Então eu fico. — Sorri e vi vovó cruzar os braços.

— É assim então? Obedece seu tio mas a mim não mais? — Ela finge estar desapontada.

— É que o tio me subornou. — Sorri perspicaz e Jimin me olhou me repreendendo por chama-lo dessa forma. Ele  realmente odeia ser chamado de tio por mim.

— Espertinha. — Vovó semicerra os olhos. — Já terminaram de comer? — Nós dois assentimos e ela começa a tirar a mesa.

— Vó, vai deitar e deixa que eu cuido disso. — Levanto e tiro as vasilhas da mão dela. Depois de teimar um pouco, ela cedeu e foi descansar.

Eu e Jimin acabamos organizando tudo juntos, depois passamos mais um bom tempo colocando o papo em dia e depois disso tomei um banho em seguida dele, colocando umas das minhas roupas que deixo aqui na vovó. Ao fim da noite fizemos as pipocas e colocamos um filme qualquer na Tv, mas nem prestamos a atenção pois mais conversamos e rimos do que realmente vimos o filme.

E deitados lado a lado no sofá, dividindo a mesma coberta, acabamos dormindo juntos.

[...]

Jimin ter voltado para a minha vida havia colorido todos os meu dias cinzentos, o que mais me confortava era que independente do tempo separados continuamos com a mesma cumplicidade. Tirando o fato de que ele está bem mais carinhoso e atencioso, já que passamos tanto tempo longe.

Nosso laço era tão forte que as vezes duvidava que eu o Park não tivéssemos realmente o mesmo sangue correndo nas veias. Jimin na verdade não é irmão biológico da minha mãe, é um pouco triste como ele veio parar na nossa família na verdade.

Antes de se aposentar vovó trabalhava como enfermeira, em um de seus plantões uma mãe fugiu após o parto abandonando o bebê para trás. Vovó sempre quis um menino, mas como já não tinha mais um marido para a conceder isso, resolveu adotar a criança para si.

Poucos anos depois mamãe me teve, e como é ocupada, vovó quem acabou me criando junto de Jimin. Foi assim que nasceu esse nosso companheirismo, que se entendeu da infância até hoje, eu com quase vinte anos e ele com vinte e quatro.

Jimin é meu oásis, é a ele a quem eu recorro quando tudo está desmoronando. É por isso que me torno tão dependente dessa nossa relação fraterna.

— Miaaa. — Falando nele, depois das batidas na madeira, é sua voz que escuto do outro lado da porta de casa.

Saio da cozinha, onde eu tomava água, e corro para abrir a porta. O recebo com um abraço apertado e fungo seu perfume quase discreto no pescoço, ele sempre usou o mesmo isso me deixa nostálgica. Já faziam alguns meses que ele havia voltado para casa, e mesmo assim parece que nada é suficiente para matar a saudade, por isso nos vemos todos os dias.

— Podemos ir? — Ele questiona.

— Sim, só vou pegar minha bolsa. — Ele esperou na porta enquanto eu a pegava.

Em seguida nós saímos, hoje nós iríamos até o shopping, no fim de semana tenho uma festa de aniversario para ir e iria aproveitar para comprar um vestido ou algum conjunto legal. Chamamos um carro por aplicativo para ser mais rápido, e em poucos minutos já estávamos dentro do shopping.

Andamos por todos os corredores, passei por algumas lojas, mas nada do que eu via chamava minha atenção o suficiente nem para provar. Chegou uma hora que cansamos e acabamos dando uma pausa para ir comer. Pedimos nossos pratos, comemos tranquilos e ficamos conversando por um bom tempo sem se importar com o barulho exagerado da praça de alimentação.

Quando satisfeitos nós voltamos a procura por uma roupa para mim, e acabamos subindo para o último piso para isso. Passando por uma das vitrines Jimin parou, olhei para vitrine que ele olhava vendo um vestido muito bonito.

— O que acha desse? — Ele me olhou.

— É lindo, mas não sei se ficaria legal em mim. É meio curto... — Sorri sem graça.

