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História Oceano de lágrimas - Tsunami


Escrita por: luannabana

Notas do Autor


OI MARAVILHOSOS!
Quase quatro semaninhas pra atualizar, que coisa feia não é?
Mas tenho umas justificativas básicas: Minhas aulas voltaram, terceiro ano, eu estou completamente maluca. Minha cachorrinha, uma das coisas que eu mais amo nesse mundo ficou cinco dias internada em estado grave, eu estava sem estruturas e sem animo pra escrever. Espero que me entendam.
Eu queria agradecer a May pelos incentivos e pela força que ela me deu!

Capítulo 4 - Tsunami


Fanfic / Fanfiction Oceano de lágrimas - Tsunami

Os rapazes tiveram seus paladares maravilhados pelo sabor do yakisoba de Seokjin, com certeza aquela comida era melhor que a de qualquer restaurante cinco estrelas por ai. Jimin se controlou aquela noite e não bebeu a ponto de cair como o de costume (provavelmente porque Hoseok acabou com toda a vodka e foi o único a ficar bêbado), e já que estava sóbrio ele pode levar Jungkook embora em segurança, e para a sorte de ambos, ninguém estava os esperando quando voltaram pra casa.

 

 

 

 

Para a grande maioria das pessoas, acordar antes das onze horas em um dia de domingo é um enorme sacrifício. Normalmente Jimin sempre levantava cedo para fazer uma corrida na praia, pois desde que se entendia por gente gostava de fazer exercícios físicos. Mas naquele domingo foi humanamente impossível que ele acordasse antes das onze horas, depois de ter ingerido copos e mais copos de bebida alcoólica na noite anterior, ele só queria deixar de existir por algumas horas até que a sua ressaca desaparecesse.

- Você está doente, Jimin? Dormindo até uma hora dessas em pleno domingo? – Jimin abriu os olhos com muita dificuldade e sonolência, e depois de alguns segundos se tocou que sua mãe estava abrindo as cortinas de seu quarto.

- Mãe... Que horas... – Forçando os olhos ele enxergou o horário no relógio da cabeceira, exatamente oito e vinte e três. Ficou neurótico. – Mãe, eu nunca durmo até tarde... Você poderia fazer a gentileza de fechar essas cortinas? – Ser acordado por uma grande quantidade de luz estava no top dez na lista de neuroses de Park Jimin.

- Eu sei meu filho, acontece que tem uma pessoa lá na sala querendo conversar com você. Apresse-se e desça. – A mulher de um metro e cinquenta de altura estava com uma clara expressão de desaprovação. – Mas vá escovar esses dentes antes, com certeza seu halito deve estar cheirando a álcool. – O papo “você está doente” era apenas fingimento, afinal sua mãe sabia que ele não ia para as festas ficar lendo gibi.

Jimin sentou-se na cama e esperou sua alma voltar ao seu corpo. Enquanto seu quarto rodava, ele tentava adivinhar quem estaria lhe perturbando em um dia de ressaca, e a única pessoa que passava pela sua cabeça era o pai de Jungkook, ele já estava até idealizando palavrões pra tacar na cara daquele senhor que exalava antipatia.

Foi até o banheiro e escovou os dentes para tirar a catinga de molho de soja e afins, mesmo estando com o corpo ruim ele não ficou demorando muito para descer, pois estava curioso para saber quem e o que a pessoa queria. Quando ele desceu as escadas avistou a ultima pessoa que esperava encontrar em sua casa.

- Filho! A mãe de Jungkook está aqui para vê-lo, e ela trouxe um bolo maravilhoso, eu vou colocar a mesa do café da manhã, enquanto isso conversem aqui na sala.

Jimin ficou tão espantado que paralisou no penúltimo degrau da escada. A coisa com certeza estava feia, ele estava preparado para receber o pai de Jungkook com unhas e dentes, e quem aparece é a mãe com uma caixa em mãos.

- Bom dia, Jimin. – Aquelas palavras eram tão frias quanto gelo.

- Olá... Bom dia. Por favor, sente-se. – Os dois sentaram-se e o silencio pairou, Jimin não sabia como agir, não sabia o que falar, suas mãos estavam transpirando. Estava com medo de escutar o mesmo assunto de que ele tinha que se afastar de Jungkook. – Desculpa a pergunta, mas aconteceu alguma coisa? – Se não perguntasse morreria engasgado com a curiosidade ou fuzilado pelo olhar da mulher.

- Aconteceu sim. Você estava com o Jungkook ontem à noite, certo?

- Sim, nós saímos.

- Jimin, entenda que é muito difícil de pedir isso a você, mas seria possível para você ficar longe do Jungkook?

- Porque isso? – E o assunto que ele temia veio à tona. – O seu marido me pediu a mesma coisa, e me desculpe, mas eu não posso fazer isso.

- Não pode porque você ama o Jungkook?

