1. Spirit Fanfics >
  2. Obsessed >
  3. Happy

História Obsessed - Happy


Escrita por: Matana

Capítulo 6 - Happy


Fanfic / Fanfiction Obsessed - Happy

Guardo o celular no bolso, olhando aquela glomeração de pessoas se esfregando um aos outros.
O pior foi saber que poucas horas atrás eu estava fazendo o mesmo.
 
Observo um rapaz se sentando ao meu lado, se eu não me enganava era o mesmo que estava me pedindo um beijo, antes que Clifford me tirasse dali.

-Nem deu tempo de continuarmos..- Ah eu estava com nojo, o que estava na minha cabeça antes?
Como se meus lábios fossem aceitar beijos de alguém que não fosse Michael, e eu odiava saber disso.

Clifford era único.

-E nem vai..- Me levantei antes que seu rosto se encostasse mais nos meus.-Preciso ir para casa.
Fui para aquela festa triste na esperança de sair com um sorriso, parece que algo deu muito errado.

-Já vai?- Sinto o braço de Anne nos meus.-Pelo menos me passa seu número abestado.- Dou-lhe um sorriso, fazendo o que a mesma queria.

Procuro por Calum, o que me deu mais trabalho do que despistar aquele rapaz.
Apenas noto uma pessoinha escondida atrás de uma cama, em um dos quartos.

-Meu Deus Calum! Quer me matar de susto?!- Mas nem sequer recebi qualquer resposta.
Nem havia notado seus olhos inchados e vermelhos, aquela respiração meio forçada.

-Não fale nada.- O mesmo responde finalmente com uma voz rouca.

-Certo.- Me sento ao seu lado, ambos olhando para a janela, eu já estava com vontade de chorar ao vê-lo chorar.
Que clichê...

-Porra Luke! Você falou...- Calum ria enquanto uma lágrima descia de seu rosto.
Tentei rir, mas sinceramente aquilo foi muito forçado.

Ficamos em silêncio por um bom tempo, era meio desconfortável não saber como ajudar alguém.
Eu mal sabia como perguntá-lo o que estava passando e o que sentia.

-Eu sei que sou bonito.- Calum desfez o silêncio.- Mas não precisa me olhar tanto.
Sorrio meio torto, talvez aquele sorriso não foi tão forçado.

-Cadê Ashton? - Pergunto no calor do momento, mas sinto que foi como tacar merda no ventilador.
Péssimo.

-Se falar esse nome de novo, eu juro que pego esse salto alto, que nem faço idéia de quem é e faço sua cara ficar deformada.

Eu não era o único que sairia daquela festa provavelmente triste.
Estávamos com o coração partido, mas prefeririamos não acreditar que estávamos.

-Então... Vamos roubar bebida e dar o fora daqui?- Tento quebrar o silêncio que se formava novamente, sinto o seu olhar fixo no meu.

-Quem é você? O que fez com meu amigo totalmente certinho e rabugento?- Rimos em sincronia, enquanto nos levantávamos do chão.

-Aproveita enquanto estou me permitindo esta noite...- Assim fizemos, pegamos algumas bebidas "emprestadas" e deixamos a casa.

Calum saiu na frente, pois era ele quem estava com as bebidas.
Antes que eu finalmente fechasse a porta, meus olhos param na direção de Ashton.
Lá estava ele, com uma garota se esfregando nele, se aquilo doeu meu coração imagina o de Calum.

Bato a porta meio frustrado, eles eram meus únicos amigos, eu não queria uma separação entre nós.
Eu seria a corda sendo puxada por aqueles dois.

Romeu e Julieta morreram por amor...
Hoje em dia eles morreriam por decepção.

-Por favor Luke...- Sinto Calum me abraçar.- Vai para casa, eu vou ficar bem.
Para falar a verdade eu não queria, não queria ter que deitar minha cabeça no travesseiro e chorar.

Mas eu concordei,de algum modo eu podia sentir o coração do mesmo batendo.
Todos que o vissem naquela hora, sabiam que ele não estava bem, então por que eu tinha que deixá-lo com aquela dor?
Eu queria dar um jeito naquilo.

Finjo que estou indo, apenas observando o mesmo saindo depois de dez minutos depois.
Com a cabeça meio baixa, e seu passo meio sem sincronia, toda hora parecia que o mesmo iria cair.

Calum não era o que ele me forçava acreditar.
Ele não era tão forte como me fazia acreditar.

E isso era o que eu mais admirava nele e olha que eu não sou muito de admirar pessoas.
Não posso dizer que estava totalmente ciente do que estava prestes à fazer, mas eu não queria ver meu amigo chorando por alguém que lhe iludia.