— E qual o problema? — Jimin arqueou a sobrancelha e segurou meu pulso, me guiando para dentro daquela loja. Ele de cara já foi em direção a uma funcionária me arrastando junto dele. — Olá, eu gostaria de ver aquele vestido da vitrine para ela. — Ele apontou com o rosto para mim, me deixando encabulada quando a funcionária sorriu vendo que eu estava escondida atrás dele.

Depois de informar meu tamanho, a vendedora foi ao estoque buscar a peça. Logo em seguida ela voltou, e nos guiou até os provadores ao fundo da loja, Jimin se sentou em um puff e eu entrei no provador. Confesso que a preguiça me pegou em ter que retirar toda a roupa para colocar outra, mas o fiz porque não podia levar para casa e depois odiar.

Assim que vesti, me olhei no espelho atrás de mim e me surpreendi em como ficou bom. Olhando no meu corpo eu gostei bastante do resultado, o vestido era no estilo paetê, todo preto e com um decote não muito exagerado, mas demarcado. Gostei então saí do provador para mostrar a Jimin como havia ficado. O chamei e ele mudou a atenção do celular para mim, e imediatamente ele abriu a boca surpreso.

— Uau, ficou lindo Mia. — Seus olhos subiram e desceram por meu corpo, ele sorria abertamente e os olhos brilhavam. Ele imediatamente chamou a vendedora, que veio até nós em seguida. — É esse mesmo, vamos levar. — Ele disse se levantando do puff.

— Mas eu não experimentei nenhum outro. — Eu respondi. Também achei lindo, mas ia comprar o primeiro de cara?

— E precisa? Se você ficar mais bonita que isso não tem quem aguente do coração. — Eu ri, estava realmente gostando de ser tão elogiada por ele.

— Que casal fofo. — A moça elogiou enquanto nos olhava com um sorriso.

Eu corei na mesma hora, quando éramos mais novos também nos confundiam como um casal, acho que a nossa proximidade e pouca diferença de idade passa essa impressão.

— Obrigado. — Jimin agradeceu, e eu fiquei surpresa em ele não ter negado como sempre fazia, mas devia é estar com preguiça de explicar que na verdade somos tio e sobrinha, mesmo que teoricamente.

A vendedora se retirou e foi até o caixa dar início ao processo de venda, enquanto eu me olhei por mais algum tempo no espelho que tinha fora do provador. Os olhos do Park não desviavam de mim, ele tinha um pequeno sorriso bem no cantinho dos lábios enquanto me observava.

— Você realmente cresceu muito. — Ele comentou.

— Só você que não, continua baixinho. — Não perdi a oportunidade de o zoar.

— Sou mais alto que você. — Ele cruzou os braços e se aproximou, evidenciando que tinha bons centímetros a mais que eu.

— Mas para um homem você está abaixo da média. — Dei de ombros.

— É, você pode ter mudado na aparência, mas continua a mesma chata. — Ele apertou meu nariz e eu dei um tapa em sua mão.

— Me ama que eu sei. — Sorri e olhei para o caixa vendo que a funcionária nos observava com o mesmo sorriso de antes, voltei a ficar envergonhada. — Vou me trocar. — Avisei o dando as costas antes que ele continuasse nossa birra.

Enquanto terminávamos a compra Jimin se ofereceu para pagar, mas o impedi e passei o cartão de crédito que meus pais me deram para suprir com as minhas necessidades quando estão distantes. Grande jeito de se fazerem presente na minha vida, né?

Com a sacola em mãos saímos da loja, acabamos tomando um sorvete e finalmente fomos embora para casa, porque minha cota de socialização já havia se esgotado.

[...]

O final de semana chegou e eu estava ansiosa para a festa, para falar a verdade eu nunca fui de sair e acho que já ficou claro que meu forte não é socializar. Mas hoje eu estava realmente empolgada, pois fui convidada por um ex-colega de colégio para ser sua acompanhante. Eu não gostava dele romanticamente falando, mas sempre achei ele muito bonitinho e gente boa, e era a primeira vez que alguém me chamava para sair então fiquei animada.

