1. Spirit Fanfics >
  2. Oceanos- Jeon Jungkook >
  3. Welcome to Arcadia

História Oceanos- Jeon Jungkook - Welcome to Arcadia


Escrita por: Eupraxia

Notas do Autor


Hellouuuu cheguei mais cedo gente pq terminei esse cap mais cedo. Amém kkkk
Muito obg pelos favoritos e apoio q estou tendo desde o primeiro cap, serio isso é muito importante pra mim msm.
Nesse cap as coisas ja vao se desenrolar um pouco na vida triste da nossa prota. Enfim é isto, beijos :3

Capítulo 2 - Welcome to Arcadia


Fanfic / Fanfiction Oceanos- Jeon Jungkook - Welcome to Arcadia

Bloqueei o número de Yoongi e também em todas as minhas redes sociais possíveis. Seria o cúmulo ter que suportar o clima estranho que vai ficar entre nós dois. Troquei também de número e informei minha mãe sobre isso. Quero evitar qualquer tipo de contato com ele. Na mesma noite, comprei uma passagem para Arcadia Bay depois liguei para o meu pai. Ele ficou extremamente feliz quando falei que ia no dia seguinte para sua cidade, falou que vai mandar seu aprendiz me buscar no terminal rodoviário. Nossa conversa não se alongou muito além disso.

Dowon está me olhando como forma de aviso o tempo inteiro, como se não soubesse sobre a ameaça. Não contei para minha mãe que irei a Arcadia, até porque ela vai surtar e começar a dizer que meu pai vai enfiar um monte de baboseiras na minha cabeça. Dowon não se opôs quando disse que viajaria para Arcadia, apenas ficou muito surpreso. Estou tentando fazer de conta que tudo está normal. Preciso ir embora daqui o quanto antes para que Yoongi não venha atrás de mim.

De manhã cedo eu já estava de pé me preparando para pegar o onibus, eram 10 horas de viagem até Arcadia Bay, então preciso estar preparada. Dowon e Ester me acompanhariam ao terminal de São Francisco. Mesmo quando cheguei ao terminal, não parei de olhar para os lados o tempo inteiro como se Yoongi tivesse me observando. Fiquei com medo dele me seguir ou algo do tipo, mas quando o ônibus chegou percebi que ficaria tudo bem.

-Ainda não acredito que vai para a cidade do seu pai. Tipo, eu pensei que ficaria para sempre viajando com o seu amigo.- Ester dizia enquanto estávamos na fila para que eu embarcasse.

-Yoongi e eu tivemos problemas, acho que é melhor assim. Conhecer meu pai também não parece tão ruim.- Falei tentando esconder a magoa.

-Me liga todo o dia e me conta tudo. Nós vamos te dar cobertura enquanto estiver fora, sua mãe nem vai desconfiar.- Ester me abraçou para se despedir de mim. Dowon apenas me lançou um sorriso sem graça.

-Boas férias. - E mais uma vez aquele maldito olhar de "É melhor você ficar quieta". Retribui o sorriso e subi no ônibus me sentindo extremamente culpada. Tenho que pensar em algo para salvar Ester sem me prejudicar junto.

Assim que o ônibus começou a andar, me perguntei se tomei mesmo a decisão certa e não apenas por impulso. Afinal, eu nem sabia nada sobre o meu pai. E se ele for um bêbado? E se já tiver uma outra família por lá? Tudo ficará estranho, mas São Francisco também não é muito seguro. Além de pegar o ônibus, eu teria que atravessar de balsa para chegar em Arcadia. Minhas econômias todas estavam indo embora.

Desembarquei do ônibus e fui direto para o barco para fazermos a travessia. Tinham bastante turistas indo para Arcadia, talvez não fosse tão ruim assim. Fiquei apenas encarando o mar pensando se aquilo era real ou não. Assim que uma garota sentou ao meu lado tomei um susto.

-Minha nossa, esse calor está de matar. Pelo menos, os lucros estão com tudo. - Ela dizia contando um maço de dinheiro.

-Aliás, meu nome é Layla. Aposto essa grana toda que você é turista e está vindo pela primeira vez a Arcadia.

-Nossa, você é boa nisso.- Foi a primeira coisa que falei. Layla parecia ter uns vinte e três anos, mas era muito bonita.

-Estou a cinco anos ajudando o capitão dessa balsa, já sei identificar de longe um turista. Além disso, dá pra reconhecer os moradores de Arcadia. - Ela dizia guardando o bolo de dinheiro. Era seguro andar com aquilo?

