1. Spirit Fanfics >
  2. Obsidian and Pearl >
  3. De Médico e Louco, Todo Mundo Tem um Pouco

História Obsidian and Pearl - De Médico e Louco, Todo Mundo Tem um Pouco


Escrita por: patykastanno

Notas do Autor


Eu denovo :D
Bom, a continuação da loucura toda e tá imperdível gente, sério. Tô empenhada nessa fic (minha favorita por sinal ♥).
Espero que gostem, boa leitura pela segunda vez!

Capítulo 37 - De Médico e Louco, Todo Mundo Tem um Pouco


Fanfic / Fanfiction Obsidian and Pearl - De Médico e Louco, Todo Mundo Tem um Pouco

- Por que você fez isso? - Han-na gritava deveras inconformada.

- Conheço bem a teimosa esposa que tenho. - o Jeon rebateu com falso ar de desânimo.

- Pois me parece que conhece bem mal. Eu não vou à lugar nenhum fazer exame, pare com essa sandice de achar que... - abruptamente parou sua sentença, as sílabas entaladas na garganta.

- Achar que...? - tentou persuadir risonho. Achava graça na forma como a ruivinha franzia o nariz, como uma criança pirracenta.

- E-esquece isso. Eu vou para a empresa, saia da frente. - bradou firme enquanto era interceptada pelo esposo de braços abertos.

- Não, não vai. Tomei a liberdade de te dar folga. - Jung-kook não hesitou em dizer à garota, que arregalou os olhos pela audácia alheia.

- Você não é meu patrão. - a ira latente em seu tom a denunciava.

- Por que tanta relutância em ir ao médico? - questionou insistente ao som dos bufares irritadiços da jovem.

- Eu não tô grávida. - a empregada beta que se direcionava ao recinto, derrubou a bandeja estridente, assustando aos dois que se duelavam em olhares.

- P-perdão, tropecei na... - a mulher gaguejou nervosamente diante dos patrões e logo o moreno ruidou um riso nasal.

- Tropeçou na pestinha dorminhoca e peluda. Aish, bem que dizem que os animais se parecem com os donos. - alfinetou numa tentativa frustrada de pegar a coelho ligeira, que lhe olhava ameaçadora.

- Tire suas mãos da Yune. - ditou a herdeira resoluta.

- Não. - negou prontamente e exibiu seu sorriso mais largo ao segurar enfim a mascote, que pulava agitada no colo. - Só se for na consulta. A doutora Eun-jung é muito boa. - findou o lúpus. 

- Boa? Sei bem que tipo de "bondade" você e seu amiguinho perverso Ji-min falam sobre, eu já os ouvi. - a ruiva deixou claro sua ironia ao dizer e o lupino obviamente acendeu-se, já que adorava esse tipo de reação.

- Oh, isso é... ciúmes? - quis provocar, mas uma mordida de Yune o atrapalhou no processo. - A-ai! - arfou abandonando o bichinho teimoso sobre o sofá.

- Bem feito. E eu vou à médica, satisfeito? - a ômega desconversou levemente afetada pelo perigo daquela prosa, visto que estavam marcados e qualquer sentimento era compartilhado, algo pouco proveitoso para ela.

- Ah, espera. - Jeon emendou afoito assim que a jovem se virou.

- Qual o problema? Você marca uma droga de compromisso sem minha autorização, insinua que tô grávida quando estou dizendo que não existe a possibilidade, não me deixa trabalhar e quer dar ordens também? Vai à merda, alfa, eu n... - o marido a corta furtivo.

- Sua mãe vai com você. - disse sem delongas.

Silêncio. Foi tudo o que se estendeu durante alguns segundos de encaradas entre o casal.

- Não me diga que você... encheu a cabeça da minha mãe com essa baboseira? - a Kim alterou-se de forma relevante. 

- Eu não disse nada, até porque não entendo de coisas do universo feminino, apesar de meus instintos e faro serem muito astutos. - sorriu convencido e seguiu. - Só disse que estava um pouco abatida e pensei que não gostaria de ir sozinha, sei lá... vai que... - o moreno quase sentiu medo da lúpus naquele instante. A marca deixando ainda mais evidente que ele corria "riscos".

- Vai que o quê, Jung-kook? - berrou à plenos pulmões.

- Se joga na frente de um carro ou toma veneno. - as palavras se tornavam mais difíceis conforme o diálogo se desenrolava.

- Haha. Se fosse pra fazer isso, já teria feito quando me obrigaram à casar com você. - discutiu a moça sem rodeios. 

- Porque quando tento ser legal você me despreza? - o alfa sibilou sério. Sério até demais, na opinião da esposa.

- Tá falando do que? - com semblante confuso, uma troca de olhares se deu. Jung-kook, que estava de pé, sentou ao lado da herdeira desconfiada e era como na primeira vez que o fizeram, estavam conectados de alguma forma inexplicável. 

