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História Oceans - Dramione - Stay


Escrita por: miss-brightside

Notas do Autor


Esta é a parte final de Oceans, espero que gostem. <3
Vejo vocês nas Notas Finais.

Capítulo 3 - Stay


Fanfic / Fanfiction Oceans - Dramione - Stay

Parte III

Stay

 

Não tenho muita certeza de como me sentir quanto a isso

Algo no modo como você se mexe

Me faz sentir como se não pudesse viver sem você

Isso me leva do começo ao fim

Eu quero que você fique

Oh, o motivo pelo qual eu insisto

Oh, porque preciso que este buraco desapareça

É engraçado, você é quem está destruído, mas eu sou a única que precisava ser salva

Porque quando você nunca vê a luz, é difícil saber qual de nós está desabando

Stay – Rihanna

 

Um selar. Os lábios entreabertos, a permissão para aprofundar o beijo.

Não lembravam mais do sabor dos lábios um do outro, mas ainda lembravam das sensações que sentiram quando se beijaram pela primeira, e até então única, vez. E para a surpresa de ambos, aquelas sensações eram ainda mais intensas. O que era aquilo, afinal? Como poderiam denominar?

O que começou lento foi se intensificando, depois de tantos anos nada parecia o suficiente. À passos trôpegos, Draco pressionou o corpo de Hermione contra a parede fria, seu beijo estava cada vez mais faminto, e ela retribuía com igual ardor.

As mãos de Hermione, que até então repousavam no tórax do homem, deslizaram até a sua nuca e seus cabelos, embrenhando os dedos nos fios loiros. Draco deslizou as mãos firmes pela cintura dela, apertando-a enquanto pressionava ainda mais os corpos.

A urgência de se sentirem era intensa, esperaram tempo demais, sonharam com aquilo mais vezes do que poderiam contar.

- Eu quero tanto você, Hermione... – As palavras saíram embriagadas enquanto ele deslizava os lábios pelo pescoço exposto dela.

Hermione tombou a cabeça para trás, deixando-se à mercê do sonserino. Ela o queria, ela o queria tanto, mas não conseguiu verbalizar uma só palavra, porque ele não parava de tocá-la e despertar-lhe sensações que há muito não sentia.

As coxas entrelaçaram-se na cintura, os braços firmes a seguraram. Foi somente quando sentiu a maciez do colchão que abriu os olhos. Uma brisa fria tomou conta do seu corpo, ele se afastou rápido demais.

Ajoelhado sobre o colchão, à sua frente, Draco Malfoy se aproximava aos poucos, rodeando-a com seus braços. As faces à poucos centímetros de distância, mas não perto o suficiente para saciar o desejo de Hermione.

Cinza nos âmbares. Fitaram-se com intensidade, as pupilas dilatadas, denunciando o desejo.

- Você tem certeza? – A voz falhou, rouco.

Hermione sorriu, não era óbvio?

- É a maior certeza que já tive... – E em um gesto gentil, ela tocou em sua face, deslizando os dedos pelos lábios dele, contornando-os. – Eu tentei tanto ser racional, Draco... mas, nada me parece mais certo do que nós dois. – Completou em um sussurro, uma confissão, a verdade na qual não poderia mais escapar.

E novamente se beijaram, outra e outra vez, porque guardaram tempo demais aquele desejo. E o passar dos anos só fez aumentar tudo que sentiam.

Ela quem começou a desabotoar a camisa branca, botão por botão a princípio, mas estavam consumidos por tudo que guardaram por uma década, e quando deu por si já havia arrancado os últimos botões, e abaixado suas calças.

Draco separou os lábios para retirar o vestido de Hermione, ele fez questão daquele processo ser lento. Desejava guardar em sua memória cada parte do corpo da mulher.

Ao sentir-se observada, ela sabia estar corada, fazia tanto tempo que não se sentia realmente admirada. E a maneira como Draco a olhava fez suas pernas tremerem, como se ainda fosse uma adolescente. E com ele sentia-se como uma, porque tudo era tão novo.

Ela estava sem sutiã, somente a calcinha preta cobria sua nudez.

- Por Merlin, Hermione. Você é tão linda. – Ele a olhou nos olhos quando proferiu tais palavras, parecia tão sincero que não restou nada a não ser acreditar.

Mais beijos, mais toques. Quando ele tocou em seus seios, Hermione permitiu-se deixar escapar um gemido baixo, e quando ele envolveu-os com os lábios, ela reprimiu-se para não gemer mais alto.

Apesar da urgência de se descobrirem, diminuíram o ritmo, fazendo aquilo aos poucos. Draco tocava em cada parte de Hermione, e em meio aos beijos em seu corpo, vez ou outra os olhares se encontravam.