Entro novamente na festa, os olhares das pessoas provavelmente pensando ' Que diabos ele faz aqui novamente?'.
Mas o que me importava mesmo era achar Ashton.
Não demorou muito, já que tinha um menor número de gente naquele horário em que estávamos.

Se esfregando com uma garota que nem conhecia, pouco se lixando com os sentimentos das pessoas.
Ah como eu tinha raiva naquela hora.

Só me lembro de ter tirado bruscamente a menina de seus abraços, com o punho cerrado na espera de acabar com o mesmo.

Eu só não havia fodido com a sua cara, porque na hora Michael me tirou.
Suas mãos quentes apertavam meus braços, e eu sabia que devia manter a calma.

-Calma..- Clifford repetia freneticamente ao sentir minha respiração forçada, como se meus pulmões fossem pular para fora do meu corpo.

Não dava para ficar calmo com Michael murmurando na minha orelha, me apertando.
Por Deus! Seu corpo estava colado nas minhas costas.

Anne chegou com um copo de água, me entregando.
Antes que eu pudesse me desculpar, ela negou qualquer desculpa, com aquele sorriso sincero no rosto, me senti calmo por ter aqueles dois ao meu lado.

-Vamos.- Clifford me puxa antes que Anne me desse um beijo na bochecha.- Vou te levar para casa.
Apenas concordo, sentindo suas mãos quentes nas minhas, sua veia saltando para fora.

Que vontade de enchê-lo de beijos...

Foi um silêncio, não reclamei, eu já havia causado muitos problemas para ele.
Já estava fazendo um favor  mantendo minha boca fechada.

-Porra... Será que você pode falar alguma coisa?- Minha pele se arrepia, ao ouvir sua voz rouca me provando talvez o contrário.

-Me desculpe pelo transtorno, deixei minha raiva tomar o controle.- Brinco com meus dedos, encostando a cabeça no vidro do carro.

-Estou falando sobre você. É gay?- Quase me engasguei com a própria saliva, sim aquilo foi muito repentino.

-Provavelmente...- Tento parecer despreocupado.
Eu me sentia um covarde, por sentir medo se ele soubesse que eu era atraído por ele, mas confesso que aquele dia em que fizemos amor, eu tive um pouco de esperança.

-Preciso pedir desculpas novamente, você estava bêbado então não me foi o suficiente.- Clifford para o carro no sinal vermelho.- Eu tirei sua virgindade, algo que querendo ou não é especial, nem pensei na hora o que você sentia, eu só pensava no sofrimento que eu queria matar na hora, te peço que não esteja pensando no que havia pedido naquele dia..- Sua mão começa à coçar sua nuca, me deixando corado pelo fato de ele ser tao fofo.- Não quero que sejamos estranhos, estou te pedindo que me desculpe.

Apenas o olho com os olhos marejados, eu não queria chorar, mas porra! Eu fiquei tão feliz, tanto que eu não me importaria se o sinal vermelho nunca saísse do semáforo.

-Eu sei que não somos estranhos.- Dou-lhe um sorriso, eu podia rasgar o meu rosto de tanta felicidade.
Clifford parecia conseguir me olhar nos olhos, era como se as coisas estivessem se encaixando aos poucos.

-Está entregue.- Sua voz rouca, estaria até nos meus sonhos, de tanto que eu amava escutá-lo.
Não pensei muito na hora, era como se meu corpo inteiro desejasse senti-lo.
Tiro o cinto de segurança, deposito um beijo rapidamente em sua bochecha, nem sequer Michael me empurrou.

Deixo rapidamente o carro, apenas acenando um thau para o mesmo.
Seu rosto tão perdido devolve um aceno, eu estava tão feliz.

× Michael ×

Ainda tentando formular o que havia passado. Minha bochecha queimava onde os seus lábios depositaram um beijo.

Aquele sorriso antes de entrar na sua casa, me desmontava.
Fiquei como um bobo acenando de volta.

O pior é que aquela pessoa me fazia descobrir sentimentos nem um pouco satisfatórios.
Uma dor no peito de saber que Anne foi apaixonada por ele na sexta série, aquele rapaz que estava se pegando com ele.

Hemmings estava cada vez me enlouquecendo mais, como podia ele chegar em tão pouco tempo e entrar no meu coração? Miya me parecia a única que um dia podia estar nele.

Mas nada era tão assustador do que me sentir excitado por ele, eu sempre tinha o controle sob meus atos, nunca ninguém me controlava.
Ele tinha seu rostinho inocente, mas toda vez que nos tocávamos ou nos olhávamos ele parecia se tornar outra pessoa, o que não era diferente comigo.
Foi naquela hora que tirei minhas conclusões.


Hemmings me fez perceber algo, que quem te arrancava um sorriso fácil, arrancava o coração facinho também.

Ele arrancou meu coração...
Que rapaz mais egoísta, querendo meu coração só para ele..


Notas Finais




Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...