Bem antes do horário já comecei a me preparar, tomei um banho, fiz minha maquiagem com paciência, depois o cabelo e perto do horário já coloquei o vestido. Pela primeira vez me olhei no espelho e realmente gostei da imagem que eu via. Lembrei dos elogios de Jimin quando comprei o vestido e sorri com a autoestima ainda melhor.

A festa não era longe, não daria nem vinte minutos de caminhada daqui de casa, mas o garoto disse que fazia questão de vir me buscar e eu me animei. Já era oito da noite, horário em que ele ficou de vir, mas ainda não tinha chego.

Eu que sou ansiosa demais, ele não precisava chegar em ponto, certo?

Fiquei esperando por mais alguns minutos certa de que ele logo chegaria, andei de um lado para o outro em frente ao portão de casa e fiquei contando os segundos. Depois de meia hora pensei em ligar para ele, mas achei que seria muito precipitado. Só deve ter acontecido algum imprevisto.

E depois de mais de uma hora e meia, eu vi o quão patética estava sendo na esperança de que ele aparecesse agora. Peguei o celular, tentei ligar para tirar satisfação, nas primeiras chamadas só tocou e ele não atendia, quando tentei mais uma vez caia direto na caixa postal. Ainda assim, tudo bem, certo? Deve ter acontecido algo, com certeza.

Suspirei e já ia entrando em casa, mas meu celular tocou, achei que fosse ele mas ao olhar a tela era Jimin.

— Alô?

Oi Mia. Já está na festa? Desculpa se eu estiver atrapalhando as coisas com o seu... amigo, é que eu só queria saber se chegou bem aí. — Jimin atropelava as palavras, parecia um pouco confuso.

— Ah, na verdade ele não veio me buscar. Eu estava esperando até agora. — Ri de mim mesma, amargurada. — Vou entrar tirar essa roupa patética.

O idiota te deu bolo!? — Jimin exclamou no que parecia uma mistura de raiva e alívio. — Se eu encontrar esse garoto eu vou acabar com ele, eu juro. Como ele pôde fazer isso com você?

— Você é mais protetor que meu próprio pai, Jimin. — Tentei descontrair.

Não troca de roupa não, Mia. Não quero que você tenha se arrumado atoa. — Ele pede me deixando confusa.

— Por que? Para aquela festa eu não vou nem ferrando. — Avisei logo.

Não, você vai sair comigo. — Ele respondeu.

— Como assim?

Vamos passear, fazer a noite valer a pena. — Explicou.

— Não sei se estou mais no clima, Ji... — Suspirei.

Por favor? — Sua voz manhosa me levaria a aceitar qualquer coisa.

— Tá bem. — Aceitei e ele comemorou do outro lado da linha.

Eu vou me arrumar e em meia hora estou aí, até. — Sem tempo para eu o responder ele desligou a chamada. Eu ri comigo mesma e entrei para o esperar.

Jogada no sofá eu fiquei mexendo no celular esperando os minutos passarem, achei que Jimin iria demorar até mais que o estipulado, mas em pouco mais de vinte minutos e ele estava na porta de casa. Assim que a abri vi que ele vestia uma roupa mais social, pelo jeito para combinar comigo. Me perdi um pouco eu sua aparência, ele ficou realmente bonito vestido assim, ainda mais com um topete deixando a mostra a testa sempre escondida.

— Nossa... — Fui tirada do meu foco com seu murmuro. — Você tá gata demais, Mia. — Me elogiou sendo tão direto pela primeira vez, o que me fez corar. Eu não era acostumada a elogios, nem mesmo os de Jimin que se tornaram tão frequentes desde que voltou para minha vida.

— Você ficou diferente assim. — Opinei sobre sua aparência também, só então ele voltou a si.

— Diferente? — Ele sorriu parecendo um pouco decepcionado e coçou a nuca.

— Ficou lindo, idiota, muito lindo. — Fui mais direta para corresponder ao seu elogio, e assim eu tirei um sorriso de verdade dele.

— Bem, vamos então? — Disse após limpar a garganta.

— Para onde vamos? — Questionei passando pela porta e a trancando em seguida.

— Podemos ir a alguma balada, ou algum barzinho. — Sugeriu.

— Nunca fui em lugares assim.

