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História Obscurus - Férias (problemas)


Escrita por: DreamingMoon

Notas do Autor


FÉRIAS!!!!
Finalmente um pouco de tempo livre.
Espero que gostem do cap.

Capítulo 15 - Férias (problemas)


Pov. Jack

Sou chamado, logo na manhã seguinte ao meu retorno de Hogwarts, ao escritório do meu pai.Entro sem questionamento, e me sento na cadeira de frente para a janela, apoiando-me nos pés de trás da cadeira e os pés na mesa.

Meu pai, sem tirar os olhos do jornal, fala:

-Olhe a postura. Porte-se como um sangue puro.

Reviro os olhos, me arrumando no lugar.

-O senhor queria falar comigo? – pergunto com sarcasmo.

-Por favor, abaixe o tom – ele diz, apertando a ponte do nariz – Sim, Jack, eu quero falar com você.Soube, por alguns colegas, que tem andado...Em companhia questionável.Acho que já conversamos sobre isso, mas vou lembrá-lo que não é bem visto um Sonserino de família distinta andando com a ralé.

-Minha ideia de companhia questionável é bem diferente – murmuro, irritado, escorregando pela cadeira e cruzando os braços.

-Quando falar, espero que seja em tom audível.E não me responda, estou falando pelo seu bem.Que tipo de imagem vai atrair assim?

-A minha – respondo, sem encará-lo.

-Agora, escute aqui, moleque. Eu e sua mãe tivemos muito trabalho para planejar o melhor futuro para você, e você vai nos obedecer.Fizemos tudo para viver em um paraíso.Está ouvindo?Você cresceu entre uma elite, é herdeiro de toda a fortuna e sua futura família terá o sangue puro e toda uma educação. Mas parece que você quer jogar tudo, e para que?

Não me movo.Não faço nada.

-Responda.

Mantenho a cabeça abaixada.

-Responda!

Penso em levantar e sair, mas permaneço na mesma posição.

Meu rosto arde do lado direito, e provavelmente qualquer um que já esteja acordado ouviu o estalo que o tapa dele produziu.

-Diga o que você quer.

O encaro por alguns segundos, em silêncio.

-Uma família – me levanto e saio, sem esperar por sua licença.

Entro no meu quarto inutilmente amplo e tranco a porta.

Sem ânimo, me jogo na cama e fico olhando o teto, sem saber o que fazer.

Me ergo da cama, pensando em escrever para um de meus amigos, mas quando pego a pena, não consigo pensar em nada.

Pov. Mérida

Acordo antes do amanhecer, e, escondida, saio pela janela do quarto, levando comigo, meu arco.

Corro pelo grande campo da casa, atirando em algumas maçãs do pomar e alvos improvisados que pintei com meu pai, sem errar a mira.

A casa da minha família é grande, e por isso passo horas andando e atirado, correndo nos morros e me divertindo antes que minha mãe descubra que saí e me mande “entrar e me comportar como uma dama”.

Escalo o muro alto que margeia o fim do enorme quintal e o jardim, e me viro na direção em que o sol nasce enquanto mordo a maçã suculenta que minha mãe trata com tanto orgulho quando está cuidando da plantação.

-Mérida, minha filha, desça já daí! – disse minha mãe, sorrindo – Isso não é lugar para uma menina, Mérida!

Rio de sua preocupação.

-Espera um pouco, mãe – digo.Termino a maçã enquanto ela observa.

Eu podia descer escalando, como subi, ou dar a volta pelo muro até o carvalho do centro da parte esquerda, mas decidi pular, em parte porque é divertido, em parte porque sei que isso provoca minha mãe.

-Cuidado!

-Estou bem, mãe – digo, me erguendo.

Tomo o caminho de casa, mas alguns passos depois, minha mãe diz:

-Sabe, querida, eu estava pensando...Talvez pudesse chamar algumas amigas suas para passarem uns dias aqui.Pode ser que ajude com...Você sabe.

-Mesmo? – me viro, contente

-Mesmo, desde que não faça essa bagunça.Olhe o estado de suas roupas!

-Obrigada, mãe! – a abraço, contente.

Saio correndo para enviar uma carta para o pessoal, e no caminho, passo no quarto de meus pais, levando outra maçã e um copo de leite com biscoitos.

-Pai?

Entro, equilibrando as coisas.

Meu pai está deitado, olhando a janela do outro lado.

-Bom dia, pai.Tudo bem?

Ele se vira, os olhos vazios por um momento, então sorri.

-Bom dia, querida.Estou sim.

Mas ele faz aquele movimento com o nariz que indica que está mentindo.

Sorrio.

-Aqui, eu trouxe para o senhor.

-Obrigado.Deixe o criado mudo, que eu já pego.