-Meu nome é Moon Chae, prazer.- Falei meio tímida. As pessoas da cidade grande nem sempre são tão receptivas.

-Vamos levar quinze minutos até chegarmos em Arcadia, Chae. Se quiser ajuda depois para andar pela cidade é só ir atrás de mim nessa balsa.- Layla se levantava para ir embora. Agradeci e depois ela sumiu na cabine do capitão. Ao menos eu já tinha alguém com quem conversar quando me sentisse sozinha.

Finalmente paramos oficialmente no porto de Arcadia Bay. Desembarquei com minha mala que parecia ter sido uma péssima idéia trazer para cá, uma mochila teria sido melhor. Liguei meu celular para ver novamente a foto desse tal de Seokjin que é assistente do meu pai e o procurei pelo porto. Andei um pouco até o encontrar perto de uma picape olhando para o céu.

-Oi, você é o Seokjin?- Perguntei quando me aproximei. O garoto acorda de seus devaneios.

-Ah, sim. Você deve ser a filha do Sam, muito prazer. - Seokjin aperta minha mão sorrindo. Ele parece muito gentil.

-Prazer, Seokjin. Me chamo Moon Chae.

-Já sei o seu nome e me chame apenas de Jin. - Ele dizia pegando minha mala a colocando no banco traseiro da picape. -Eai? Tá animada pra conhecer Arcadia?

Subimos na picape, só então reparei que os bancos traseiros estavam entulhados de várias coisas: Pedaços de pranchas, latas de tinta e ferramentas diversas. Fiquei até com medo da minha mala arranhar ou quebrar ali.

-Claro, pesquisei um pouco a respeito daqui e parece muito curioso. É a primeira vez que viajo para uma cidade praiana.- Confessei. Jin ligou o carro e ficou fungando com o nariz.

-Vai adorar aqui, tem uma brisa ótima. Depois a gente pode ir em um lugar chamado Taberna do Padre, eles servem petiscos ótimos.

Não sabia bem como prosseguir com o assunto, então apenas fiquei olhando a cidade da janela do carro. Jin fungava o tempo todo com aquele nariz, acho que está com alguma gripe. Espero não ficar doente em plenas férias também.

-Não quero ser muito intrometido nem nada assim, mas seu pai me contou que vocês nunca se viram. - Jin disse sem tirar os olhos da estrada.

-É verdade, fui criada pela minha mãe e ela nunca deixou que eu conhecesse meu pai. Tem uma espécie de magoa dele até hoje.- Ainda me irritava um pouco falar das críticas que minha mãe fazia dele e atualmente faz quase a mesma coisa.

-Que chato. Passei por uma espécie de abandono também, complicado. O Sam é um cara conhecido em Arcadia, ele faz belas pranchas de surfe e é gente fina. Aliás, espero que não se incomode se eu parar um pouco pra fazer uma entrega.

-Não tem problema, posso esperar.- Garanti.

-Volto em um piscar de olhos.- Jin falou já descendo e tirando algo da parte traseira da picape.

Aproveitei que estava sozinha para sair um pouco da picape para esticar as pernas. Jin não mentiu sobre a brisa maravilhosa que a cidade emanava, era reconfortante estar ali. Quase esqueci do monte de problemas que estavam me atolando. Talvez eu precisasse desse tempo sozinha tentando algo novo.

Mal pensei isso quando repentinamente um carro passou em alta velocidade e me espirrou um monte de lama. Fiquei encharcada, toda suja.

-Ops. Queria dizer que sinto muito, mas na verdade eu não sinto.- Uma garota que estava dentro do carro me olhava sorrindo.

-Ficou maluca?! Você me sujou inteira!- Exclamei.

-Quem estava no lugar errado era você, estrangeira. Espero que aproveite bem a nossa cidade, Sra.Porquinha.- Deu uma risada alta junto com todo mundo que estava no carro, depois arrancou como se nada tivesse acontecido.

Francamente, retiro tudo o que eu disse sobre receptividade nessa cidade. Parece que o universo resolveu me castigar e trouxe uma versão nova da Melinda para me atormentar. Agora eu estava acabada e essa garota sequer fez algo que não fosse debochar de mim.

-Chae? Santa Rosa Madalena! O que aconteceu?- Jin se assusta assim que me vê.

-Um carro passou e me espirrou lama. - Falei me segurando para não xingar aquela maldita garota.

-Cruzes, não quer trocar de roupa antes de irmos? Chuto que não vai ser muito legal seu pai te ver assim.- Jin disse. Suspirei pesadamente.