— Balada? — Questiona.

— E nem barzinhos. — Sorri comedida. Isso é resultado da minha áurea zero sociável, hoje que eu achei que poderia superar um pouco disso saindo com alguém, esse alguém me deixou na mão.

— O que quer conhecer primeiro?

— Bem, acho que nossas roupas combinam mais com uma balada. — Eu ri nos observando.

— É, concordo. — Com o lugar acertado seguimos até o portão de casa. Percebi um carro estacionado bem em frente, e já fiquei com raiva.

— As pessoas não sabem que não podem sair estacionando o carro em qualquer lugar? Olha isso, se meus pais chegassem agora não poderiam colocar o carro na garagem. — Digo inconformada.

— Ah Mia... — Jimin me olha rindo. — Eu queria fazer surpresa, esse é meu carro novo. — Eu imediatamente virei em sua direção,  realmente surpresa. — Eu juntei dinheiro enquanto trabalhava na Austrália e aí está. — Contou orgulhoso.

— Você comprou um carro? Ji, isso é incrível. — Eu corri até o automóvel e o verifiquei por todos os lados com os olhos brilhando. Fiquei extremamente feliz por ele, mas não perdi o momento para fazer piada. — Quer dizer que tenho um motorista a minha disposição agora?

— Park Jimin a sua disposição, senhorita. — Ele se curvou me fazendo rir.

— Sua primeira atribuição é me levar para diversão.

— Agora mesmo. — Entrando no personagem ele deu a volta no carro e abriu a porta do passageiro para mim, que entrei e antes dele fechar a porta eu lhe dei um beijo estalado na bochecha. 

— Você é incrível. — Sorri tentando agradecer pelo menos um pouco do que ele faz por mim. Jimin parece ter ficado desconcertado, na verdade ele anda tendo muito dessas reações quando estamos juntos. Eu acho fofo, mas não entendo porque ele fica assim quando somos tão próximos.

Dirigindo pelas ruas da cidade eu fiquei o observando, e Jimin concentrado no trânsito vestido com roupa social era realmente de admirar. E ainda mais loiro, volto a dizer que ele parece ter nascido para essa cor de cabelo. Se bem que de cabelo escuro ele também fica lindo, enfim, de qualquer forma ele é realmente bonito.

Jimin me levou a uma balada no centro da cidade, em uma área que estava bem movimentava por ser fim de semana e por ficar próxima a uma universidade. Ficamos algum tempo na fila já que estava bem cheio, mas logo já estávamos dentro.

De primeira para mim foi um choque, luz para todo lado, a música alta, a cacofonia de gritos e pessoas tentando conversar em meio aquele barulho meu deixou um pouco deslocada. O Park me levou até o balcão de bebidas e acabamos bebendo somente um drink alcoólico, eu queria curtir aquela noite sem ficar bêbada, e Jimin me seguiu nessa já que teria que voltar dirigindo. Se não fosse por isso, sei que ele já teria pedido todas as bebidas possíveis, é um pé de cana.

Com o passar do tempo fui me acostumado com o local, percebendo isso Jimin me levou para a pista dançar e assim ficamos por um bom tempo. Só sei que a partir dai nem vi mais o tempo passar, esqueci sobre o ocorrido com o garoto que iria me levar para a festa e até agradeci por estar com o Park no fim do dia.

Em certos momentos Jimin ia ao balcão buscar mais bebidas sem álcool para nós, e nisso já vinham alguns atirados para o meu lado. Jimin mais do que imediatamente os expulsava de perto quando voltava para o meu lado.

— Você é um tio muito coruja. — Falei bem ao lado do seu ouvido por conta do som alto.

— Estou sendo tudo agora, menos um tio coruja, Mia. — Sua resposta deixa minha cabeça numa confusão. Não sei dizer se é por conta do clima, mas não consigo processar o que ele disse e deixo de lado voltando a dançar.

Jimin ficou um pouco mais colado, tomamos o drink que ele havia pego e depois demos uma descansada fora da pista. Quando eram três e vinte da manhã, decidimos ir embora, pra quem veio só conhecer já fiquei bastante tempo.

