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História Obscure Night - Trust in hands


Escrita por: littleshy

Notas do Autor


Demorei um bocado né? Mas já estou aqui.

Boa leitura'

Capítulo 24 - Trust in hands


Fanfic / Fanfiction Obscure Night - Trust in hands

Reve foi levada ao hospital em segurança por Jeremy. Quando chegamos lá, várias pessoas estavam em volta da viatura de ambulância e da maca de Reve. A Sra. Landek foi avisada e rapidamente s dirigiu até o prédio para confortar sua filha mais velha.

Chegou ao limite em que eu, nem Jeremy nem ela podíamos mais acompanha-la juntos com os enfermeiros, então esperei na lanchonete do lugar, enquanto Jeremy acalmava os nervos da Sra. Landek na sala de espera.

-Ela estava muito machucada? – escutei a voz de Austin. O mesmo se sentou na minha frente e me estendeu uma caixinha de suco de pêssego. Sussurrei um “obrigada” e respondi:

-Não. De ruim foi só o tornozelo torcido. – ele fez uma cara amarga.

Tinha poucas pessoas ali, a maioria só nos olhando inquietos, por sermos amigos da garota que desapareceu. Nos permitiu até escutar o som agoniante do ar condicionado.

Furei a abertura com o canudo. O levei até minha boca e suguei um gole.

-E os dois? – perguntei baixo.

-Os enterrei. O problema vai ser explicar isso ao xerife Woodley e cia.

Eu pensei em qualquer coisa, mas não vinha nenhuma solução.

-Havia mais alguém com eles? – ele negou, eu assenti. Então me lembrei... – Você não vai acreditar.

-Vindo de você eu vou.

-Eu estou encrencada, tipo, muito encrencada.

Ele me olhou sério.

-O que você fez, Anna?

-Eu? Nada. Mas Brendon e Mark, sim. Eles trouxeram Zena de volta. – seus olhos verdes se arregalaram.

-Você a viu? Tem certeza disso?

-Reve viu, ontem à noite. Ela voltou principalmente por vingança, Austin, o que vou fazer?

-Ela pode fazer qualquer coisa pra ter você pra ela e...

-Ela é lésbica? – eu tive que interromper depois dessa.

-Deixe-me terminar – ele tentou ficar sério, mas soltou uma risada da minha pergunta. – Ela quer seus poderes, Anna. É o que ela mais quer. Um Mida é poderoso.

Eu suspirei.

-Poderoso o suficiente para nenhuma bruxa nem ninguém traze-la de volta? – ele assentiu com receio. – Ótimo – sorri vitoriosa. – Mas o pior é que eu nem consigo domar meus poderes direito... – tomei mais um gole do suco.

-Eu vou estar aqui com você Anna. Sempre. Qualquer coisa só me perguntar.

-Valeu, grandão – sorrimos. – Mas tudo isso não é fácil pra mim quanto você pensa. – ele suspirou.

Talvez não seja; talvez eu esteja reclamando demais e fazendo de menos. A vampira vingativa estava pra me atacar a qualquer momento e eu aqui sem saber o que fazer. Era uma sorte muito grande de ter Austin junto a mim. Se ele fosse humano, estaria perdida. Não... espera, eu não estaria perdida porque não ia descobrir nunca quem eu sou, o que eu sou capaz de fazer.

Era tudo um jogo de quebra-cabeça, e de qualquer maneira eu vou montar todas as peças pouco a pouco.

 

(...)

 

Zena não deu sinal de vida nessas semanas que se passaram. Isso me deixava mais preocupada e aflita. Ela pode estar elaborando qualquer coisa que me enfraqueça, ou sei lá.

Reve tirou o gesso como combinado com o doutor. No começo foi meio difícil pra ela se acostumar, mas com o tempo, ela foi andando normalmente.

Por extremamente extraordinário e absolutamente assustadoramente estranho, Justin e Austin estavam se falando. Esquisito? É, mas estou gostando disso, creio eu que continuem assim. Eu, até hoje, não acreditei naquele dia em que Justin chamou Austin para beber, para que haja uma “reconciliação”. Austin hesitou antes de responder, mas aceitou. Sim, ele aceitou.

 

(...)

 

-Aí, Stella – chamei-a do outro lado da mesinha ao centro da sala, antes que a mesma desse outro beijo em John, seu novo boy.

Estávamos eu, ela, John, Austin, Reve e Justin na minha casa jogando pife, em volta da mesinha de madeira, numa quinta-feira a tarde. Minha mãe cochilava em seu quarto no andar de cima, depois de fazer uma faxina na casa.

-É a minha vez? – Stella estava mais perdida que criança sozinha em labirinto.

