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História Obsessive Love - Sayori, a Secretária


Escrita por: atanih-chan

Notas do Autor


hi!

boa leitura!

Capítulo 6 - Sayori, a Secretária


 

Lembrava-se bem da primeira vez em que vira Kaname. Sua expressão de indiferença transformando-se num sorriso gentil ao olhar para ela. A mão estendida em sua direção num convite mudo. Sim. Na primeira vez que o vira ela acreditou que ele fosse o cara que ela sempre esperou; o príncipe que a tiraria daquele lugar e a levaria para seu castelo e a protegeria e a amaria.

Mas a realidade estava longe disso.

Yori nunca tivera muita sorte na vida. Desde pequena tivera de aprender a trabalhar. Sua mãe era adoentada e criava sozinha quatro crianças. Isto, aliado ao ambiente de miséria em que vivia, a lançou desde cedo nos caminhos errados.

E foi num desses caminhos que conheceu Kaito.

Um rapaz que parecia ser legal. Seu primeiro ‘salvador’.

Ele a ajudou quando sua mãe foi internada e lhe deu dinheiro para os remédios que ela precisou, porem em troca, ele a apresentou ao mundo das prostitutas de luxo. Sendo virgem, Yori conseguiria um bom dinheiro em seu primeiro encontro, e se aprendesse direitinho a profissão poderia ficar rica – foi o que ele prometeu.

Mas depois de alguns encontros, Yori percebeu o obvio: Kaito a estava roubando e o homem que acertava os encontros lançava estranhos olhares para ela.

Hoje será a ultima vez – Yori jurou a si mesma pouco antes de entrar no imenso prédio de apartamentos onde os programas aconteciam, mas ao invés de ser guiada ate um quarto, Kaito a levou para uma sala privada onde o homem dos encontros a esperava acompanhado de um rapaz. Aparentava uns vinte e dois anos e tinha cabelos e olhos castanhos. Yori tinha de admitir... Era muito bonito.

_ Ela é virgem? – perguntou o rapaz ao vê-la.

_ Não. Mas ainda é nova no serviço. Sei que se adequara a seus gostos.

Os dois saíram, deixando ela sozinha com o rapaz de olhos castanhos que prontamente se apresentou:

_ Meu nome é Kaname. Como é o seu?

_ Achei que aquele porco já tivesse te dito quem eu sou, se é que isso importa – respondeu Yori, um tanto embaraçada com a situação. Não conseguia se acostumar com isso.

_ Não disse. Eu esperava outra garota, mas aparentemente ela adoeceu, e Mark lembrou-se de você; mas afora os atributos físicos ele não disse muita coisa.

_ Eu me chamo Sayori.

_ É um lindo nome, Sayori.

Ele se aproximou dela em passos felinos e logo estavam bem próximos. Com sua voz sussurrante ele perguntou:

_ Sabe satisfazer um homem, Sayori?

Ela não respondeu. Kaname a encostou na parede e começou a mordicar seu pescoço ao mesmo tempo em que sua mão gulosa puxava a micro calcinha e tocava a intimidade dela.  Yori respirou fundo, se concentrando em seu ‘’serviço’’, e logo o abraçou, mordiscando sua orelha e acariciando-o para que sentisse prazer. Kaname a agarra pela cintura e a leva ate um quarto conjugado á saleta onde estavam. Ele a joga sobre a cama de colchão d’agua e abre o zíper da calça social que usava deixando uma pulsante ereção se libertar. Afasta a micro calcinha com os dedos e fica a admirar a intimidade da garota. Deslizando uma camisinha sobre o falo, ele a possuiu ali mesmo, fazendo-a gemer de prazer entre aquelas paredes – Sayori lembrava-se bem – enfeitadas de imagens e símbolos eróticos.

 

-

 

_ Se me permite dizer, você não me parece alguém que precisa vir a um lugar como esse... – disse Sayori sentada na cama ainda nua, vendo Kaname se vestir.

_ A vantagem de uma cortesã – respondeu Kaname – é não precisar tornar a vê-la no dia seguinte. Não há vínculos ou promessas. Apenas sexo.

_ Entendo; com sua aparência, as garotas devem mesmo disputa-lo ou algo assim.

_ Estou com pressa hoje, mas gostei de você, Yori. Aquelas ricas mimadas me cansam, mas talvez eu lhe de minha atenção por mais algum tempo...

-

A partir de então Kaname voltou outras três vezes e a requisitou sempre. Alguma coisa naquela garota o fazia se lembrar de Yuuki e ele desejava-a. Na ultima vez, enquanto os dois descansavam após uma entrega selvagem, Kaname lhe fez uma proposta no mínimo tentadora:

_ Yori... Quer se tornar minha amante?

Ele tinha uma voz suave, levemente rouca que, assoprada contra sua orelha, lhe causava arrepios. Ele prometeu-lhe dinheiro, muito dinheiro. E exclusividade: se aceitasse ela seria apenas dele e de mais ninguém. Confusa, Yori pediu uns dias pra pensar. Queria libertar-se daquela vida ingrata e desagradável, mas por mais que procurasse não conseguia encontrar um emprego bom.

Não foi preciso muito esforço por parte de Kaname. Cerca de uma semana após o encontro dos dois sua mãe teve uma recaída e precisava de uma cirurgia urgente. Operação esta que Yori não tinha o dinheiro para pagar.

E foi se aproveitando disso que Kaname se impôs em sua vida.

_ Eu posso ajudá-la Yori – ele disse no dia em que ela o procurou – mas em troca eu quero você.

_ Farei tudo o que quiser. Serei só sua Kaname, então...

