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História Obsessão - Isso é ridículo.


Escrita por: emilyclarke

Notas do Autor


Olá⭐

Capítulo 7 - Isso é ridículo.


Fanfic / Fanfiction Obsessão - Isso é ridículo.

 

Pov. Karim

 

  Olho para o lado e a vejo dormindo tranquilamente, parecia bem cansada depois da noite que tivemos - sorrio lembrando de cada detalhe.

 

  Não consego me controlar e deslizo meus dedos sob seus cabelos negros, aos poucos ela vai abrindo os olhos, despertando e sorrindo ao me ver. Essa menina era a minha paz, meu refúgio, o mundo podia desabar lá fora, mas com ela, tudo era como um parque de diversões infinito, onde as noites nunca tem fim e os sonhos não se acabam.

 

-Por que você sempre acorda primeiro? - Ela pergunta indignada e eu não consigo deixar de olhá-la.

 

-Eu amo te ver dormindo! - respondo sorrindo.

 

  Ela se senta na cama, olha ao redor do quarto e ri conferindo a bagunça que tínhamos feito na noite passada. Se aproxima passando a mão no meu rosto.

 

-Eu te amo. - minha menina diz e eu abro um sorriso largo.

 

-Ama mesmo? - devolvo vendo-a fazer uma careta engraçada.

 

  Ela larga o lençol que cobria seu corpo nu e senta em meu colo, não consigo deixar de olhar para cada parte dela. Sinto que já estou ficando duro, e ela também sente entre suas pernas já que abre um sorriso malicioso, era inexplicável o efeito que ela causava em mim.

 

-Eu te amo demais Karim, nunca amei e nem vou amar outra pessoa desse jeito. Só você. - diz e me beija ferozmente.

 

Agarro sua cintura e deito-a na cama, ficando por cima dela.


-Eu também te amo, e sou capaz de qualquer coisa por você. - falo segurando seu rosto.

 

-Te amo. Te amo. Te amo. Te amo. - Ela diz entre selinhos, e trato de me posicionar entre o meio de suas pernas.

 

-Minha garota! Só minha. - digo distribuindo beijos em seu colo e segurando sua coxa com uma das mãos enquanto a outra apalpava seus seios. 

 

-Só sua Karim, para sempre. - Ela geme quando a penetro em seguida.


 Aumento a velocidade, ouvindo seus gemidos altos, e tenho certeza que era a melhor sensação do mundo estar dentro dela, saber o quanto ela me deseja e o efeito que só consigo sentir ao lado dela.

 

  Começo a ouvir tiros e fico assustado. Droga, na melhor parte. Respiro fundo. Eu havia sonhado com ela, tinha sido maravilhoso. Escuto mais tiros. Hoje era dia de treinamento, e eu preciso ir até lá. Levanto e olho o meu estado. Estava ereto. 

 

  Vou ao banheiro e encaro minha imagem no espelho. Que merda está acontecendo com você Karim? Ficar assim, por uma garota que nem conhece. 

 

  Faz menos de 24 horas desde que a vi. Alguns minutos de conversa e agora estou neste estado. Entro no box, ligo o chuveiro e é impressionante, a imagem dela se forma em minha mente, as lembranças do sonho surgem como um raio, e, não vou aguentar, preciso me aliviar.

 

•••

 

-Olha só quem resolveu nos dar a honra de ter sua ilustre presença! Bom dia chefe. - Casillas diz sorrindo.

 

-Bom dia, Casillas. - respondo. -Como estão indo? - pergunto encarando os rapazes que eram iniciantes tentando acertar o alvo.

 

-Muito bem Karim! A maioria vem progredindo bastante. - Ele me lança um olhar sugestivo.

 

 Casillas era quem cuidava dos garotos mais novos, ensinava tudo que eles precisavam saber e também ajudava na hora de montar as equipes.

 

  As equipes se dividiam em duas, os melhores e aqueles que se destacavam menos, os piores. 


 Os melhores cuidavam das situações mais delicadas como roubos, invasões, escoltar a mim ou os caras quando íamos comprar ou vender as mercadorias. Os piores ficavam encarregados de proteger a casa ou resolver algum problema simples, como dívidas de droga e matar alguns imprestáveis.

 

  O treino servia para todos, desde a época do meu pai tínhamos essa regra, era essencial, treinar tiros e testar armas durante a semana. Nunca se sabe quando vamos precisar, então é melhor estarmos preparados.