-Está na lua, hein – Reve comentou, fazendo Stella sussurrar um “foi mal”. Jogou sua carta e se abraçou a John novamente. Em seguida foi Reve, que jogou um seis. Era minha vez. Olhei minhas cartas.

-Lança esse sete aí – escutei a voz de Justin perto do meu ouvido. Este estava jogado no tapete, com a cabeça levantada, dando acesso a observar minhas cartas.

-Para de olhar, seu xereta – afastei minhas mãos da zona de observação dele.

-Ele está olhando desde o começo do jogo, Anna – disse Reve e riu. Olhei furiosa para o Justin.

-Você se distrai, não posso fazer nada – me olhou indiferente. Eu dei um tapa em seu braço.

-Idiota – lancei o quatro.

-Ah, por que não jogou o sete? – revirei os olhos quando ouvi seu resmungo.

-Pra você bater? Claro que não.

Foi a vez dele. O mesmo jogou sete.

-Estou com fome. – Reve quebrou o silêncio.

-Tenho bolo e suco. Vocês querem? – perguntei olhando para cada um deles. Todos consentiram. – Eu já volto. – me levantei para ir em direção a cozinha.

-Eu estou com um mau pressentimento – me assustei um pouco com a voz de Austin ao meu lado.

-Por que diz isso? – perguntei sem o olhar, com medo de cortar meu dedo por estar partindo pedaços no bolo.

-Eu não sei, há algo estranho. Zena não deu nenhum sinal de vida.

-Está melhor assim, Carter, quero ter um pouco de momento humano por enquanto. – o olhei com desdém, já que ele me observou como se estivesse me compreendendo.

Peguei os pires no armário e coloquei cada pedaço de bolo neles. Austin apanhou uns copos transparentes de vidro e os encheu de suco gelado de tangerina.

Antes de irmos para a sala, eu impedi Austin com o ombro, pois estávamos lado a lado. Ele estranhou.

-O que foi? – me encarou confuso. Eu suspirei.

-Eu só queria... – deixei novamente os pires ocupados na bancada. Ele percebeu que era algo sério então deixou os copos também. Eu olhei pra baixo e ele ficou de frente pra mim me fixando, me analisando detalhadamente. Eu sentia isso.

-Você confia na Stella e na Reve, certo? – eu perguntei tão baixo que quase sussurrei.

Ele consentiu de cenho franzido.

-Confia o bastante para dizer tudo a elas? Exatamente tudo, sabe? – eu hesitei depois, massageando as mãos pelo meu nervosismo. Ele apenas sorriu e riu baixo.

-Eu sabia que um dia você ia falar sobre isso pra mim. – eu sorri junto com ele, em seguida de uma dada de ombros.

-É meio perigoso, não é? – assentiu.

-Mas se você se sente mal por estar escondendo isso delas, eu não me importo de você contar. Desde que elas não surtem – rimos baixo.

-Tudo bem, irei dizer na hora certa. – disse por fim.

Virei-me para pegar os pires novamente. Austin fez o mesmo com os copos.

 

(...)

 

O sinal estridente do colégio soa. Levantamo-nos para a caminhada até o refeitório. Eu estava morrendo de fome.

Deixamos o material nos armários para irmos para o ninho de gente que é lá.

Por algum motivo Justin não veio hoje pra aula, e eu, é claro, fiquei preocupada.

-Onde está a Stella? – perguntei para Reve, que caminhava ao meu lado. Ela estava com Stella na aula de álgebra.

Ela me olhou um ar óbvio.

-Advinha – olhou para frente novamente e riu. Eu ri também, mas logo parei quando pensei numa hipótese de que poderia acontecer alguma coisa com ela. Não que possa acontecer o mesmo que Reve à um mês, mas que Zena pode usar qualquer uma das duas para poder me atrair.

-Vamos passar por lá para irmos juntas, aí já iremos para o ginásio esperar o Austin. – Reve assentiu de uma maneira estranha, como se desconfiasse, mas deu de ombros.

 

(...)

 

-Pombinhos – encontramos os dois trocando olhares apaixonados. – O sinal já tocou caso não tenham percebido – disse Reve.

Stella nos olhou, revirando seus globos oculares.

-Nós escutamos, chatas – sorriu e olhou para John. Deu um simples beijo e sussurrou algo que não conseguimos ouvir.

Seguimos para o ginásio. Chegamos lá ainda morrendo de fome. E Reve já começava com os chiliques dela.

-Esse Austin quando quer acaba com as estruturas de qualquer uma – comentou Reve ao meu lado. Eu ri dela.

Estávamos sentados na arquibancada esperando o treino de basquete acabar, afinal o torneio era na próxima semana e nosso colégio estava participando. Observávamos às vezes Austin dando arremessos, dribles e algumas defesas. Stella e nós disfarçadamente babávamos por ele.

