Alguns anos antes..
-Bom dia Kinky! -Cumprimentou alguém.
-Olá, Kinky! -Outra pessoa disse.
-Kinky! -Soila veio correndo na minha direção.
Havia alguns meses que eu estava trabalhando na CD e graças ao apelido que dei ao Andrew, ele resolveu pagar na mesma moeda e me apelidou de Kinky, ou seja, aberração, estranha e enfim. Só que a diferença é que agora, todos me conhecem por Kinky. 99% nem sabe que me chamo Katherine.
-Soila.. -Cumprimentei minha amiga. -Novidades?
-Paul voltou da missão. -Respondeu ela.
-E como foi?
-Ele falhou. A execução será daqui alguns minutos.
Essa era a regra na CD. Só se podia falhar uma vez. Até porque, você não viveria para falhar novamente. Todos sabem disso e concordam antes de entrar. Mas ninguém imagina que vai falhar um dia.
-E o Andrew te convocou para uma reunião, você deve estar no escritório exatamente.. -Olhou para o relógio no pulso. -Agora. -Continuou Soila.
Sorri pra ela, agradeci e corri até o escritório ainda com metade do cupcake de chocolate na mão.
Cheguei no escritório rapidamente e entrei sem bater. Encontrei Andrew apoiado na janela, olhando para o nada.
-Já mandei você bater antes de entrar, Kinky. -Comentou, sem me olhar -Um dia vai acabar me pegando com uma garota...
-Corleone, só uma garota tem o direito de se pegar com você nesse escritório. -Respondi - Eu.
-Você é possessiva demais. -Brincou Andrew, finalmente se virando para mim -Infelizmente, não chamei você aqui para provar sua afirmação...Talvez mais tarde resolvemos isso. Eu quero que você pegue uma nova missão. -Olhou preocupado pra mim. -Mas quero que pense antes de aceitar.
Andrew me passou um envelope.
Abri e tirei o conteúdo. A primeira coisa que se via era a foto do Coringa.
-Querem ele morto, só uma confissão ou talvez um susto? -Perguntei.
-Morto. Um mês de prazo. -Respondeu Andrew -Mas lembre que ele é o maior assassino de Gotham.
-Era.
-Como? -Me olhou confuso.
-Era o maior assassino de Gotham. Agora ele vai aparecer com um K desenhado no peito , como todas as minhas vítimas.
-K de Katherine? -Perguntou.
-K de Kinky. -Dou uma risada e saio dali.
...
Atualmente...
Mantive a cabeça erguida, mesmo sendo perigoso. Aquele lugar poderia estar infestado de membros da Cave Of Demons.
Era uma festa somente para assassinos. Eu sei, bem bizarro. E mesmo eu com meu rosto coberto pela máscara, mesmo meu cabelo agora curto e ruivo, e usando um vestido (O que eu nunca usava antigamente) e mesmo estando dada como morta.. Bem, poderiam me reconhecer. E tudo estaria acabado.
Tomei o cuidado de usar luvas que cobrissem minha tatuagem, afinal aquilo era como escrever em neon que eu sou, bem, a Kinky.
Eu e Coringa atravessamos o salão, tendo noção de que todos nos olhavam. Todos olhavam o maior assassino de Gotham e sua nova marionete. Mal sabiam eles o que essa marionete iria fazer futuramente.
-Docinho, com quem falaremos primeiro? -Perguntei, sabendo que a festa era, no fundo, uma reunião de negócios.
-Com algumas pessoas que podem vender informações importantes. -Respondeu ele -Pode ser um pouco chato.
-Trabalhei sozinha por anos, docinho. -lembrei -Sei como são as coisas.
Sentamos na primeira mesa, junto com um homem que tinha acenado para a gente.
-Então Hilton, alguma informação importante? -Perguntou Mr. C.
-Eu sei a localização do Batman. -Falou.
-Onde ele está? -Perguntou o Coringa.
-Eu quero algo em troca.
-O que você quer?
Hilton passou a mão em minha coxas e apertou.
-Você tem uma acompanhante muito bonita. -Disse. -Talvez ela me convença mais privadamente a falar.
Fechei os olhos, tentando esquecer o enjoo que começou. Eu já sabia a resposta dele, não precisava esperar ele falar.
-Certo. -Respondeu dando ombros. -Katherine, trate-o muito bem.
Abri os olhos e sorri para meu acompanhante.
-Pode deixar. -Olhei para Hilton -Vamos, docinho.
Ele sorriu malicioso e acho que nem percebeu a ironia na minha voz.
...
Entrei num quarto e Hilton me seguiu, virei para ele e sorri.
-O que você quer que eu faça primeiro? -Perguntei me aproximando e deslizando as mãos pelo seu corpo. -Pode me pedir o que quiser. Mas sabe, eu gosto de dominar e ser uma menina malvada...Tem problema?
-Você pode ser malvada comigo o quanto quiser. -respondeu Hilton, antes de me beijar.
Eu estava com nojo. E não era só pelo bafo horrível. Eu não tinha problema em seduzir as pessoas pelos meus negócios. Mas o Coringa, ele me tratou como se fosse um objeto... Mas esse era o meu trabalho, eu tinha que ser a garota perfeita do Coringa. Até ele abaixar a guarda. Isso não significava que eu não pudesse fazer as coisas do meu jeito.
Me separei de Hilton e olhei ao redor do quarto.
-Quer brincar? -perguntei.
Ele assentiu, empolgado. Puxei a cadeira e olhei para ele indicando que era para sentar-se. Quando ele fez, sentei em cima dele sentindo sua ereção. Beijei seu pescoço e mordi fortemente, enquanto ele passava as mãos pela minha bunda e apertada. Sorri maliciosa e desfiz sua gravata, saindo de cima dele.
