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História Observar - Capítulo único


Escrita por: Teylla

Notas do Autor


Tive essa ideia do nada agora e pela primeira vez estou escrevendo pelo celular e relevem a capa também, pq fiz pelo aparelho e não sou acostumada aaa
Espero que gostem, porque amei escrever!

Capítulo 1 - Capítulo único


Observar 

Capítulo único

Por Teylla

 

A nuvem cinza se aproximava repentinamente mostrando que a chuva logo chegaria, Sasori apenas deu de ombros, não precisava se preocupar com isso, tinha seu próprio guarda-chuva, então nem se molhar ia.

Colocou a mão no bolso e foi andando até a entrada do grande prédio, mais um dia cansativo, mas pelo menos tinha uma pessoa que o interessava, a pessoa que adorava observar, ela.

Foi em direção a sua sala, abrindo a porta de correr com calma, sua expressão era suave e parecia não ter preocupações, enquanto outras pessoas tinham o pânico estampado no rosto pela preocupação da chuva que não tinha sido prevista de manhã.

Andou silenciosamente até o fundo da sala, sentando-de confortavelmente e pôs-se a olha a vista proporcionada pela janela, deu um sorriso de canto, ainda restava um pouco do céu azul, o azul tão belo quanto os olhos dela.

Olhou ao redor da sala e viu que ela não havia chegado, o que era estranho, sempre chegava cedo, provavelmente passou em uma loja de doces no caminho para cá ou numa loja de conveniência, era o que ela mais gostava de fazer, além de comprar revistas adolescentes, claro.

Suspirou, não tinha nada para fazer, nem seu amigo tinha chegado ainda, olhou o celular para ver as horas, faltava apenas dez minutos para que a aula começasse, sentou de maneira despojada, olhando o teto enquanto escutava as conversas paralelas ao seu redor, todas falando sempre das mesmas coisas, o tempo todo.

Logo a porta foi aberta, causando palpitações no coração do ruivo, sua loira havia chegado com seu sorriso encantador, como um sol, dizendo bom dia totalmente feliz como todos os dias, mas qual era a probabilidade de alguém realmente ser feliz todos os dias? Ele sabia que ela também ficava triste às vezes, mesmo que tentasse, em vão, esconder.

Não sabia quando e nem como começou a observar Ino Yamanaka silenciosamente, não sabia se havia sido no primeiro ano quando toda turma viajou junto e ficou admirado com sua maneira de agir, da forma que sorria, que colocava a mecha do cabelo atrás da orelha, que cuidava dos outros, que falava e se vestia, sempre gentil.

Ou no segundo ano que aconteceu o campeonato de esportes que ela mostrou suas habilidades de ginástica e corrida, até fazendo exercícios seu sorriso tirava o fôlego ou quando estava vestida como líder de torcida para torcer pela sua sala, ela não sabia, mas Sasori havia ganhado muitas competições naquele dia por causa dela, porque ela estava ali, torcendo por ele.

Mas era uma pena que apesar de Sasori a conhecer tão bem, Ino não conhecia Sasori de jeito nenhum. Pelo menos era o que ele acreditava.

Nunca trocaram muitas palavras e nunca foi de ser a atenção central de Ino, também pudera, com tantas preocupações e pessoas ao seu redor, como poderia ser? 

Ela o olhou e deu um sorriso, mas nenhuma palavra, Sasori ficou surpreso, Ino nunca o notou.

O professor entrou na sala, explicando o assunto de história, mas Sasori não parava de observar a loira e compará-la com a Rainha Elizabeth, qual era o assunto no momento.

Balançou a cabeça, se negando e optando por esvaziar sua mente e por fim, realmente prestar atenção na aula.

Não demorou muito para que a aula acabasse, mas Sasori tinha que ir na sala de seu clube antes de poder ir por fim, para casa. Ele foi até o jardim, observando as nuvens que provavelmente em pouco tempo começaria a deixar os pingos de água caírem por suas cabeças. 

Falou com o presidente do clube e no caminho viu algo que não o deixou tão feliz assim.

Um garoto moreno com duas tatuagens vermelhas no rosto estava na frente de Ino, levemente corado, enquanto ela sorria segurando seu guarda-chuva.

— Ino! E-eu gosto de você... — disse sem olhar no seus olhos, constrangido.

Escutou um suspiro escapando da loira.

— É uma pena, Kiba, de verdade... mas já há alguém que eu gosto... Espero que entenda — avisou com um tom melancólico.

— Impossível, Ino, quem? — questionou franzindo o cenho e tirando as palavras da mente de Sasori que sentiu seu coração partir na mesma hora.

— Desculpa, é segredo — respondeu por fim. — Se era só isso... Com licença — completou, virando-se, mas sentiu ser puxada e quando viu Kiba estava com seu guarda-chuva, quebrando-o no meio e saindo, deixando-a sem entender nada.

— Aí, que merda — resmungou.

Sasori saiu dali e foi até a entrada da escola, escutando a chuva cair, pegou suas coisas para enfim ir para casa, abriu seu guarda-chuva, quando viu a loira parada ao seu lado suspirando. 

O ruivo se perguntou onde estava seu guarda-chuva e lembrou na mesma hora, Ino nunca estava despreparada, sempre trazia tudo que precisava consigo, havia observado isso também.

Ele pigarreou, chamando atenção dela.

— Ah, Sasori — ela cumprimentou sorrindo.

— Você quer... Usar o guarda-chuva comigo? — tomou coragem ao perguntar. 

Ela pareceu considerar a ideia, surpresa ainda com o convite e ficando levemente vermelha.

— Claro, por que não? — disse e foi para debaixo do guarda-chuva do loiro.

Começaram a andar na rua e Sasori podia jurar que poderia morrer a qualquer momento de nervoso.

— Ei, Sasori, me diga... — iniciou, fazendo o ruivo olhar para ela. — Por que você fica me observando? Você gosta de mim, é isso? 

Sasori não pôde deixar de ficar surpreso, como assim ela notava que ele não tirava os olhos dela?

— Talvez — respondeu com um tom sério, sem dar bandeira de seus sentimentos.

— Deve estar se perguntando como sei que me observa, né? — arguiu, olhando para ele e fazendo-o parar de andar.

Droga, ela lê mentes agora? pensou Sasori nervoso.

Ino fez uma coisa que ele nunca pode imaginar, ficou nas pontas dos pés, e segurou seu rosto, dando-lhe um beijo, enquanto ele estava segurando o objeto com os olhos arregalados, escutando os pingos baterem contra a capa do guarda-chuva, fazendo um barulho que agora se tornou inquietante.

Ele fechou os olhos, deixando-se levar pelo momento, enfeitiçado, precisava adicionar mais uma coisa na sua lista de observação:

Ino beijava muito bem.

Quase soltou o guarda-chuva, mas logo a mesma se afastou com um sorrisos.

— É porque eu talvez... também te observe — respondeu animada e começou a andar, deixando-o estático por fora e a ponto de explodir por dentro.

 


Notas Finais


O que acharam? :3


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