História Obsolete Fate - Opinião.

 - Oi, professor Roger? O que quer falar comigo? - Pergunta Chikemuri entrando na sala, ainda estava ocorrendo o intervalo então na sala estava apenas o professor organizando algumas papeladas, ele olha para Chikemuri dando um sorriso convidativo.

- É melhor você se sentar primeiro garoto, é algo que eu vou precisar de sua ajuda. - Diz Roger, Chikemuri acena com a cabeça, parecendo ser algo sério e então se sentando em uma cadeira na frente da mesa do mesmo. Depois de guardar os papeis na gaveta da mesa de professor ele apoia o queixo nos dois braços e arruma o seu óculos, dando um suspiro.

- Os traficantes de Castletown estão querendo a minha cabeça, provavelmente é os mesmos caras que vieram naquela noite em minha casa e você acabou lutando com o homem inseto, me parece que você tem uma história com ele. - Fala Roger, Chikemuri desvia um pouco olhar.

- Eu não vou entrar em detalhes, mas foi por causa dele que eu fui para o hospital, eu quero resolver as coisas com o mesmo. - Fala Chikemuri com o rosto determinado.

- Certo, eu pedi sua ajuda por que eu acho que você está mais controlado que o Jork no momento. - Fala Roger.

- Ele está passando por alguma coisas ruins, mas acho que agora ele vai melhorar, enfim o que acha que eu posso fazer? Eu posso falar com a minha irmã já que ela meio que controla todo o trafico aqui. - Fala Chikemuri.

- Não eu não quero transformar isso em uma guerra desnecessária com mais ferimentos do que deveria ter, eu só preciso que caso ocorra um ataque a mim você possa me ajudar a lutar, eu sou um bom lutador mas dependendo da quantidade eu não vou conseguir lidar. - Fala Roger.

- Pode deixar, isso é conveniente a mim visto que estou a procura daquele desgraçado mesmo. - Fala Chikemuri com um sorriso.

- Então posso contar com você? - Pergunta o professore estendendo a mão para o seu aluno, ele olha por um momento e então a aperta.

- Com certeza. - Responde o espadachim.

Jork foi para fora da escola tomar um pouco de ar, seu rosto ainda estava com sangue escorrendo mas ele não se importava com isso, ao menos ele evitou uma briga desnecessaria.

- Acho que, acho que dependendo da coisa eu não deveria me importar com isso, acho que tomar um ou dois socos seja melhor do que desencadear algo maior. - Pensa o menino olhando para o céu, vendo alguns pássaros voando, parecia que estava em uma dança de acasalamento no ar ou algo do tipo.

- Ei! Você espera! - Grita uma voz que tinha falado com Jork agora a pouco, ele se vira com a e mesma expressão de desinteresse para Kiheki que estava correndo atrás dele segurando uma maleta estranha.

- Eu não vou lutar com você, continuo com essa opinião. - Fala o menino cabra.

- Não é isso… é melhor você tratar esse ferimento. - Diz a menina yokai, mostrando o kit de primeiros socorros de forma meio tímida, fazendo o garoto piscar algumas vezes.

Os dois estavam sentados em um banco de pedra na entrada da escola, a garota yokai que havia atacado o menino cabra agora estava enfaixando a cabeça dele de forma bem delicado e com cuidado, uma diferença grande no comportamento dela para o que a mesma exibia a alguns minutos atrás, algo que Jork não entendia o por quê.

- Bem, obrigado por isso, você foi bem gentil. - Diz Jork colocando a mão no curativo, vendo que ele estava bem firme.

- Cala a boca… isso foi um pedido de desculpas. - Diz a menina com os braços cruzados e virando o rosto empinando o nariz.

- Des...desculpas?

- Sim… eu não deveria ter te atacado assim do nada, me desculpe. - Responde a menina, meio sem jeito olhando primeiro para o chão e depois nos olhos de Jork, o menino parecias surpreso com as desculpas dela mas logo sorri.