Bastaram alguns segundos de calmaria até estarem próximos o suficiente, ouvindo os batimentos e a respiração de cada um. Havia um laço muito forte que os remetia à concretizarem aquele momento num beijo, mas...

- Han-na, meu beb... opa! - Seo-rin, que veio exultante pela porta de entrada, não esperava encontrar uma cena tão íntima de seu genro e filha.

- E-eomma. - a ruiva tratou de se afastar ressabiada. Em seu peito, uma carência estranha e especial ainda em processo.

- E-eu... vou pra Big Hit. Tchau senhora Kim e... amorzinho. - apelidou num beijo singelo no rosto corado de Han-na, contudo... de imediato levou um tapa estalado em seu peitoral. - Aigoo, eu sou um lúpus, mas sinto dor, sabia? - reclamou num adorável bico que a parceira decidiu ignorar, o vendo partir.

- Não sabia que estavam tão... introsados assim. - a matriarca observou discreta.

- Não estamos. Ele continua sendo um pesadelo. - rebateu a filha empinando a fronte.

- E você continua sendo minha garotinha orgulhosa. - a ômega riu abraçando a mais nova brevemente. - Já tomou café? Está marcado pra onze horas. - apressou-se em lembrar, erguendo o corpo do assento.

- Estava indo. - a garota redarguiu acompanhando o gesto.

- Ótimo. - ambas seguiram até a cozinha onde as serviçais se empenhavam em trabalhar corretamente e trazer aquele cheiro divino de comida ao cômodo. No entanto...  - Han-na? O que foi? - não houve tempo para que a lupina respondesse, apenas cruzou a porta do banheiro com pressa.

Enjôo não era usual em sua rotina. Ainda mais por conta de odores. E temerosamente, Han-na cogitou pensar na ideia descabida do Jeon. Será que...?

- Filha. Meu Deus! Se sente mal? Quando seu marido disse que estava doente, não pensei que fosse tanto. - o timbre de preocupação foi dito à jovem que naquela manhã, não conseguiu mais comer, mesmo perante os protestos da Kim mais velha. 

- O suco é suficiente, eomma. - retificou a herdeira após ser chamada a atenção em meio aos devaneios, em que cismava desde o episódio anterior. Tudo lhe vinha em mente, mas somente uma opção era péssima e... plausível.

- Han-na, precisa se alimentar. - arriscou uma última vez sob o menear de cabeça da garota amuada em seu canto. - Há quanto tempo está assim? Dado as circunstâncias que vi hoje, existe a hipótese de estar gr... - a mera suposição soou assustadora aos ouvidos da Jeon que não permitiu a continuação daquilo. 

- Não importa, eomma. Vamos nos atrasar. - desvencilhou-se outra vez naquele conturbado dia. Agora mais do que nunca queria ir até Lee.

[...]

No consultório, Eun-jung ostentava enorme alegria em ver Han-na investigando o motivo de sua suposta "doença". E eis que no meio do entusiasmo da outra, começou a tensão para a Kim.

- Avaliando esses sintomas, tenho que perguntar. Você e o Jeon transaram quando? - indagou ajeitando as lentes dos óculos sobre a face bonita.

- N-na viagem. - balbuciou a ômega se negando à acreditar que realmente estivesse sendo bombardeada com coisas tão polêmicas para si. Sorte que a senhora Seo-rin havia ficado do lado de fora, à pedido da profissional.

- Hum... isso é bem interessante. Comeu algo estranho lá? - interrogou de forma mansa, quase traiçoeira.

- Não, quem quase morreu foi meu honorável marido e suas manias de comer e beber tudo que vê. - soltou entediada.

- Certo. Fez teste de gravidez? - tornou a terapeuta e dessa vez a ruiva se viu em maus lençóis. Não só pelo teor da interrogativa, mas pela insinuação por trás.

- O que? Não. - relinchou numa careta. - Olha, só me peça algum exame de sangue, provavelmente isso é uma simples anemia, estresse ou coisa do lobo. - a herdeira se alvoroçou em gesticular perante a figura intacta de Lee. 

- Han-na, eu tenho que descartar possibilidades aqui para direcionar o melhor tratamento. Você é ômega lúpus, ficou com um alfa lúpus no heat. Tem muita chance. - a beta suspirou tomando a palma fria da paciente. - Por favor, eu quero te ajudar. Acredite. - completou. 

Não havia escapatória, precisava tirar à limpo a suspeita que tanto lhe atordoava. E com esse intuito, Han-na assentiu por fim ao teste.

[...]

- A Han-na tá no médico e meu irmão rindo feito um bobo, o que tá rolando afinal? - So-min conspirava cheia de incerteza.

- Sem ofensa, mas seu irmão é um imbecil o tempo inteiro. - zombou Seok-jin dando de ombros à carranca da loira.

