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História Obsessão (Imagine Obito) - 55 - O passado de Sn


Escrita por: _autorachan_

Capítulo 56 - 55 - O passado de Sn


Kurimi intercalava seu olhar entre todos ali, sem saber o que fazer, apenas esperando um certo momento. É aí que de repente entram vinte guardas, vieram pela parede falsa que havia do outro lado da sala, estavam distantes por isso ninguém havia sentido a presença. Eles adentram o local e já começam um ataque sincronizado com kunais, os lançando em direção aos três. Como são muitos ataques focados apenas neles e Obito é intangível e Hidan imortal, os dois se preocupam apenas em proteger S/n, que por sua vez se desviava de muitos, mas outras saiam de seu campo de visão. Obito já se prepara, olha para Hidan que por sua vez se posiciona em frente a mulher, pois pelo que parecia o foco maior ali era ela. O mascarado pega shurikens e as posiciona nos espaços entre seus dedos e lança todas nós guardas, acertando em cheio cada um. Por outro lado, como S/n não precisava mais se focar em defender a si mesma, ela lança cristais neles, e assim os dois acabam com a vida de todos aqueles guardas.

- Sua desgraçada! - Kurimi é tomado pela raiva e sem pensar ele corre em direção a S/n, para ataca-la - Raiton... - antes que ele pudesse continuar, olha nos olhos do mascarado por uma fração de segundo, foi seu erro, pois Obito não exitou em ativar seu sharingan para colocado em um genjutsu.

"Um... Uchiha? Como ela conseguiu um Uchiha?"
O homem se perguntava durante o transe.

- Não fala assim com ela, seu filho de uma puta - se aproxima do homem que estava em uma paralisia temporária, preso por um genjutsu de Obito. Sem conseguir se mexer, apenas ouvindo e vendo o que estava acontecendo ali. Os olhos arregalados e abalado com o que corria naquele momento. S/n o prende entre suas agulhas de cristal após fazer o selo com suas mãos, fazendo que com ele fique incapaz de se mexer. 

- S/n: Hidan, é agora - dito isso, o mascarado se aproxima do velho e corta sua bochecha, muito lentamente. Kurimi sente sua pele arder e seu sangue escorrer pela mesma, sem poder fazer nada.

Aos poucos, o efeito do genjutsu passava, mas a essa altura, ninguém estava preocupado com isso, já que Hidan já havia começado o seu ritual e Kurimi estava preso pelos cristais de S/n. Hidan ingere o sangue com um sorriso nos lábios, e com seus dedos ensanguentados, ele desenha o símbolo de Jashin no chão do local.

- O julgamento foi feito - Hidan disse enquanto seu corpo mudava para os tons preto e branco. S/n o olha completamente surpresa, nunca havia o visto naquela forma. O platinado a olha, e ela se aproxima dele, se posicionando ao seu lado - Por onde você quer que eu comece? - dessa vez ele olhava para sua vitima, com um olhar sanguinário.

- S/n: Aqui - aponta para o centro da testa do mais velho. Hidan sorri.

"Ela quer torturar ele devagar, essa é minha garota!"
O platinado pensa, já que a testa é um dos locais mais sensíveis a dor no corpo humano.

Ele pega uma espécie de lança e fura sua própria testa com força, fazendo Kurimi se afligir de dor. S/n estava ao lado de Hidan, também próxima a Kurimi, o homem a sua frente, mantinha sua cabeça baixa, ela chega bem perto dele, e faz com que um dos cristais crescesse mais, indo me direção ao pescoço dele o impossibilitando de se olhar para baixo, obrigando-o a olha-la.

- S/n: Eu quero ver nos seus olhos o sofrimento! - olha para Hidan - Pode se divertir agora. Essa frase fez o platinado gargalhar alegremente.

Então ele corta seu abdômen devagar, se deliciando da sensação que a dor lhe proporcionava e sem demoras, ele começa a depositar furos por todo seu corpo. Após fazer isso, faz um corte profundo no próprio ombro. Kurimi gemia de dor, sua pelo suava e sei corpo todo sangrava. S/n apenas observava com atenção o sofrimento dele, satisfeita.