Girei até atrás da cadeira.
-Mãos para trás, docinho.
Ouvi ele rir, enquanto obedecia.
-Você realmente gosta de dominar. -Comentou enquanto eu amarrava suas mãos com a gravata, tão forte que devia estar doendo um pouco. -Menina malvada..
Sorri enquanto voltada a brincar em sua frente.
-Conte-me onde o Batman está. -Mandei.
Ele riu novamente.
-Precisa de um pouco mais que isso.. -Comentou.
Meu sorriso aumentou, enquanto eu me agachava para desabotoar a calça dele. Consegui abaixar um pouco a cueca dele, liberando seu pênis. Olhei para ele, antes de tocar seu membro e começar a fazer movimentos para e cima e para baixo, apertando um pouco as vezes. Vi ele jogar a cabeça para trás e gemer.
-Assim mesmo... Gostosa.
Levantei e sai do vestido com a mão livre, sem ele perceber peguei a faca que estava presa por baixo e num movimento rápido apertei seu membro forte demais e coloquei a faca bem na base.
Hilton me olhou apavorado e tentou se soltar, mas eu tinha amarrado bem.
Sorri docemente para ele.
-Docinho, onde o Batman está? -Perguntei novamente, com a voz doce e suave -Não quer perder seu amiguinho, quer?
-Você... Você não teria coragem. -Gaguejou o mesmo.
Olhei nos seus olhos sem um pingo de hesitação.
-Quer tentar a sorte? -Perguntei.
Ele estava respirando rapidamente e suas mãos tremia.
-Ele... Ele está voltando a Gotham... Chegará amanhã. Vai estar.. Vai estar no.. -Ouvi ele contar tudo que sabia atentamente o que demorou um pouco, já que estava apavorado. Assim que terminou, acrescentou. -Vou contar para o Coringa seu comportamento...
Tirei as mãos e a faca de seu pênis, me levantei e girei novamente para atrás da cadeira me agachando até ficar com os ouvidos perto do seu ouvido.
-Vou te contar um segredo. Sabe porque sou uma menina má? Eu.Vou.Matar.O.Coringa. -Falei pausadamente e sussurrando.
-Eu... Vou para ele... Ele vai acabar com você.
Gargalhei divertida enquanto passava as mãos pelo seu pescoço.
-Docinho... Os mortos não contam segredos.
E então, em um movimento rápido quebrei seu pescoço.
...
-Conseguiu a informação? -Perguntou Coringa quando me aproximei dele.
-Claro que sim...Ah! Espero que Hilton não seja um informante importante.
Ele me olhou divertido.
-Era péssimo, um milagre ter uma informação que valha a pena. -Comentou ele. -Não vai me dizer que..
-Você não achou que eu realmente ia dar para ele né? Ele é nojento. -Mc.C me olhou maldosamente.
-Você fica melhor a cada segundo... -Disse ele enquanto se aproximava e beijava meu pescoço.
-Você não viu nada ainda, docinho. -Respondi.
-Estou ansioso para ver. -Comentou e então apontou com a cabeça para um homem. -Esse é nosso último informante.
Olhei para o homem e xinguei mentalmente. Era o Esmagador. Da Cave Of Demons.
-Eu acho que vou tomar um ar, docinho... Te encontro depois. -Falei e o beijei antes de ir.
-Tudo bem. -respondeu ele. -Você merece um pouco de descanso.
Comecei a andar até a saída mas me senti observada. Olhei para trás vendo um homem de máscara me seguindo. Abri a porta e sai para fora, tentando pegar minha faca rapidamente. Antes que eu conseguisse, senti um empurrão e alguém me joga na parede, fazendo-me bater com a cabeça fortemente.
O homem sorriu, me prendendo na parede com as mãos.
-Olhe se não é a nova namorada do Coringa. -Comentou o homem. Sua voz não me era estranha. -Querida, eu vou te matar. Me desculpe, não é nada pessoal. Mas você escolheu ficar com Coringa, e isso, sinto muito em te dizer, a torna um alvo.
Ri com a ironia. Não foi isso que eu havia dito a Harley?
Olhei ao redor procurando alguma forma de escapar mas não havia nada. Eu tinha que arranjar um jeito...Estava tão perto de conseguir o que queria. Não podia morrer agora.
-Estou vendo que não é nada pessoal...Mas realmente te acho um covarde. -comentei, sem demonstrar medo -Não consegue dar conta de matar o Coringa, então quer me matar. Realmente desprezível.
Ele riu da minha tentativa de fazê-lo mudar de ideia.
-Eu vou matar o Coringa...Mas primeiro vou fazer ele sofrer...Igual eu sofro todos os dias.
Gargalhei divertida.
-Você acha que o Coringa vai sofrer se me matar? -perguntei -O Coringa não se importa comigo. Ele não se importa com ninguém.
O homem me olhou irritado.
-Só fique quieta enquanto faço o trabalho. -mandou. Vi ele indo pegar a arma dele, mas então parou. -Não vou fazer você morrer mascarada.
Ele levantou a mão e passou pelo meu rosto. Senti um arrepio e fechei os olhos. O que era isso? Pude sentir ele desatar a fita que prendia a máscara e ela cair. E então, o mascarado deu um passo para trás.
Abri os olhos surpresa e vi que ele estava apavorado.
-Kinky...
Arregalei os olhos, e pela primeira vez hoje, olhei realmente para ele. Olhei nos seus olhos. Eu reconhecia aqueles olhos...
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