1. Spirit Fanfics >
  2. Obscure Night >
  3. Our salvation?

História Obscure Night - Our salvation?


Escrita por: littleshy

Notas do Autor


Ele voltou.

Capítulo 26 - Our salvation?


Fanfic / Fanfiction Obscure Night - Our salvation?

 

Abri os olhos lentamente. Não conseguia sentir o meu corpo, minha respiração estava fraca. Fiz um resmungo baixo pela dor de cabeça que sentia, mas não sabia onde estava.

Senti minhas mãos amarradas ao alto da minha cabeça, então olhei pra cima vagarosamente. E tinha razão. A corda estava presa ao teto, me impedindo de fugir.

Agora foi a gota d’água.

Olhei para o lado. Estava escuro aquele quarto, ou sei lá onde eu estava. A única luz era da pequena janela à minha frente. Parece que eu passei a noite ali. Meu cabelo estava desgrenhado, meu pescoço doía, meu joelho machucado pelo chão mal feito e minha vestimenta suja.

Havia outra pessoa um pouco longe de mim, mas não conseguia identificá-la. A mesma permanecia na mesma posição que eu.

-Ei – falei, nem muito alto nem baixo. A pessoa se mexeu, mas não respondeu. – Onde estamos? – insisti.

-A-Anna...? – gelei ao escutar aquela voz fraca. Austin estava comigo. – Que bom que... Você está bem. Pensei... Que havia te perdido. – ele se esforçava para falar. Ia reclamar do meu estado, mas parece que o dele está pior.

-Austin, onde estamos? – eu comecei a me desesperar. Nem para chorar estava com forças. – O que fizeram com você e há quanto tempo está aqui?

-Há semanas estou aqui.

Eu acabei não compreendendo. Ele estava comigo ontem, e antes de ontem e assim por diante. Mas pode ser que não seja ele, e sim, Zena disfarçada.

-Vagabunda. – disse mais pra mim mesma do que pra ele. Eu sentia tanta coisa naquele momento que era impossível de descrever.

-Logo depois que matamos Mark e Brendon, Justin foi para a casa dele e eu continuei a verificar pra ver e tinha mais alguém com eles. – apesar de só sua voz quebrar o silêncio, eu o ouvi respirar fundo. – Acabei encontrando Zena,e quando acordei, estava nesse inferno de casa.

-É uma casa?

-Sim. Creio eu que foi a mesma onde Reve foi amordaçada. – fez uma pausa. – Estamos no porão. – eu acabei olhando ao redor, novamente. Não tinha cara de ser um porão, pois eu não estava conseguindo enxergar as escadas para o térreo.

-Temos que fugir antes que ela... – Austin foi interrompido por um barulho, o mesmo rangendo. Parecia ser uma porta se abrindo. Então olhei pra cima. Pela luz, enxerguei a escada, e havia uma silhueta no começo dela, a luz de fundo amarela.

Zena foi descendo devagar, apreciando o meu estado.

-Ora, ora, ora – disse pausadamente, quando terminou a escada, indo em direção a mim. Eu estremeci. – Se despedindo do namorado? – eu não respondi, até parei de olha-la. Antes que eu pudesse pensar em alguma coisa, senti um estalo na minha bochecha esquerda, fazendo-a arder e meu pescoço latejar.

A tapa dela doeu até na alma.

-Responda! – disse alto.

-Eu vou matar você. – foi o que eu disse, firme então, ainda sem a olhar. A ouvi rir de deboche.

-Quem irá morrer vai ser você, e não pense que vai ser só na facada. – ela levantou o braço e vi que sua mão se dirigia ao meu queixo. Ela apertou, com os seus dedos, as minhas bochechas, me fazendo a olhar. – Sua morte vai ser tão lenta e dolorosa que você vai sentir arrependimento por ter me esfaqueado.

Eu confesso que me assustei, e me assustei amargamente. Não ia sair daqui tão cedo e não tinha como escapar, pois ela me envenenou e eu não estava sentindo meus poderes.

Zena me soltou e se dirigiu a Austin.

-E quanto a você, resto de germe – meu sangue subiu ao ouvi-la insultar ele. – Melhor se comportar direito dessa vez, senão vai ser o primeiro a ser morto. – disse fria e calculista. Foi para a escada. Subiu e fechou a porta.

O silêncio pairava sobre o porão.

Eu estava em meios de devaneios, até que Austin fala:

-Eu não posso deixar isso acontecer. – pelo seu vulto ele começou a se levantar, mas estava tão fraco que caiu de joelhos novamente, resmungando da dor.

-Não força, Carter. Eu vou pensar em alguma coisa. – eu comecei a remexer minhas mãos sobre a corda, mas estava tão bem amassada que não consegui me soltar.

Meu segundo plano foi tentar quebrar o pino que a segurava no teto. Forcei meus braços para baixo, repetidas vezes, mas foi em vão.

Olhei ao meu redor mais uma vez, além de ver o vulto do Austin, eu via a escada, nada mais além disso. Olhei para o chão. Havia algumas pedrinhas do lado do meu joelho esquerdo, mas não pensei em nada.

Soltei um suspiro abafado e fechei os olhos, abaixando a cabeça. Eu não estaria encrencado se Zena não capturasse minha mãe. Mas ela mereceu, porque mamãe é tudo pra mim. Tanto que... Outro barulho me interrompe, só que não é de uma porta se abrindo. Não consegui identificar.

Olhei para a janela. Havia alguém ali. O vidro dela estava se trincando, e aos poucos foi se quebrando. A luz ficou mais forte, então fechei os olhos pela claridade. Depois deles se acostumarem, avistei uma pessoa me olhando. Um rapaz louro.

-Te achei. – o rapaz disse. Eu conhecia essa voz, de algum lugar.

-Quem é você? – perguntei enquanto ele passava pela janela, adentrando ao porão.

-Não está me reconhecendo? Não acredito – seu tom estava um tanto brincalhão. Aterrissou ao solo, depois de pular.

Ele se aproximou, e eu estreitei as pálpebras para enxerga-lo melhor. Mas logo as arregalei por reconhecer quem era.

-Não pode ser... É impossível...

-Podemos fazer de o impossível virar possível, Annabeth. – era Alexander, ou melhor dizendo, Alex: o rapaz louro do meu sonho.

 

 



Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...