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História October - Eternal


Escrita por: tommopride

Notas do Autor


Oiee!!
Não postei ontem pq quando eu terminei de escrever e vim p o site, a net havia caído!! Mas aqui estou!
Link da play nas notas finais!!

Boa Leitura & Espero que Gostem

Capítulo 24 - Eternal


Fanfic / Fanfiction October - Eternal

 

 

Abro meus olhos, meu coração palpitando com mais força agora. Rolo e fecho os olhos novamente, tentando controlar os calafrios que o pesadelo deixou.

Mas no pesadelo estava quente, muito quente. Eu corria descalça por pedras quentes, mas elas não queimavam. O vento batia forte, carregando um calor sufocante e eu tinha dificuldade para enxergar a frente. Mas eu continuei, com o abismo do meu lado, ardendo em chamas altas e que consigo sentir o calor em minha pele, como uma seda leve e quente, muito quente.

Mas não era o abismo de chamas que me assustava. Eu estava angustiada, como se faltasse algo, e eu só conseguia visualizar que deveria encontrar os olhos verdes. Estes olhos, verdes como os meus já foram, estes olhos que sentia todo o meu corpo desesperado ir até ele, encontrá-lo.

Sinto frio agora que acordei. Não o mesmo frio quando eu sentia quando era humana, mas algo gelado sobre minha pele. Sento-me na cama e olho para Zayn deitado ao meu lado, em sono profundo.

Ainda bem que ele dormiu, ele não dorme direito desde que voltamos para Dolgellau e meus enjoos e dores de cabeça voltaram. Ele ficava acordado ao meu lado, e eu às vezes acordava com ele ali, me observando.

Eu melhorei no dia seguinte ao casamento de Fairy, fiquei assim por dois dias, e então voltamos para cá, mas assim que o carro parou no primeiro farol da cidade eu coloquei a cara pra fora do carro e vomitei sangue; sorte que não havia ninguém na rua.

Levanto-me com muito cuidado, sei que a qualquer movimento meu por mais silencioso que seja Zayn pode escutar, e entro no banheiro.

Apoio minhas mãos sobre a bancada e fecho os olhos, me recuso a olhar para o meu reflexo e ver o meu estado.

Cheguei à conclusão que estou morrendo. Morrendo aos poucos, morrendo por dentro. É isso, não há outra explicação para isso, estou morrendo.

E já aceitei isso, há muito tempo na verdade. Levanto os olhos e encaro meu reflexo, cansado e com olheiras, pálida e o brilho que havia em meus olhos está fraco agora.

Mas agora meu maior medo é Zayn, da reação dele. Antes eu não pensava muito nisso, principalmente pelo fato de a vida dele estar em jogo, mas agora é diferente. Acho melhor eu me afastar, passar com o que sobrou de mim sozinha, apenas esperando. Não quero que ele me veja assim, morrendo.

Zayn aparece atrás de mim e encontro os olhos dele. Calmos, castanhos, lindos. Sinto meu peito se apertar com a possibilidade de eles ficarem tristes por mim. Viro-me e fito minhas mãos.

- Enjoo novamente? – Zayn pergunta. Sua mão acaricia minha bochecha e eu fecho os olhos com seu toque.

- Não. – Digo, forçando minha voz a sair normal. – Apenas acordei, só.

Levanto os olhos e vejo-o acenar uma vez e fechar os olhos, me puxando para si e apoiando seu queixo no topo da minha cabeça.

Seguro sua camisa com as duas mãos e encosto minha testa ao seu ombro, sentindo seu cheiro, então o afasto.

Já me decidi.

– Vamos nos deitar? – Digo, conseguindo sorrir. – Temos uma noite longa amanhã.

Zayn sorri e concorda, e sai na minha frente. Antes de eu sair puxo a porta do banheiro e pego meu cachecol que deixei no gancho dali, meus olhos passando rapidamente pelo meu reflexo de lado no espelho.

Paro e volto para frente do espelho. Zayn se vira e olha para curioso, mas eu não consigo desviar do espelho.

Em meu reflexo, de estatura baixa e curvas não muito proeminentes, encontro um erro.

Minha mão desce pela minha barriga e para sobre meu ventre, sentindo o erro. Minha respiração se prende na garganta e fico paralisada, sem conseguir me mexer.