Conectavam-se, entregavam-se, de uma maneira até então desconhecida para os dois. Era muito mais intenso do que imaginaram que pudesse ser.

Hermione também não continha seus desejos, tocava-o, despejando trilhas de beijos pelo pescoço e tórax. Beijando, mordendo, chupando. Marcando-o.

Ela queria sentir o sabor dele, mas antes que o pudesse fazer, Draco inverteu as posições. Ela sentiu a ansiedade do que estava prestes a acontecer enquanto ele deslizava os lábios em seu corpo, as pernas entreabertas facilitaram a chegada dos lábios na sua parte íntima.

Ele sabia exatamente como tocá-la, deslizando a língua pelo seu clitóris, fazendo movimentos circulares, sugando-a. Sugando, principalmente, sua sanidade.

Hermione apertou os lençóis entre os seus dedos com força, seu quadril contra a boca dele, era demais para suportar. O primeiro orgasmo a atingiu com força, sentiu-se flutuar por alguns instantes.

Mais beijos. Mais toques.

Não poderiam mais suportar.

Despiam-se por completo. Despiam-se de suas roupas, de seus medos e receios. Pela primeira vez em toda uma vida, sentiam-se livres e completos.

As pernas envolviam a cintura do homem, sentada no colo de Draco, as mãos repousando em seus ombros largos. Ele segurou firme a cintura da mulher, temendo por alguns instantes que ela pudesse fugir.

Ela esboçou um sorriso; a alegria, em meio ao desejo, podia ser vista em seus olhos. Nenhuma visão poderia ser mais bela para Draco, ele estava onde há muito deveria estar – nos braços da mulher que aqueceu seu coração sempre tão frio.

Cuidadosamente, avançou sobre Hermione, que se acomodou sobre a cama. Em nenhum momento desviaram o olhar, era como imãs, a certeza de que aquilo era real. Tinha que ser.

Ele a preencheu lenta e vagarosamente, sem pressa Draco afundou-se dentro da intimidade apertada de Hermione. Deixou ela se acostumar com o membro dentro de si, e aos poucos os movimentos se iniciaram.

Era uma noite fria. Mas dentro daquele quarto sentiam-se ferver.

Desejo. Paixão. Amor.

Começou lento, mas foram consumidos por tudo aquilo.

As unhas deslizavam pelas costas de Draco a cada estocada mais intensa. Ela arqueava os quadris a cada vez que ele se afundava dentro de si. E os movimentos se intensificaram, e os olhares se perderam quando o sonserino tomou o seu pescoço para si.

Os gemidos preenchiam o local. Palavras inteligíveis vez ou outra.

Era demais para reprimir.

Inverteram as posições, Hermione ficou no comando, tombando a cabeça para trás a cada estocada, movimentando seus quadris, aumentando o ritmo do sexo.

Foi quando se renderam ao orgasmo. Forte, intenso, avassalador.

Mas não foi o suficiente, porque esperaram tempo demais por aquele momento. Recomeçaram aquela dança sensual, entregaram-se outra e outra vez.

O tempo era algo distante, mas quando as primeiras luzes da manhã invadiram o quarto, o cansaço os venceu.

Exaustos. Extasiados.

- Obrigada por isso, Hermione. – Um beijo em sua testa, ela sentiu os braços de Draco a envolver.

Estava cansada demais para falar, então somente acomodou-se no corpo dele e deixou que seus olhos se fechassem.

Era o melhor sono que teria em muito tempo.

 

Um suspiro pesado denunciou seu despertar. Não precisou abrir os olhos para se lembrar, sabia onde estava, e as sensações da noite passada ainda percorriam seu corpo.

 Mas algo estava errado, e ao deslizar as mãos no espaço vazio da cama notou-o frio.

Custou-se a abrir os olhos e se sentar. Não havia ninguém ao seu lado, nenhum som, apenas o seu respirar falho.

Buscou as roupas pelo chão, e não havia nada além das suas. A porta do banheiro aberta, vazio. Sentiu seus olhos lacrimejarem, e como uma criança acolheu-se sobre a cama. Abraçou seus joelhos com força, forçando-se a lembrar.

Havia sido real?

Nada indicava a presença dele naquele cômodo.

Sua imaginação lhe pregou peças? Ou ele somente havia ido embora? Não, ele não iria embora. Não assim. Não depois de tanto tempo. Não sem uma despedida.

 Só restou a primeira opção, porque não era a primeira vez que se perdia em suas fantasias.

Sentiu seu peito doer, uma pontada forte que foi amenizada com o choro silencioso. Sentiu as lágrimas quentes em seu rosto, e não se importou em limpá-las.

