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História Obsessão [Min Yoongi] - 07


Escrita por: suuuuk15

Capítulo 7 - 07


"Sou inteligente demais, exigente demais e cheia de recursos para que alguém possa tomar posse do meu ser. Ninguém me conhece ou me ama completamente. Eu tenho apenas a mim mesma." Era o que minha avó sempre me dizia para repetir em frente ao espelho do quarto, banheiro, ou de qualquer outro lugar que eu estivesse num momento em que o meu coração pudesse ter sido estraçalhado por um homem qualquer. Coisa que nunca aconteceu-me.


Eu sempre criei muros entre mim e outras pessoas. Não por medo de ser machucada, mas por não querer sentir nada por ninguém. De todas as certeza que eu tenho, a de que eu magoaria profundamente alguém se entrasse em sua vida, é a maior delas. Eu nunca lidei bem com os meus sentimentos, eu nunca soube demonstrar afeto, e também nunca tentei fazer isso. Eu não criei um bloqueio emocional, eu sempre senti que havia nascido com um. 


Quando eu tinha doze anos, e a minha avó percebeu que eu poderia entender e seguir qualquer coisa que ela me ensinasse, nós passamos a conversar todas as tardes. Eu chegava do colégio, tomava banho e me sentava à mesa de frente para ela, com chá e biscoitos para o lanche da tarde. E sempre ouvia ela dizer a mesma  frase: " Não sinta. Faça-os sentir e vá embora." 


Ela me ensinou a ser exatamente como ela. Nunca permitiu que eu tivesse inseguranças. Ela sempre estava afirmando-me que eu era boa o suficiente, e que eu sempre seria a melhor. Nós éramos muito parecidas, quando tratava-se de não sentir nada por ninguém. Mas éramos boas em ajudar quem precisava ser ajudado. Sem esperar nada em troca. Nem mesmo um obrigado faria diferença em nossas vidas. Tínhamos apenas uma a outra, e ela sempre deixou bem claro que homens só atrapalhariam  as nossas vidas. E o que eles poderiam oferecer de melhor, era feito a noite e sem compromisso algum. Minha avó sempre foi incrivelmente sábia, e nunca magoou ninguém por ser do jeito que era. 


E é por isso que eu acho que, ela estaria muito decepcionada comigo por ter magoado alguém. Hyunjin sempre foi um cavalheiro comigo. E os únicos momentos nos quais  ele deixava de ser bonzinho, eram aqueles em que estávamos suados e ofegantes. 


Eu não sentia o mesmo por ele. Por mais que eu me esforçasse muito para conseguir. Ele estava totalmente fora do meu alcance, e a única coisa que eu queria era que ele se afastasse para não ter o coração partido. 


Mas com Min Yoongi foi totalmente diferente. Aquele idiota me fez sentir coisas que eram totalmente desconhecidas para mim, e eu o odiava. O que só fodeu ainda mais a minha cabeça. E eu preciso manter os meus muros altos o suficiente para que ele não ultrapasse as minhas zonas proibidas. 


Se eu tivesse a intenção de fazê-lo sentir alguma coisa, começaria pela frustração. E provavelmente era a palavra que ele encontraria no seu dicionário muitas vezes nos próximos dias. 


— Muito intimidador, Min Yoongi.— Zombei, enquanto ele estava parado olhando descaradamente para mim.


— Você não sabe o quanto eu posso ser.— Ele se aproximou o bastante, fazendo com que nossos rostos ficassem a centímetros de distância um do outro. 


— Agora que eu estou aqui...— Falei.— Você poderia me mostrar a sua casa, e parar de ficar me assediando?


Ele riu, enquanto balançava a cabeça. 


— Mulher louca.— Falou, e eu revirei os olhos. 


Saí de sua frente e caminhei até a porta do cômodo.


— onde pensa que vai?— Perguntou ele, e eu dei de ombros.


— Vou pedir para um de seus homens me mostrar a casa.— Falei. 


— Eu posso fazer isso. 