No carro ele prometeu me levar em outros lugares, alegando que queria ser a pessoa que me faria abrir para o mundo. Eu estava feliz por isso, perdi boa parte da minha juventude com medo de fazer amigos, isolada da vida louca que pessoas da minha idade levam. Está mais do que na hora de eu viver um pouco, e está sendo ótimo ter alguém como Jimin me ajudando nisso.

Assim que Jimin estacionou em frente a minha casa eu suspirei, foi uma noite ótima apesar de eu achar que seria péssima por conta do bolo que eu levei.

— Seus pais estão de plantão ainda? — Ele questionar ao ver a garagem vazia.

— Estão, eles têm pego o turno da noite para ganhar mais. — Dei de ombros.

— E te deixam sozinha aí?

— É... — Murmurei. É realmente patético que eu tenha pais mas não tenha a presença dele, já que quando eu estou acordada eles estão hospital, e só quando estou dormindo eles estão em casa.

Jimin suspirou, esse assunto sempre o deixa bravo. Ele fica extremamente decepcionado com a situação, tanto que já chegou a discutir com eles por conta disso.

— Posso entrar um pouco? — Ele pediu.

— Claro, vamos. — Saímos do carro e assim que entramos na minha casa nos jogamos no sofá acabados.

Jimin pouco depois foi tomar uma água, enquanto eu peguei meu celular para checar as notificações e me deparei com stories da aniversariante da festa que eu iria. Tinham muitas fotos da decoração, e fotos dela com os amigos e presentes recebidos. Fui passando os stories até parar em um que me chamou a atenção, a pista de dança era gravada, naquele momento tocava uma música mais lenta e alguns casais dançavam.

No próximo stories gravava a mesma coisa, mas ela passava a câmera por toda parte filmando tudo. Até que eu uma dessas partes eu vi ele, o garoto que iria vir me buscar dançando agarrado com outra garota. Na hora minha expressão murchou, não era ciúmes porque eu nem gostava dele nesse sentido, mas fiquei desanimada ao ver que ele não teve imprevisto nenhum, só me substituiu sem me avisar mesmo. Soltei uma interjeição e suspirei.

— Que carinha é essa. — Nem percebi em que momento Jimin havia voltado para a sala.

— Ah, nada não. — Joguei o celular de lado.

— Mia, eu conheço você. Ficou desanimada assim por que? A noite foi chata? — Ele perguntou um tanto apreensivo.

— Claro que não, a noite foi maravilhosa. Você salvou meu dia. — Sorri sincera. — Eu só vi os stories da aniversariante e o garoto que era meu acompanhante... vi que ele foi com outra garota. E ainda estava dançado agarrado com ela sem se importar que estavam gravando...

— Esse desgraçado não fez isso! — Jimin exclamou com raiva. — Como ele pôde fazer isso com a garota mais linda da cidade? — Tentando me animar ele elogiou apertando minha bochechas.

— Não me mima que eu acostumo. — Brinquei.

— Pode acostumar, eu deixo. — Com um sorriso o loiro ficou olhando para o meu rosto por longos segundos. — Vêm aqui. — De repente ele me puxou para ficar em pé no meio da sala. Ele retirou o celular do bolso, ele selecionou uma música lenta e calma para se dançar e deixou o celular em cima da mesa de centro. — Me dá a honra? — Perguntou segurando minha mão, eu ri com sua cena e aceitei.

Jimin começou a guiar os passos de dança através do carpete do cômodo, nossos corpos balançavam lentos de um lado para o outro. De repente senti que estava no lugar certo, a melhor coisa foi ter tomado esse bolo, por que agora estou terminando a noite com uma pessoa que se preocupa comigo de verdade.

Mais a vontade eu abracei seu corpo e deitei a cabeça em seu ombro, me deixando levar pela música reconfortante que tocava.

— Obrigada por estar comigo, Ji. Eu não sei mais o que faria sem você. — Murmurei baixinho para não estragar o clima ameno, só senti que precisava o agradecer. — Eu sou tão grata por ter você na minha vida, você é a pessoa mais importante para mim. — Segredei. — Você sabe o que é um oásis, não é? É isso que você é para mim. Eu sempre me senti perdida e sozinha no meio de um deserto, mas você é o oásis que me salva e me dá esperança. — Digo do fundo do meu coração, porque acho o momento propício para o agradecer por ser meu escape, meu catalisador.