-Certo.Se precisar de mim, eu vou estar no meu quarto.

Me retiro, perdida nos meus pensamentos.

Pov. Rapunzel

-Chegou uma coruja para você, querida – disse minha mãe, assim que entrei na cozinha – Deixei a carta em cima da mesa.

Corro até a mesa e abro a única carta, que tem um selo preto com ursos.

-É da Mérida – eu digo em voz alta, passando os olhos pelo conteúdo.Me sinto murchar – Ela... Ela está me convidando para passar um dia na casa dela.

Olho para a cozinha, onde minha mãe está, esperançosa, mesmo sabendo que ela provavelmente não vai me deixar ir.

-Talvez fosse melhor você chamá-la aqui.

Sabia. Meus pais são muito protetores.Foi um milagre eles terem me deixado ir para Hogwarts, mas estava pensando que, depois disso, eles passariam a ser mais liberais.

-Mas ela chamou todos os meus amigos – tento argumentar – Por favor!Vai ser tão divertido!E ela disse que é importante!Por favor, só uma vez!

-Vou pensar.Não conhecemos os pais dela ainda.

-Por favor, mãe!Todos os meus amigos vão e é só por um fim de semana!

Ela suspira e me encara.

-Certo.Se eles escreverem e eu e seu pai concordarmos, talvez, talvez você possa ir.Agora chame seu pai e venha tomar café.

Grito, avisando que o café está pronto e pulo na cadeira, encharcando as panquecas com mel.

Pov. Soluço

Fiquei feliz quando o guarda caça da escola prometeu cuidar de Banguela, mas sinto saudades daquele dragão bobo.

Pouso meus olhos no caderno enquanto lembro de quando o encontrei pela primeira vez.

Estava no Salão Comunal da Lufa-Lufa, terminado um dever que deixei para última hora, quando ouvi um som fraco, pouco mais alto que o vento batendo nas árvores, e pouco tempo depois, um clarão do lado de fora, na Floresta Proibida.

Tentei ignorar, mas outro clarão apareceu.Depois outro.

Ninguém iria me ver se eu desse uma escapada, e seria apenas por alguns minutos...

Larguei o dever quase completo e peguei minha varinha, então saí, torcendo para não ser descoberto.E, por sorte, não sou.

Hesito antes de entrar na floresta, mas logo outra explosão de luz me motiva. Sigo instintivamente, até finalmente chegar ao ponto onde as luzes são lançadas e sou surpreendido por uma massa grande e escura cheia de garras.

Volto a finalizar o desenho e depois o estudo, pensando qual seria o material mais adequado para o projeto.

Pov. Astrid

Recebi uma carta logo no começo da segunda semana de férias, de Mérida, me convidando para passar o fim de semana em sua casa.

Assim que terminei de ler, escrevi uma resposta.

-Mãe, minha amiga me chamou para ir na casa dela – grito do meu quarto.

-Qual amiga? – pergunta ela, já surgindo em minha porta.

-A Mérida.

-Quando?

-No próximo fim de semana.Dormir lá.

-Certo, pode ir.

A abraço, agradecendo, e envio a resposta, contente.

Pov. Elsa

Estava planejando ficar no meu quarto durante as férias, mas Punzi mandou uma carta convidando a passar o fim de semana na casa da Mérida.Eu não teria ido, mas meus pais pegaram a carta e acharam que me encontrar com outras bruxas de minha idade poderia me ajudar.

Rapunzel me assegurou que meu convite provavelmente tinha se perdido, mas ficou na cara que Mérida na verdade não tinha escrito para mim, porque ficou surpresa ao me ver.

Eu já esperava por isso.Passei meses a afastando, assim como a todos.Não quer dizer que não tenha doído.

-Elsa... É... Que surpresa!

Forço um sorriso, torcendo para que pareça natural.

-É, bem...Pois é.

Foi só isso.Sem abraço, sem nada.

Entro e coloco minhas coisas em um canto, junto com as outras malas.

-El! – Rapunzel é a primeira a vir correndo e me abraçar – Fiquei com medo que não viesse!

-É...hum...eu...estou aqui! – a abraço rapidamente, me afastando para um canto em seguida.

Enquanto minhas amigas conversam, pego um livro de minha bolsa e leio, tentando me distrair.

-Ei, Els – chama alguém.Ergo a cabeça, ainda perdida entre a história e a realidade, e avisto um amontoado de cabelo ruivo.Mérida – Eu... realmente estou feliz que esteja aqui.Devia ter te escrito.Não fiz porque...fiquei com medo que não respondesse.

-Tudo bem.Estou feliz de estar aqui.

-Nós nos afastamos, não é?Caramba...

-Acho que todas nos afastamos um pouco – comenta Astrid.

-É, sim – abaixo a cabeça.



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