- Sim, nós somos amigos desde criança, e seria impossível acabar com uma amizade de anos sem mais nem menos.

- Entenda que eu só estou fazendo isso, pois quero ver meu marido e meu filho conversando novamente, você pode, por favor, fazer isso pela minha família? Ou só pense que você esta fazendo isso pelo Jungkook. – A mulher olhava pra cima diversas vezes, seus olhos ficavam marejados a cada palavra que dizia.

- Mas por quê? O que está acontecendo? Eu não posso fazer o que vocês estão me pedindo se eu nem sei o motivo.

Ela desistiu de segurar suas lágrimas, deixou que elas rolassem livres pela sua face. Passou a apertar com força a caixa que estava em mãos, seu semblante era de causar pena.

Até que com um suspiro, ela encontrou coragem para dizer o que era preciso ser dito.

- Meu marido não conseguia encontrar seu maço de cigarros, e ele ficou muito preocupado com a possibilidade de Jungkook ter pegado, então resolveu olhar nas coisas dele só para garantir... E ele encontrou isso no armário de Jungkook... – A mulher entregou a caixa para Jimin, e a partir dali ficou cabisbaixa.

Jimin sabia que dentro daquela caixa estava a resposta para todo aquele alvoroço, tudo aquilo acabaria quando ele abrisse aquela caixa.

Ao menos foi o que ele pensou.

Uma revista pornográfica chamuscada graças ao homem que tinha ateado fogo na caixa. Jungkook não estava mentindo, o que ele escondia era realmente uma revista. Revistas masculinas normalmente possuem mulheres seminuas na capa, mas a revista que Jungkook escondia era um pouco diferente, ela continha vários homens seminus na capa.

Jimin segurava a revista sem entender o que aquilo significava exatamente, talvez por nunca ter passado pela sua cabeça a possibilidade de Jungkook sentir atração por homens, estava confuso, sentia-se terrível por nunca ter percebido algo assim.

- Então você também realmente não sabia, Jimin.

Um sentimento de desespero se agravou quando Jimin notou que no fundo da caixa ainda tinham algumas fotos chamuscadas, “isso só pode ser mentira” pensava enquanto pegava as fotos uma a uma.

Eram fotografias suas. Muitas fotografias.

- Isso não está acontecendo. Isso não pode estar acontecendo. – Jimin soliloquiava, atordoado com os pontos que estavam se ligando. – O Jungkook não fez isso... – Ele passou a amassar as fotografias, passando todos os seus sentimentos pra elas.

Tudo fazia sentido.

 

 

 

 

 

 

Jungkook não era o tipo de pessoa que desejava o mal para outras pessoas, mas ele estava amaldiçoando Jimin com todo o seu coração por ele ter o deixado plantado esperando na porta de casa. Eles iam para o colégio juntos todos os dias. Mas naquela segunda feira, Jimin não apareceu.

- Você está atrasado! – Gritou a professora de biologia ao ver Jungkook tentando entrar discretamente na sala de aula. – Sente-se em qualquer lugar, rápido.

- Me desculp...

- Assim como eu estava dizendo... A ecologia é o estudo das interações entre os organismos e como eles dependem um do outro. Hoje eu gostaria que todos vocês se dividissem em grupos de seis, eu vou dar um tema pra cada grupo e depois duas pessoas deverão apresentar um teatro explicando o tema que recebeu. O grupo que tiver mais criatividade na apresentação ganha cinco pontos a mais, entendido? Dez minutos para vocês dividirem os grupos!

Jungkook caminhou na direção de Jimin que parecia ter virado a noite acordado.

- Você que vai se apresentar lá na frente pelo nosso grupo, Jimin? – Jungkook perguntou sorridente.

- O grupo já está cheio. – Jimin respondeu friamente e sem olhar para o menor.

- O deixe entrar, a sala tem um número ímpar de pessoas, de qualquer maneira algum grupo vai ter uma pessoa extra. – Disse Hansol que já estava incluso no grupo de Jimin.

- Eu não gosto de nada diferente ou extra. Nosso grupo terá apenas seis pessoas, não quero ser diferente, eu quero ser normal.

- Qual é o seu problema? – Perguntou Hansol, confuso.

- Tudo bem... Eu entro em outro grupo... – Jungkook não conseguia compreender a atitude de Jimin. Pensou que ele não tinha necessidade de pedir para fazer parte do grupo, que já estaria incluso nele como de costume.

- Não se preocupe, Jungkook. Provavelmente o Jimin deve estar naquela época do mês.

Jungkook estava magoado o suficiente para não achar graça na piada de Hansol, nem fazia mais questão de fazer aquele trabalho. Estava remoendo-se ao ver aquela expressão fria de Jimin, tentava buscar lá no fundo por alguma coisa que talvez tivesse magoado o maior, mas não conseguia pensar em nada.