- Kathy? – Ouço Zayn dizer e vejo-o, mas ele parece distante agora. – Katherine?

Estou errada, esse erro não existe. Não pode ser, é impossível. Sinto minha visão enevoar e sou tomada pela visão, e quando visualizo, acordo do transe.

Pisco algumas vezes e dou conta de que Zayn está segurando meus braços. Afasto suas mãos e o afasto do espelho e observo a elevação no meu ventre, o erro.

É impossível eu ter engordado, mesmo meu coração ter voltado a bater. E isso com certeza não é gordura.

- Impossível. – Digo. Levanto os olhos para mim mesma no espelho e vejo o brilho voltando aos meus olhos, e um sorriso completamente feliz se abrir sobre meus lábios. Mas então ele se vai, e me viro para Zayn, que está na porta me olhando diretamente, completamente sério. – Isso é impossível. Foi o que você disse aquela noite.

Zayn me encara por uns segundos e então cobre os olhos com as duas mãos. Fico parada enquanto ele suspira algumas vezes e passa as mãos pelo cabelo. Enfim, ele levanta os olhos e diz, sua voz terna:

- A Prole Perfeita, ou Prole do Anjo Negro. – Sinto como se eu estivesse flutuando, leve e sem nada que me prenda. – Um Aswang geraria seu filho, o filho do vampiro escolhido, o anjo negro. Os Aswang, a filha maldição, carregaria a prole desta junção.

Fico encarando seus olhos por algum tempo. Minha mente parece vazia e cheia ao mesmo tempo, meus pensamentos fragmentados e inteiros, em uma bagunça sem fim.

- Vampiros não podem procriar. – Digo. Não era a primeira coisa que eu diria, mas é a unica que encontra seu caminho até minha boca.

- Uma exceção. – Zayn diz, sua voz calma. – Li isso em um site idiota de Caçadores de Monstros, uma lenda que eles estavam tentando espalhar, mas que não deu certo.

- Porque você não me disse nada?

Zayn desviar o olhar e levanta os ombros.

- Como você quer que consigamos se você não me conta tudo? – Digo, minha voz estranhamente calma até mesmo para mim. – Ou pelo menos algo importante.

- Não achei que seria possível.

- E agora?

Zayn volta seus olhos para mim e diz de maneira calma:

- Vejo que estava errado.

- Então...

- Você está grávida. – Ele dizendo parece mais real, mas ao mesmo tempo surreal. – A lenda é real.

Suspiro e olho para a parede do outro lado do banheiro. Não sei o que pensar, não consigo formar uma linha de pensamento coerente. Sinto meu corpo leve e pesado, e agora entendo esses enjoos, mudanças de humor súbitas, dores de cabeça e tontura em certos momentos. Mas ainda não consegui aceitar, não consigo pensar nisso de maneira real, que está acontecendo agora e é a realidade.

- Me responda uma coisa. – Digo e olho para Zayn. – Porque você não me disse antes?

- Além de achar impossível, - Ele começa. - não queria deixar você ter uma esperança.

- Mas... – Digo, e sinto-me tonta e sem entender. – Você deveria ter me contado! Eu não estou acreditando nisso agora, mesmo com as provas na minha cara! Eu não teria esperanças, já aceitei isso há muito tempo!

Não quero ficar aqui, sinto-me sufocada nesse banheiro. Passo direto por Zayn na porta e chego ao quarto. Passo uma mão por meu rosto, respirando fundo e tentando encontrar algum controle no meio disso tudo.

- Impossível. Você achava? – Digo e me viro para Zayn ainda parado na porta do banheiro. – “ A filha maldição”, isso não te lembra nada? Como você pôde esconder isso? Eu pelo menos deveria saber que teria um filho!

Sento-me na cama e apoio os cotovelos sobre meus joelhos, cobrindo meu rosto com as duas mãos.

Estou confusa, com medo e sem saber o que fazer, mas no fundo, uma centelha de felicidade se espalha aos poucos, e está vindo à tona. Um filho, um filho de Zayn.

Mãos macias tocam meus braços e puxam minhas mãos do meu rosto. Olho para Zayn ajoelhado de frente a mim, e sorrio quando ele beija minhas duas mãos.

- Vamos tirar isso de você.

Foi a mesma sensação dele ter me dado um soco na cara. Não, acho que eu teria ficado menos surpresa.