Hidan ria toda vez que fazia um corte profundo, olhava para S/n animado e fazia questão de se mostrar pra ela de ver em quando, cortando áreas extremamente sensíveis como a ponta de seus dedos e abaixo de duas unhas. Ele faz questão de machucar cada parte do corpo do homem, estava em êxtase. Era uma das poucas vezes que ele fazia aquilo por motivos pessoais, sem ser apenas oferenda ao seu deus. Ele tinha sim interesse pessoal naquilo. O homem a sua frente havia machucado S/n, e isso não iria sair barato se dependesse dele.

Após longos minutos de tortura, Hidan para, pois se continuasse o velho logo iria morrer.

- Como... - Kurimi dizia com dificuldade - Como você conseguiu passar por nossa segurança - cospe sangue - Pelas nossas cavernas submarinas... - a olha com ódio.

- S/n: Não te interessa - cruzou os braços.

- Sua... Desgra... - antes que ele pudesse terminar, Obito se aproxima e agarra a garganta dele, a apertando com força e o deixando sem ar.

- Abre a sua boca pra xingar ela de novo pra você ver se eu não te estraçalho, seu arrombado do caralho - o olha com ferocidade.

- Parece que é apaixonado por ela - diz com extrema dificuldade e ri, cuspindo ainda mais sangue, Obito estreita seus olhos - Justo essa vadia, se ela tiver puxado a mãe será ainda pior! - Obito deposita um murro com toda força de seu punho no rosto ensanguentado do homem. O choque fez com que os cristais de S/n se quebrassem e ele caísse no chão com o ocorrido.

- Como é, filho da puta? - ele agarra no tecido da roupa que ele usava, o fazendo se levantar.

De tudo o que ocorreu, a mente de S/n só notou uma frase, que ficou ecoando por sua mente desde que foi dita.

" 'Se ela tiver puxado a mãe será ainda pior...' "

- S/n: Obito... - ela o olha, suas órbitas já diziam tudo. Ela queria saber se tudo, exatamente agora. Obito o deixa cair no chão novamente. Ao cair, ele se encosta na parede, sentado. Estava acabado, sua pele toda sangrava, metade de seu rosto estava inchado por conta do soco de Obito e vários pontos de seu corpo ardiam pelos ferimentos causados por Hidan.

Obito se abaixa rapidamente e segura o rosto do velho com força, o obrigando a olhar em seu olho, logo lançando sobre ele um genjutsu, que por sua vez pode extrair qualquer informação que seu alvo possua.

- S/n: Comece a falar - os olhos dela esbanjam braveza. Obito e Hidan apenas observam tudo, atentos o tempo todo - Aonde eu nasci? Quem são meus pais?

- Seus pais... - ri e a olha - Você nasceu em Konohagakure no Sato - o coração dela dispara, de maneira tão intensa que ela pôde jurar que errou as batidas.

- S/n: Konoha... - diz baixo, extasiada.

- Mas você foi o fruto de um amor proibido - riu, tossindo sangue - Sua mãe vivia na parte da elite da vila, bajulada por muitos, mas ela se encantou por um homem que não era seu marido - S/n se mantinha parada, tentando assimilar tudo - Após o casamento, pelo que parece, os dois estavam tendo brigas e sua mãe acabou se rendendo as bebidas, parece que bebia mais saquê do que água. E em uma noite infeliz, ela se deita com um homem qualquer de um bar - a olha no fundo dos olhos.

- S/n: SEU FILHO DA PUTA, COMO SABE TUDO ISSO SOBRE MINHA MÃE? - disse com os olhos cheio d'água - Você me disse... - soluça por conta do choro - Me disse que não sabia de nada - o coração de Obito se parte ao vê-la daquela maneira, só não matou aquele homem ainda por que ele ainda tinha muita coisa pra contar. Hidan por sua vez, olhava preocupado para S/n e sentiu um ódio inimaginável pelo velho.