 

   Chego à mesa e pego uma pistola, miro no meu alvo que estava uns poucos metros de distância e atiro. Dois na cabeça, errei o outro que passou de raspão pelo braço do boneco e os últimos acertei bem no coração. Ouvi alguns gritos e palmas. Estavam tentando me agradar, sei que fui péssimo. A porra dessa garota não sai da minha cabeça. 

 

-Obrigado pessoal, sei que vocês conseguem fazer melhor! Voltem ao treino. - digo tentando disfarçar minha irritação.

 

-Está tudo bem Karim? Você sempre acerta os cinco tiros na cabeça e dessa vez o alvo estava mais perto e só foram dois. - Casillas pergunta preocupado.

 

-Só preciso resolver algumas coisas Casillas, nada com o que se preocupar. 

 

-Ok. Bom, os seus amigos vieram aqui mais cedo.

 

-Quem foi o melhor e o pior? - pergunto.

 

-Como sempre o Álvaro se saiu muito bem, ele é o mais focado. 

 

-É. Desde que o pai dele morreu, ele vem se destacando o máximo que pode. Não tem remorso e faz o trabalho bem feito. - digo lembrando a história do Álvaro Morata.

 

  Ele era filho de um homem que trabalhava para o meu pai, no dia da emboscada assim como perdi o meu, ele também perdeu o dele. A diferença é que eu já estava preparado, nem perdi tempo sofrendo, pois precisava resolver tudo. Já ele, era mais novo na época, se viu sozinho, sem saber o que fazer, chorava todos os dias e se recusava ir às reuniões, para resolver como ficariam as coisas. Precisei conversar com ele e explicar que agora, trabalhava para mim, resistiu no início, mas percebeu que não havia outra possibilidade. Quando começou a frequentar os treinos se encontrou nos tiros, descontava toda a sua raiva e em pouco tempo se saía melhor que o próprio Casillas. Ele sempre me acompanhava nas missões, acabamos virando amigos e o levei para morar junto comigo, na casa principal. O seu único problema é ser obcecado em matar, nem pessoas inocentes escapam, basta cruzar o caminho dele quando está puto com alguma coisa e ele já mata. Ele tem fases, como todo mundo, o problema é que prefere descontar assassinando alguém. Não que isso seja ruim, é bom ter alguém que não tem medo do serviço, o problema é ele ter ganhado a fama de serial killer, e ser famoso nunca é bom para os negócios, por isso, agora sempre coloco alguém para vigiar seus passos, visando evitar que ele passe dos limites.

 

-O Toni foi o pior. Parecia desligado. - escuto Casillas falando. 

 

-Você quer dizer drogado? - investigo.

 

-Acho que não, mas estava nervoso.

 

-Ontem ele quase atrapalhou tudo, estava drogado. - Casillas faz cara de surpresa. -Preciso conversar com ele, essa situação está insustentável, e, vai ser agora.

 

-Boa sorte Karim.

 

-Vou precisar. - digo e caminho para casa.

 

  Tudo continua vazio, nenhum sinal deles. Vou até o quarto do Toni. Bato e ninguém responde. Devem ter ido para a farra novamente.

 

  Sigo para o meu quarto, deito a cabeça no travesseiro, e, fico pensando nela. Maldita garota. Nunca passei por isso antes. Essa desgraçada não sai dos meus pensamentos. E por mais louco que seja, tenho vontade de voltar naquele lugar só para vê-la novamente. Quais as chances dela passar por ali de novo? Ela ficou muito assustada, com certeza não vai mais continuar passando lá. Talvez nas ruas próximas.

 

  Quer saber? Que se foda. Irei voltar lá e nem que eu precise andar até as casas e bater de porta em porta, eu vou achar ela. Falarei com ela, é, isso mesmo, vou me desculpar pelos meus modos e irei chamá-la para sair. Eu achei que nunca fosse fazer isso com uma garota. Sempre foi tão prático, basta chegar em qualquer lugar, ter um carro foda e esbanjar dinheiro que as mulheres vem para mim, não se importam se sou um traficante, elas fazem o que eu quiser. Mas aquela garota é diferente, algo nela, o jeito que ela me olhava assustada, eu senti uma vontade enorme de protegê-la, até de mim mesmo. Fui tão impulsivo e ganancioso que só pensei na grana. E agora me arrependo. 