Então tudo fez sentido. Ela estava louca, foi tudo uma alucinação.

Mas por que sentia a sua pele queimar pela noite anterior?

Não escutou a porta abrir, tampouco as sacolas caírem no chão, estava inerte demais em sua dor.

Mas sentiu quando ele se pôs à sua frente e tomou a face em lágrimas entre suas mãos.

- Hermione? O que aconteceu? – O franzir em sua testa, a preocupação estampada em suas feições.

Então ela chorou ainda mais.

- Você é real... – Envolveu-o em um abraço forte, certificando-se de que não era sua mente pregando peças

Então ele a compreendeu, e não fez mais perguntas. Por tantas vezes ele passou por aquilo, por tantas vezes seus sonhos foram tão reais; e naquela manhã, antes de abrir os olhos e se certificar, julgou não ter sido nada além de outro sonho.

- Eu estou aqui, Hermione... – Sussurrou em seu ouvido. – Estou com você...

E nos braços dele, ela ficou. E nos braços dele, ela se reconstruiu.

Um café quente, torradas e frutas. E em meio ao café da manhã tardio, conversaram sobre tantas coisas.

Beijos trocados eventualmente, dedos entrelaçados, braços encostados, sempre próximos.

Um passeio até uma colina próxima ao Três Vassouras, reconheceram ser o local onde se beijaram pela primeira vez.

O sol estava se pondo.

- Você vai ficar, Draco? – A pergunta postergada.

Nenhum dos dois queria falar sobre aquilo, mas a realidade batia à porta, e mais cedo ou mais tarde a pergunta deveria ser realizada.

- Não posso... – Não passou de um sussurro.

- Quando? – Ela não ousou olhar para ele, sua atenção permaneceu fixa no pôr do sol.

- Depois do Ano Novo. Scorpius está passando essa semana com os avós maternos, eles precisavam disso, meu filho é a única parte de Astória que restou... – As palavras perdidas no ar, ele precisava voltar para os Estados Unidos, tinha uma vida construída lá.

- E se eu pedir para você ficar?

Fitou-o novamente, e suas feições tristes deixaram-na ainda mais abalada, ela já sabia a resposta.

- Por que não vem comigo? – Segurou nas mãos da garota, puxando-a para mais perto, seus olhos nos dela, a ansiedade o consumia. – Leve Rose junto, você vai adorar os Estados Unidos.

Um sorriso triste. Ele já sabia a resposta.

- Eu não posso afastar a Rose do pai, Draco. Não seria justo para a minha menininha. – Verbalizou os temores dele.

Tinha, também, o Ministério. Era quase certo que em cinco anos Hermione Granger seria a próxima Ministra da Magia. Mas a sua pequena Rose foi o fator determinando para a recusa.

Ela voltou seu olhar para o chão, suspirando em seguida.

- Hermione. - Draco segurou no queixo dela, erguendo-o suavemente para que voltassem a se fitar. – Nós encontraremos um jeito.

- Esse não é o nosso fim?

- Não, meu bem. Esse é o nosso começo.

Ela sabia que não era o fim, era tarde demais para voltarem aos seus medos e comodismo, tampouco o queriam fazer. Mas ainda assim a verbalização daquelas palavras tornou tudo ainda mais real.

Cartas. Chaves de portais. Aparatações. Eram bruxos, afinal. E mesmo se não fossem, nenhuma distância os impediria, porque naquele momento eles constataram o que tanto tentaram negar:

Ele era dela, e ela era dele.

Sem medos. Sem desculpas. Abriram seus corações, despiram-se por completo naquela noite de Natal. E uma década depois, concretizaram o que sempre deveriam ter sido.

Hermione nunca acreditou em destinos, era racional demais para isso. Mas, se acreditasse, certamente confessaria que estava destinada àquele momento. Que, se existe alguém predestinado a si, esse alguém seria Draco.

Um oceano poderia separá-los, mas seus corações pertenciam-se.


Notas Finais


Confesso que fiquei muito tentada a parar na parte em que tudo era uma ilusão hahah
Mas, dona Ashley pediu finais felizes, e eu não quis ser cruel com vocês, eles mereciam esse reencontro. Talvez eu faça um epílogo. Espero que tenham gostado, vejo vocês nos comentários. <3

Gostou da minha escrita? Deem uma olhadinha nas minhas outras fics. []

Link da música: https://www.youtube.com/watch?v=JF8BRvqGCNs

Vem participar do grupo Dramione mais amorzinho que tem: https://chat.whatsapp.com/Hc49YT8C88mCyMvlBt6F4v


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