- Eu disse isso porque não te devia satisfação alguma - diz simplesmente - E como eu sei disso? Eu estava em uma missão de espionagem em Konoha, sua mãe em um bar afogando as mágoas, me contou toda a história de sua vida e... - direciona seu olhar frio ao olhar assutado e cheio de dúvidas dela - Esqueci de lhe contar, eu sou seu pai, S/n.

Nesse exato momento, o mundo de S/n desaba sobre si, ela cai no chão ao sentir suas pernas falharem e rios de lágrimas escorrem por todo seu rosto. Estava perdida, suas órbitas estavam direcionadas a um canto qualquer da sala, ouvia de longe as vozes de Obito e Hidan a chamarem, mas em sua concepção ela estava imersa dentro da água, se afogando em seus próprios sentimentos.

Os dois homens se agacham ao lado dela, Hidan já havia saído de dentro do símbolo de Jashin então seu ritual já havia acabado. Estavam um em cada lado dela, preocupados. Kurimi por sua vez ficou quieto e sofrendo calado a dor de seus ferimentos, sem se importar com a reação da própria filha.

- S/n: Por que... - fechou seus olhos com força e arranha o chão de madeira com suas unhas - Por que nunca me disse nada disso, por que me tratou com se eu fosse um nada?

- Porque pra mim você era um nada - a olha - Sua mãe descobriu a gravidez e quis te ter, alegando que viria morar comigo caso eu assumisse, eu precisava de sucessores e estava torcendo pra você ser um menino. Mas deu tudo errado no final, você veio antes da hora, sua mãe a teve em Konoha com apenas sete meses de gestação e... Bom - a olha no fundo dos olhos - Ela morreu por sua culpa, S/n! Dando a luz a você!

- JA CHEGA! - Obito se levanta e agarra Kurimi novamente pelo pescoço. Hidan olha para o mascarado e diz:

- Obito! Ainda não, não se deixe levar pelo ódio, ainda - Obito o olha de canto - Não se esqueça do plano, ela ainda tem muito o que descobrir!

Obito ouve as palavras do platinado mas ainda sim continua a apertar o pescoço de Kurimi. S/n se levanta com dificuldade, Hidan a ajuda. Ela se aproxima de Obito e segura em seu ombro. Ele diminui a força do toque, mas ainda o mantém preso ali, entre a parede e sua mão. S/n olha nos olhos de Kurimi, com mágoa, ódio e tristeza.

- S/n: Ela me amou? - pergunta baixo.

- Ela te amava mais que tudo - a olha - Dizia que sempre quis ser mãe, mas aposto que se ela te visse hoje em di... - ele não consegue terminar, Obito aperta novamente sua garganta o impedindo de falar.

- S/n: Como ela era? - sente sua voz falhar e seus olhos serem novamente inundados por lágrimas. Apesar de estar possessa de raiva e muito triste, ela ainda queria saber tudo o que podia sobre sua mãe. Porque até então ela não sabia que era realmente possível descobrir algo sobre seu passado.

- Idêntica a você - cospe as palavras - Imagine como foi difícil pra mim ver você crescer e a cada dia se parecer mais com ela?! Na época éramos apaixonados, demorei pra superar o amor que eu sentia por ela. Hoje em dia apenas a odeio, por ter te colocado no mundo, você só está me dando desgosto.

- S/n: SE VOCÊ NÃO ME AMAVA POR QUE ME TROUXE PRA CÁ?

- Porque eu prometi que cuidaria de você, antes de ir dar a luz a você ela sabia que poderia morrer, e fez com que eu prometesse isso - fecha seus olhos com força, queria poder parar de falar, mas não conseguia - Eu a amava o suficiente pra não deixar de cumprir seu último pedido... Mas eu nunca consegui te amar, nunca. Só a mantive aqui porque você se mostrou útil e um prodígio desde sempre, com seu Kekkei Genkai eu vi que você poderia ter alguma utilidade.

- S/n: Qual era o nome da minha mãe? - tentava ignorar todas as coisas ruins que saiam da boca do homem, tentando focar apenas no amor de sua mãe.

- Senju Mayumi - ele responde.