-À sua direita, Reynold! – gritava o treinador Henley – Volta, volta! – seus gritos eram totalmente estridentes, dava eco no lugar inteiro.

E, finalmente, soa o apito do mesmo. Respiramos aliviada.

Por inesperado, Austin não nos percebeu na arquibancada, o que era meio bizarro porque não tinha ninguém aqui a não ser algumas meninas. Dirigiu-se ao banco onde estavam algumas roupas. Apanhou-as e foi para o vestuário com os demais.

Nós o aguardamos na porta do cômodo. Depois de alguns saírem, o jogador saiu com as roupas que veio hoje de manhã.

-Que demora, hein – disse Stella meio irritada.

-Desculpa gente, os idiotas esconderam minhas roupas – se explicou rindo, lembrando-se do ocorrido. Arrumou sua jaqueta. Steve, que saiu em seguida dele, deu um soco de leve em Austin. Os dois sorriram.

-Dá próxima escondo as suas, Riker. – falou rindo. Austin tem uma ridícula mania de chamar os outros pelo sobrenome.

Steve riu.

-Ih, não vai conseguir não, campeão. – se virou para a saída, colocando sua camisa no ombro direito, por preferir ficar sem camisa. Mas ele parou, e nos olhou. – Aí vocês, sexta que vem vamos dar uma festa na minha casa, já estão convidados.

-Que horas? – Reve quis saber.

-Às oito. – piscou e foi embora, virando o corredor logo que depois saiu do ginásio.

-Hum, impressão ou o Steve piscou pra você? – eu perguntei sorrindo sapeca para Reve. Ela corou.

-Impressão sua. – apressou seu passo, caminhando a nossa frente.

Reve fica fofa quando está nervosa, pensei.

 

(...)

 

Tudo bem que o Justin sabe se virar com os seus problemas e que ele não se preocupa com a matéria das aulas, mas o fato dele não ter vindo hoje não me deixou tranquila totalmente.

Garoto insolente. Como uma pessoa pode me deixar assim? Nem minha mãe me deixa assim.

Bufei com meus pensamentos.

-Algum problema, lourinha? – Austin perguntou atrás de mim, na fila da merenda.

-Ah – suspirei –, era pra eu estar me preocupando com o Bieber?

-Checando todos os ocorridos até hoje, eu diria que sim.

-Por quê?

-Por mais que você negue, ainda se importa com ele. – eu o fixei. Austin fez uma expressão confusa, como se tentasse entender o que ele próprio havia dito.

Eu sorri frouxo.

-Se eu não importasse, estaria melhor – peguei um bolinho de morango.

-Melhor como?

-Melhor... livre – falei instantaneamente. – Quando passo por isso, eu não penso em outra coisa.

-Coisa de Mida. – disse baixo com um sorriso estampado.

-Não – entortei a boca –, é coisa de Anna. – rimos.

Fomos para a nossa mesa de sempre. Sentei-me ao lado de Reve, a qual antes estava sozinha nos esperando.

-Está tudo bem? – a mesma apenas cutucava o brócolis com o garfo, sem mordê-lo ou arrancar um pedaço com a ajuda da faca. – Não estava com fome?

-Estou ótima. E sim, estou. – respondeu serena, sem me olhar.

-Vou perguntar de novo – dessa vez me olhou. – Está tudo bem? – hesitou.

-Pareço estar? – lançou um olhar triste. Meu coração quebrou ao vê-la daquele jeito.

-O que houve? – a olhei séria, assim como Austin.

-A minha irmãzinha...

-O que aconteceu com ela?

-Ela está no hospital. – ela não queria, mas seus olhos iniciaram a um processo de lacrimação. – Como uma criança pode aguentar uma dor tão forte, Anna? Meu Deus, como...? Como!? – esta mais desabafava do que explicava – Ela está com pedra o rim, e foi do nada – o choro com soluços tomou conta dela. Olhei de relance para Austin, depois voltei para minha amiga.

-Há quanto tempo ela está assim?

-Quase uma semana.

-Por que não me disse!?

-Achei que ela ia melhorar, então não achei necessário! – limpou suas lágrimas rapidamente, para que ninguém passe por nós a percebesse chorando. – Mas está acontecendo o contrário... – tratou de abaixar a cabeça.

-Ninguém desconfia de como pode ter surgido? – ela negou. – Eu sinto muito, Reve. Ela vai ficar boa.

Imediatamente tirei meu celular do bolso e mandei o seguinte torpedo para Austin:

“Não tenho certeza, mas deve ter dedo da Zena nisso”.

Austin sentiu o seu vibrar. Leu, e em seguida respondeu:

"Encontre-me lá em casa hoje à noite, meu clã estará lá para esclarecer melhor."

Olhei para ele e consenti.

 

 


Notas Finais


Vocês não fazem ideia do que há por vir. :3


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