— Então o que está esperando?— Perguntei e ele veio caminhando em minha direção. 


Saímos do quarto, e ele começou a me mostrar cada canto da sua luxuosa mansão. 


— Posso te fazer uma pergunta, Min Yoongi?— Perguntei, enquanto entrávamos na sala de visitas. 


— Claro.— Respondeu-me ele.


— Aquela mulher furiosa que saiu daqui está manhã, era a sua namorada?


— Você acha mesmo que  se eu tivesse uma namorada, teria trazido você para cá?— Indagou. 


— Eu lembro bem de tê-la ouvido falar alguma coisa sobre ter sido dispensada por você.


— Eu a dispensei, sim.— Disse ele.— Mas nós éramos apenas amigos com benefícios.E se eu quero você, não faz sentido ter outra mulher me atrapalhando. 


— Grande bosta.— Falei, revirando os olhos.— Eu não tenho nada com a sua vida. Não devia tê-la dispensado por minha causa. 


— Nenhuma outra mulher poderia substituir você, S/n- Afirmou-me ele.— Eu quero você para mim. 


— Mas vou te avisar: partirei seu coração.— Zombei, lhe arrancando um riso.— Não me diz que está apaixonado por mim, por favor. 


— Eu não estou apaixonado por você. Tudo o que eu quero fazer é fode-lá.— Falou ele, e deu um sorrisinho malicioso. 


— Fora de questão.— Falei. 


— Você ainda vai implorar por isso, eu juro.— Afirmou-me ele. 


— Para quantas mulheres você já falou esse tipo de merda?— Perguntei.


— Algumas.


— Quantas?- Perguntei novamente.


— Por que quer saber?— Perguntou ele. 


— Curiosidade. 


— Eu não costumo contar. Eu não lembro da quantidade, só me lembro que tive tudo o que queria delas, mesmo que precisasse esperar.— Falou ele, e eu revirei os olhos.


— Quantos anos você tem," Senhor posso foder todas elas"?—Perguntei. 


— Vinte e oito.


Ele parecia ser bem mais novo. 


— Não acha que eu sou nova demais para você, vovô?— Brinquei, lhe arrancando um riso. 


— Você acha que oito anos de diferença é muita coisa? 


Franzi as sobrancelhas, e ele riu. 


— Não se preocupe. Eu não uso essa frase para sair com menores de idade, se é o que está pensando. 


— Eu não tenho nada com a sua vida, mas fico aliviada por saber disso. 


Ele ficou me encarando por um tempo, sem falar nada, com um sorriso idiota estampado no rosto. 


Ele começou a se aproximar de mim, e quando os nossos corpos estavam colados o suficiente, o safado colocou a mão em minha nuca e me puxou contra a sua boca.


Era um beijo desesperado que, infelizmente, eu também queria. Mantive minhas mãos em seu peito, tentando manter uma distância segura,coisa que não adiantou muito, quando ele me fez caminhar para trás e me prensou contra a parede gelada da sala de visitas. Ele tentou subir a mão até o meu seio, mas eu o impedi. Ele insistiu em um puxão forte na minha blusa, mas eu não cedi. 


Acompanhei seu ritmo, até me tocar do que estava fazendo e o afastei com a mão em seu peito. Ele me encarou e apoiou  os braços na parede,um de cada lado do meu rosto. 


— Quando eu conseguir foder você, vai implorar para que o diabo te salve de mim.— Disse ele, irritado. 


 — Um acordo não é a mesma coisa que uma garantia.— Cuspi rispidamente.— Pare de achar que eu vou trepar com você a qualquer momento. Como eu já havia dito antes, sexo tem a ver com confiança. E eu não confio em você. 


Falei, saindo dali em passos rápidos. Entrei no quarto em que estávamos antes e tranquei a porta. Aquele idiota vai ter que sofrer um pouco, se ele estiver realmente disposto a se encaixar no meio das minhas pernas. Eu não posso transar com alguém que eu só sei o nome e a idade. 



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