_ Não. Sua palavra apenas não basta. Dar-lhe-ei todo o dinheiro que precisa, mas em troca você passara a viver comigo, num apartamento que tenho no centro de Tokyo. Há uma certa pessoa que eu desejo... Mas aquela teimosa só faz fugir de mim. Você... Lembra-me muito ela. Seria interessante tê-la á minha disposição...

_ Por quanto tempo?

_ Por todo o tempo que eu quiser.

Aceitar aquele acordo significaria perder totalmente sua liberdade. Mas sabia que se sua mãe não fizesse a cirurgia, ela não viveria muito tempo. Por isso, Yori aceitou.

Kaname bancou tudo. A cirurgia. Os remédios. O pós-operatório. Ele ate mesmo deu uma boa quantia em dinheiro para que a enferma pudesse viver tranquilamente por algum tempo ate que se recuperasse.

E assim, Yori despediu-se da família dizendo que ia viver no interior e que voltaria um dia.

Mais de três anos se passaram desde então.

Sua vida ao lado de Kaname foi tudo, menos comum. Nos primeiros meses ela mal podia sair de casa, mas depois ele acabou por deixa-la mais livre e fazer o que quisesse quando ele não estivesse e, decidida a vencer na vida, Sayori estudava e guardava no banco boa parte do dinheiro que Kaname lhe dava, afinal, não tinha despesas. Mandava para a família o restante do dinheiro e visitava-os algumas vezes no ano.

Os dois se acostumaram com a presença um do outro. Jamais brigavam e se respeitavam mutuamente. A única lei que valia naquela relação estranha era a fidelidade e a total submissão sexual da garota. Como amante do Kuran ela deveria pertencer apenas á ele e a ninguém mais. E assim ela o fez.

Porem, como tudo na vida tem um fim, Kaname também se cansara dela. E no dia da despedida ele lhe deu uma escolha: pelos anos que passou como amante dele ela ganharia uma pequena fortuna e podia voltar para sua casa e os dois jamais se veriam novamente. Ou ela poderia lhe pedir oque quisesse e ele lhe daria antes de manda-la de volta para casa.

A escolha da menina, no entanto, foi bastante diferente:

_ Quero uma faculdade. E uma vaga em sua empresa.

_ Desculpe? – falou Kaname sem entender direito o que ela queria.

_ De nada me adianta seu dinheiro. Mas se eu merecer gostaria que pagasse para mim um curso de administração na Tokyo-U. E que me desse um emprego, assim vou poder me manter aqui sem precisar mexer em minhas economias.

_ Posso lhe dar a faculdade e lhe indicar para um amigo como secretaria, mas não em minha empresa. Não misturo o pessoal com o profissional, Yori-chan.

_ Não seria misturar. Você sequer precisa me ver. Me de qualquer cargo e eu garanto que chegarei ao topo e serei digna de estar com você.

_ Não.

_ Esta com medo? – ela perguntou – medo de eu ser competente e lhe tomar o cargo de CEO?

_ Isso... Jamais vai acontecer e não tente me convencer com tais joguinhos, Sayori. Não vai trabalhar para mim e ponto.

Mas não fora à-toa que Yori tinha sido sua preferida por tanto tempo. Ela sabia convence-lo. E assim, ele lhe deu um simples cargo de auxiliar numa empresa secundaria afiliada ás empresas Kuran. Sayori estudou e estudou com muito afinco, tornando-se a melhor de sua turma e logo foi promovida á gerente. Em menos de dois anos já era administradora e, graças á sua capacidade foi mandada á sede, em Tokyo, para ser a líder do escritório secretarial e lá.

Mas o que ela almejava era bem maior que isso.

Terminou a faculdade e logo entrou em cursos técnicos para se aprimorar. Foram cerca de cinco anos de estudo e muita labuta ate finalmente ser chamada por um dos sócios e indicada á secretaria do vice-presidente Ichijou.

Com o tempo e a necessidade de alguém para auxiliar Kaname, ela se tronou sua secretaria particular, e agora, gozava da confiança e amizade de seu antigo e pervertido amante.

Mas no fundo, bem no fundo, ela talvez o amasse.

Amor.

O sentimento proibido para aquelas que sobrevivem da beleza de seus rostos. Para aquelas que não têm nada a mais que um corpo quente e escultural para que seus clientes relaxem. Sim, um sentimento que Kaname jamais lhe permitiu exprimir.

Afinal, o coração dele – se é que tinha um – já pertencia à outra pessoa. A garota que vivia na Europa. Aquela que ele ás vezes chamava durante os sonhos: Yuuki.

Quem seria esta mulher?

Com esses pensamentos Yori termina de guardar livros e relatórios de sobre a mesa do Kuran e tranca o escritório, indo pegar sua bolsa. Teria voltado para seu duplex e tomado um longo banho de ofurô, não fosse uma mensagem apitando em seu celular:

“Preciso de você no Japão amanhã. Empresas Shirabuki. Resolva.”

Controlou-se para não estourar o aparelho contra a parede da garagem. Respirou fundo três vezes e digitou o numero do taxi.

Deixou o Sedã na garagem e se dirigiu ao aeroporto, onde o jatinho particular da empresa já a esperava. Mas antes de embarcar, enviou uma pequena ameaça a seu ‘patrão’:

“ Darei um jeito em Sarah, mas quando eu voltar, é melhor que aqueles papeis estejam assinados, ou comprarei sociedade nas empresas Shirabuki”

Com um sorrisinho de vitória, desligou o aparelho e embarcou.

Num outro canto de Londres, o celular do Kuran acusou uma mensagem, mas não foi notado pelo seu dono. Naquele momento Kaname dormia profundamente nos braços de sua amada.

 


Notas Finais


reviews?

:D


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