 

  Pego um cigarro e começo a fumar. Vejo o celular e decido ligar para Cristiano. Ele é o único que pode me ajudar. 

 

  Depois do quinto toque o filho da puta atende.

 

-Que foi Karim? - pergunta ofegante.

 

-Tá fudendo uma puta?

 

-Tô e espero que você tenha algo importante para falar porque ela é muito gostosa.

 

-Só queria saber onde vocês se meteram. E também preciso conversar um assunto sério contigo.

 

-É sobre o Toni? Olha ele estava bem de manhã, foi para o treino e tudo, só estava de ressaca. Os caras foram comprar algumas coisas e ele foi junto.

 

-Não é sobre o Toni, o problema sou eu. - digo pensando se devo mesmo falar para ele ou não.

 

-Karim, meu amigo, será que dá para esperar eu chegar em casa?

 

-Ok. Não é nada importante. Vá terminar o serviço, soldado. - rimos e ele desliga.

 

  Foi melhor não ter contado nada, o Cristiano me acharia um otário. Começo a fumar outro cigarro e vou até a varanda, gosto de ficar aqui quando preciso pensar. 

 

  Não sinto vontade de fazer nada, só consigo pensar nela, nem quando eu era virgem e me apaixonava pelas garotas fiquei assim. Que merda. Resolvo ir dormir, quem sabe isso não passa, pode ser cansaço. 

 

  Caminho pelo corredor e abro a porta do meu quarto sorridente. Ela está lá. Sempre vai estar. Vou até a cama e beijo seu ombro desnudo, ela se mexe um pouco e me olha despejando algumas lágrimas.

 

-O que foi? Te machuquei? - pergunto assustado.

 

-Me solta Karim. Não precisa ser assim. Me deixa em paz, eu quero ir embora. - Ela diz entre soluços e só então percebo as algemas em seus braços, presas ao ferro da cama. 

 

  Acordo com o coração disparado e fico pensando no pesadelo que tive. Se bem que pode não ser um pesadelo e sim uma ideia. 

 

-Não, não e não Karim. Isso já é demais. - falo sozinho. 


Não vou precisar disso. Tenho certeza que quando conversarmos, irei conquistá-la e logo a terei em meus braços.

 

  Pego o celular e vejo que já são 19h25min. É agora, preciso ir lá. Me arrumo. Passo pela sala e ainda sem nenhum sinal dos caras. É até melhor, isso evita perguntas. Vou até a garagem e escolho um carro simples, não posso ir com um dos outros, pois corro o risco dela se lembrar e não quero a deixar assustada de novo. 

 

  Chego ao local e decido dirigir para conhecer o local. Entro em outra rua e satisfeito, estaciono. O relógio em meu pulso marcam 21h00min em ponto. Se ela passar no mesmo horário, ainda falta mais uma hora. Resolvo dar uma volta pelo lugar, o que mais quero, é descobrir onde ela mora. Ando pelo local, que está com as ruas vazias, até mesmo onde ficam as casas. Dezenas de casas. Desconfio que tenha dedo do Marcelo nisso, provavelmente colocou um toque de recolher no local. Isso não importa, seguir ela não será um problema. Volto para o carro. 21h42min. 

 

  Me sinto nervoso e ansioso. Rio do quanto isso é ridículo. Abro e fecho os vidros, aperto quase todos os botões do carro. Parece que o tempo não passa. 21h55min. Respiro fundo. Ela está chegando.

 

  Observo a rua mais uma vez e desço do carro, indo até a avenida por onde ela deve ter vindo, já que era o único local com ponto de ônibus, me mantenho o mais invisível possível diante dos muros. E não demoro a vê-la saltar de um ônibus e vir em minha direção, com alguns metros de distância, aproveito para me adiantar, assim poderei seguir seu percurso sem que ela perceba. Quando olho para baixo ela está parada na rua encarando o carro, sua cara assustada mostra o medo que está sentindo. Preciso ir falar com ela. Quando penso em dar caminhar até ela, a garota começa correr e nem olha mais para trás. Decido deixá-la ir. Talvez eu deva preparar o terreno antes de abordá-la. Entro no veículo e distribuo socos  no volante. 

 

  Volto para casa decidido. Preciso de ajuda, e sei quem pode cuidar disso. Álvaro Morata. 



Notas Finais


A obsessão do Benz está começando...

Beijos❤


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