Essas férias seriam mais longas do que eu previ.

[...]

Minha mala estava misturada junto com aquele monte de tralhas do carro, foi quase uma missão impossível retirar ela de lá. Todos na cidade me olhavam e parecia que não podia ficar pior. Queria me jogar no mar e ir nadando de volta até São Francisco de novo, seria menos vergonhoso.

Depois do que pareceu ser uma vida, Jin tirou minha mala e troquei de roupa em um banheiro de posto de gasolina. Nem sei se ainda dá para lavar aquela minha roupa ensopada de lama. Seguimos o percurso até a casa do meu pai normalmente, ou pelo menos fingindo que tudo estava normal. Aposto que Jin deve me achar uma azarada, eu também acho.

Finalmente paramos em uma casa de praia, com uma bela paisagem. Ainda assim não tinha ninguém naquela praia e a casa do meu pai parecia ser a única por ali. Estranho.

Desci e novamente voltamos a parte em que Jin tem que enfrentar aquela multidão de entulhos para retirar minha mala. Estava a um passo de desistir daquelas férias, até que percebo um homem me encarar da porta da casa. Não precisava perguntar para saber que era o meu pai, a pessoa de quem minha mãe mais odiava estava bem ali quase na minha frente. Paralisei sem saber como reagir.

O homem sorri e desce o lance de escadas da entrada vindo ao meu encontro. Meu Deus, nunca fiquei tão nervosa em toda a minha vida. Ele me abraça de forma repentina, me apertando um pouco. Nem consigo retribuir porque meus braços estão presos.

-Que lindo, emocionante! - Jin diz e então uma luz de um flash quase me cega. Depois bate uma selfie. - Kim Seokjin ajudando uma família de pobres a se reencontrar, um ato que apenas um coração generoso poderia fazer.

-Pare de gracinhas, se não você fica sem salário esse mês. - É a primeira coisa que meu pai diz assim que me solta. - Nem sei o que lhe dizer, Chae. Você se tornou uma garota maravilhosa, puxou a mim.

Ele se vira na minha direção. Sorrio meio sem graça.

-O-Obrigada. O senhor parece ótimo também. É muito bom lhe conhecer.- Alguém por favor me enterra nessa areia da praia.

-Parece um pouco com a sua mãe, mas tem traços da minha família... Não importa agora. Vamos entrar.- Sam pega minha mala da mão de Jin.

A casa de praia do meu pai não era luxuosa, mas era incrível. Tinham muitas janelas, permitindo que uma ótima claridade entrasse, uma varanda linda com cadeiras de balanço, a cozinha em conceito aberto com a sala. Não sei porque, as palavras de minha mãe começaram a ecoar na minha cabeça.

Ele é egoísta, horrível, cruel. Na primeira oportunidade vai largar você em qualquer canto.

Engoli em seco. Sei que em algumas coisas ela deve ter exagerado, mas ainda assim era estranho ficar perto de alguém que nunca vi na vida.

-Você... Tem outra família?- Perguntei para meu pai quando chegamos na cozinha.

-Na verdade, não. Nunca me casei novamente depois que divorciei da sua mãe. - Respondeu. Uma parte de mim se aliviou. Seria bem estranho ficar com uma madrasta por aqui.

-E o Dowon? Deve estar adulto já.- Papai dizia enquanto levava minhas coisas para um quarto. Era um como simples, porém com duas camas de solteiro. Meu coração se partiu quando percebi uma coisa: Papai organizou tudo e tem esperado eu e Dowon o visitarmos tem muito tempo. É um milagre não estar cheio de poeira por aqui.

-Ele tem uma oficina de carros e uma namorada chamada Ester. Ficou ocupado com o serviço, por isso não pode vir.- Menti nessa última parte.

-Entendo. E a sua mãe? Fiquei surpresa dela ter deixado você vir.- Sam abriu as cortinas do quarto. Fiquei ponderando se contava ou não pra ele que ela sequer sabia que eu estava por aqui. Mas acho que tem feridas do passado que não valem a pena ser abertas.

-Também fiquei. Ela está morando no exterior tem uns anos, moro com o Dowon tem um bom tempo.- Expliquei. Papai parece querer falar mais algo, porém se cala.

-E você? Já está na faculdade?

-Ainda quero entrar.- Respondi. Saímos para a cozinha novamente.

