Pov. Astrid
Ninguém falou nada no caminho de volta, o que me deu tempo o suficiente para entender o por quê do lufano ter subitamente decidido posar de líder e nos fazer deixar a caverna sem Elsa. Mas nem todos parecem ter chego à mesma conclusão.
Assim que chegamos ao corredor da escola por meio da passagem, Frost se volta para Soluço, completamente irritado.
-Que droga foi isso?! Nós estávamos quase conseguindo e você simplesmente desiste? Qual o seu problema?
-Gente, calma – pede Rapunzel, falando baixo – Vamos ser castigados se vocês começarem a brigar.
O meninos a ignoram, e Soluço rebate.
-Não é nada disso! Não podíamos ficar lá dentro, ou será que não notou?Ela...
-Ela está em perigo, sozinha e talvez morrendo por causa do Obscurus, e ao invés de trazer Elsa de volta, você decide que é hora do toque de recolher e nos faz deixá-la lá!
-Chega! –me coloco no meio – Os dois! Não vamos poder voltar se ficarmos de castigo. E o Soluço não nos fez deixá-la. Ele...
-Fez exatamente isso – interrompe o albino, apontando para o moreno, o encarando.
Sem pensar muito, torço sua mão, o imobilizando.
-Quer parar de dar chilique e raciocinar um pouco? – murmuro entre dentes – Ele nos tirou de lá porque Elsa estava ficando nervosa. Se ele não tivesse decidido que era “hora do toque de recolher”, estaríamos mortos agora, e Elsa estaria sozinha, talvez morrendo e tendo que ocultar os nossos corpos.
Jack para de relutar e eu o solto. Ele esfrega os pulsos, ainda irritado, mas ao menos parece aceitar a explicação.
-Agora vamos voltar aos dormitórios e aproveitar o que ainda esta da noite, antes que alguém nos encontre, ok?
Pov. Soluço
Astrid sai, sem olhar para trás. A observo virar o corredor.
-Bem – diz a corvina, quebrando o silêncio tenso entre nós – eu já vou. Boa-noite.
Frost me encara, ainda irritado, e segue para as escadas.
Suspiro e volto para o dormitório.
***
-Como assim, ela não voltou?! – perguntou pela sexta vez a Arendelle mais nova.
Contamos sobre a viagem, sobre o encontro e a conversa, e Anna absorvia todos os detalhes, dando saltinhos ansiosos.
-Elsa está sozinha, em uma caverna? Sabem se ela ao menos está se alimentando? Precisam voltar lá hoje, e precisam me levar com vocês!
-Nós já explicamos – intervém Flynn – Não tem como você deixar esse castelo sem ninguém perceber, ruiva.
-Não entendem?! – ela retruca, corada de nervoso, os olhos enchendo de lágrimas – Ela é minha irmã, e está lá sozinha, isolada e sofrendo! Depois de tudo o que aconteceu, Elsa está lá...Sozinha...
A garota de repente não segura mais e cai de joelhos, soluçando.
Punzi abraça a garota, e para minha surpresa, Astrid se ajoelha ao lado das duas, colocando a mão no ombro da mais nova e dizendo em um tom gentil que eu jamais pensaria que pudesse sair de sua boca:
-Calma. Está tudo bem, não vamos desistir, ok? Só precisamos convencê-la. Elsa não vai ficar mais sozinha, ela vai ficar bem. Eu prometo, está bem? Vamos dar um jeito.
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