- Sim, o mesmo imbecil que paga suas refeições, Kim. - devolveu apertando as orbes com astúcia.

- Nada mais justo. Eu criei esse menino desde quando vinham pra cá com Jung-woo. Um garoto bem mal-educado, por sinal. - o moreno revirou os olhos com desgosto.

- Bons tempos. - relembrou a ômega numa risada baixa.

- Interrompendo essa melação... o que deu naquela esquisita ali? Todo mundo resolveu ficar mostrando os dentes hoje? - Yoon-gi apontou para Hye-sun, que de fato estava como mencionado.

- Ah, essa vive se jogando no Kookie. E o idiota nem se dá conta ou finge que não. - a fraterna cochichou cética.

- No idiota, vou concordar. - o Kim logo se intrometeu.

- Aigoo. - chateou-se a vice-presidente incomodada.

- Esculhambação gratuita. - Min debocha recebendo uma encarada de aviso da mais nova. - Eita, vou me mandar pro "cativeiro". - ergueu os braços se referindo ao próprio escritório, entretanto...

- Jung-kook, Jung-kook! Cadê? Eu vou entrar agora. - sob altos xingamentos tempestuosos, certa ruiva surge diante dos funcionários.

- Han-na? Anjo, você não devia estar aqui. - o alfa Kim foi o primeiro a acalentar o clima de agressividade da garota, esta que recuou.

- Dane-se. Onde eu encontro o maldito Jeon? Falem! - retumbou impaciente.

- Se acalme Han-na, está à beira de um colapso. - agora era a cunhada quem tentava tranquilizar.

- Amor? R-ruivinha. - corrigiu envergonhado e não teve sequer tempo de raciocinar quando a parceira veio até ele à passos rápidos.

- Eu vou dizer onde você enfia esse "ruivinha", seu animal. - esbravejou uma implicante lúpus.

- Segura ela, chefe. - o diretor quis agitar, sob um silvo do diretor Kim em seu sussurrado "para".

- Parece que você recebeu uma notícia péssima. - Jeon atiçou com pleno divertimento ao pegá-la no colo. Sua intuição dizia que o destino revelaria surpresas. - Voltem às suas obrigações. - ordenou sem cerimônia.

- Deseja alguma coisa, senhor? - Hye-sun se insinuou com falsa nobreza e resquícios de contentamento, perante a briga do casal que desejava destruir.

- Privacidade e um chá para minha ômega. - respondeu sucinto e a morena marchou contrariada, de volta à sua função com duas novas tarefas para desmanchar sua felicidade tão prematura.

- O que está havendo? - Seok-jin coçou o queixo ao indagar.

- Confusão das grandes. - sibilou So-min torcendo os lábios.

- Será que foi chifre? - um certo diretor Min cochichou sendo ouvido pela superior, que o encarou firme.

- Será que você quer levar dois tapas na sua cara? - arqueou as sobrancelhas ferrenha.

[...]

- Me solta, me solta! - esperneou a Kim ao chegarem no escritório privado.

- Calma, ômega. Quebrou outra unha? - Jung-kook não temeu em instigar frente à lupina, que lhe rosnou em resposta.

- Quem dera. - choramingou e o marido viu que era algo grave, pois chorar não era do feitio da ruivinha. - Você é o culpado de todas as infelicidades da minha vida! - vociferou aos prantos.

- Eu? Culpado? Mas eu não te fiz nada, tô até te tratando bem. - se defendeu o alfa.

- Você não usou o inferno da camisinha! - chiou com desgosto.

- P-pera, hein? Como você sabe? Estava no cio e não leva à mal, mas só pensava em sexo. - o lúpus expressou em riso torto.

- Exatamente. Eu estava fora de mim e você tendo controle da situação, não se preveniu e agora eu tô pagando pela negligência, grávida. - a voz falhou e o moreno arregalou grandemente as íris escuras.

- G-grávida? - após um período de emudecimento e reflexão, o rapaz disparou.

- Ah! - a ruiva chorou alto e nessa execução tropeçou, sendo amparada por um Jeon deveras atormentado.

- Machucou? - Han-na não deu nenhuma resposta à ele e simplesmente iniciou uma "guerra", lhe tacando todos os objetos de decoração e trabalho da mesa dele para o alto. - Ai, ai, ai. - o alfa se encolheu sob o "furacão" que se tornara sua esposa lastimosa e briguenta ao mesmo tempo. Se antes ela já estava louca o odiando, imagine agora... mas ainda sim, ele estava eufórico.


Notas Finais


E então? Eufóricos com a gravidez da Hanna? Ai, vou explodir de tanto amor ♥

Observações:
* Yune não gosta do Jungkook e vice-versa;
* A Hyesun tem planos em andamento, fiquem atentos nela;

Bom, é isso. O próximo é o desenrolar de toda essa confusão, um beijão pra vocês e cuidado com o Covid19, fui.


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...