- Está tudo bem, já ficou no passado ok? - Fala Jork olhando para frente, ela acena com a cabeça e também encara o horizonte, ficando um silêncio um pouco desconfortável entre eles.

- Anda! Fala alguma coisa Kiheki! Você fez a única coisa na sua vida que talvez você nunca teria feito! Se desculpar e fazer um curativo em um demônio! Tá certo que ele literalmente fez a única coisa que eu não pensei que ele faria, me atacar! Eu pensava que todos eles eram como esses caras! Todos são iguais mas…

- Ei, posso te perguntar uma coisa? - Fala o menino cabra.

- Ahm?! Clc-claro! Digo, depende eu não me importo de responder perguntas! Mas não se acostume ouviu?! - Grita a garota se desajeitando toda no acento, voltando a realidade.

- Por que você odeia tanto demônios? Tipo, eu sei que obviamente tem motivos bem óbvios, mas tem algo mais pessoal?

- O que faz pensar que eu falaria isso para você?

- Você está sentada aqui, talvez possamos ser amigos a partir disso?

A garota azul fica em silêncio durante um tempo, ela aperta um pouco a sua saia.

- O Kiki sempre cuidou da gente, nossos pais morreram muito cedo então eram crianças no mundo sozinhas, tanto que era para ele terminar a escola a muito tempo, mas ele está na nossa sala por conta que ele trabalhava em várias coisas para conseguir sustentar eu e a Kiku, não sei se percebeu mas a gente tem uma aparência bem mais nova do que nos aparentamos… então muitos demônios mal-intencionados tentavam coisas com a gente. - Diz a menina, ela olha para Jork e percebe ele a observando atentamente, realmente atento para a história dela.

- Entendo, por isso você implica muito com o Glasses com relação ao relacionamento dele com a Kiku não é mesmo?

- Exato, mas eu devo admitir que desde que ele começou a namorar com ela isso tem diminuído devido ao seu status de filho de Satanick.

- Seu ódio faz sentido eu não te julgo por isso. - Fala o menino colocando as mãos por trás da cabeça as usando como um travesseiro.

- Espero que eu possa te mostrar que não precisar ficar assim comigo. - Fala Jork, Kiheki olhou um pouco surpresa para o mesmo, ele não estava tentando mudar a opinião dela sobre demônios, e sim a opinião dela sobre ele, não falando que ela está errada mas querendo se provar para ela, a garota sentiu suas bochechas corarem um pouco com isso.

Jork estava encarando uma coisa estranha enquanto relaxava, acima na árvore parecia que uma coisa estava brilhando o que era estranho, parecia vidro defletindo alguma coisa, ele fica com os olhos arregalados quando vê que esse brilho vem de um prédio.

- CUIDADO KIHEKI! - Grita Jork se jogando nela.

- J-JORK?!

Ela não teve tempo para pensar em outra coisa a ouvir o tiro forte atravessando o banco o quebrando, Jork mal pensou e segurou a mão dela e saiu correndo o mais rápido para dentro do colégio enquanto o sniper atirava mais e mais na garota.

- O QUE ESTA HAVENDO?! POR QUE ESTÃO MIRANDO EM MIM! - Grita a garota.

- EU NÃO SEI! ARGH! - Jork abraçando a menina e se joga com ela na porta da escola entrando a força, com um tiro de sniper pegando de raspão no seu ombro.

- JORK?! VOCÊ ESTA BEM?! - Pergunta a menina desesperado verificando o garoto, ele se levanta agarrando seu ombro que estava sangrando.

- Ta tudo bem, só pegou de raspão… temos que correr até o seu irmã o mais rápido possível e contar a ele sobre isso. - Fala Jork.

- Certo… obrigada por me salvar. - Fala a garota.

- Não se preocupe com isso, amigos ajudam um ao outro. - Diz Jork andando até a sua sala com Kiheki atrás dele.