- Não. – Digo, e tenho mais certeza que tudo.

- Isso vai acabar com você. – Zayn diz, sua voz agora quase com raiva. – E já começou. Você não vai aguentar, a lenda é como algum sacrifício para a criatura e você é sacrifício. Não vou deixar, isso não vai matar você.

- Não chame nosso bebê de “isso”.

Zayn olha para mim como se não acreditasse. Devolvo o olhar dele, sentindo meu peito queimar e minha palpitação em meu ouvido.

- Não. – Ele diz e se levanta. – Não, você não vai fazer isso!

- Vou. – Digo também me levantando. – Qual é o seu problema?

- Qual é o seu problema? – Ele grita e aponta para mim enquanto diz: - Você não terá essa coisa!

- A escolha não é sua! – Grito de volta e vou para cima dele.

Tenho vontade de socá-lo, mas estou magoada por ele rejeitar nosso bebê. O empurro para fora do quarto e jogo uma calça e seus sapatos para fora, e bato a porta com tanta força que as paredes tremem.

Apoio minhas costas na porta e deslizo até estar sentada no chão, então deixo as lágrimas saírem.

Ele não pode fazer, ele não vai fazer! Coloco minhas duas mãos sobre meu ventre, sobre meu bebê, como se pudesse embalá-lo e protegê-lo. Mas farei isso, nada vai tirá-lo de mim.

Não importa. Se Zayn não quiser o bebê, eu o terei sem ele. Não ligo para o que ele pensa sobre isso. Mas é claro que ligo. É o nosso filho, é para ele estar aqui, e dói como uma facada ele não querer essa parte dele que cresce em mim. Mas não importa, eu o terei mesmo assim. Meu bebê está seguro aqui comigo, nada o machucará. A escolha não é dele.

Minha mente me leva a outro lugar, em Bran. Sinto uma pontada, foi lá que Zayn e eu nos casamos, mas não é isso que ela quer me mostrar. Ela me mostra a senhora, a que me revelou a maldição, eu.

Suas palavras. A escolha seria minha, disse ela, sobre o fim dessa maldição. Levanto os olhos quando percebo, e enxugo as lágrimas. A escolha é minha, o fim desta maldição.

Coloco minhas mãos sobre meu ventre novamente e sorrio. Meu bebê, o fim disso, desta maldição.

- Fique tranquilo. – Digo para meu bebê. – Nada lhe acontecerá de mal, eu prometo.

Concentro-me e posso ouvir seu coração pequenino batendo, o som quase imperceptível. Carrego uma vida em meu ventre, minha vida. Uma parte minha e de Zayn está aqui, inocente e pequenino.

Minha felicidade é completa, ou quase. Meu peito dó em saber que Zayn não estará mais aqui, que ele não quer esta felicidade também. Mas o sorriso não sai de meus lábios, e só sai quando tenho que correr para o banheiro e vomitar novamente. Mas quando me levanto e ao sair paro em frente ao espelho, posso admirar minha imagem, a ligeira elevação do meu ventre, sem sentir medo ou confusão. Não estou morrendo por dentro e sim algo ganha vida dentro de mim.

 


Notas Finais


Play:: https://www.youtube.com/watch?v=t9BlqdjIVVk&list=PLmit5NPnJEMvZNTPsSDCQdsKPym6m0v2S
eu só queria agradecer aquelas linda pérolas QUE DESCOBRIRAM ANTES Q A KATH ESTAVA GRÁVIDA, SÉRIO OBG, VALEU MSM, EU ADOREI MSM EU TER FICADO DIAS PENSANDO NA NOVA TEMPORADA E PREPARANDO TUDO PRA VCS DESCOBRIREM !! ijsiasjiajsiasjas
Mas sério, é isso, pronto, vcs estava certas!!! MAs ainda tem muita coisa a acontecer e vcs sabem da minha inclinação a desastres então...
Mas então, hoje faz 3 anos de whats makes beautiful, tipo, já?? Nossa, percebo agr o quanto de tempo estou aqui!! Mas eu comecei com One thing então aushasuas mas voltando, esses meninos que se tornaram homens disfarçados de meninos e hj são tudo para mim!! Muito orgulhosa!!
Postarei quinta ou sexta, n sei, mas n demorarei muito!!
AMo vcs <33
OxoOXoXo


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