- S/n: S-senju? - ela arregala os olhos.

- Senju? - Obito também diz, surpreso.

Obito o deixa cair novamente no chão, perplexo pelo que acabou de ouvir. Acaba por desfazer o genjutsu e olha para S/n, que se mantinha paralisada. Era muito informação de uma só vez, não sabia reagir.

- Como acha que tem tanta reserva de chakra? Você não é um prodígio por mérito somente seu - diz enquanto passava sua mão na garganta, para ver se o incomodo ali diminuía - Há toda uma linhagem histórica.

- Cala a porra da boca - chuta o rosto do homem, arrancando alguns dentes de sua boca e o fazendo tombar para o lado.

- S/n: Obito! - corre para os braços dele, deixando suas lágrimas escorrerem por seus olhos de forma intensa. Obito a abraça forte, mantendo seus braços ao redor do corpo dela, enquanto a mesma molhava o peito dele com suas lágrimas.

- Você precisa ser forte agora, meu amor - diz ao pé do ouvido dela. Ela se afasta lentamente dele e o olha. Ela anuiu.

- S/n: Ainda falta mais uma informação - ele se afasta dela e volta para perto de Kurimi. Obito estava possesso de raiva. Lança novamente o genjutsu sobre ele.

- Aonde esta a menina que você mantém presa aqui? - diz com ódio na voz.

- Naomi? - ri fraco - Está no calabouço, se comportou muito mal - Obito se afasta ao ouvir aquilo. Olha para Hidan e diz.

- Se encontre com Konan e Deidara, avise do local que a criança está e a mantenham a salvo até segundas ordens - Hidan olha para o estado que S/n se encontra. Ela estava imóvel, ainda chocada. Concordou em salvar a garota, por ela, queria ajuda-la de alguma forma. Ele anuiu ao mascarado e sai dali.

- S/n - ele a chama, a tirando de seu transe - Vou te levar pra casa, pode ser? - diz se aproximando dela. Estava muito preocupado, havia acontecido tanta coisa, ela havia descobrido tudo de uma só vez e foi informações demais. Ele estava aflito em relação ao que tudo aquilo poderia causar com ela.

- S/n: Obito - diz olhando para Kurimi - Mata ele pra mim? - o olhar que ela direcionava ao pai era vazio e sem cor - Mata ele, pra mim?

- S/n...

- S/n: Por favor... - fecha seus olhos e deixa mais lágrimas saírem dali - Eu não consigo após saber que ele é o meu... Pai... Mas eu quero que ele morra, não quero vê-lo nunca mais, faz isso por mim, amor, eu te imploro - diz desesperadamente.

- Ei, ei, ei - a olha - Se acalma, meu amor - beija o topo de sua cabeça - Eu faço isso por você com todo prazer.

Na mente de Obito a preocupação com S/n pairava, mas algo não saiu despercebido por sua mente: a ironia do destino. Por mais uma vez, o caminho entre o clã Senju e o clã Uchiha havia sido cruzado, só que desta vez, o amor falou mais alto do que qualquer outra coisa.

Continua


Notas Finais


Conversa importante: Sim gente, a S/n é do clã Senju. Eu pesquisei bastante antes de tomar essa decisão. Eu queria que ela fosse de um clã bem foda mas que não fosse algo muito forçado, entendem? E o clã Senju foi o que mais se encaixou nisso, pelo fato de termos poucas informações sobre ele (os únicos personagens que conhecemos são: Hashirama, Tobirama, Tsunade, Nawaki - irmãozin da vovó Tsuna -, Touka, Batsuma - mas esses dois últimos aí nem contam, porque são figurantes pra caramba - e é claro o ancestral; Ashura Otsutuski) eu me senti "livre" pra poder criar os pais da S/n.
Me liguei também na diversidade do clã em relação a aparência. Tipo, o Tobirama não tem nada a ver com o Hashirama e isso faz com que você tenha a liberdade de se imaginar do jeitinho que você é sendo desse clã, sacam? Espero que vocês não achem isso forçado ou até mesmo muito simples:)


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