- Mudar minha opinião sobre você né…

- Tsk, aquele maldito moleque… - Fala o sniper, era uma garota de cabelos castanhos parecendo uma humana, mas ela estava usando uma máscara branca e seus olhos eram vermelhos. Seu cabelo tinha duas tranças fazendo maria chiquinha e estava com um uniforme escolar japonês preto com detalhes vermelhos, usando uma meia calça vermelha e sapatos sociais pretos. Ela então mexe no que parecia ser um wookie tookie, ligando para alguém.

- Chefe, Kiheki acabou sendo salva por um demônio que estava ao lado dela, eles me perceberam. - Diz a menina.

- Certo Kuchica, saia dai o mais rápido possível e volte para a base. - Diz uma mulher em um lugar bem escuro no meio de uma floresta, ela tinha olhos prateados brilhantes.

- Você não vai escapar disso, Kiki.

Kurotsuno estava em seu quarto na mansão, depois de um dia de aula que ela julgou até ser divertido, depois que ela ficou amiga do grupo de Jork, e também depois de Kurumi… algo nela estava diferente, porém ela não parecia realmente se importar com isso. Ela estava em sua cama enquanto pintava as suas unhas de preto com um esmalte novo que ela comprou em uma loja enquanto fazia compras com Alice, Reina e Bis.

- Ei posso entrar? - Pergunta a voz de Hanten batendo na porta.

- Você vai entrar de qualquer forma.

- Hehe você me conhece. - Diz a garota mais punk entrando com um sorriso descarado e então se sentando no outro lado da cama, elas estavam de costas uma para a outra.

- Sabe, eu andei pensando em uma coisa, talvez você possa me ajudar nisso. - Diz Hanten.

- Você pedindo ajuda? Isso é novidade. - Fala Kurotsuno.

- Hhaah é… eu estou em duvida sobre uma coisa que eu devo fazer, mas eu não posso realmente te falar o que é. - Diz Hanten.

- Então por que pede minha opinião?

- Por que você me conhece mais que qualquer pessoa, eu estou em duvida do que eu devo fazer por que estou em duvida de quem eu sou… as vezes penso que estou vivendo uma farsa por baixo de outra farsa, que eu nunca fui alguma coisa em primeiro lugar. - Diz Hanten, as duas ainda estava de costas uma para a outra, sentadas na cama.

- E o que te molda? Se você agiu foi por que essa pessoa é você.

- Até mesmo naquela época? Aquela pessoa, do qual você dava a mão era eu? - Pergunta Hanten, sem olhar para Kurotsuno, as duas ficam em silencio.

- Eu sei o que eu te disse, mas sim… aquela pessoa era você, você vai saber o que fazer na hora. - Diz a menina, ela sente o peso de Hanten saindo de sua cama e então ouve a porta se fechando.

- Então eu vou ter que fazer isso mesmo. - Fala Hanten.

- Está pronta para começar o plano? - Pergunta a cobra negra saindo da sombra da garota.

- Estou sim, vamos contatar o Tsumuri.

Enquanto isso, no escritório de Tsumuri, ele estava sentando com uma pessoa na sua frente, essa pessoa não parecia ter nenhuma característica em especial, ela apenas estava com o cartaz de Jork, o cartaz de procurado na mesa do homem inseto.

- Você sabe, essa recompensa não esta mais nas bandas, os vampiros retiraram ela. - Diz Tsumuri, com o seu sorriso cínico característico.

- Eu não estou atrás de recompensa, até por que você não é um vampiro. - Diz o homem.

- Oh, então o que seria isso?

- Vingança.

- Entendo, você deve ter investigado e isso lhe trouxe até aqui não é mesmo? Para não saber que este é filho de um dos archdemons você com certeza é uma pessoa bem do interior, se quer informações sobre ele eu posso te dar, afinal eu também gostaria dele morto.

- Filho de um archdemon não é… não importa, pois qualquer pessoa que entra nesse mundo, esta fadada as suas consequências, eu não me importo mais. - Diz o homem pegando o cartaz de Jork encarando o menino com uma raiva misteriosa em seus olhos pretos.