-Vai amar Arcadia Bay, Chae. Vou lhe mostrar tudo o que tem por aqui e preciso te ensinar a como fazer uma prancha.- Ele dizia animado. Jin reapareceu.

-Chae chegou bem a tempo de ver o Caos.- Jim se animou, porém eu fiquei assustada.

-Ver o caos?!- Já bastava ter sido alvo de lama ainda agora, tudo o que menos preciso é de uma guerra civil na praia. Os dois homens começaram a rir de mim.

-Não é o que está pensando. Caos é o Campeonato Anual de Ondas e Surf, não tem nada a ver com violência. - Explicou meu pai.

-Adoro fazer essa piada com os turistas.- Confessou Jin. Fiquei aliviada.

-Eu não entendo muito de surfe, mas parece legal.- Falei.

-Mais tarde você pode ir ao Calçadão com o Jin conhecer um pouco mais.

-Queria perguntar porque sua casa é a única aqui nessa praia.- Falei olhando pela janela.

-Essa praia em específico tem uma formação rochosa perigosa e muitas correntezas. Ninguém é louco de tomar banho ali a menos que queira morrer.- Jin apontou para o mar.

-Tem umas lendas que circulam por aí a respeito de criaturas marinhas e assombrações dessa praia. Por isso consegui comprar ela a um bom preço e não tenho vizinhos. - Meu pai dizia colocando café em uma xícara.

Só depois notei algumas placas de aviso na praia que alertavam para ninguém se aproximar. Me deu uma pitada de decepção saber que mesmo que fosse perto da água eu não poderia tomar banho naquela praia. Ao menos ela não era a única em Arcadia.

-Posso dar uma olhada na praia?- Perguntei curiosa.

-Claro, desde que não tente entrar na água. - Sam deu de ombros. Jin ficou concentrado em seu celular e nem me notou. Espero que não conte ao meu pai a vergonha que passei na cidade.

Desci as escadas da frente de casa e fui rumo àquela praia que dizia ser perigosa. De fato, as águas não eram calmas e haviam muitas pedras enormes enterradas sob a areia, algumas ate mesmo no meio das águas. Não sei como meu pai conseguiu comprar uma casa de praia ali porque devia ser assustador, principalmente se houvesse uma tempestade. Caminhei um pouco sentindo o vento chicotear meu cabelo, fazendo de conta que não estava um local perigoso.

Não pude deixar de me perguntar onde Yoongi estava a essa hora, se tentou ir atrás de mim ou preferiu sair com Melinda. Queria voltar no tempo e ter ficado de bico calado quando discuti com ele, preferia que não soubesse a respeito dos meus sentimentos. Gostar do melhor amigo é um clichê tão patético que senti pena de mim mesma.

Em meio a esses pensamentos tristes, vi a coisa que menos achei ser possível. Havia alguém naquela praia, perto das águas e de uma rocha enorme para ser mais exata. Sua silhueta era forte, masculina e ele permanecia parado. Pisquei com força para ver se não fiquei maluca. Porém a pessoa continuava ali. Andei um pouco mais para perto e consegui ver melhor, mas a ventania não ajudava muito. A única coisa que ficou mais visível era que o corpo dessa pessoa tinha uma tatuagem longa.

-Hey! Não pode ficar aí! Tem que sair antes da correnteza pegar você!- Tentei gritar o mais alto possível.

O homem que estava entre a água e a pedra apenas olhou por cima do ombro. Identifiquei que ele tinha traços coreanos, porém ele nada fez além disso.

-Tem que sair! Por favor!- Gritei outra vez e nada aconteceu.

Uma onda violenta se formou, depois se chocou diretamente na rocha que esse garoto estava do lado. Arregalei os olhos. Assim que a água abaixou novamente, o garoto havia sumido como se tivesse sido levado pela água.

Cobri a boca para conter um grito. Tudo estava normal como se a segundos atrás não tivesse tido ninguém ali.

O que eu acabei de ver?


Notas Finais


Uhh oq sera q Chae viu?
To muito animada pra o cap q vem, vcs vao surtar demais e talvez querer se enterrar na areia de vergonha alheia.
Ah sim, e antes de tudo quero dizer q to tirando algumas coisas de surf de uma série brasileira chamada Juacas. O nome do campeonato é igual inclusive kkkk to tirando de la pra ver se eu tenho uma noção melhor de surf.

Até o cap q vem. Se hidratem e tentem n pegar essa gripe :3

Playlist da fic: https://youtube.com/playlist?list=PLF8KX27-wp1Ckz96kjkVptRGHS-cdM3iF


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...