- Hey, Jungkook! Você pode se juntar a mim. – Uma voz grave interrompeu os pensamentos de Jungkook. – Mas vou logo avisando que Biologia não é o meu forte.

- Obrigado por me chamar, Taehyung.

Kim Taehyung era um garoto que se destacava na sala por ter os cabelos tingidos de loiro, e também por estar sempre com um sorriso cheio de dentes estampado em seu rosto. Jungkook se surpreendeu, pois nunca tinha se quer conversado com Taehyung, na realidade dava pra contar nos dedos as pessoas com quem ele conversava.

- Vamos começar pessoal? – A professora entregou um pedaço de papel que dizia o que cada grupo teria que apresentar no teatro.

Os garotos do primeiro grupo atuaram de uma maneira cômica, eles se estapeavam e xingavam-se, tentando demonstrar várias maneiras de agressão.

- Ok já é o suficiente. – A atuação melhor que a de muitos atores famosos foi interrompida pela professora. – Qual é a interação biológica do teatro de vocês?

- Nós representamos o amensalismo, é uma relação na qual uma das espécies prejudica a outra espécie, prejudicando o crescimento e a reprodução da outra.

- Isso foi ótimo, parabéns garotos! Próximo grupo, por favor.

- É a nossa vez, Jungkook. – Taehyung puxou Jungkook pelo pulso o levando pra frente da classe.

- Quando foi que eu concordei com isso? – Jungkook sussurrou envergonhado.

- Só relaxa. – O loiro tirou seu celular do bolso e passou para a professora. – Por favor, aperte o play para nós.

O play foi apertado, e a melodia se espalhou pela sala.

- Se acalma... – Taehyung sussurrou ao segurar a cintura de Jungkook. – E deixe eu te guiar.

 

“You've got that smile”

(Você tem aquele sorriso)

“That only heaven can make”

(Que só o paraíso pode dar)

“I pray to God everyday”

(Eu rezo a Deus todos os dias)

“That you keep that smile.”

(Para que você mantenha esse sorriso)

“Yeah, you are my dream”

(Sim, você é meu sonho)

“There's not a thing I won't do”

(Não há nada que eu não faria)

“I'll give my life up for you”

(Darei a minha vida por você)

“Cause you are my dream.”

(Pois você é o meu sonho)

Os dois passaram a dançar como se fossem um só, Jungkook estava envergonhado por estar fazendo isso diante de sua classe, mas estava se divertindo, estava sorrindo.

- Isso, sorria! – Taehyung abriu o seu enorme sorriso, mostrando que também estava se divertindo por estar fazendo aquilo.

- Ok pessoal! Qual é a interação de vocês?

- O mutualismo. É uma relação onde um não pode sobreviver sem o outro. Por exemplo, como a abelha tem necessidade da flor, e a flor tem necessidade da abelha, elas precisam uma da outra para sobreviver. – Taehyung disse que não era bom em biologia, talvez estivesse sendo modesto.

- Ah... Isso foi lindo, já ganharam cinco pontos apenas pela musica! Próximo grupo!

Por alguns minutos, Jungkook tinha conseguido esquecer o que Jimin tinha feito. Até notar que estava sendo fuzilado por um olhar cheio de raiva do maior.

- BABY, EU QUERO UM CARRO, UMA CASA, UMA VIAGEM AO REDOR DO MUNDO! – A capacidade que Hansol tinha para imitar uma voz feminina era assustadora.

- Você é irritante. – Jimin fingia estar atuando, mas aquelas palavras estavam sendo verdadeiras.

- MAS EU TE AMO, BABY! NÃO VOU DEIXAR VOCÊ FICAR COM MAIS NINGUÉM!

- EU NÃO TE AMO! – Jimin gritou repentinamente, aparentemente com todas as suas forças, assustando a classe inteira.

- Ok esse grito foi desnecessário, mas expliquem para a classe.

- Esse foi um exemplo de parasitismo, um se beneficia enquanto o outro é prejudicado. Eles não se importam se a outra parte está disposta ou gostam do que fazem, só estão preocupados com si próprios, enquanto a outra parte não recebe nada em troca.

- Como você sabe que eles não estão dispostos? Talvez eles estejam. – A professora interrompeu Jimin.

- É que na verdade ninguém sabe quando se está infectado por um parasita, mas no momento em que você descobre, começa a tomar medicação para se livrar dele o mais rápido possível.

 

 

O parasita necessita do hospedeiro para a sua sobrevivência.

O hospedeiro só se livra do parasita quando descobre a existência do mesmo.


Notas Finais


Olha só quem apareceu(finalmente)!
Estava bem óbvio o que o Jungkook escondia, certo pessoal? Mas tentem se colocar no lugar do Jimin, porque será que pra ele não era algo tão visível assim?
Descobriremos!
Obrigada por lerem até aqui, beijos da tia Lu ♥


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