Com o ouvido próximo ao seu peito posso sentir seu coração bater mais potente, o que me deixa feliz em causar uma reação positiva sobre ele.

— Mia... — Ele chama baixo, como uma prece e eu resmungo para que continue. — Ah, Mia. — Ele só repete meu nome.

Ergo meu rosto para encontrar o seu e quem sabe descobrir o que ele tenta dizer. Ele também já estava virado para mim me observando, dessa maneira ficamos bem perto e eu sorrio porque me sinto segura com ele.

— Não sorri assim. — Ele pede como se algo em si doesse.

— Por que? — Eu lenta demais questiono.

— Porque assim eu não consigo mais aguentar.— Continuo sem entender, e assim que eu ia perguntar meu corpo gela com sua próxima ação.

Seu rosto corta a pequena distância que nos separava e seus lábios grudam nos meus com leveza. Meu corpo paralisa, perco todos os sentidos ao me dar conta do que estava acontecendo.

Jimin.

Eu.

Duas pessoas que fazem parte da mesma família, que são grudados desde sempre. E agora estamos em uma situação na qual eu nunca imaginei que estaríamos. Tudo que eu sei é que o susto de primeiro momento foi tão grande que não movi meus lábios, não contribui com aquele ósculo. Ele percebeu minha hesitação, e como se fosse um insisto eu deixei que ele afundasse nossas bocas.

Tentei esquecer em um canto da mente o quanto esse momento é estranho, só me deixei levar. Jimin me sentiu mais solta, usou a mão que apoiava minha cintura na dança para me puxar ainda mais contra seu corpo. Levei minhas mãos em seus ombros e as descansei ali enquanto movíamos nossos lábios um contra o outro.

Ele parecia desesperado por esses toques, respirava com dificuldade e me abraçava mais forte a cada segundo. Devo dizer que em certo momento eu me esqueci totalmente que era ele quem me beijava, sorvi seus lábios e agarrei sua nuca com uma das mãos e deixei que aquilo se procedesse.

Um bom tempo depois finalmente nos largamos, ainda abraçados um no outro e respirando pesado. Quando tudo acabou acho que nossa ficha finalmente caiu, esse pequeno ato pode mudar todo o nosso relacionamento fraternal. Me sinto assustada ao me dar conta disso, só não pareço mais assustada que Jimin.

Ele deixa meu corpo devagar, não me olha nos olhos, parece atordoado. Aos poucos seu corpo já está fora do alcance, ele pica confuso e visivelmente tenso.

— M-Me desculpa. — Pede baixo, a voz falhando. — Eu não d-devia... eu preciso ir embora, eu tenho que ir. Me perdoa. — Ele pegou seu celular na mesinha, a música já havia até acabado aquela altura. Como se estivesse tonto ele sai andando em direção a porta.

— Jimin, espera. — Chamo seu nome, mas ele ignora. — Jimin a gente precisa conversar. — Ele não diz nada, continua até abrir a porta e sair por ela me deixando para trás completamente confusa, surpresa e sem respostas.

Deixo meu peso cair e me sento no carpete da sala olhando para a direção que ele se foi. Sinto o corpo doer ao pensar nas possibilidades de acabar perdendo Jimin por conta desse beijo. O desespero bate, porque ele é a única pessoa que eu tenho, o único que me compreende, eu não aguentaria perder a relação que a gente tem.

Só esta noite já teve mais reviravoltas do que a minha vida inteira.


Notas Finais


Não deixem flopar, please🥺

Lembrando que isso é uma short

Créditos da capa à: @Moonchildesign

Meu perfil: @wishful
Perfil reserva: @gookook

Fic com Tae escritor: https://www.spiritfanfiction.com/historia/vante--kim-taehyung-20480473

Fic com prota Noona: https://www.spiritfanfiction.com/historia/anya-noona--shortfic-jeon-jungkook-21148651


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